Mês: setembro 2022

O triste fim de Ciro Gomes, rebaixado por si mesmo a cabo eleitoral de Bolsonaro

Na semana passada, Ciro Gomes foi entrevistado pela Jovem Pan, a emissora alinhada à extrema direita bolsonarista. Na entrevista, o apresentador do programa Pânico, Emílio Surita, confessou o medo do país virar socialista se Lula vencer a eleição: “eu falo para os jovens com a idade dos meus filhos: vão embora do Brasil, porque se for o que a gente tá vendo aí [eleição do Lula], vamos ser um país pobre, velho e socialista”.

Essa síndrome de Regina Duarte, que trata a esquerda como um monstro que assombra a democracia, é um espantalho que os reacionários utilizam há muito tempo e que foi decisivo para sustentar o golpe de 64. A tese de Surita não encontra nenhum respaldo nos fatos. Afinal de contas, Lula governou por oito anos e essa possibilidade jamais foi cogitada, muito pelo contrário. Foi o período em que o capitalismo esteve mais pujante, e os banqueiros lucraram como nunca.

O delírio do apresentador do Pânico é aceito apenas entre os integrantes da seita fanatizada pelas ideias conspiracionistas de Olavo de Carvalho. O mínimo que se esperava de Ciro Gomes, um candidato que se diz progressista, era o enfrentamento desta mentira que embala o antipetismo alucinado e que tanto mal faz ao país. Mas não foi o que aconteceu. O pedetista legitimou o devaneio de Surita: “eu estou muito angustiado com isso. A minha maior preocupação é essa, porque as nações se suicidam. Se não derrotarmos a classe dirigente brasileira agora — talvez já seja tarde — a nação brasileira será destruída”. E concluiu colocando a cereja no bolo conspiracionista: “Você tem toda razão!”.

Ciro Gomes é um homem inteligente e sabe que não há a menor possibilidade de mudança de regime caso a chapa Lula/Alckmin saia vencedora do pleito. Mesmo assim, prefere dar asas à imaginação dos reacionários na esperança de abocanhar alguns votos desse eleitorado.

A estratégia adotada pelo candidato é a de tratar Lula e Bolsonaro como sendo dois lados de uma mesma moeda autoritária e populista. Na prática, trata-se da mais pura relativização do fascismo e do golpismo. Bolsonaro é o presidente que passou quatro anos disseminando ideias fascistas e ameaçando de maneira permanente a democracia. Lula governou por dois mandatos de maneira absolutamente democrática e saiu com avaliação positiva de quase 90% da população. Colocá-los em pé de igualdade é, no mínimo, desonesto.

Ciro Gomes flerta com a mesma relativização do fascismo e do golpismo que tornou Bolsonaro um candidato palatável para boa parte do eleitorado. Não é à toa que hoje ele vem sendo acusado de atuar como linha auxiliar do bolsonarismo. Na ânsia em subir nas pesquisas a qualquer custo, o pedetista tem alimentado a urubuzada fascistoide com a velha carniça antipetista de sempre. Mas, como mostram as pesquisas, a tática não tem funcionado.

Ciro virou um levantador de bolas para a campanha de Bolsonaro. Vídeos dele atacando Lula viraram febre nas redes sociais bolsonaristas. Suas falas têm sido usadas como munição para atacar Lula e o PT. Um levantamento do O Globo em redes bolsonaristas mostra que Ciro tem sido tratado ironicamente como “cabo eleitoral de Bolsonaro”. Em alguns desses grupos circula o trecho de uma entrevista dada em 2020 seguido da legenda “Ciro Gomes falando bem de Bolsonaro”.

O general Heleno, por exemplo, afirmou ao compartilhar um outro vídeo de Ciro: “Conservadores estão proibidos de falar, então deixem o Ciro falar”. No vídeo, Ciro Gomes diz haver conexões entre o PT e o PCC e chama o partido de “organização criminosa”. Temos aqui um general golpista se sentindo representado por uma fala de Ciro contra o candidato com maior potencial para impedir a permanência dos golpistas no poder.

Durante a campanha eleitoral de 2018, Ciro fazia críticas justas, importantes e necessárias a Lula e ao PT. Eram críticas duras, mas que não ultrapassavam os limites do bom senso nem surfavam a onda do antipetismo inconsequente. Ciro reconhecia os serviços prestados por Lula à democracia e não o tratava como um Bolsonaro canhoto, como faz hoje. Em uma palestra na faculdade de Sorbonne na França naquele ano, fez a seguinte afirmação: “Lula fez o mais extraordinário programa de proteção social que a história do capitalismo mundial conhece. A parte mais conhecida é o Bolsa Família, mas é uma rede de proteção social que simplesmente tirou 40 milhões de pessoas da classe D (…) Genialmente ele concilia com a plutocracia brasileira e extrai, por conta dessa dinâmica de preços generosamente altos do estrangeiro, excedente para alocar. A despesa social do Brasil cresceu de 15% pra 22%.”

Há quatro anos, Ciro Gomes reconhecia Lula como o político responsável pelo mais extraordinário programa de proteção social da história do capitalismo mundial. Chegou a classificar como “genial” a conciliação de Lula com a “plutocracia brasileira” — a mesma conciliação que hoje ele ataca ferozmente e diz ser responsável por todos os males da nação. O Lula elogiado em 2018 é o mesmo a quem Ciro chama hoje de “maior corruptor da história moderna brasileira”. O “mais extraordinário programa de proteção social da história” hoje é tratado por ele como distribuição de “migalhas para os pobres”.

Ainda nas eleições de 2018, na sabatina do Jornal Nacional, disse que Lula foi um “bom presidente”, que a população brasileira “sabe disso”, e que não poderia comemorar a prisão do, segundo ele, “o maior líder popular do país”. Muito diferente do Ciro de 2022, que culpa Lula pela eleição de Bolsonaro e enche a boca para falar de sua prisão, mesmo sabendo que suas condenações foram anuladas pela Justiça.

O que aconteceu nesses quatro anos para acontecer essa mudança drástica de opinião? Ora, Lula deixou a presidência em 2010. A opinião de Ciro sobre ele e seu governo mudou drasticamente sem ter ocorrido nenhum fato novo. O pedetista mudou porque entende que atacar Lula o fará um candidato palatável para o mesmo antipetismo alucinado que elegeu Bolsonaro. As críticas atuais voam nas asas do moralismo lavajatista que ele tanto criticou em um passado recente. É puro oportunismo eleitoral, mas um oportunismo eleitoral burro, porque as pesquisas mostram que a estratégia não tem funcionado.

Agora Ciro Gomes se vende também como o candidato antissistema, que não faz conchavos, que só não fez alianças significativas por opção. Trata-se de mentira absoluta. Ciro Gomes tratou de alianças políticas com vários políticos, nem todos conhecidos por terem uma reputação ilibada. Ele chegou a jantar com ACM Neto e Luciano Bivar do União Brasil para discutir aliança. Conversou também com Gilberto Kassab do PSD. No ano passado, aproximou-se de Alckmin para fechar uma aliança para 2022. Hoje, diz que a chapa Lula/Alckmin é “uma vergonha para o Brasil”, um “conchavo vergonhoso”, e que esse tipo de aliança é o que faz a “população ter nojo da política”.

Diferentemente do que diz, os fatos evidenciam que o seu isolamento político não se deu por uma opção nobre do candidato, mas porque ele não foi capaz de construir alianças. A culpa é do próprio Ciro, que acreditou que subiria nas pesquisas atacando o campo progressista e piscando para o eleitorado reacionário. O fato é que ele não conseguiu alianças significativas porque não tem votos para oferecer. Ciro Gomes ao menos conseguiu o palanque dos tucanos em Minas Gerais. Sabe quem articulou essa aliança com o PDT? O impoluto Aécio Neves.

Em 2018, com Lula preso e com o antipetismo no seu auge da sua popularidade, defendi que o PT abrisse mão de chapa para apoiar Ciro Gomes para presidente. Isso porque Ciro aparecia nas pesquisas como o candidato democrata com maior potencial para derrotar o candidato golpista no segundo turno. Hoje as coisas mudaram. O antibolsonarismo supera o antipetismo, Lula está livre e é o favorito segundo as pesquisas.

O Datafolha desta sexta-feira (9) sugere que a estratégia suicida de Ciro Gomes tem favorecido Bolsonaro. Enquanto Lula e Tebet mantiveram suas porcentagens, Ciro oscilou 2 pontos para baixo, enquanto Bolsonaro oscilou 2 pontos para cima.

Em tempos em que a polarização se dá entre democracia e golpismo/fascismo, Ciro Gomes decidiu agora empunhar a bandeira da antipolarização. E faz isso de maneira hipócrita, rasteira e pouco inteligente. E ainda rejeita com todas as forças a possibilidade de apoiar Lula no segundo turno contra Bolsonaro: “Eu não cogito nem sequer mentalmente essa possibilidade”. Para ele será muito difícil escolher entre um democrata e um golpista no segundo turno.

O pedetista hoje culpa Lula pela existência do bolsonarismo mas, ironicamente, são suas falas que alimentam esse monstro todos os dias. Ciro não ganhará a eleição e sairá dela tendo cultivado um eleitorado rancoroso que coloca democratas e fascistas no mesmo saco sem o menor pudor. O que encaminhou o Brasil para o abismo bolsonarista foi o mesmo antipetismo alucinado que hoje Ciro mimetiza na esperança vã de conquistar votos. Ciro saiu definitivamente do campo progressista para virar o encantador de serpentes bolsonaristas.

*João Filho/Intercept Brasil

Em nome de Deus

Florestan Fernandes Jr – Muito nos foi roubado pelo governo Bolsonaro. As mais de 680 mil vidas vitimadas pela Covid, a perspectiva de futuro para um país que seguirá colhendo por décadas o efeito da fome e desnutrição de crianças e gestantes.

As consequências da desnutrição das crianças na primeira infância e das gestantes são devastadoras, além da tragédia social, o déficit cognitivo.

Isso vai impactar fortemente a formação e educação dessas crianças. Ou seja, o futuro do Brasil foi roubado.

E agora, nesta semana, uma data cívica singular também nos foi roubada. O bicentenário da Independência do Brasil, oportunidade única de discutirmos como nação os avanços e retrocessos que tivemos, foi arrancada de nós.

Em lugar de um espaço de discussões e ações propositivas, de comemoração cívica, um espetáculo grotesco de misoginia, de crimes eleitorais, de incitação ao ódio às instituições e eliminação de adversários políticos.

Até mesmo o coração de Dom Pedro I, trazido ao Brasil em uma iniciativa controversa e simbólica da Necropolítica desse governo, perdeu espaço para a irrigação sanguínea dos genitais do presidente da República. Fomos expostos mais uma vez ao escárnio internacional.

A tragédia nacional parece não ter fim. É como viver um loop distópico infinito.

Vivemos as consequências de um discurso de eliminação, que transforma antagonistas em inimigos, que tem nos roubado pais de família como Marcelo Arruda, tesoureiro do PT em Foz do Iguaçu morto durante a própria festa de aniversário por um bolsonarista tomado pelo discurso de ódio. Ou ainda Benedito Cardoso do Santos esfaqueado e morto ontem, com requintes de crueldade em Cuiabá, pelo colega de trabalho, Rafael Silva de Oliveira, apoiador de Bolsonaro, após uma discussão política.

Em todos os aspectos da vida nacional temos sido penalizados.

Ele nos roubou os investimentos na educação, na pesquisa, na saúde. Está queimando nossas florestas, poluindo nossos rios, contaminando nossa lavoura com a liberação de agrotóxicos altamente prejudiciais à saúde.

Está entregando nossas riquezas e dizimando os povos originários. Bolsonaro roubou a autoestima dos brasileiros. Os sonhos de uma sociedade mais justa, mais fraterna e solidária.

Tudo nesse governo é destruição e expropriação. Fomos também privados da publicidade e da transparência, que obriga os administradores públicos a prestar contas do uso das nossas riquezas. Fomos privados do direito de sabermos o destino das verbas de emendas ao Orçamento da União, dos gastos do cartão corporativo. Tudo é coberto por sigilo centenário, desde os negócios suspeitos da família, aos mal feitos da administração. Por fim, nos rouba a estabilidade das leis e a lisura das eleições, já que usou e abusou de inúmeros artifícios para garantir sua reeleição, num derrame de dinheiro para compra de votos nunca visto.

Bolsonaro e seus seguidores, que tanto usam o nome de Deus, deveriam atentar para o que diz o Evangelho de João, capítulo 10, versículo 10: “O ladrão vem apenas para roubar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida e a tenham plenamente”. Um rouba e mata. O outro acolhe e cuida.

*Com 247

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Destaque: Triplex de Flávio Bolsonaro, pago com 141 depósitos em dinheiro vivo, bomba nas redes

Esse é o documento do Triplex na Barra da Tijuca, comprado por Flávio e pago com 141 depósitos em dinheiro vivo em caixa de agência bancária:

Flávio ainda tentou desmentir a reportagem, enganando as pessoas, ao dizer que “dinheiro em moeda corrente”, não é dinheiro vivo: Veja a postagem de Flávio Bolsonaro:

Veja a repercussão à matéria do UOL mostrando provas de compra de 51 imóveis em dinheiro vivo pela família Bolsonaro.

https://twitter.com/desmentindobozo/status/1568213840625602568?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E1568213840625602568%7Ctwgr%5Ecea8a752ff7cc24f38ac2fe758f20888caa509d2%7Ctwcon%5Es1_c10&ref_url=https%3A%2F%2Fwww.plantaobrasil.net%2Fnews.asp%3FnID%3D129240

 

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Vídeo: como um sujeito desse ocupa a cadeira da presidência da República?

A UNECS (União Nacional das Entidades de Comércio) fez uma sabatina com todos os candidatos à presidência da República, no dia 30 de agosto foi a vez de Bolsonaro (o imbrochável)

É inacreditável a resposta que o presidente não conseguiu dar, o que ele conseguiu foi causar um enorme constrangimento, principalmente para a pessoa que fez a pergunta.

Verdadeiramente, não dá para acreditar que esse sujeito está sentado na cadeira da presidência.

Confira e fique constrangido(a)

A UNECS (União Nacional das Entidades de Comércio) fez uma sabatina com todos os candidatos à presidência da República, no dia 30 de agosto foi a vez de Bolsonaro (o imbrochável)

É inacreditável a resposta que o presidente não conseguiu dar, o que ele conseguiu foi deixar constrangida a pessoa que fez a pergunta.

Verdadeiramente, não dá para acreditar que esse sujeito está sentado na cadeira da presidência.

Confira e fique constrangido(a)

https://twitter.com/hospicio_brasil/status/1568538170026852353?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E1568538170026852353%7Ctwgr%5E1509b05927a7d6115b92142bbbfa059af42958a0%7Ctwcon%5Es1_c10&ref_url=https%3A%2F%2Fwww.apostagem.com.br%2Fwp-admin%2Fpost.php%3Fpost%3D84720action%3Dedit

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Lula: Ninguém quer saber se Bolsonaro é ou não brocha, não é problema nosso

Em comício em Taboão da Serra (SP) neste sábado (10), o candidato à presidência da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou a fala do presidente Jair Bolsonaro (PL) que falou ser “imbrochável” na comemoração do feriado da independência, em Brasília.

O Brasil não pode aceitar um presidente da República que vai no 7 de setembro dizer que é imbrochável. Olha, ele tava falando para quem? Para a mulher dele porque ninguém quer saber o que ele. Ninguém quer saber se ele é brocha ou não é brocha. Isso é problema dele, não é problema nosso. A gente quer saber se vai ter emprego, se vai ter salário, se vai ter educação”.

Durante ato cívico do dia 7 de Setembro em Brasília, após discursar ao lado da primeira-dama Michelle e depois de beijá-la em público, Bolsonaro puxou um coro de “imbrochável”. Antes, ele havia sugerido comparações entre as primeiras-damas. “Ao meu lado uma mulher de Deus e ativa na minha vida”, disse o presidente sobre Michelle. A fala machista repercutiu negativamente.

Lula também chamou Bolsonaro de genocida ao comentar a morte do petista Bendito Cardoso dos Santos, de 44 anos, que foi assassinado a golpes de faca e machado durante uma discussão política na última quarta-feira (7) em Confresa, no Mato Grosso.

O assassino foi identificado como o bolsonarista Rafael Silva de Oliveira, de 22 anos. O candidato do PT disse que tentou entrar em contato com a família da vítima para prestar solidariedade:

Se ele tem mulher e se ele tem filho, o PT tem obrigação de saber de todas as coisas para ajudar essa família que foi vítima do genocida chamado Bolsonaro.”

7 de Setembro. Lula também criticou as comemorações do bicentenário da independência promovidas pelo presidente Jair Bolsonaro e disse que o candidato do PL tentou usurpar a data transformando em ato político para si:

Nunca na história do país um presidente da república tentou usurpar do povo brasileiro a comemoração da data da nossa independência e ele fingiu que era dele e fez da independência um ato político dele.”

*Com Uol

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Brizolistas do PDT estão revoltados com ataques de Ciro a Lula

A ala brizolista do PDT está indignada com os ataques que o candidato do partido à presidência, Ciro Gomes, tem realizado contra o ex-presidente Lula (PT), segundo coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S.Paulo, que trouxe o exemplo do advogado Carlos Roberto Siqueira Castro.

Siqueira Castro é um dos fundadoes do PDT, uma figura histórica no partido, e chefiou a Casa Civil no segundo governo de Leonel Brizola (1991 -1994) no Rio de Janeiro. Ele disse estar “muito incomodado” com os ataques de Ciro. Segundo ele, a legenda está “numa encruzilhada”, e defende apoio à candidatura do opositor petista.

“Acho muito injusto o que Ciro Gomes está fazendo com o Lula. São críticas muito despropositadas e injustas, que divergem do atual momento de polarização eleitoral que estamos vivendo”, destacou Siqueira Castro.

“Se Ciro Gomes tem apreço à sua trajetória política, que ele proclama ser de centro esquerda, ele tem que atacar o candidato Jair Bolsonaro”, afirmou o advogado, que descreveu o atual presidente como “um fascistoide completo, desqualificado e ignorante, que está dividindo o país e levando o Brasil para uma ruptura física com discurso de ódio e golpista”.

De acordo com o fundador do PDT, o seu incômodo com os ataques de Ciro a Lula se estende para a ala brizolista do partido. “Tem muita gente insatisfeita e indignada”, disse, cobrando ainda uma autocrítica da direção do partido. O advogado declarou ter “muito respeito” pelo presidente da sigla, Carlos Lupi, mas defendeu que a direção nacional do partido “tem que fazer uma reflexão muito aguda” sobre as eleições.

“O PDT está numa encruzilhada histórica e tem um compromisso de apoiar o presidente Lula neste momento. Nós temos que trabalhar com voto útil”, finalizou.

Vale destacar que, diante da tomada do PDT por Ciro Gomes, um setor importante do brizolismo saiu do partido para ingressar no PT, como Vivaldo Barbosa, por exemplo.

Os ataques de Ciro contra Lula têm feito com que o candidato pedetista fosse considerado “linha auxiliar” do bolsonarismo. Segundo pesquisa Datafolha divulgada nesta sexta-feira, 9, o número de eleitores de Ciro que têm Bolsonaro como segunda opção de voto disparou: eram 24% no Datafolha de 1º de setembro e, agora, são 30%.

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Boulos é ameaçado com arma durante panfletagem

Episódio ocorreu na tarde de sexta-feira (9) em São Bernardo do Campo, na Grande SP.

Segundo Mônica Bergamo, Folha, o líder sem-teto e candidato a deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) foi ameaçado por um homem armado na tarde de sexta-feira (9) durante uma agenda em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo.

Ele estava com a candidata a deputada estadual por São Paulo Ediane Maria (PSOL) e cerca de 30 pessoas, entre apoiadores e membros da campanha.

O grupo realizava uma caminhada no centro comercial do município, próximo à praça da Matriz, e entregava panfletos às pessoas no local. Em determinado momento, quando eles passavam pela rua Marechal Deodoro, um homem desconhecido teria virado e dito para Boulos e Ediane e disse: “Eu sou Bolsonaro”.

Segundo o candidato do PSOL, os dois tentaram dialogar com o sujeito. O homem então teria afirmado que estava armado, levantado a camiseta e botado a mão no cabo da arma.

“Só que tinha um monte de gente, estávamos à luz do dia em um centro comercial. E talvez por isso inclusive que ele não tenha levantado a arma”, conta o líder sem-teto.

E segue: “A gente falou: ‘Calma, calma’. Então a nossa turma saiu [do local] e ele ficou lá, com a mão na cintura”.

Boulos diz que vai ingressar com uma representação no Ministério Público Eleitoral (MPE) para que o caso seja investigado. A expectativa é que as autoridades eventualmente identifiquem o autor das ameaças por meio de imagens de câmeras de segurança que possam estar no local.

“É lamentável que essa campanha esteja sendo marcada por cenas de violência política. O [presidente Jair] Bolsonaro estimula isso todos os dias, mas não vamos nos intimidar”, completa.

O candidato diz que seguirá com sua agenda, mas que deve avaliar formas de aumentar a segurança.

Como mostrou a Folha, episódios ligados a ameaças, ataques e tensão relacionados à disputa eleitoral têm se acumulado no Brasil desde a pré-campanha.

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O silêncio cúmplice de Bolsonaro sobre mais um crime político

Outro devoto do presidente assassina mais um petista.

Por que Jair Bolsonaro foi o único candidato a presidente que não falou nada até agora sobre o bárbaro assassinato no Mato Grosso de um trabalhador petista por outro bolsonarista?

Por que o assassinato seria plenamente justificável? Por que se trata da luta “do bem contra o mal”, como ele diz? Por que o direito à vida é só para os que concordam com ele ou se resignam?

Na noite da última quarta-feira (7), em uma chácara do município de Confresa, interior do Mato Grosso, Rafael de Oliveira, 22 anos, desentendeu-se com Benedito Cardoso dos Santos, de 44 anos.

Rafael é bolsonarista, Benedito era petista. Cada um defendia seu candidato. Rafael exaltou-se, puxou uma faca e atingiu Benedito nas costas, nos olhos, na testa e no pescoço.

Com a primeira facada, Benedito caiu no chão. A partir daí, Rafael aplicou-lhe 15 facadas, todas no rosto. Não satisfeito, usou um machado para tentar decapitá-lo. Depois, fez um vídeo do corpo.

Foi preso e confessou o crime, mais um a chocar o país desde do início da campanha eleitoral. Bolsonaro silenciou. Ou melhor: em comício no Tocantins, chamou os petistas de “praga”:

“Essa praga sempre está contra a população. Esse pessoal só gera desgraça para o povo. Com a nossa reeleição, varreremos para o lixo da história esse partido dito dos trabalhadores, que na verdade é composto por desocupados”.

“Não podemos errar, sabemos que é uma luta do bem contra o mal. O lado de lá quer o comunismo, quer desarmar o povo de bem, quer a ideologia de gênero, quer liberar as drogas, quer legalizar o aborto e não respeita a propriedade privada”.

No comício-militar de 7 de setembro, na praia de Copacabana, Bolsonaro referiu-se a Lula como “o quadrilheiro dos nove dedos” e afirmou que é preciso “extirpar essa gente”.

Em julho último, o guarda municipal Jorge da Rocha Guaranho, bolsonarista, invadiu a festa de aniversário do tesoureiro do PT em Foz de Iguaçu, Marcelo Arruda, e matou-o a tiros.

Na manhã do dia seguinte, em conversa com devotos no cercadinho do Palácio da Alvorada, Bolsonaro definiu o crime como “uma briga entre duas pessoas”. Os dois não se conheciam.

“Vocês viram o que aconteceu ontem, né? Uma briga de duas pessoas lá em Foz do Iguaçu. ‘Bolsonarista não sei lá o que’. Agora, ninguém fala que o Adélio (Bispo) é filiado ao PSOL, né?”

Adélio foi quem esfaqueou Bolsonaro em Juiz de Fora no dia 6 de setembro de 2018. A justiça concluiu que ele agiu sozinho e que sofre de transtorno mental. Está preso até hoje em um manicômio.

O general Hamilton Mourão, vice-presidente da República, pronunciou-se na mesma linha de Bolsonaro sobre o assassinato do tesoureiro do PT:

“Vou repetir o que estou dizendo e nós vamos fechar esse caixão, tá? Para mim, é um evento desses lamentáveis que ocorre todo final de semana nas nossas cidades de gente que briga e termina indo para o caminho de um matar o outro”.

Bolsonaro só condenou o crime de Foz de Iguaçu quatro dias depois, ao saber que irmãos da vítima eram bolsonaristas. Telefonou para eles solidarizando-se, mas não para a viúva.

Um dos irmãos aceitou o convite de Bolsonaro para se reunir com ele em Brasília, mas não a sua proposta de defendê-lo em uma entrevista coletiva de imprensa no Palácio do Planalto.

Esse é o homem que procurou salvar a economia durante a pandemia da Covid-19 à custa das mortes dos que “tivessem de morrer”, porque não era “coveiro”. Morreram 680 mil pessoas.

Esse é o homem que se diz católico e evangélico ao mesmo tempo, vive rezando em igrejas e templos, e estimula a compra de armas para que os brasileiros “não sejam mais escravos de ninguém”.

Um terço dos eleitores aprova tudo o que ele diz e faz, e está disposto a reelegê-lo a qualquer preço. Esta campanha já é a quarta mais violenta desde o fim da ditadura militar de 64.

Segundo dados do Monitoramento de Crimes Políticos realizado pelo jornal O Estado de S. Paulo, ela já ultrapassou em número de assassinatos as eleições de 1994, 2002, 2006 e 2014.

*Noblat/Metrópoles

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Datafolha: 81% dos eleitores de Lula acertam seu número ante 67% de Bolsonaro

Voto correto na urna é desafio para Ciro e Tebet, já que maioria de seus eleitores não sabem seu número.

A três semanas da eleição, 29% dos eleitores dizem não saber o número do seu candidato a presidente, de acordo com pesquisa Datafolha. As menções corretas aos números somam 65%, enquanto 4% erram o número de seu candidato.

Nesse quesito, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) leva vantagem em relação ao seu principal adversário, Jair Bolsonaro (PT). Entre os petistas, 81% acertam o número de Lula, 17% não sabem e 1% erra.

Já entre os bolsonaristas, 67% declaram saber o número do presidente na urna, 30% não sabem e 4% erraram.

Enquanto Lula sempre disputou cargos no PT, Bolsonaro está em seu 9º partido. Neste ano, ele disputará a reeleição em uma legenda diferente da que o abrigou em 2018.

A pesquisa Datafolha, divulgada nesta sexta-feira (9), mostra Lula com 45% das intenções de votos contra 34% de Bolsonaro. Ciro Gomes (PDT) tem 7%, e Simone Tebet (MDB) marca 5%.

Ciro e Tebet terão mais trabalho para que seus eleitores votem corretamente. Entre quem declara voto no pedetista, 69% afirmam não saber seu número. Outros 20% acertam e 11% erram o voto na urna.

Já entre quem escolhe Tebet, 66% não sabem, 22% acertam e 13% erram.

Enquanto, na média nacional, 65% dos entrevistados acertam o número de seu candidato, esse índice vai a 70% entre os homens e 61% entre as mulheres; 60% entre quem tem ensino fundamental e 72% entre quem tem ensino superior; 63% entre quem recebe até dois salários mínimos e 75% entre quem recebe mais de dez salários mínimos; 74% para moradores do Nordeste e 61% para os do Sul; 76% entre funcionários públicos e 53% entre donas de casa; e 67% entre católicos e 62% entre evangélicos.

A pesquisa foi feita na quinta (8) e nesta sexta-feira (9). A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. A pesquisa, contratada pela Folha e pela TV Globo, ouviu 2.676 eleitores em 191 municípios e está registrada no Tribunal Superior Eleitoral sob o número BR-07422/2022.

*Com Folha

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“Meu voto é útil para derrotar o inútil”: Ciristas optam por Lula para “derrotar o fascismo”

A divulgação da pesquisa Datafolha na noite desta sexta-feira (9) representou um balde de água fria na candidatura do pedetista Ciro Gomes.

Nessa rodada, o candidato teve uma queda de 2 pontos em relação ao último levantamento, caindo de 9% para 7% e demonstrando que seu tom agressivo contra a candidatura Lula não vem surtindo o efeito pretendido.

Parte de eleitorado, entretanto, parece mais preocupado com os rumos que essa eleição pode pode tomar do que o próprio político e já está manifestando-se nas redes anunciando o voto útil em Lula, contra Bolsonaro.

O perfil @viccommie, ativo defensor da candidatura de Ciro, com mais de 3 mil seguidores, declarou voto útil em Lula: “Meu voto é útil para derrotar o inútil”, disse.

Vale ressaltar que seu discurso encontrou apoio entre outros eleitores do ex-governador cearense.

Veja:

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