Mês: setembro 2022

Leandro Demori deixa o Brasil para se proteger da violência eleitoral

O jornalista Leandro Demori anunciou em suas redes na noite desta quarta-feira (28), que deixou o Brasil por conta dos episódios de violência no período eleitoral.

“Eu decidi junto com a minha família sair do Brasil durante esse período. Nós não estamos mais no Brasil, a gente vai passar um bom tempo fora”, disse. “Os episódios de violência não param de aumentar e eu sou uma pessoa muito visada. Me tornei uma pessoa reconhecível na rua. É uma coisa que eu posso dizer pra vocês tranquilamente que eu nunca busquei, sempre fui repórter e editor, quem me acompanha sabe como é minha carreira”, completou.

“Não posso votar”

Demori lembrou que é uma pessoa que não pode sequer ir votar. “Como é que eu vou votar, ser reconhecido e acontecer alguma coisa? Tenho filho pequeno. A minha família tomou essa decisão em conjunto, então não estamos mais no Brasil, saímos por esse motivo, é uma coisa que é bom deixar claro aqui”, avisou.

“Vou seguir fazendo o programa daqui de onde estamos. Nosso maior desejo é que essa fase passe, que tudo volte ao normal e que eu possa sim, a partir de 2023, criticar o governo Lula de modo legítimo e democrático”, encerrou o jornalista.

https://twitter.com/demori/status/1575293832605966338?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E1575293832605966338%7Ctwgr%5E9adbd2b68d77f7056e08b0ec22bfdd19a939fe13%7Ctwcon%5Es1_c10&ref_url=https%3A%2F%2Fd-961838270200925116.ampproject.net%2F2209072154000%2Fframe.html

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TSE dá 24 horas para o PL explicar uso do Fundo Partidário para produzir documento falso sobre as urnas

O corregedor da Justiça Eleitoral, ministro Benedito Gonçalves, atendeu a uma determinação do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, e determinou que o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, preste informações sobre o uso de verbas públicas para a elaboração de um relatório de auditoria questionando a segurança das urnas eletrônicas.

De acordo com O Globo, o corregedor deu 24 horas para que o partido de Jair Bolsonaro explique “o uso de recursos públicos oriundos do Fundo Partidário na contratação de serviços que resultaram no documento”.

Chamado de “Resultados da Auditoria de Conformidade do PL”, o parecer que veio a público nesta quarta-feira, com base em ilações, afirma haver um “quadro de atraso” no TSE em relação a “medidas de segurança da informação”, o que geraria “vulnerabilidades relevantes”. Segundo o documento, essas falhas podem “resultar em invasão interna ou externa nos sistemas eleitorais, com grave impacto nos resultados das eleições de outubro”.

Logo depois da divulgação do documento, o TSE disse que as afirmações do partido são falsas, mentirosas, fraudulentas e visam tumultuar as eleições.

A divulgação do relatório pelo PL ocorre no momento em que Bolsonaro voltou a elevar o tom das acusações infundadas ao TSE e a fazer questionamentos, sem qualquer prova, sobre a integridade das urnas eletrônicas. Bolsonaro tem indicado que, caso não vença, deve contestar o resultado da votação.

Em nota, o TSE afirmou que “as conclusões do documento intitulado ‘resultados da auditoria de conformidade do PL no TSE’ são falsas e mentirosas, sem nenhum amparo na realidade, reunindo informações fraudulentas e atentatórias ao Estado democrático de Direito e ao Poder Judiciário, em especial à Justiça Eleitoral, em clara tentativa de embaraçar e tumultuar o curso natural do processo eleitoral”.

O presidente do tribunal, ministro Alexandre de Moraes, determinou ainda a remessa do documento ao inquérito das fake news, que tramita no Supremo Tribunal Federal e sob a relatoria do próprio magistrado, “para apuração de responsabilidade criminal de seus idealizadores.

Moraes também determinou o envio do documento produzido pelo PL à Corregedoria Geral Eleitoral “para instauração de procedimento administrativo e apuração de responsabilidade do Partido Liberal e seus dirigentes, em eventual desvio de finalidade na utilização de recursos do fundo partidário”.

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Partido de Bolsonaro pagou R$ 225 mil a instituto que fez parecer chamado de mentiroso pelo TSE

Instituto Voto Legal buscou subsídios junto ao governo para elaborar material sobre urnas contestado por tribunal.

Segundo a Folha, PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, pagou ao menos R$ 225 mil ao IVL (Instituto Voto Legal), que produziu o relatório divulgado nesta quarta-feira (28) que questiona a segurança das urnas eletrônicas.

O IVL foi contratado para representar a legenda na análise do pleito. Para elaborar o documento —posteriormente chamado de mentiroso pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral)—, a entidade inclusive buscou subsídios junto a um órgão ligado à Presidência da República.

Um relatório resumido com as conclusões do instituto foi divulgado nesta quarta. O papel questiona a confiabilidade do sistema eletrônico de votação. Logo depois, o TSE disse que as afirmações do partido são falsas, mentirosas, fraudulentas e visam tumultuar as eleições.

O pagamento à entidade consta no balanço financeiro do PL enviado ao TSE, segundo registros de uma conta bancária identificada como “outros recursos”. As informações são ainda parciais e englobam o período entre janeiro e julho deste ano.

A transferência eletrônica ocorreu no dia 29 de julho. Na mesma conta aparecem registradas, por exemplo, doações de empresários feitas ao partido comandado por Valdemar Costa Neto.

O corregedor-geral do TSE, Benedito Gonçalves, deu 24 horas, a partir desta quinta-feira (29), para o PL informar se usou recursos públicos, como do fundo eleitoral ou partidário, na elaboração do documento.

À Folha o presidente do IVL, Carlos Rocha, afirmou que não comentaria a relação contratual mantida com o PL. “Não vou entrar nesse campo”, disse o engenheiro. O partido informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que também não se manifestaria sobre o assunto.

No começo de maio, Bolsonaro anunciou, em tom de ameaça, que uma auditoria seria contratada e sugeriu que os resultados da análise poderiam complicar o TSE, caso a empresa constatasse que é “impossível auditar o processo”.

O presidente encabeça uma cruzada contra o TSE e o sistema eletrônico de votação e tem feito repetidas insinuações golpistas sobre as eleições.

Após ser contratado pelo partido de Bolsonaro, representantes do IVL realizaram uma série de reuniões em diferentes órgãos, inclusive com técnicos do governo federal.

Eles se encontraram com diretores do ITI (Instituto Nacional de Tecnologia da Informação), órgão vinculado à Casa Civil e que mantém acordo de cooperação técnica com o TSE. Uma reunião ocorreu no dia 4 de agosto, segundo a agenda do diretor-presidente do ITI, Carlos Fortner.

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Vitória de Lula tem dimensão histórica. Amplitude das alianças ajuda a reconciliar o País

Luis Costa Pinto – Cada um de nós, democratas brasileiros, saberá exatamente onde estava por volta das 8 horas da noite do próximo domingo. A lembrança ficará guardada no museu personalíssimo de experiências históricas de nossas memórias por anos a fio. Ao redor desse horário, talvez um pouco antes das 8 e meia, o Tribunal Superior Eleitoral terá concluído a contabilização dos votos presidenciais e vai divulgá-los de imediato.

Marque onde estará. Você lembrará desse 2 de outubro de 2022 como a geração de meus avós lembrava da invasão alemã à Polônia e à Tchecoslováquia, em 1939, do bombardeio à esquadra norte-americana do Pacífico em Pearl Harbor, em 1942 e, também, da entrada triunfal do Exército Soviético na Berlim devastada de 1945. Ou como a minha geração lembra do que fazia em 24 de abril de 1984, quando a emenda das Diretas Já foi derrotada no Congresso Nacional; do 25 de janeiro de 1985, quando Tancredo Neves foi eleito no Colégio Eleitoral derrotando a ditadura militar com as próprias ferramentas esgrimidas por elas contra nós; do 5 de outubro de 1988 quando se promulgou a Constituição que pôs fim ao entulho e à barbárie dos ditadores.

A sensação que teremos por todo o País, espraiando-se em rompantes descoordenados de alegria esfuziante e ruidosa, será a de que empurramos o espectro demoníaco e viscoso do fascismo bolsonarista de volta para a fossa de onde emergiu violentamente em 2018 depois dos vazamentos de gases tóxicos ocorridos a partir de 2013. Tapar a cloaca que permitiu a nuvem maligna de ódios gratuitos, preconceitos bizarros, reacionarismo torpe e “anticientificismo” (acho que criei o termo) atroz com um monólito imaginário terá a força de estar do lado dos vencedores em enredos de séries contemporâneas como Dark, Stranger Things, Years and Years e O Conto da Aia.

Desde 1º de janeiro de 2019, quando Jair Bolsonaro desfilou pelo Eixo Monumental de Brasília a bordo do rolls royce presidencial tendo o filho Carlos, o doidivanas 02, inapropriadamente dentro do veículo bancando o segurança do pai; até a noite da última terça-feira, quando um presidente surtado e apoplético, trajando uma camisa amarela ornada por um adesivo com a efígie dele mesmo, com cenário ambientado na vybe estética de uma caverna afegã da Al Qaeda, o Brasil preencheu positivamente todos os itens do roteiro descritivo de “Como as Democracias Morrem”. Vencemos e superamos todas as ameaças. E isso não é pouco, nem foi simples. Orgulhemo-nos, pois (nós, democratas e terrarredondistas que acreditamos na força e no poder das maiorias e na força gravitacional do Sol que faz os planetas, entre eles a Terra, cumprirem movimentos de rotação e de translação em torno de si e isso explica como e por que os dias se sucedem às noites, os anos vêm depois de 365 dias e 6 horas e a primavera brasileira desabrocha depois do inverno devastador da ignorância e da boçalidade).

Em 2018, há escassos quatro anos, éramos minoria e estávamos derrotados. Sabíamos dos erros e dos vícios do processo jurídico que havia levado o ex-presidente Lula à cadeia com o propósito de apartá-lo do processo eleitoral. O projeto de um grupo majoritariamente integrado por militares e mantido por empresas e empresários cansados de perder sucessivas eleições disputadas sob as regras do jogo democrático era eleger Bolsonaro e tutelá-lo. Criam ter capacidade e competência para governar usando o ex-capitão expulso do Exército por má conduta e flertes com terrorismo de extrema-direita. A aventura se revelou rapidamente insana e lançou o Brasil numa quadra distópica.

A distopia brasileira custou caro. Num dos primeiros atos de seu mandato assustadoramente desumano e vergonhosamente nefasto, Jair Bolsonaro praguejou contra o Código Nacional de Trânsito e a Lei Seca. Como se estivesse a testar os limites institucionais do País – e eles foram elásticos demais naqueles tempos em que assistíamos espantados ao desabrochar de Todo o Mal dos casulos onde dormia imóvel, mas não inerte, A Grande Peste – falou-se em revogar a obrigatoriedade de crianças menores de cinco anos andarem em cadeirinhas de segurança nos automóveis, em dobrar o número de pontos necessários para que infratores contumazes passassem por reciclagem dos Departamentos de Trânsito e, até, em permitir certo teor alcoólico nos motoristas. Aquilo era, já, as vesperais da morte.

O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), órgão criado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e posto para funcionar efetivamente pelo ex-presidente Lula, foi vilipendiado em suas finalidades, destroçado em suas ferramentas e transferido para dentro do Banco Central onde se converteu em algo burocrático. A razão para se destroçar o Coaf, nos primeiros meses do mandato nefasto deste presidente demoniacamente vagabundo, foi o fato de o Conselho ter rastreado as primeiras de muitas operações irregulares do clã Bolsonaro com dinheiro vivo. O Coaf havia desvendado o esquema das “rachadinhas”, a corrupção insidiosa e vil pela qual o pai – Jair Bolsonaro – e seus filhos parlamentares extorquiam funcionários dos gabinetes e lhes roubavam o salário pago com dinheiro público em troca de não lhes exigir presença nas repartições. Com o beneplácito do então ministro da Justiça, o ex-juiz Sérgio Moro, que havia operado o Poder Judiciário para prender Lula usurpando a Constituição e burlando a regra consagrada do Juiz Natural, o Coaf e depois a Polícia Federal foram subjugadas e se mantiveram acadelados sob a mão pesada e tosca de um presidente da República corrupto e despreparado.

Abateu-se sobre o mundo – e, obviamente, sobre o Brasil – a pandemia por coronavírus Covid-19. Caso houvesse uma nesga de boas intenções ou um traço de inteligência naquele espectro de torpeza e de vilania infernais de Jair Bolsonaro, O Idiota teria aproveitado para dar um susto na História e governar. O Congresso Nacional concedeu-lhe uma bazuca de ouro para fazê-lo, o Orçamento de Guerra, ou seja, a possibilidade de gastar o que houvesse em caixa a fim de erguer defesas no País contra o avanço da praga desconhecida e mortal. Ignorante, despreparado, canalha, desalmado, ele escalou governadores de estado, o Supremo Tribunal Federal e a Ciência em geral para justificar seus desmandos que se revelaram letais para os brasileiros: com menos de 3% da população mundial, vimos morreram aqui mais de 11% das vítimas de Covid-19 em todo o planeta. Essa estatística não é feita por números frios. É, isto sim, resultado de uma agenda mortífera alinhada com o que há de mais diabólico e nocivo. Qual jagunços reunidos em torno do líder do bando que tomava de assalto as pequenas propriedades do interior e currava as mulheres que encontrava pelo caminho, os militares associados ao bolsonarismo subscreverem esse roteiro perverso e chancelaram os ataques às instituições.

O Poder Judiciário, por meio de sua Corte Suprema, que havia posto um cacife sobre a mesa em 2016, abaixando a cabeça e fechando os olhos aos atalhos que os aventureiros pegaram naquele momento, de carona na jamanta desgovernada pilotada pela dupla de facínoras Eduardo Cunha e Aécio Neves, dobrou a aposta em 2018 ao fazer vista grossa às ilegalidades e inconstitucionalidades do ex-juiz Moro. Houve interferência direta no processo eleitoral e na vitória de Bolsonaro há quatro anos, eivada de ilegitimidade só por isso, mas, não apenas por isso. Contudo, assustado e acantonado ante os avanços da marcha de insensatos que seguia o presidente da República e se locupletava com os assaltos, as marretagens e os escombros ruinosos espalhados pelo Brasil como um cortejo de fim de mundo a ficar para trás à passagem do ungido pelo diabo, o Judiciário ensaiou reações.

E reagiu.

Primeiro, desfez a infâmia Histórica da condenação de Lula. A partir dali as forças de resistência foram se organizando e a resiliência heroica de alguns – como os advogados de defesa do ex-presidente, a força enternecedora do acampamento Lula, Livre, em Curitiba, a fortaleza resistente das bases do Partido dos Trabalhadores, o único dos grandes partidos que vinham desde a redemocratização. Nenhum deles sobreviveu às bombas atômicas desferidas pela Lava Jato a partir do roteiro ficcional forjado por procuradores, delegados federais e Sérgio Moro em Curitiba (com o auxílio do Tribunal Regional Federal da 4ª Região sediado em Porto Alegre).

Depois de desfazer o irreparável erro jurídico que foi a condenação de Lula, e a partir disso reconhecer, implicitamente, sem fazer meas culpas explícitos, seu papel decisivo para a eleição de Bolsonaro em 2018, o STF ofereceu à mídia tradicional brasileira uma porta de saída da armadilha do lava-jatismo. Ela havia construído para si os dispositivos com os quais acabou caçada e despida. Resistentes a autocríticas, porém, escassas empresas e raríssimos jornalistas admitiram seus erros e o co-protagonismo que tiveram nessa tragédia do Brasil contemporâneo. Não vejo heróis entre eles quando os miro a partir da perspectiva de cá – de quem estava desde sempre do lado certo da História.

Por fim, chegamos ao momento em que a virtude reencontrou a fortuna no Brasil: o Lula que deixou os 580 dias de infâmia e abuso judicial em Curitiba revelou-se ao País alguém melhor e ainda mais amplo do que o ex-presidente encarcerado pelos adversários que não conseguiram vencê-lo dentro da lei e das regras do jogo democrático. Lula viu a cena política nacional voltar a convergir para a figura gigantesca e carismática que ele é desde os tempos do movimento sindical.

Em que pese ter cumprido dois mandatos presidenciais inclusivos e dinâmicos, e de jamais ter abandonado a Constituição e os limites institucionais para chegar ao Poder ou para se preservar como “intocável” (porque jamais se viu assim), arquivou ressentimentos e costurou alianças. Uniu-se a Geraldo Alckmin, contra quem havia tido embates eleitorais e pálios políticos em tempos recentes.

A dupla Lula-Alckmin terminou por se revelar uma arma poderosamente eficaz contra as maledicências – deu match! – e permitiu que sonhos singulares fossem sonhados em conjunto. Na esteira desta semana que antecede o pleito do 1º turno, o ex-presidente da República e o ex-governador paulista exibem para o País e para o mundo a mais ampla, vistosa e vitoriosa (já, sim, admitamos. Há 85% de chances de tudo se resolver no 1º turno, posto que um 2º turno é mais inútil do que arriscado) aliança democrática formada por estas bandas. O imenso e generoso arco dessa aliança é revolucionariamente necessário porque a missão dada a estes dois homens, a partir das 8 horas da noite de domingo, quando cada um de nós se lembrará por anos a fio onde estava e o que fazia ao sair o resultado das urnas presidenciais de 2022, é a reconciliação do Brasil e dos brasileiros.

É preciso reconstruir a Nação, e isso só pode fazer quem nasceu para somar, como Lula, como Alckmin, e não quem vive para dividir, como o espectro demoníaco posto de volta no portal do inferno – devolvido por nós da mesma forma como Yemanjá rejeita as oferendas malsãs que lhe são feitas.

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Mais um apoio de peso: ex-ministro do STF Carlos Velloso declara: ‘meu voto é para Lula’

Velloso afirma que Bolsonaro ameaça o estado Democrático de Direito ao questionar sistema eleitoral brasileiro.

O ministro aposentado do STF (Supremo Tribunal Federal) Carlos Velloso declarou, nesta quarta (28), voto no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no pleito deste domingo (2). As informações são de Mônica Bergamo.

“Diante das ameaças do candidato Bolsonaro [PL] contra o sistema eleitoral brasileiro, especialmente contra as urnas eletrônicas, reconhecidas aqui e no exterior como seguras e confiáveis, o que redunda em ameaça ao Estado Democrático de Direito, meu voto, no próximo domingo, será para o Lula”, afirmou Velloso, que é ex-presidente do STF e do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

A declaração está sendo comemorada na campanha de Lula: de perfil conservador, o magistrado aposentado sempre foi um entusiasta da operação Lava Jato, defendendo as medidas tomadas pelos procuradores de Curitiba (PR) e pelo ex-juiz Sergio Moro.

Ele enviou a mensagem a pedido dos advogados Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, e Marco Aurélio de Carvalho, ambos do grupo Prerrogativas.

Na segunda (26), o também ex-ministro do STF Joaquim Barbosa declarou voto em Lula e fez críticas a Bolsonaro.

Em um dos vídeos gravados em apoio à campanha do ex-presidente, ele diz que Bolsonaro não é um homem sério e que é visto por grandes democracias como “um ser humano abjeto, desprezível, uma pessoa a ser evitada”.

O ministro aposentado foi indicado à cadeira na corte pelo próprio Lula, mas depois tornou-se algoz do PT. Barbosa presidiu o STF e foi relator do mensalão, processo que atingiu em cheio o governo petista.

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A onda Lula que floresce no Brasil inteiro, é um fenômeno espontâneo da sociedade

O diretor-geral do DataFolha, Mauro Paulino, que sempre participa da Central das Eleições, na GloboNews, tem chamado a atenção para um fato extremamente importante nessas eleições, que os mesmos números que hoje dão vitória a Lula, davam vitória a ele em 2018, o que confirma que um juiz criminoso como Moro, que condenou e prendeu Lula sem qualquer prova, foi decisivo para levar Bolsonaro ao poder.

As eleições atuais mostram que o feito do chavequeiro de Curitiba está lhe custado muito caro quando se aventura a assumir que sempre operou na Lava Jato como político e, por isso, resolveu se candidatar à presidência, mas desistiu por falta de votos e, tudo indica, como candidato ao Senado por Curitiba, sairá derrotado das urnas.

Como bem disse Gilmar Mendes, “voltará ao nada”.

O fato é que, uma frase dita de forma genérica, inclusive, imagina isso, por Bolsonaro que “o poder emana do povo”, nunca foi tão integral como hoje, sobretudo das camadas mais pobres da população, não porque Lula é um mito ou uma figura que exerce um magnetismo divino perante a sociedade, mas porque Lula não só ouviu, como viveu como um brasileiro comum, o que a maioria da população viveu até o seu governo.

É a memória do governo Lula que sempre significou uma grande vitória para essa parcela da sociedade, que está colocando azeitona na empada de Lula e, com isso, mandando um recado claro às tais instituições que estavam funcionando, segundo as insistentes afirmações dos comentaristas da Globo sobre o golpe do impeachment de Dilma e o golpe da condenação e prisão de Lula, deixando um recado claro para os que “mandam” nessa república de cartas marcadas que, em outras palavras, sentenciou: “nós não fomos para as ruas brigar, mas jamais fizemos as pazes com vocês”.

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PoderData: Rejeição a Lula recua na reta final na campanha

Pesquisa PoderData feita com 4.500 entrevistas de 25 a 27 de setembro mostra que 36% do eleitorado dizem que não votariam “de jeito nenhum” em Luiz Inácio Lula a Silva (PT). A margem de erro é de 1,5 ponto percentual.

A taxa recuou 5 pontos percentuais em 15 dias: em 11 a 13 de setembro, estava em 41%. Na pesquisa feita nos dias 18 a 20 do mesmo mês, era de 38%.

Para aferir as taxas de rejeição e potencial de votos, o PoderData faz uma pergunta sobre cada candidato, individualmente; o entrevistado pode dizer que aquele nome é 1) o “único em quem votaria”, 2) que “poderia” votar nele ou 3) que não votaria nele “de jeito nenhum”. Nesta rodada, foram testados por essa métrica Lula e Jair Bolsonaro (PL).

O presidente da República segue com uma taxa rejeição mais alta do que seu principal oponente: hoje, 53% negam a possibilidade de votar nele. O percentual vem oscilando perto dos 50% desde março.

A pesquisa foi realizada pelo PoderData, empresa do grupo Poder360Jornalismo, com recursos próprios. Os resultados são divulgados em parceria editorial com a TV Cultura. Os dados foram coletados de 25 a 27 de setembro de 2022, por meio de ligações para celulares e telefones fixos. Foram 4.500 entrevistas em 323 municípios nas 27 unidades da Federação. A margem de erro é de 1,5 ponto percentual. O intervalo de confiança é de 95%. O registro no TSE é BR-01426/2022.

Para chegar a 4.500 entrevistas que preencham proporcionalmente (conforme aparecem na sociedade) os grupos por sexo, idade, renda, escolaridade e localização geográfica, o PoderData faz dezenas de milhares de telefonemas. Muitas vezes, são mais de 100 mil ligações até que sejam encontrados os entrevistados que representem de forma fiel o conjunto da população. Saiba mais sobre a metodologia lendo este texto.

“ÚNICO EM QUEM VOTARIA” Hoje, 44% consideram Lula como a única opção de voto para presidente, enquanto 36% dizem o mesmo de Bolsonaro. As taxas registram estabilidade desde agosto.

POTENCIAL DE VOTO Eis os números de potencial de voto dos 2 candidatos nesta rodada da pesquisa PoderData.

*Com Poder360

Vídeo: bolsonarista ameaça atirar contra equipe de candidata do PT

Com a proximidade do primeiro turno, que ocorre neste domingo (2), a militância bolsonarista tem aumentado o seu grau de violência e atacado militantes e candidatos vinculados ao Partido dos Trabalhadores.

Nesta terça-feira (28), a equipe da candidata a deputada federal Carol Dartora (PT-PR) foi ameaça por um militante bolsonarista. De acordo com relatos da parlamentar, que é vereadora por Curitiba, o homem passou em frente à barraca de campanha e, nesse momento, um dos integrantes ofereceu um panfleto de campanha, como resposta, o homem começou a fazer ameaças.

“Ele passou pela nossa barraca, eu fui entregar um panfleto da Carol com o Lula, ele falou que ia dar um tiro na minha cara e cuspir na nossa cara.” Conta uma das trabalhadoras que foi vítima da ameaça.

Após as ameaças, pessoas que estavam no local passaram a questioná-lo e o apoiador do presidente fez novas ameaças. Posteriormente, ele tentou fugir e se escondeu em uma barraca de um candidato da extrema direita.

O autor das ameaças foi identificado como Ricardo Rosa, médico ginecologista que, em 2013, foi indiciado por atropelar um ciclista em Curitiba e fugir sem prestar socorro.

Após as ameaças de violência, Rosa foi conduzido pela Guarda Municipal até a delegacia e um boletim de ocorrência foi registrado no 1º Distrito Policial da Polícia Civil.

A candidata Carol Dartora se manifestou sobre o ocorrido. “Nossos companheiros ficaram bastante abalados emocionalmente, mas felizmente não aconteceu algo pior. Identificado como sendo o médico ginecologista, Ricardo Rosa, o autor das ameaças foi conduzido à delegacia e um boletim de ocorrência registrado”, disse.

Dartora também afirma que “esse ódio é estimulado pela intolerância ao diferente e pelo inconformismo com os valores democráticos por parte de adeptos da ideologia do bolsonarismo. Querem nos amedrontar, nos impedir de exercer nossos direitos políticos, mas não terão êxito e daremos a nossa resposta nas urnas, no próximo dia 2 de outubro”.

*Com Forum

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Após Joaquim Barbosa e Celso de Mello, Lula recebe apoio de Nelson Jobim e espera Britto

Petista soma declarações públicas de quatro ex-presidentes do STF a favor de sua candidatura.

O ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e ex-ministro da Justiça Nelson Jobim reafirmou nesta quarta-feira (28) seu apoio à candidatura Lula/Alckmin.

Lula aguarda também para esta quarta outro suporte na campanha: do também ex-presidente do STF Ayres Britto, que deve reafirmar em vídeo estar com o petista na eleição presidencial.

A declaração se somará à de Celso de Mello, outro ex-ministro do STF e que foi decano do Tribunal. Na manhã desta quarta, Mello disse que seu voto “será dado em favor de Lula no primeiro turno”.

A articulação para obter fala pública de Ayres Britto conta com participação do grupo Prerrogativas, composto por advogados aliados de Lula – e responsáveis pelo primeiro encontro do petista para fechar o acordo e ter Geraldo Alckmin como vice em sua chapa.

Foi Alckmin quem obteve o vídeo de apoio feito por Joaquim Barbosa, relator do mensalão no STF, em defesa da eleição de Lula em 1º turno.

*Com G1

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Ex-ministro do STF, Celso de Mello, declara apoio a Lula

O ex-decano do Supremo Tribunal Federal Celso de Mello se soma ao ex-colega Joaquim Barbosa e é mais um ex-presidente da mais alta corte do país a declarar voto em Lula no primeiro turno.

Segundo Vera Magalhães, a declaração, à qual o blog teve acesso com exclusividade, foi feita por escrito na noite desta terça-feira por Mello ao coordenador do grupo de juristas Prerrogativas, Marco Aurélio de Carvalho, que procurou Mello em busca de um vídeo similar ao de Barbosa.

Em tom duríssimo, que já vinha adotando em declarações e artigos recentes, como por ocasião dos manifestos em defesa da democracia, Celso de Mello classifica Jair Bolsonaro como “a constrangedora figura de um político menor, sem estatura presidencial , de elevado coeficiente de mediocridade , destituído de respeitabilidade política, adepto de corrente ideológica de extrema-direita que perigosamente nega reverência à ordem democrática, ao primado da Constituição e aos princípios fundantes da República”. E é pela repulsa ao presidente que ele justifica a opção por Lula no primeiro turno.

O ex-ministro alegou razões de saúde para não gravar o vídeo, mas manifestou entusiasmo com a ideia de se somar a um grupo crescente de personalidades do meio jurídico e de outras áreas que têm declarado voto em Lula pela necessidade de derrotar o presidente Jair Bolsonaro.

O apoio de Celso de Mello foi comemorado porque, assim como Barbosa, ele foi muito duro com o PT na época do julgamento do mensalão. Portanto, sua declaração de voto é vista como capaz de sensibilizar a parcela da sociedade que ainda hesita em votar em Lula por conta dos escândalos de corrupção dos governos petistas, pela enfática maneira com que ele aponta a incapacidade de Bolsonaro de governar.

Marco Aurélio de Carvalho disse ao blog que Celso de Mello é “um exemplo de retidão, de caráter, compromisso com o país, de espírito público”. Para ele, o apoio do ex-ministro é “uma honra” para a campanha de Lula. “É alguém que nunca se acovardou nem se escondeu na conveniência do silêncio. Uma inspiração para todos os operadores do direito”, disse o advogado.

Leia a seguir a íntegra da nota de Celso de Mello:

“A atuação de Bolsonaro na Presidência da República revelou a uma Nação estarrecida por seus atos e declarações a constrangedora figura de um político menor, sem estatura presidencial , de elevado coeficiente de mediocridade , destituído de respeitabilidade política, adepto de corrente ideológica de extrema-direita que perigosamente nega reverência à ordem democrática, ao primado da Constituição e aos princípios fundantes da República, e cujo comportamento vulgar, de todo incompatível com a seriedade do cargo que exerce , causou o efeito perverso de vergonhosamente degradar a dignidade do ofício presidencial ao plano menor de gestos patéticos e de claro ( e censurável ) desapreço ao regime em que se estrutura o Estado Democrático de Direito! Em defesa da sacralidade da Constituição e das liberdades fundamentais, em prol da dignidade da função política e do decoro no exercício do mandato presidencial e em respeito à inviolabilidade do regime democrático, tenho uma certeza absoluta: NÃO votarei em Jair Bolsonaro! É por tais razões que o meu voto será dado em favor de Lula no primeiro turno.” (CELSO DE MELLO, ministro aposentado e ex-presidente do Supremo Tribunal Federal, biênio 1997-1999)

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