Ano: 2022

Moraes ordena e PF cumpre prisões de suspeitos de atos antidemocráticos e violentos realizados em Brasília

Investigação apura participação dos alvos na tentativa de invasão da sede da corporação e atos de vandalismo na capital.

Segundo O Globo, Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira uma operação para apurar a organização e realização de atos antidemocráticos e violentos nas últimas semanas em Brasília, às vésperas da posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. São cumpridos 32 mandados ao todo, incluindo 11 ordens de prisão, que ainda estão em cumprimento, além de buscas, no Distrito Federal e outros sete estados. Até o momento, foram presas três pessoas.

A ordem foi determinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Um dos mandados está sendo cumprido em um hotel na capital federal. Os alvos participavam das manifestações antidemocráticas realizadas em frente ao quartel-general do Exército, em Brasília, e são suspeitos de terem atuado na tentativa de invasão do prédio da PF, no último dia 12, além de terem realizado atos como depredação e incêndio de veículos.

Houve apreensão de armas e munições nos endereços dos investigados. A operação é realizada em conjunto com a Polícia Civil e foi batizada de Nero, em referência ao imperador a quem se atribui ter provocado um grande incêndio na Roma antiga.

As ordens judiciais de busca e apreensão e de prisão, expedidas pelo Supremo Tribunal Federal, são cumpridas nos estados de Rondônia, Pará, Mato Grosso, Tocantins, Ceará, São Paulo, Rio de Janeiro, além do Distrito Federal.

Um dos alvos de prisão foi Klio Damião Hirano, que participava no acampamento do QG do Exército em Brasília e foi presa ainda na noite de quarta-feira.

Em 2020, ela foi candidata a prefeita da cidade de Tupã, no interior de São Paulo, pelo PRTB. Nas redes sociais, ela ostenta fotos com o presidente Jair Bolsonaro(PL), assim como vídeos em manifestações e acampamentos bolsonaristas. No mais recente, de 9 de dezembro, ela diz estar no “QG da Praça do Cristal”, em referência ao quartel general do Exército na Praça dos Cristais, em Brasília.

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Prerrogativas estuda medida jurídica para impedir Bolsonaro de viajar aos EUA

O grupo Prerrogativas estuda entrar com ação civil pública no Supremo Tribunal Federal (STF) para impedir Jair Bolsonaro de viajar aos Estados Unidos no fim de seu mandato. O presidente deve usar avião da Força Expedicionária Brasileira (FAB) para ir para a Flórida e não passar a faixa presidencial a Lula na posse. A informação é da coluna Painel na Folha de S.Paulo.

Para o grupo, a “fuga” do presidente para o estado americano, onde deve tirar um período “sabático” de alguns meses, não pode ser custeada com recursos públicos.

“No nosso entender há uma proibição jurídica de que o Estado seja utilizado para interesse pessoal do presidente, não para uma atividade inerente à função dele. Você não pode usar recursos públicos para promover o que essencialmente é uma fuga”, diz Marco Aurélio Carvalho, coordenador do Prerrogativas.

Ele diz que a ida do presidente aos EUA com avião da FAB “é mais uma atitude criminosa” cometida por ele durante o mandato.

*Com DCM

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Vídeo – Transfobia: Em BH, mulher trans é brutalmente espancada por quatro homens

A mulher trans de 34 anos deixava uma das casas em que trabalha como faxineira, no bairro São Cristóvão, em Belo Horizonte, quando foi surpreendida com xingamentos e agressões no dia 16 de dezembro.

O que aconteceu?

  • A vítima foi agredida com socos e chutes no rosto
  • A agressão foi em frente a um ponto de ônibus
  • Gravadas pelo celular, as imagens viralizaram nas redes sociais

Insultos e socos

Ao UOL, a advogada da mulher, Cristiane Marra, disse que sua cliente é “vítima de preconceito e transfobia quase que diariamente” naquela região.

“Ela voltava do trabalho quando começou a ouvir que ela tem que morrer, que é uma aberração da natureza”, diz Marra. “Ela não se segurou e respondeu. Foi quando os homens se juntaram e começaram a agredi-la.”

Depois de registrar um boletim de ocorrência no dia 19, a mulher fez exame de corpo de delito. “Além do vídeo, temos testemunhas. As investigações estão só no início”, afirmou a advogada.

Em nota, a Polícia Civil confirmou “que instaurou inquérito policial e diligências estão em andamento para apuração dos fatos”.

O STF criminalizou a homofobia e a transfobia em junho de 2019. Desde então, preconceito contra homossexuais e transexuais são enquadrados no crime de racismo, com pena de um a três anos de reclusão e multa.

As cenas são fortes e revoltantes

*Com Uol

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Mortes por covid-19 no Brasil aumentam e chegam a 363 em 24 h, segundo ministério

Em boletim divulgado hoje (28), o Ministério da Saúde informou que o Brasil contabilizou 363 novas mortes provocadas pela covid-19. A doença causou 693.562 óbitos em todo o país desde o começo da pandemia.

Pelos números do ministério, houve 38.434 casos confirmados de covid-19 no Brasil entre ontem e hoje. O total de infectados chegou a 36.264.721 desde março de 2020.

De acordo com o governo federal, houve 34.891.300 casos recuperados da doença até aqui, com outros 679.859 em acompanhamento.

Veículos se unem pela informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, g1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.

*Com Uol

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Equipe do GSI desembarca em Orlando para preparar chegada de Bolsonaro

Escalão avançado do GSI pousou em Orlando, nos Estados Unidos, na manhã de quarta-feira (28/12) para preparar a chegada de Jair Bolsonaro.

Segundo o Metrópoles, integrantes do chamado “escalão avançado” do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) desembarcaram em Orlando, na manhã desta quarta-feira (28/12), para preparar a chegada do presidente Jair Bolsonaro aos Estados Unidos, prevista para os próximos dias.

O avião da Presidência que levou o chamado “Escav” decolou de Brasília às 0h48 da quarta e fez uma escala em Boa Vista (RR) na madrugada. Por volta das 5h30, a aeronave partiu de Roraima rumo a Orlando, onde pousou por volta das 9h30 no horário local (11h30, em Brasília).

Como a coluna noticiou mais cedo, Bolsonaro viajará para os Estados Unidos em um avião da Força Aérea Brasileira antes da posse de Lula, em 1º de janeiro de 2023. A expectativa é de que o atual presidente da República embarque na próxima sexta-feira (30/12).

Na Flórida, onde pretende passar um período sabático, Bolsonaro deve ficar em uma casa num condomínio de brasileiros. Segundo auxiliares, a residência teria sido emprestada por um fazendeiro, cujo nome o entorno do presidente tenta manter em sigilo.

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Bolsonaro mente e nega viagem, mas GSI já está em Orlando para sua chegada

Derrotado diz que fuga aos EUA é “fake”; ele negou também uma suposta “reunião de despedida”.

O presidente derrotado Jair Bolsonaro (PL) negou que está de saída para os EUA, mas uma equipe do chamado “escalão avançado” do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) desembarcou em Orlando na manhã desta quarta-feira (28), para preparar sua chegada.

O avião da Presidência que levou a equipe precursora de Bolsonaro decolou de Brasília às 0h48 da quarta e fez uma escala em Boa Vista (RR) na madrugada. Por volta das 5h30, a aeronave partiu de Roraima rumo a Orlando, onde pousou por volta das 9h30 no horário local (11h30, em Brasília).

Bolsonaro mente

Bolsonaro negou, mas viajará para os Estados Unidos em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) antes da posse de Lula, em 1º de janeiro de 2023. A expectativa é que ele embarque na próxima sexta-feira (30).

Ele deve passar um período sabático na Flórida. O presidente derrotado deve ficar em uma casa num condomínio de brasileiros. Segundo auxiliares, a residência teria sido emprestada por um fazendeiro, cujo nome o entorno do presidente tenta manter em sigilo.

Na foto em destaque, a marmota chegando nos EUA.

*Com Forum

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PF diz que Bolsonaro cometeu incitação ao crime ao associar HIV a vacina

O presidente associou, falsamente, uma ligação entre a vacina contra a covid-19 e o vírus HIV em uma live feita em outubro de 2021.

Na mesma transmissão, Bolsonaro disse, sem apresentar provas, que a maioria das vítimas de gripe espanhola não teria morrido da doença, mas de “pneumonia bacteriana causada pelo uso de máscara”.

  • A investigação da PF concluiu que ambas as informações são falsas.
  • Intimado a depor no início do mês, Bolsonaro não respondeu ao prazo oferecido pela PF.
  • Investigadores entenderam que o presidente optou por ficar em silêncio no caso.
  • O documento da PF foi entregue ao ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).

A PF diz que Bolsonaro cometeu os seguintes crimes e contravenções:

  • Art. 141 da Lei de Contravenções Penais: Provocar alarma, anunciando desastre ou perigo inexistente, ou praticar ato capaz de produzir pânico ou tumulto;
  • Art. 286 do Código Penal: Incitação ao crime.

A PF também mirou o ajudante de ordens da Presidência, o tenente Mauro César Barbosa Cid, que teria levantado as informações divulgadas por Bolsonaro.

Ele foi indiciado pelas mesmas condutas que o presidente e alegou, no curso da investigação, de que as falas estariam protegidas pela liberdade de expressão.

“Não se tratou de uma mera opinião, conforme defendido por Mauro Cid, mas sim de uma opinião de um Chefe de Estado, propagada com base em manipulação falsa de publicações existentes nas redes sociais, opinião essa, que por ter a convicção de que atingiria um número expressivo de expectadores, intencionalmente, potencialmente promoveu alarma”, disse a PF.

A conclusão final da corporação segue a mesma linha apresentada no relatório parcial do caso, enviado para o STF em agosto.

Em relatório, PF diz que informações são falsas. No documento entregue a Moraes, a Polícia Federal lista que as publicações que teriam embasado a narrativa divulgada por Bolsonaro “em nenhum momento mencionam a existência de que essas informações teriam sido provenientes de relatórios oficiais do governo do Reino Unido”, como inicialmente dito pelo presidente.

Observou-se que todas as publicações mencionadas pelo declarante, em nenhum momento, mencionam a existência de que essas informações teriam sido provenientes de relatórios oficiais do governo do Reino Unido, ou, ainda, que mencionados relatórios haviam sugerido que os totalmente vacinados estariam desenvolvendo a síndrome de imunodeficiência adquirida muito mais rapidamente que o previsto”Trecho de relatório da Polícia Federal

O mesmo entendimento se aplica aos supostos estudos citados por Bolsonaro de que a maioria dos mortos por gripe espanhola teria morrido por “pneumonia bacteriana” causada por uso de máscara, e não pela doença.

Neste caso, a PF diz que o discurso do presidente acabava por incentivar a população a deixar de usar as máscaras – medida preventiva contra a covid-19 que ainda estava em vigor no momento da live, inclusive com uso obrigatório previsto em lei.

“Ao ser feito um silogismo entre o uso de máscaras em razão da pandemia causada pela gripe espanhola e o uso de máscaras em razão da pandemia causada pela COVID-19, promoveu-se um verdadeiro desestímulo ao seu uso, quando naquele momento, por determinação legal, seu uso era obrigatório pela população”, disse a PF.

Bolsonaro não quis depor. No relatório entregue ao STF, a PF diz que intimou Bolsonaro tanto via AGU (Advocacia-Geral da União) quanto pelo seu gabinete na Presidência para prestar informações no caso no início deste mês.

Bolsonaro, no entanto, não respondeu à intimação no prazo e a PF considerou que o presidente optou por ficar em silêncio.

O UOL entrou em contato com o Palácio do Planalto, mas ainda não obteve retorno.

Qual o caminho agora? Uma vez concluído o inquérito, a PF informou que não indiciaria Bolsonaro em razão do entendimento do Supremo de que autoridades com foro não podem ser indiciadas pela Polícia Federal sem prévia autorização.

Com isso, o relatório deverá ser analisado pela PGR (Procuradoria Geral da República), que decidirá se arquiva o caso ou oferece denúncia contra Bolsonaro.

Nos últimos meses, a PGR arquivou as apurações derivadas da CPI da Covid no Senado, alegando falta de provas que justificassem a apresentação de uma denúncia.

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Miriam Leitão, a “ecológica”

Que o jornal O Globo, dos Marinho, quer governar o governo Lula, como se fosse uma instância superior, quanto a isso, não há dúvida, porém, ler um artigo de Miriam Leitão, propositalmente pobre de argumento, em que a colunista se apequena num guincho conceitual, provocando piadas e memes, permite-nos dizer que essa gente já foi um cadico melhor preparada para enfrentar um debates públicos.

Numa pequena frase, na qual Miriam Leitão se justificou que o Brasil não deveria abrasileirar o preço da gasolina, ela se embebece numa falácia que vai além dos absurdos que essa senhora já escreveu.

Em uma observação totalmente capenga, sua justificativa para que o preço da gasolina não fosse minimamente honesto com os brasileiros, ela sapecou que os preços altos dos combustíveis só são vilões para as classes abastadas que têm carro. Para os pobres que veem o preço dos alimentos ganharem dimensão estratosférica, por conta do alto preço do combustível, a mesma Miriam faz boca de siri, mas ela sapeca, numa explicação embolada, que seria um erro ecológico subsidiar combustível de origem fóssil.

Tudo isso, mal e porcamente orquestrado em seu artigo, para dizer que é um erro abrasileirar os preços dos combustíveis, como dolarizar o salário dos trabalhadores brasileiros. Tudo pelo verde que te quero dólar.

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Mais uma página infeliz da história do Brasil à espera de ser virada

Lição esquecida: “Quando a política entra pela porta da frente dos quartéis, a disciplina sai pela porta dos fundos”.

O que diz sobre a capacidade de avaliação dos comandantes militares brasileiros o apoio que deram a Jair Bolsonaro para que se elegesse presidente, governasse e tentasse se reeleger?

Conheciam o candidato melhor do que ninguém. Como soldado, ele se destacou em provas de atletismo, especialmente corridas de curta distância. Ganhou por isso o apelido de “Cavalão”.

Uma vez salvou um colega de morrer afogado. Foi garimpeiro enquanto vestia a farda, o que era proibido. Planejou atentados à bomba a quartéis para reclamar por melhor salário.

Processado na Justiça Militar, negociou seu afastamento do Exército em troca da patente de capitão. Foi proibido de frequentar ambientes militares. Nem seus filhos podiam.

Em depoimento ao núcleo de pesquisas da Fundação Getulio Vargas, o general Ernesto Geisel, o terceiro presidente da ditadura de 64, referiu-se a ele como “um mal militar”. Foi o que foi.

Limitado intelectualmente, sem nunca ter lido um livro como admitiu e disso se orgulha, entrou para a política como um lobista informal das Forças Armadas que não o reconheciam como tal.

Elegeu-se e se reelegeu sete vezes como deputado federal do baixo clero. Na Câmara, jamais ocupou posição de destaque, presidiu alguma comissão técnica ou aprovou um único projeto.

Treze candidatos disputaram a eleição presidencial de 2018 – entre eles, três que haviam governado Estados, três ex-ministros, um ainda senador e outro empresário.

Por que os comandantes militares, liderados pelo general Eduardo Villas Bôas, preferiram apoiar Bolsonaro a qualquer outro nome? Logo Bolsonaro, que conheciam tão bem?

Porque Bolsonaro tinha mais chances de impedir a volta da esquerda (Lula-Haddad) ao poder, e também da centro-esquerda (Ciro Gomes). Porque com Bolsonaro voltariam ao poder.

Era um despreparado? Sempre souberam que sim. Jamais pensaram o contrário. Mas Bolsonaro seguiria suas ordens, abriria espaço para eles no governo, privilegiaria suas pautas.

Generais veem soldados e oficiais como pessoas que lhes devem obediência. Missão dada, missão cumprida. A missão dada a Bolsonaro resumia-se a uma coisa vital: esquerda, nunca mais.

Não há militares de esquerda em nenhuma das três armas. Houve até 64 quando os poucos foram expurgados. A formação dos militares é pela direita, sempre foi, não é de hoje e jamais mudará.

De resto, sentem-se superiores aos civis e julgam-se donos da última palavra quando enxergam ameaças à República que proclamaram por meio de um golpe. Os Patriotas são eles.

Goste-se ou não, por obra e graça dos seus líderes, as Forças Armadas sairão menores do que entraram na aventura protagonizada pelo único presidente que não se reelegeu.

Tanto mais porque avalizaram seus atos mais extremos e irracionais com base no mantra do general Eduardo Pazuello de “manda quem pode, obedece quem tem juízo”.

Ordens absurdas que contrariam os regulamentos militares e as leis não se respeitam, aprendem os oficiais. Mas isso é só abobrinha. Se não fosse, não haveria golpes nem ensaios de golpe.

Não foi por obediência a Bolsonaro que os comandantes militares abrigaram na porta de quartéis milhares de radicais sublevados que pediam um golpe; foi por afinidade com eles.

Por que resistiram até hoje a retirá-los de lá? O que esperam acontecer para que se sintam dispensados de bater continência ao presidente eleito? Um milagre? Um atentado bem-sucedido?

Lula foi o presidente que mais encheu de dinheiro os cofres das Forças Armadas para modernizá-las; Dilma também. Bolsonaro encheu de dinheiro os bolsos dos oficiais; deu-se melhor.

A história do Brasil está repleta de páginas infelizes. No próximo domingo, mais uma será virada. É o que deseja a esmagadora maioria dos brasileiros.

*Noblat/Metrópoles

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Dizer o que tem que ser dito sem vacilar

Falta autonomia, independência de verdade dos colunistas chamados progressistas na mídia, para dizer o que precisa ser dito.

O que nós brasileiros vivemos nesses últimos quatro anos com Bolsonaro, foi plantado pelos barões da comunicação, sob encomenda de seus ricos financiadores, com um único objetivo, o de criar um clima de permanente hostilidade contra Lula, Dilma e o PT.

Ou seja, o ódio fascista externado por Bolsonaro e suas hienas dos cercadinhos da vida, foi plantado, adubado e regado por quase duas décadas de ataques imorais contra os principais quadros do PT.

Tudo, nota por nota, artigo por artigo, foi pensado para, numa narrativa binária, transformar Dilma, mas sobretudo Lula, no pior dos seres humanos.

O jogo foi pesado, baixo, sem limites e munição. Tudo de grosso calibre e com mira telescópica para atirar na cabeça e não estragar o couro. Isso precisa ser grafado em nossa memória coletiva para reagirmos, de estalão, no primeiro ataque que certamente virá das mesmas redações.

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