Ano: 2022

Se passar, acordo da PEC é bom para Lula, com percentual maior do Orçamento

Reinaldo Azevedo – Há duas formas principais de ler uma negociação política: 1) o melhor acordo é o possível, já que o pior é o desejável, mas irrealizável; 2) ou tudo sai como quer uma das partes, de sorte que a outra saia humilhada, ou nada feito. A primeira é própria da política; a segunda fabrica impasses e crises. Parece, por ora, que tudo caminha para uma solução política no que respeita à PEC da Transição e ao Orçamento do ano que vem. O futuro governo, ao fim de tudo, ganhou ou perdeu? Ganhou. Volto ao ponto mais adiante.

Se tudo sair como negociaram Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara, os líderes dos partidos e os petistas Fernando Haddad (futuro ministro da Economia), Josué Guimarães (CE), líder do PT na Câmara, e o senador Jaques Wagner (BA) — os três últimos falando pelo futuro governo –, caminha-se para o seguinte:
– os termos da PEC de Transição terão validade por um ano;
– o teto de gastos será elevado em R$ 145 bilhões;
– mantêm-se os 6% sobre receitas extraordinárias, coisa da ordem R$ 23 bilhões;
– mantêm-se a possibilidade de investir R$ 24,6 bilhões, fora do teto, de contas abandonadas do PIS-Pasep — que não têm origem no Orçamento;
– recursos oriundos de acordos com organismos multilaterais não poderão ser usados fora do teto; isso será suprimido do texto;
– a PEC de Transição também dará a nova destinação aos R$ 19,4 bilhões das Emendas do Relator, tornadas inconstitucionais pelo STF. A divisão ficará assim:
a: R$ 9,7 bilhões (metade dos recursos) serão convertidos em emendas individuais, de execução obrigatória (RP6);
b: a outra metade irá para as emendas RP2, que o governo usa de forma discricionária.

Há o entendimento de que a mudança do prazo de dois para um ano e a questão relativa ao financiamento internacional não precisam ser referendados pelo Senado. Já a nova destinação dos R$ 19,4 bilhões tem de ser incluída na PEC da Transição. As emendas individuais, que ficarão com metade da grana, correspondem a 1,2% da Receita Corrente Líquida. Isso foi definido por emenda em 2015 e por emenda tem de ser alterado.

As principais lideranças que participaram do acordo acreditam que se pode conseguir algo em torno de 340 votos na Câmara para esse arranjo. Há ainda os inconformados, que querem suprimir da emenda os recursos referentes às receitas extraordinárias e ao PIS-Pasep.

Tudo caminhando sem novos percalços, a Câmara pode votar ainda hoje a PEC, e há a expectativa de que o Senado também referende ainda nesta terça a alteração referente à divisão das emendas do relator. A Comissão Mista do Orçamento se reúne amanhã, e haverá um esforço para definir, então, a nova peça orçamentária. Celso Sabino (União-PA), presidente da Comissão, não descarta a eventual convocação do Congresso para a semana que vem caso isso não aconteça.

O senador Marcelo Castro (MDB-PI), relator-geral do Orçamento, está convicto de que tudo se resolve nesta semana. Em entrevista coletiva, afirmou:
“Nós vamos votar essa semana. Nós vamos votar o Orçamento, esperamos, amanhã ou depois de amanhã, que é o último dia. Quinta-feira vai ser o último dia de funcionamento do Congresso Nacional. No dia 23, o Congresso entra em recesso. Então, nós temos de votar até o dia 22, que é quinta-feira”.

FUTURO GOVERNO GANHA OU PERDE?
Vamos ver.

O fato de a elevação do teto valer apenas por um ano é, por óbvio, um contratempo para o futuro governo. Afinal, antes da metade do ano que vem, começa a negociação sobre o Orçamento de 2024. E a nova gestão tem seis meses para negociar com o Congresso uma nova âncora fiscal.

Mas considerem:
1 – dado que dinheiro não cai do céu, os recursos que ficarão fora do teto agora não aparecerão por mágica. Quando menos, qualquer que seja a âncora, será preciso fazer frente às despesas, não? Ou o futuro Congresso vai mandar os pobres à breca? Ademais, o ministro Gilmar Mendes lembrou ao Parlamento que aí está — e valerá para o próximo — que os recursos do Bolsa Família, por lei e por determinação Constitucional, estão garantidos. Como está na sua decisão, inexiste âncora fiscal que invalide o que dispõe a Constituição nos Artigos 3º, 6º e 23. Ademais, há a Lei 10.835, que dispõe sobre a renda mínima. E, num Mandado de Injunção, o STF definiu, por unanimidade, em 2021 que ela tem de ser posta em prática;

2 – os R$ 145 bilhões fazem frente ao complemento necessário para os R$ 600 do Bolsa Família e os R$ 150 a crianças abaixo de seis anos de famílias atendidas pelo programa. As duas contas somam R$ 70 bilhões;

3 – haverá recursos para recompor os orçamentos da Saúde, que havia perdido R$ 16,6 bilhões, da Educação, com quase R$ 5 bilhões a menos e do Minha Casa Minha Vida, que contava com ridículos R$ 34 milhões;

5 – caso se mantenham os termos do acordo, o governo poderá elevar o valor dos investimentos com os R$ 23,9 bilhões previstos, oriundos de receitas extraordinárias. É um ganho considerável porque, acreditem, no Orçamento atual, estão reservados apenas R$ 22 bilhões para esse fim;

6 – a grana abandonada no PIS-Pasep há mais de 20 anos não tem mesmo de entrar no teto. O dinheiro é privado e não sai do Orçamento;

7 – a decisão do Supremo, que tornou inconstitucional a forma como estavam as emendas do relator, acabou liberando para uso discricionário do governo outros R$ 9,4 bilhões.

Assim, tudo saindo como se definiu na reunião, o resultado é obviamente positivo para o futuro governo. E se vai ter, afinal, um Orçamento mais realista do que aquela patuscada entregue pelo atual governo.

A Bolsa sobe enquanto escrevo; o dólar cai. Alguma tia ou algum tio no parquinho “Duzmércáduz” disse àquela garotada buliçosa e um tantinho perigosa que a PEC foi desidratada — ou que nome queiram dar —, embora, a rigor, a mudança diga respeito apenas ao prazo, como se, em 2024, fosse chover maná… Mas sempre é melhor quando os infantes do mercado especulam a favor, obedecendo a uma lógica muito própria, que, como frequência, desafia a lógica clássica.

Vai ver a moçada está feliz porque, depois da decisão do Supremo sobre as emendas do relator, o futuro governo ganhou uma margem de R$ 9,4 bilhões a mais para interferir no Orçamento.

*Uol

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Filho de Sérgio Cabral sobre o pai: “Seis anos te tornaram um homem melhor”

Após mais de seis anos na cadeia, o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral foi solto, na noite desta segunda-feira (19/12).

O filho do ex-governador Sérgio Cabral usou as redes sociais na madrugada desta segunda-feira (19/12) para comemorar a chegada do pai em casa, em Copacabana, no Rio de Janeiro, onde ele cumprirá prisão domiciliar.

Em uma publicação no Instagram, Marco Antonio Cabral, eleito segundo suplente a deputado federal pelo MDB este ano, compartilhou uma foto beijando o pai e agradeceu a Deus pelo momento.

“Esses 6 anos te tornaram um homem melhor, mais preparado e mais forte! Na hora da dor, do sofrimento, a gente sabe quem é quem, e eu quero aproveitar para agradecer todas as pessoas que me enviaram mensagens de força, de carinho e de amizade em todos os momentos dessa luta, e agora na ida do meu pai para casa. É muito bom receber depoimentos de muitas pessoas que tiveram a vida melhorada e transformada pelo meu pai em seus mais de 30 anos de vida pública” afirmou Marco em trecho da legenda.

https://www.instagram.com/p/CmXvrRrtsEX/?utm_source=ig_web_copy_link

Após mais de seis anos na cadeia, o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral foi solto, na noite desta segunda-feira (19/12), por volta de 20h30, após chegada de um alvará de soltura, trazido por um oficial de Justiça. Ele deixou uma unidade prisional da Polícia Militar na cidade de Niterói, localizada há 11km da capital do estado.

O ex-governador ficará em prisão domiciliar e será monitorado por tornozeleira eletrônica. Ele já saiu do presídio com o equipamento de rastreio, e foi direto para dentro de um carro, evitando falar com jornalistas que estavam na porta da unidade prisional.

*Com Correio Braziliense

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Gilmar Mendes suspende porte e manda Carla Zambelli entregar arma e munições em até 48 horas

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes determinou a suspensão do porte de arma da deputada federal bolsonarista Carla Zambelli (PL-SP) e que ela entregue sua pistola e munições à Polícia Federal em até 48 horas. A decisão de Gilmar atendeu a um pedido feito pela Procuradoria-Geral da República (PGR), segundo O Globo.

“Decorrido o prazo (de 48 horas), sem atendimento voluntário, expeça-se mandado de busca e apreensão nos endereços da investigada”, escreveu.

O pedido foi feito pela Procuradoria-Geral da República na segunda-feira. Na manifestação, a vice-procuradora-geral da República Lindôra Araújo solicitou que sejam feitas tratativas com a parlamentar para que a arma seja entregue voluntariamente por ela ou que a pistola seja apreendida em seus endereços, em conjunto com as munições.

“O tensionamento político atual, a iminente transição pacífica de poder e o porte indevido da arma de fogo para suposto exercício do direito de defesa da honra revelam que a suspensão cautelar do porte e a apreensão da arma de fogo são medidas suficientes para coibir a reiteração do delito investigado e resguardar a ordem pública”, escreveu.

A vice-PGR apontou ainda que o caso pode configurar crime de porte ilegal de arma de fogo, porque a deputada não possuía autorização para transitar na rua ou entrar em um estabelecimento com o armamento.

Por isso, Lindôra escreveu que vai negociar um acordo de não persecução penal (ANPP) com a deputada para permitir o encerramento célere do processo.

Em nota, a deputada negou irregularidades no episódio e disse que a PGR “erra ao dizer que o porte é ilegal”. “A deputada reitera, ainda, que se encontra em missão oficial e não tem condições, ainda que fosse legítimo o pedido, de proceder com a entrega da pistola e munições”, diz a nota.

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PF já prendeu pastor e mais 4 em operação contra atos antidemocráticos no ES

Entre os suspeitos estão pastor bolsonarista, jornalista, dois deputados estaduais e vereador.

Desde a deflagração de operação da Polícia Federal contra atos antidemocráticos, dois deputados estaduais, um vereador, um jornalista e um pastor bolsonarista foram presos no Espírito Santo, suspeitos de envolvimento em manifestações do tipo.

De acordo com a Folha, o pastor bolsonarista Fabiano Oliveira foi preso nesta segunda-feira (19), em Vila Velha (ES). Sua prisão foi confirmada pela Sejus (Secretaria de Justiça do Espírito Santo). Ele deu entrada no Centro de Detenção Provisória de Viana 2 pela manhã.

Desde a última quinta-feira (15), quando se iniciou a operação da PF, também foram presos no estado o jornalista Jackson Rangel Vieira, que está na Penitenciária de Segurança Média 1, e o vereador de Vitória, Armando Fontoura Borges Filho, o Armandinho Fontoura (Podemos), que também deu entrada no Centro de Detenção Provisória de Viana 2, informou a Sejus.

Além deles, segundo a Secretaria, o deputado estadual Carlos Von (DC) teve instalada uma tornozeleira eletrônica, assim como o deputado estadual Luciano Castelo de Assumção, o Capitão Assumção (PL), todos na mesma operação e também suspeitos de colaborar com atos antidemocráticos.

A Folha tentou contato, mas não conseguiu localizar as defesas do pastor Fabiano Oliveira e de Jackson Rangel Vieira até a conclusão desta reportagem.

A reportagem ligou quatro vezes e enviou e-mail, mas não obteve resposta dos gabinetes de Carlos Von e Armandinho Fontoura. Caso haja resposta, o texto será atualizado. Já o gabinete do deputado Capitão Assumção diz que não se manifestará a respeito.

Em vídeo divulgado em redes sociais de apoiadores antes de ser preso, o pastor Fabiano Oliveira pede proteção e “exílio militar”, em frente ao 38º Batalhão de Infantaria do Exército de Vila Velha.

Nas imagens, ele chama o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes de bandido, e se vítima de perseguição política.

Com a deflagração da operação, a PF cumpre 81 mandados de busca e apreensão nos estados do Acre, Amazonas, Rondônia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e no Distrito Federal.

As medidas foram expedidas por Moraes, que também preside o TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Ele ainda determinou o bloqueio de contas bancárias e perfis de redes sociais dos investigados.

O balanço parcial da PF registrou a apreensão de 21 armas e 200 munições. Em um dos endereços, em Santa Catarina, foram encontradas 11 armas, entre elas uma submetralhadora, um fuzil e rifles com luneta.

Por meio de nota, o STF diz que “a operação se baseou em uma rede de investigação formada por relatórios de inteligência enviados pelo Ministério Público, pela Polícia Civil, pela Polícia Militar e pela Polícia Rodoviária Federal dos estados”.

Segundo a Corte, os levantamentos das corporações identificaram “patrocinadores de manifestações, financiadores de estruturas para acampamentos, arrecadadores de recursos, lideranças de protestos, mobilizadores de ações antidemocráticas em redes sociais, além de donos de caminhões e veículos que participaram de bloqueio”.

A nota ressalta que a investigação apura a atuação de três grupos “envolvidos no crime de abolição violenta do Estado democrático de Direito”.

Foram mapeados três grupos envolvidos nos bloqueios. O dos líderes, organizadores, financiadores e fornecedores de apoio logístico; os proprietários e condutores de caminhões; e os proprietários e condutores dos veículos utilizados, por exemplo, no “transporte de pneus a serem queimados, estrutura para barracas e transporte de banheiros químicos”.

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Bolsonaro exonera Silvinei Vasques, chefe da PRF réu por improbidade

Vasques se tornou réu após ter pedido votos para o presidente Jair Bolsonaro (PL) na campanha de reeleição.

O diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, foi exonerado do cargo. A informação foi publicada no Diário Oficial da União (DOU), na edição desta terça-feira (20/12). Vasques é réu por improbidade administrativa desde o final de novembro por pedir votos para Bolsonaro durante a corrida presidencial. Ele também comandou a corporação durante bloqueios nas estradas no segundo turno das eleições.

A portaria foi assinada pelo ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira.

Bolsonaro exonera Silvinei Vasques, diretor-geral da PRF investigado por bloqueios ilegais em rodovias

Segundo o órgão, Silvinei Vasques fez uso indevido do cargo ao, por exemplo, ter pedido votos para o presidente Jair Bolsonaro (PL), que disputou a reeleição e foi derrotado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT). De acordo com o documento, houve a “intenção clara” de promover “verdadeira propaganda político-partidária e promoção pessoal de autoridade com fins eleitorais.”

Em nota na ocasião, a PRF disse que “acompanhava com naturalidade a determinação de citação” de Vasques.

Além disso, um inquérito aberto pela Polícia Federal (PF) investiga blitz da PRF no dia do segundo turno da eleição. Contrariando determinação da Justiça, agentes pararam ônibus que faziam transporte gratuito de eleitores. A corporação alega que fiscalizou questões técnicas dos veículos, como condições de pneus.

A conduta de Silvinei é alvo de investigação diante dos bloqueios ilegais de rodovias, promovidos por apoiadores de Bolsonaro depois que ele perdeu a eleição. O MPF aponta que há indício de omissão da PRF por motivos políticos.

Vasques assumiu o posto de diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal em abril de 2021, quando Bolsonaro deu posse ao Anderson Torres no Ministério da Justiça. Durante as eleições, o ex-chefe da PRF usou sua conta no Instagram para defender a reeleição do presidente. “Vote 22, Bolsonaro presidente”, dizia uma publicação nos stories com uma foto da bandeira do Brasil. Posteriormente, a postagem foi apagada.

*Com Correio Braziliense

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Lula bate o martelo: petista Camilo Santana será ministro da Educação

Ex-governador eleito e senador do PT defendia o cargo para a atual governadora do Ceará, Izolda Cela, mas acabou aceitando ser ministro.

Segundo o Metrópoles e conforme adiantou a coluna de Igor Gadelha, do Metrópoles, o ex-governador e senador eleito pelo Ceará Camilo Santana será o ministro da Educação no terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O martelo em torno do nome de Santana foi batido na noite dessa segunda-feira (19/12).

O ex-governador é do Partido dos Trabalhadores (PT). Inicialmente, ao ser convidado, ele defendia o nome de Izolda Cela, governadora do Ceará, para o ministério.

Izolda, no entanto, é ex-pedetista e atualmente está sem partido. O nome dela era muito cotado para a pasta.

Para a escolha de Santana, prevaleceu a questão partidária, já que o PT faz questão de ter alguém do seu quadro dentro do Ministério da Educação (MEC). Izolda deve ganhar um cargo de relevância dentro da pasta.

Camilo Santana havia sido convidado para o cargo no último dia 12, durante reunião com Lula no hotel em que o presidente eleito está hospedado em Brasília, como antecipou a coluna do Gadelha. O cearense, no entanto, resistiu à ideia e sugeriu o nome de Izolda.

Abaixo-assinado

No dia 14, Lula conversou novamente com o ex-governador e avisou que o PT não abriria mão do MEC. Por sua vez, lideranças petistas disseram ainda a Santana que, caso ele não topasse ser ministro, Lula deveria entregar a pasta da Educação ao deputado federal Reginaldo Lopes (MG), atual líder do PT na Câmara.

O nome de Lopes teria o apoio unânime da bancada do PT na Casa, que enviou, inclusive, um abaixo-assinado ao presidente eleito defendendo a indicação do parlamentar para o MEC. A primeira opção de Lula para o cargo, Camilo Santana, acabou prevalecendo.

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Deputados bolsonaristas comemoram diplomação de eleição em que afirmaram que as urnas foram fraudadas

Se, como disse Tom Jobim, o Brasil não é para amadores, o bolsonarismo é para idiotas que acreditam piamente que o sargento Garcia vai prender o Zorro, é só aguardar mais 72 horas.

Todo borrado, esvaindo-se em lágrimas, vagabundeando mais do que sua vagabundagem tradicional, Bolsonaro já deu uma banana para seus patriotas que ainda insistem em ficar tomando chuva, granizo e raio na cabeça, esperando a volta do Messias.

Mas a ópera do absurdo não para aí. Nesta segunda, sob vaias e aplausos, deputados bolsonaristas estavam que era só alegria e orgulho por serem diplomados numa eleição que eles afirmam ter sido fraudada.

Em que lugar do universo é possível um troço desse, além do planeta terra plana?

As cenas que aparecem todos os dias nas redes, com vídeos inacreditáveis de patetices dessa gente do bem, não estão em nenhum manual da estupidez humana. Esses ovoides em vida são um produto cem por cento original da mais pura idiotice nacional.

E é sobre esses zumbis que essa turma da chamada extrema direita que, na verdade, é de extremo oportunismo, deita o cabelo, mostrando como esse campo é fértil para qualquer pilantra amador, tal a idiotice inacreditável que essa gente protagoniza.

O fato é que tudo isso ainda será devidamente estudado e analisado por historiadores num futuro próximo para dar um sentido qualquer a toda essa pantomima de analfabetismo político que tivemos que assistir durante quatro anos.

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Conversa ‘ruim’ entre Lula e Lira selou destino do orçamento secreto

Até ministros do Supremo bem próximos a Ricardo Lewandowski se surpreenderam com o voto em que ele seguiu a decisão de Rosa Weber e selou o fim do orçamento secreto, nesta segunda-feira.

Segundo Malu Gaspar, O Globo, vários deles tinham ouvido Lewandowski dizer, no cafezinho do Supremo, que a resolução do Congresso com mudanças nas regras para a aplicação dessas emendas, aprovada na sexta-feira, “aprimorava” e “resolvia” os problemas que ele via nessas emendas.

No mesmo dia, depois de uma visita ao Senado, o ministro ainda afirmou que “muito daquilo que estava proposto na resolução atendia as preocupações ventiladas pelos ministros no julgamento” iniciado na semana passada e suspenso a pedido do próprio Lewandowski.

Gilmar Mendes, que votou nesta segunda pela manutenção das emendas do relator, também esperava que Lewandowski se juntasse a ele.

Contudo, quem acompanhou os bastidores das negociações do final de semana entre Luiz Inácio Lula da Silva e Arthur Lira em torno da PEC da Transição não ficou tão surpreso assim com o desfecho do impasse.

Para vários dos interlocutores com quem Lula falou entre domingo e segunda-feira, a conversa que ele teve com o presidente da Câmara no próprio domingo sobre a aprovação da PEC da Transição ajuda a explicar o que aconteceu.

Duas das coisas que Lira falou no encontro deixaram Lula muito irritado.

Primeiro, que não conseguiria aprovar na Câmara a PEC com a “licença para gastar” de pelo menos R$ 145 bilhões acima do teto por dois anos com programas sociais como o Bolsa Família.

Segundo Lula relatou aos aliados, Lira disse que os líderes partidários só aceitavam o prazo de um ano, e não de dois anos.

Para dar o que o petista quer, ele precisaria de cargos e espaço no governo – como o ministério da Saúde, o comando da Funasa e do FNDES, e até mesmo a garantia de que teria R$ 25 bilhões em emendas do orçamento secreto para aplicar.

Lula teria respondido que o PT já cumpriu sua parte no acordo com Lira ao apoiar sua reeleição para presidente da Câmara, em fevereiro de

2023. Lira, então, teria rebatido que os líderes dos partidos no Congresso queriam mais.

A um aliado, Lula afirmou que não gostou do tom de cobrança adotado por Lira na conversa. Segundo um outro parceiro do presidente eleito, até agora as conversas entre os dois tinham sido cordiais, sempre descritas pelo petista como muito boas. Não foi o caso dessa última, que Lula considerou ruim. “Só agora Lula conheceu o verdadeiro Lira”, diz esse lulista.

O petista teria ficado incomodado também com o fato de que Lira afirmou que não iria “nem discutir” a questão do orçamento secreto, porque considerava que o voto favorável de Lewandowski já estava garantido – graças a Lula.

Lewandowski, que foi nomeado para o Supremo por Lula em 2006, no primeiro mandato como presidente, era próximo da família da primeira-dama Marisa Letícia, e seus votos tendem a atender aos interesses do petista.

Lula tentou argumentar que não tinha influência sobre a decisão de Lewandowski e que o orçamento secreto era uma questão do Judiciário, mas Lira não deu confiança.

Segundo o próprio Lula relatou a aliados, a conversa e o tom usado por Lira o teriam feito concluir que precisava “botar um freio” no presidente da Câmara – e, na tradução livre dos interlocutores, mostrar quem de fato manda.

Nas palavras de um petista bem próximo de Lula, a posição do presidente eleito, junto com o voto de Gilmar Mendes retirando os pagamentos do Bolsa Família do teto de gastos, liberaram Lewandowski para “fazer o que sempre quis”, votando junto com Rosa Weber e derrubando o orçamento secreto.

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Aliados temem saúde mental de Bolsonaro e loucura após posse de Lula

Presidente tem insistido em teses que parecem tiradas de mensagens com fake news.

As mensagens propagadas por Bolsonaro a amigos no whatsApp e também o que ele diz ao se encontrar com políticos no Alvorada ligaram o sinal de alerta. Para alguns, o presidente teria criado um muro mental, bloqueando a derrota para não se deprimir ainda mais. Outros pensam que a situação é mais grave.

“Parece que ele perdeu a sanidade”, concorda um assessor. Para o funcionário, quanto mais se aproxima o fim do mandato, mais Bolsonaro espalha teses de que algum ser supremo vai aparecer para corrigir o que ele chama de fraude nas urnas.

“Bolsonaro chegou a dizer que algo vai acontecer entre o Natal e o Ano Novo, mas não há nada para acontecer”, revelou outro parlamentar. Esse deputado disse à coluna que as atitudes do presidente estão irritando até aliados. “Um ministro pediu para ele parar, e foi até duro falando ‘acabou’, mas não adiantou nada”.

Sem nem mesmo articular um golpe, Bolsonaro teria entrado em estado de negação e pessoas mais próximas chegaram a avisar familiares. Na visão dele, o ideal é que o político passasse por algum tipo de avaliação médica. “Eu não confio que ele não cometa uma loucura ao perceber que Lula vai mesmo assumir”, comentou um ministro, que se recusou a dizer sobre o que falava.

*Com IG

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