Ano: 2022

Agenda de rua de Lula aumenta interações no Instagram e supera Bolsonaro

Campanha do petista engaja influenciadores e artistas fora do mundo político, enquanto Bolsonaro fica preso na “bolha”.

A pré-campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem apostado, cada vez mais, em atividades de rua. Nesta semana, o petista esteve no Rio de Janeiro e na Bahia participando de eventos ao lado de lideranças políticas, artistas e estudantes.

Um levantamento feito pelo pesquisador Fábio Malini, especialista em análise de redes, mostra que a intensificação das atividades presenciais de Lula tem impactado no aumento das interações nos perfis do petista nas plataformas digitais.

Em uma série de publicações em sua conta no Twitter, Malini aponta que Lula chegou a superar o presidente Jair Bolsonaro (PL) em interações no Instagram de 24 a 29 de fevereiro, mesmo com cinco vezes menos seguidores. Segundo ele, “a rua lulista já vitamina as interações” na conta do ex-chefe do Executivo.

Gráfico mostra o volume de interações (curtidas e comentários) nos perfis de Lula e Bolsonaro no Instagram / Reprodução/Twitter – @fabiomalini

“Lula começa a ir para a rua, sabendo que tem grande represamento de desejo de sua militância em engajar-se na campanha do petista. Mesmo Bolsonaro possuindo 5 vezes mais seguidores, a rua lulista já vitamina as interações no Instagram do ex-presidente”, diz o pesquisador.

Outro fator apontado por Malini como determinante para a “decolagem” de Lula nas redes sociais é o papel de contas de influenciadores digitais que não são diretamente ligados à política.

“Além da rua, Lula colhe o impacto da estratégia de caminhar, lado a lado, no Instagram, com grandes influenciadores digitais. Vai saindo da bolha petista, enquanto Bolsonaro, ao contrário, está preso na dele”, afirma.

“Para vocês terem uma ideia. Dos 10 posts mais populares com o termo ‘bolsonaro’ no Instagram, na última semana, 9 (NOVE!!!!) são de influenciadores, como choquei, ginaindelicada, hugogloss, nazareamarga, contas que possuem audiências enormes e heterogêneas. Se o Lula aparece com a Ludimilla ou Anitta, quais megacontas do Instagram vocês acham que vão repercutir o “babado”?”, diz Malini.

*Com Brasil de Fato

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A desistência de Moro, o herói de vento que murchou, foi uma grande vitória de Lula

Apesar da gigantesca distância entre Lula e Sergio Moro nas pesquisas de intenção de voto, o fato do ex-juiz ter desistido de concorrer ao Planalto, somado à molecagem que aprontou com o Podemos em sua saída do partido para se filiar ao União Brasil e se candidatar a deputado federal, fortaleceu ainda mais sua personalidade espúria , revelada em outros episódios que o envolveram.

Moro passou esse tempo todo de arranjos jurídicos, não só para tirar Lula do Páreo, na verdade, Moro acreditou piamente que, prendendo Lula, se transformaria em Lula.

Pior, a grande mídia também acreditou nisso. É só ler os principais editores desse país que verá que fica patente que todos faziam uma previsão de que Moro seria potencialmente o principal candidato à eleição de 2022, até que o Lula real sacudiu a corrida presidencial, e Moro foi imediatamente colocado em seu devido lugar no mercado especulativo eleitoral.

Dali, não saiu mais, ao contrário, foi murchando desde o lançamento de sua candidatura, com uma larga publicidade da mídia. No entanto, faltou-lhe o principal, oxigênio político, uma quantidade de energia mecânica que pudesse fazer do tranco da mídia um processo que embalasse sua campanha. Nada disso ocorreu e ele acabou por dividir a lanterna com outros candidatos sem qualquer chance de chegar ao Palácio do Planalto.

Não há exatamente polarização entre Bolsonaro e Lula que mantém uma dianteira muito consolidada que não dá margem para essa insistente expectativa que a mídia cria.

Piorando um pouco mais para Bolsonaro, a economia está contra ele, além dos resultados trágicos em todas as pastas do seu governo, não há um sequer que possa servir de outdoor para o genocida.

Falando em genocida, certamente, todas as suas atitudes macabras que, até aqui, levaram à morte de 660 mil brasileiros por covid, serão lembradas e reprisadas à exaustão pelos adversários durante a campanha, além de apresentar um quadro de hecatombe na economia.

Lula tem muito o que lembrar dos seus oito anos de governo que teve 87% de aprovação da população. A única tentativa de desqualificar seu governo seria o uso da Lava Jato que, no desespero da direita, até pode ser tentado, mas Moro, assim como Dallagnol, com as últimas desmoralizações, usar o nome da Lava Jato para atacar Lula, só o beneficiará.

Essa saída do Podemos, de forma desonesta e a fuga do pleito, deram a Moro a última pá de cal, exatamente a mesma que soterrou Dallagnol quando o STJ o obrigou a pagar uma multa de  R$ 75 mil a Lula pela acusação leviana no uso de um powerpoint que virou piada.

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Moro nega a realidade e diz que concorrerá ao Planalto no União Brasil

Sergio Moro decidiu se desculpar com aliados que deixou no Podemos e justificou a ida para o União Brasil dizendo que concorrerá ao Planalto.

Os dirigentes do União Brasil deixaram claro que Sergio Moro será candidato a deputado federal, mas o ex-juiz não parece acreditar na realidade que se impôs com a sua desfiliação do Podemos. Pessoas que conversaram com Moro nesta sexta-feira (1º/4) dizem que ele justifica a troca de partido sob o argumento de que será candidato ao Planalto.

Moro resolveu pegar o telefone para se desculpar com aliados que tinham migrado para o Podemos para apoiar sua candidatura. Nem o senador Alvaro Dias, que convidou o ex-juiz para o partido, nem a presidente da sigla, Renata Abreu, foram avisados com antecedência sobre a ida para o União Brasil.

Nas conversas, Moro diz que a oportunidade de trocar de legenda aconteceu de forma repentina e que a filiação será benéfica para a campanha à Presidência.

A linha de raciocínio de Moro explica por que ele divulgou nota na quinta-feira (31/3) dizendo que abria mão, “neste momento”, da pré-candidatura presidencial.

O União Brasil não tem o menor interesse em abrigar uma chapa majoritária liderada por Moro. A ala proveniente do DEM, chefiada por ACM Neto, publicou nota com veto explícito à candidatura do ex-juiz.

Caso Moro insista no projeto presidencial, o agrupamento de ACM Neto poderá abrir processo interno para cancelar a filiação do ex-juiz ao União Brasil.

No Podemos, a aposta é que Moro desistirá até da candidatura a deputado federal à medida que entender como funciona o novo partido ao qual se filiou.

*Guilherme Amado/Metrópoles

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Generais da ativa estão incomodados com atitude desrespeitosa de Bolsonaro com ex-ministro da Defesa

Já faz alguns dias do anúncio da demissão de Silva e Luna da Petrobras, mas até hoje o assunto ecoa entre os generais da ativa.

Há um mal estar generalizado a respeito do modo com que o general Luna foi sacado do posto por Jair Bolsonaro. Foi considerado desrespeitoso. Alguns militares chegaram a usar a palavra “desonroso”.

Diz um general de quatro estrelas:

— O nosso incômodo é ainda maior por que o general Luna foi ministro da Defesa.

Bolsonaro fez com Luna e Silva o que já fizera com outros sete generais que demitiu. Luna, no entanto, foi ministro da Defesa, o que para o meio militar ganha outra dimensão.

Lauro Jardim/O Globo

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Vídeo: Ucrânia faz primeiro ataque a depósito de petróleo em território russo

A ação, que teria sido feita por helicópteros, teve como alvo um depósito de petróleo na região de Belgorod.

ANSA – A Rússia acusou a Ucrânia nesta sexta-feira (1º) de atacar um depósito de petróleo da gigante de energia Rosneft na região de Belgorod, provocando um incêndio de grandes proporções.

De acordo com o governador Vyacheslav Gladkov, dois helicópteros ucranianos invadiram o espaço aéreo russo em baixa altitude e bombardearam o reservatório. Kiev ainda não reivindicou o ataque, que seria a primeira incursão das forças da Ucrânia em território russo.

A região de Belgorod faz fronteira com a Ucrânia e fica a poucas dezenas de quilômetros da cidade de Kharkiv, alvo de intenso assédio por parte das tropas de Moscou.

Ao menos oito tanques de petróleo teriam sido incendiados, e o governo russo enviou 170 bombeiros e 50 veículos para combater as chamas. Os moradores dos arredores do depósito foram retirados de suas casas por causa do ataque, que também deixou dois feridos.

“Está claro que isso não pode ser visto como algo que criará condições confortáveis para a continuação das negociações”, disse nesta sexta o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.

Até o momento, a guerra na Ucrânia já provocou milhares de mortos e gerou mais de 10 milhões de deslocados, incluindo 4,1 milhões de refugiados, segundo as Nações Unidas (ONU).

*Com 247

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#BolsonaroDay: internautas relembram mentiras ditas pelo presidente

No ‘Dia da Mentira’, brasileiros lembram de falas do presidente que foram contestadas e desmentidas.

Pelas redes sociais, internautas usaram o 1º de abril, conhecido como dia da mentira, para relembrar as mentiras ditas pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), utilizando a hashtag #BolsonaroDay. No Twitter, o assunto ficou entre os mais comentados desta manhã.

Internautas citam algumas frases ditas pelo presidente que foram contestadas ou até mesmo desmentidas. Um dos assuntos mais comentados pelos opositores é a questão da pandemia de covid-19, em que o presidente negou a gravidade do vírus, defendeu medicamentos sem eficácia para tratar a doença e recusou a compra de diversas vacinas utilizadas pelo mundo.

A página Desmentindo Bolsonaro, ao longo do dia de hoje, fará uma postagem a cada 30 minutos mostrando as afirmações falsas do presidente. “Uma das mentiras mais criminosas do presidente Jair Mentira foi vender a ilusão para uma parte da população de que a ‘imunidade de rebanho’ por contaminação seria a solução para a pandemia”, escreve o perfil, acompanhado de um vídeo mostrando a contradição de Bolsonaro.

As redes sociais também usam a hashtag #BolsonaroDay para relembrar outras mentiras do presidente, como ter negado que estaria ao lado do centrão para governar ou até a promessa de que acabaria com a política de preços internacionais da Petrobras.

“Bom dia! Hoje é dia de homenagear o maior mentiroso do Brasil. Parabéns, Jair Bolsonaro! #BolsonaroDay”, escreveu o senador Humberto Costa (PT-PE). A página Quebrando o Tabu também usou o dia da mentira para desmascarar o presidente. “Sabe por que o dia da mentira pode ser chamado de #BolsonaroDay? Joga no Google “Bolsonaro mente” e descobre… O Bolsonaro mente sobre kit gay, rachadinha, meio ambiente, vacinas, máscaras, urnas eletrônicas…difícil achar um assunto em que ele não mente”, tuitaram.

Confira algumas publicações:

https://twitter.com/artemisagauche/status/1509718787934887943?s=20&t=mFeEPMQ7K1i1I2cJcEF4lw

https://twitter.com/desmentindobozo/status/1509848046531715079?s=20&t=xx4Sj5eO2YAHM6OOx3dgxQ

*Com Rede Brasil Atual

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Votos de Moro vão para Bolsonaro, Lula e nulo em sua maioria, mostra pesquisa

Do total de eleitores do ex-juiz, 30% anulariam caso ele não fosse candidato, e 70% se distribuiriam entre os demais postulantes, segundo pesquisa Genial/Quaest.

Caso Sergio Moro de fato se retire da campanha eleitoral, como anunciou na quinta (31) ao se filiar ao União Brasil, uma boa parte de seus eleitores votaria em branco ou nulo. Mas parcela significativa migraria para outros candidatos –e Jair Bolsonaro e Lula poderiam ser os principais beneficiados.

É o que dizem os números da pesquisa Genial/Quaest divulgada em fevereiro –a mais recente a questionar os eleitores sobre a sua opção de segundo voto, caso o candidato da preferência delas desistisse de concorrer.

Moro aparecia com 7% do total de votos, percentual semelhante ao de outros levantamentos divulgados posteriormente –no Datafolha divulgado em março, ele cravou 8%.

“Qual seria a sua segunda opção de voto?”, questionou a pesquisa Genial/Quaest.

Do total de eleitores de Moro, 30% responderam que poderiam votar nulo, em branco ou que simplesmente não iriam votar.

Os demais se dividiriam entre os outros candidatos.

Jair Bolsonaro ficaria com 22% dos votos de Moro. E Lula, o maior adversário do ex-juiz, herdaria nada menos do que 15% de seus eleitores.

Em seguida viriam Ciro Gomes (PDT-CE), com 11%, João Doria (PSDB-SP) e Simone Tebet (MDB-MS), com 7% cada um, e Luiz Felipe d’Avila (Novo-SP), com 1%.

Na época, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) ainda aparecia como pré-candidato a presidente, e herdava 3% dos votos de Moro.

O ex-juiz afirmou na quinta (31), ao ingressar no novo partido, que entrava no União Brasil para “facilitar as negociações das forças políticas de centro democrático em busca de uma candidatura presidencial única”.

Mas deixou no ar a possibilidade de voltar ao jogo nacional, dizendo que abria mão, “nesse momento”, da pré-candidatura.

*Mônica Bergamo/Folha

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Podemos acusa Moro de usar salário da sigla para ir a SP trocar de partido

O ex-juiz já havia sido chamado de traidor por senadores do Podemos por mudar para o União Brasil sem comunicado prévio.

A forma como o agora ex-presidenciável Sergio Moro deixou o Podemos provocou ira e indignação nos antigos colegas de partido. Depois de ser classificado como traidor pelos senadores da antiga sigla, a cúpula acusa o ex-juiz de ter usado o salário recebido do Podemos para ir a São Paulo e se filiar ao União Brasil.

O Podemos gastou mais de R$ 288 mil com Moro. Pagou R$ 88 mil de salário, além de R$ 200 mil gastos no evento de lançamento da candidatura presidencial do ex-juiz, e bancou viagens do agora ex-presidenciável a vários estados do país e à Alemanha.

Assim, o ex-juiz se juntou ao partido que uniu DEM e PSL, que formaram a base inicial do governo de Jair Bolsonaro (PL). A troca ainda marca a infidelidade de Moro ao senador Álvaro Dias (Podemos), um dos poucos parlamentares remanescentes da defesa da Lava Jato.

Moro, que agora deve ser candidato a deputado federal, não comunicou que estava de saída do Podemos. Desde o fim de semana passado, o ex-juiz não faz contato com o grupo de parlamentares que articulavam sua candidatura à presidência.

Na manhã desta quinta (31), a informação chegou ao conhecimento de Renata Abreu, presidente do Podemos, e a indignação foi geral. O partido tem oito senadores, que classificaram Moro como traidor.

Os parlamentares chegaram a pedir a Moro que alterasse seu domicílio eleitoral para São Paulo, contando com a possibilidade de o ex-juiz concorrer ao Senado, uma vez que sua candidatura à presidência não decola nas pesquisas eleitorais.

Moro não quis mudar seu domicílio eleitoral para São Paulo

Além disso, quem concorre ao Senado pelo Podemos no Paraná, estado de origem de Moro, é o líder do partido na Casa, Álvaro Dias. Porém, o ex-juiz não gostou da ideia de mudar seu domicílio eleitoral.

Na segunda-feira (28), Moro jantou com Luciano Bivar, presidente do União Brasil, sem que ninguém do Podemos soubesse. Simultaneamente, divulgou que sua esposa, Rosângela Moro, concorreria a uma vaga à Câmara dos Deputados por São Paulo. Porém, ela também trocou o Podemos pelo União Brasil.

*Com Forum

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Joaquim de Carvalho: Braga Netto assinou contrato para comprar armas da Glock America mesmo depois de informado sobre fraude

Compra foi feita nos últimos dias dele como interventor no RJ e beneficiou empresa dirigida por amigo de Eduardo Bolsonaro e irmã do ministro do Meio Ambiente.

Em seus últimos dias na função de interventor federal na área de segurança pública no Rio de Janeiro, o general Walter Braga Netto, atual ministro da Defesa, assinou contrato de aquisição de armas no valor de R$ 46 milhões que apresenta indício veemente de fraude.

A empresa que vendeu pistolas semiautomáticas para o Gabinete de Intervenção Federal no Rio de Janeiro se chama Glock America, representada no Brasil por Franco Giafonne, amigo de Eduardo Bolsonaro, e Fernanda Pereira Leite, irmã do ministro do Meio Ambiente, Joaquim Álvaro Pereira Leite.

A Glock America não fabrica armas. Ela é intermediária da austríaca Glock e informou ter escritório em Montevidéu, no Uruguai.

A fábrica de armas alemã Sig Sauer esteve no endereço fornecido pela concorrente e contatou que era falso.

Em ofício dirigido ao general de divisão Laélio Soares de Andrade, secretário de administração do Gabinete de Intervenção Federal e braço direito de Braga Netto, a Sig Sauder apresentou o resultado da diligência que fez, por meio do serviço do serviço notarial do Uruguai. O documento, de 12 de novembro de 2018, é assinado por Marcelo Silveira da Costa, procurador da Sig Sauer:

A licitante Glock apresentou neste edital documentos em que declara que sua sede sócia localiza-se em Plaza Independência, 831, of. 802, Montevidéu, Uruguai.

Há fortíssimos indícios de que informação é falsa.

Alertados pelo próprio website da licitante, que destaca que a representação da Glock na América Latina localiza-se no Paraná, e também por notícias da imprensa uruguaia dando publicidade ao fato de que a representação da Glock deixou o Uruguai (acessível em https://www.uypress.net/Politica/La-representacion-de-las-armas-Glock-se-fue-de-Uruguay-uc86057), nós solicitamos a um notário público do Uruguai que fizesse uma visita ao endereço declarado pela licitante.

O notário público uruguaio lavrou uma ata notarial em que descreve claramente que, segundo informações colhidas junto ao administrador do edifício:

I – A representação da Glock funcionou no local, mas já não funciona lá há cerca de um ano e meio;

II – O mobiliário da empresa foi retirado em fevereiro deste ano.

Existem, portanto, indícios muito convincentes no sentido de que a conduta da referida licitante pode ser enquadrada no crime de falsidade ideológica (artigo 299 do Código Penal) e fraude à licitação (artigo 93 da lei 8.666).

A Sig Sauer, que tinha interesse legítimo de vencer a licitação, sugere ao Gabinete de Intervenção Federal que envie o adido militar no Uruguai para conferir os fatos relatados.

Ao mesmo tempo, o representante da empresa alemã junta ao ofício a ata notarial e uma tradução juramentada (abaixo).

Em vez de verificar a denúncia, o Gabinete chefiado por Braga Netto avança no processo de compra e, nos últimos dias de seu funcionamento, o próprio interventor assina o contrato, com “dispensa de licitação”.

Entrei em contato com o representante da Sig Sauer no Brasil quando ele participava de uma feira em Las Vegas.

Expus o caso e pedi uma entrevista.

“Bom dia”, respondeu ele. “Vi seu e-mail. Posso lhe ajudar muito mais do que imagina, mas estou em Las Vegas em uma feira de negócios e tratar isso por telefone vai ser complicado”, acrescentou.

Sugeri videochamadas, e ele comentou:

“Vou ver com a segurança e te falo, espero que você tenha peito para ir até o fim”.

Como ele não entrou mais em contato, mandei nova mensagem quando os repórteres Igor Mello e Eduardo Militão publicaram reportagem no UOL sobre suposto favorecimento à própria Sig Sauer na compra de fuzis para a Polícia Civil do Rio de Janeiro, com verba de R$ 3 milhões do Ministério da Justiça.

O dinheiro foi liberado após gestão do senador Flávio Bolsonaro, conforme ele mesmo havia contado em sua rede social. O processo, segundo a reportagem, foi marcado “por uma série de indícios de direcionamento e conflito de interesses”.

Na época, ao ser procurado, Flávio comentou que não tinha atuado em defesa da Sig Sauer, mas esse negócio é coerente com a versão da fonte que me passou os documentos sobre a venda de armas à Glock America pelo Gabinete de Intervenção Federal no Rio de Janeiro.

“A Sig Sauer denunciou a maracutaia, mas depois recuou, quando os militares lhe ofereceram compensação, em contratos futuros”, afirmou. Um dos contratos teria sido destinado ao fornecimento de armas para o Estado do Ceará. O outro pode ser este viabilizado com verba liberada por Flávio.

O caso reforça a suspeita de que Bolsonaro, desde sua campanha a presidente em 2018, é financiado pela indústria de armas, que tem seu núcleo de poder instalado nos Estados Unidos.

A propósito, esta semana o site “Seeing Red”, de Nebraska, Estados Unidos, publicou reportagem com título “Royce Gracie, o homem que apresentou os Bolsonaros para a NRA e Donald Trump Jr.”.

ob a causa da liberação de armas, a NRA defende os interesses dessa indústria, que, como se vê no caso do Rio de Janeiro, faz um jogo pesado.

A se confirmar o patrocínio político, fica mais claro por que Braga Netto foi escolhido por Bolsonaro para ser candidato a vice em sua chapa.

O que poderia unir os dois não é a defesa do golpe de 1964, nem ao papel da Forças Armadas na república. Mas algo bem mais concreto: o dinheiro da indústria de armas.

.x.x.x.x

Procurei a assessoria de comunicação do Ministério da Defesa, e pedi posição de Braga Netto. Até agora, não houve resposta.

*Publicado originalmente no 247

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Comemoração do golpe: MPF pede retirada urgente da nota publicada pelo governo Bolsonaro

União havia se comprometido com o MPF a não fazer nenhum tipo de comemoração ao golpe militar de 1964; para o PSOL, nova celebração à data representa apologia ao crime.

O Ministério Público Federal (MPF) solicitou à Justiça, nesta quinta-feira (31), que o governo Bolsonaro seja obrigado a retirar imediatamente a nota publicada pelo Ministério da Defesa em que é celebrado o aniversário do golpe militar de 1964.

Trata-se do quarto ano consecutivo em que o governo enaltece a data que deu início a 21 anos de ditadura militar, marcada por milhares de mortes, desaparecimentos, tortura e censura.

Desta vez, a comemoração ao episódio que culminou em um dos períodos mais sombrios da história brasileira partiu do Ministério da Defesa, que publicou uma nota revisionista e completa de mentiras, chamando o golpe de “movimento” e que o ato autoritário “refletiu os anseios e as aspirações da população da época”.

Ao solicitar a retirada imediata da nota, o MPF aponta que, em fevereiro deste ano, quando entrou com um pedido de liminar objetivando a não divulgação de novas comemorações ao golpe, a União afirmou que não haveria “perigo de prática, repetição ou continuação do equívoco”.

“Não foi o que aconteceu. A Ordem do Dia divulgada pelo Ministério da Defesa nesta quinta-feira homenageou e fez exaltações ao golpe de 64. Para o MPF, tal postura expõe de forma drástica os fundamentos da República Federativa do Brasil e merece responsabilização daqueles que contribuíram para isso”, diz a procuradoria.

Na petição à Justiça, o MPF ressalta que a nota do Ministério da Defesa demonstra “menoscabo ao Estado Democrático de Direito”. “Não condiz com o conteúdo desse princípio o agente público valer-se da função pública exercida para fazer, em canal oficial de comunicação, menções elogiosas ao regime de exceção instalado no País por meio do golpe militar de 1964, que violou, de forma sistemática, direitos humanos, valendo-se, inclusive, da prática de tortura e execuções de pessoas, e que, reconhecidamente, levou à responsabilização do Brasil em âmbito internacional”, completa.

Apologia ao crime

Pouco antes do MPF divulgar a ação contra a comemoração ao golpe, a bancada do PSOL na Câmara dos Deputados acionou a procuradoria com uma representação contra Jair Bolsonaro e Walter Souza Braga Netto, ministro da Defesa, por conta da nota elogiosa ao golpe de 1964.

Na representação, o PSOL pede que o governos seja condenado a pagar por danos morais coletivos, apontando apologia ao crime na nota divulgada pelo governo.

“Ao pretender sua volta, os representados incitam a prática dos mesmos crimes antes cometidos como a tortura, o abuso de poder, as lesões corporais, os homicídios e numerosos outros tipos penais todos atentando contra a sociedade, a democracia, as organizações, a liberdade e a vida das pessoas. Por tal razão, é preciso investigar se os Representados incidiram nos tipos de ‘incitação ao crime’ e ‘apologia de crime ou criminoso'”, diz um trecho da ação.

*Com Forum

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