O ex-ministro da Justiça Anderson Torres deve prestar um novo depoimento à PF (Polícia Federal) na próxima semana. A expectativa é que ele apresente uma versão para as acusações e também sobre a origem da minuta do decreto que pretendia um estado de defesa no TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
A coluna apurou que Torres ficou em silêncio nesta quarta-feira (18) porque sua defesa aguarda acesso aos autos de dois dos três inquéritos em que é investigado devido aos ataques de 8 de janeiro em Brasília. Interlocutores também negam que um acordo de colaboração premiada passe nos planos do ex-ministro.
Ele está preso no 4º Batalhão de Polícia Militar e é investigado por suposta leniência durante os atos golpistas contra os prédios dos Três Poderes em 8 de janeiro.
No domingo, enquanto terroristas bolsonaristas atacavam os prédios da Praça dos Três Poderes, Torres estava em Orlando, nos EUA. Ele negou ter se encontrado com Bolsonaro e disse que estava de férias em uma viagem de família programada desde novembro. Torres retornou ao Brasil no último sábado para cumprir a ordem de prisão emitida pelo ministro Alexandre de Moraes do STF (Supremo Tribunal Federal).
*Juliana Dal Piva/Uol
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