Sem principais nomes do governo, primeiro dia de evento organizado por Eduardo Bolsonaro mostrou preocupação com liderança de petista nas pesquisas eleitorais e atuação do Supremo, informa Guilherme Caetano, O Globo.
Sem figuras do alto escalão do governo federal, o CPAC Brasil, congresso conservador importado dos Estados Unidos por Eduardo Bolsonaro, encerrou seu primeiro dia de palestras tendo o Supremo Tribunal Federal (STF) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como principais alvos dos conferencistas. O evento é realizado neste fim de semana em Campinas (SP), no Royal Palm Hall.
Os ataques mais virulentos vieram do discurso do ex-senador Magno Malta (PL-ES). Ele disparou contra ministros do Supremo, chamou Edson Fachin de mentiroso, afirmou que Luís Roberto Barroso “batia em mulher” e exibiu trechos de sabatinas de Alexandre de Moraes e Rosa Weber no Senado para vaias e xingamentos do público.
— Sabe por que eu votei contra o Barroso? Advogado de Cesare Battisti, das ONGs abortistas e da legalização da maconha. Quando ele é sabatinado no Senado a gente descobre que ele tem dois processos no STJ, na Lei Maria da Penha, de espancamento de mulher. Além de tudo, Barroso batia em mulher — afirmou o ex-senador.
Antes de exibir no telão o vídeo da sabatina de Moraes, Malta chamou ao palco o deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ), salvo da prisão em razão de graça concedida por Bolsonaro após ter sido condenado no Supremo por ameaça a ministros, para que ele assistisse à exibição. A cena colocou lado a lado no palco, ainda que virtualmente, dois personagens que têm representado no discurso bolsonarista “o bem e o mal”. Silveira foi ovacionado pela plateia, e Moraes, insultado. Em seguida, Malta se dirigiu a Fachin:
— Esse homem tem trabalhado diuturnamente. Ataques vis à democracia, à Constituição que já não mais existe. E uma tentativa sórdida quando ele diz que o mundo, os embaixadores precisam aceitar de imediato o resultado das eleições, e que o Bolsonaro é obrigado a aceitar o resultado das eleições. Peraí, Fachin, as eleições estão decididas? Você está dizendo que está decidida a eleição? — questionou.
Escanteado da formação do gabinete de Jair Bolsonaro em 2018 após priorizar a campanha do aliado em detrimento de sua — o então senador acabou não se reelegendo —, Malta manteve a defesa do presidente ao longo dos últimos anos. Em Campinas, fez uma reaparição digna de celebridade.
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