Mês: janeiro 2023

Mapa e mensagens mostram plano detalhado de bolsonaristas a golpe no dia 8

Bolsonaristas produziram um mapa para a logística dos transportes e se prepararam para confronto violento.

Os crimes e a tentativa de golpe no último domingo (08) foram detalhadamente planejados pelos bolsonaristas, que produziram um mapa dos transportes de todo o Brasil, previram confronto com as polícias, recomendaram a não participação de crianças e idosos e o uso de proteção e convocaram os CACs (Caçadores, Atiradores e Colecionadores).

Parte desse planejamento detalhado foi revelado em reportagem do Uol, desta quarta (11), que obteve acesso a um mapa online criado pelos bolsonaristas e as mensagens de Telegram com a organização.

Como havia adiantado A Pública, o ato criminoso foi tratado internamente como “festa da Selma” e outras nomenclaturas foram usadas por eles para escapar de investigações. O grupo de bolsonaristas da região Sudeste se chamava “Caça e Pesca”, com 18 mil intregrantes. Nele, foram combinados detalhes de como chegar a Brasília, como agir, onde invadir e o que levar no dia 8.

No mapa digital compartilhado entre eles, denominado “Viagem para Praia”, estavam marcados pontos em 43 cidades do Brasil onde se podia pegar ônibus para a invasão, com o contato dos organizadores dos transportes.

“O código é festa da Selma, vai acontecer uma festa de aniversário enorme e existe uma organização muito grande para juntar e preparar os convidados”, traz a descrição do mapa.

Em outro trecho do texto do mapa, com jogo de palavras, eles informam que será empregada violência e que haverá confronto com a polícia:

“[A festa da Selma] não convidou crianças e nem idosos, quer somente adultos dispostos para participarem de todas as brincadeiras, entre elas: tiro ao alvo, polícia e ladrão, dança da cadeira, dança dos índios, pega pega, e outras.”

E pedem que os bolsonaristas levem equipamentos de proteção, soro e máscara contra gás de pimenta: “É importante que cada um leve suas coisas pessoais de higienização e proteção, inclusive: máscara para não ficar ardendo com a torta de pimenta na cara e soro fisiológico para se limpar caso espirrem algo que faça vocês chorarem e lacrimejarem, mas não de alegria, durante a festa.”

No grupo do Telegram, eles também recomendavam levar capa de chuva para evitar contato da pele com gás de pimenta. Todos esses itens de proteção foram usados pelos criminosos no dia 8.

O administrador do grupo ainda compartilhou uma foto com o local da Praça dos Três Poderes, incluindo o jardim da Esplanada dos Ministérios e uma seta para o Congresso Nacional, com a mensagem: “Pessoal, o povo em massa tem que preencher todo esse espaço principalmente dentro e fora do congresso. Aí sim derruba o governo.”

“Patriotas, agora é guerra. Não é manifestação pacífica (…) Cercar os 3 poderes. Brasília”, trazia outra mensagem dos organizadores.

O grupo “Caça e Pesca” também dizia que os CACs foram “convocados para darem suporte aos que estão nas refinarias, distribuidoras e em frente aos 3 poderes”. No mapa “Viagem para Praia”, estavam pontuadas as refinarias e distribuidoras de combustível, também alvos do terrorismo no dia 8.

Ao todo, o mapa traz 21 organizadores, com seus respectivos contatos, dos transportes das diferentes regiões do Brasil.

*Com GGN

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Bolsonaro contrata advogado, e AGU para de defender o ex-presidente no STF

Um dos inquéritos em que a Advocacia-Geral da União deixou de atuar é a investigação sobre possível interferência de Jair Bolsonaro na Polícia Federal.

Segundo o Uol, o caso foi aberto após a demissão de Sérgio Moro (União-PR) do cargo de ministro da Justiça: o agora senador eleito acusou o então presidente de trocar o comando da corporação para obter informações sobre investigações.

Manifestação semelhante deverá ser protocolada em outros inquéritos ainda em andamento, como:

  • o inquérito das milícias digitais.
  • o inquérito do balcão de negócios do Ministério da Educação, que retornou ao STF após citação de Bolsonaro pelo ex-ministro Milton Ribeiro.
  • o inquérito da live em que o ex-presidente associou vacina de covid-19 ao vírus HIV.

A AGU também protocolou o informe em uma apuração derivada da CPI da Covid, que acusa Bolsonaro de incitação ao crime.

“O Gabinete do Advogado-Geral da União foi informado que o representado constituiu advogado particular para a sua defesa nestes autos”, informou a AGU.

O nome do advogado que irá representar o agora sem cargo Bolsonaro não foi informado.

Na semana passada, Bolsonaro informou à Justiça que também abriria mão da defesa da AGU no processo que apura a contratação da ex-assessora parlamentar Walderice Santos da Conceição, a Wal do Açaí. Ambos são investigados por improbidade administrativa.

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Interventor manda fechar Esplanada após convocação de ato bolsonarista para esta 4ª

Organizadores planejam ato às 18h, em Brasília e outras 24 capitais do país. Trânsito está bloqueado da altura da Rodoviária até a Via L4.

A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) voltou a fechar o acesso para veículos, na Esplanada dos Ministérios, na manhã desta quarta-feira (11/1). O trânsito está bloqueado devido a novo ato de bolsonaristas marcado para ocorrer na região, às 18h. A determinação partiu do interventor federal na segurança pública do DF, Ricardo Cappelli.

Além de ter o tráfego fechado, houve reforço da segurança em toda a região, especialmente ao lado dos prédios dos ministérios e das sedes dos Três Poderes: Congresso Nacional (Legislativo), Palácio do Planalto (Executivo) e Supremo Tribunal Federal (Judiciário).

As vias S1 e N1, no Eixo Monumental, fecharam da altura da Rodoviária do Plano Piloto até a L4. O acesso às pistas da L2 pela Esplanada estão bloqueados. Ainda não há previsão de liberação do trânsito.

Quem quiser chegar aos prédios dos ministérios ou de órgãos e empresas na região devem passar pelas vias S2 e N2.

Segurança para manifestação

Todas as mochilas serão revistadas. Segundo a PMDF, não serão permitidos materiais perfurocortantes, carros de som, entre outros materiais que possam causar dano, como canivete e fogos de artificio.

Não serão permitidas também hastes de faixas feitas de madeira, PVC e ferro. A polícia não vai interferir em relação ao conteúdo das faixas, mesmo se for pauta inconstitucional. As duas manifestacões foram programadas para o mesmo horário

A segurança do DF também monitora um outro protesto que pede o impeachment do governador afastado, Ibaneis Rocha (MDB). Essa manifestação está prevista para ocorrer próxima ao Palácio do Buriti.

Segurança do DF

Em vários momentos, Cappeli exaltou as forças de segurança do DF dizendo que confia nos policiais. Para ele o problema de domingo foi de comando. “Temos total apoio das corporações, que têm compromisso com a República e com estado democrático de direito. Estamos aqui com todo efetivo de prontidão absoluta. Isso me dá muita confiança”, disse.

O interventor garantiu que o direito a manifestação será respeitado hoje, se os manifestantes forem pacíficos.

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VÍDEO: Golpista diz que major o ajudou a fugir da prisão e que vai organizar novos atos

Walter Parreira, comerciante de Santos, no litoral paulista, e representante do grupo Trincheiras Patrióticas, diz que os militares precisam repetir 1964.

O comerciante bolsonarista de Santos, litoral paulista, Walter Parreira, de 62 anos, representante de um grupo de extrema direita intitulado Trincheiras Patrióticas, divulgou um vídeo para conclamar novos atos terroristas.

Ele comandou um grupo de golpistas que foi a Brasília de ônibus para participar das ações de vandalismo contra os três poderes da República. Além disso, afirmou que foi ajudado por um major a fugir da prisão para que pudesse retornar a Santos.

No vídeo, conta que ele e seu grupo dormiram no acampamento em frente ao Quartel-General (QG) do Exército, após participarem dos atos terroristas.

“Na segunda-feira, 6 horas da manhã, fomos acordados cercados por militares do Exército brasileiro. Eles nos cercaram e ato contínuo apareceu uma viatura da Polícia Militar do Distrito Federal. Em menos de 5 minutos, o local foi tomado pela Polícia Militar, cavalaria, Bope, esquadrão antibomba, tudo que tinham direito colocaram lá para nos oprimir. E nos fizeram seguir para as ruas até um local onde tinham ônibus nos aguardando”, afirmou Parreira.

Na sequência, ele fez uma comparação revoltante. “Essa passagem me faz lembrar os judeus sendo levados naqueles vagões de gado para Treblinka, Sobibor, Dachau e os demais campos de concentração nazistas. A cena foi a mesma”.

Depois, disse: “Felizmente, fomos orientados por um major, não vou falar o nome, mas ele sabe que nos ajudou, a seguir por um caminho alternativo, nos libertou e, consequentemente, consegui trazer esse pessoal para Santos”.

Parreira foi organizador de mais de 30 manifestações em favor de Jair Bolsonaro na Baixada Santista. Uma delas, foi uma carreata pedindo a volta do funcionamento do comércio na região, durante as restrições impostas pelas autoridades sanitárias, no auge da pandemia da Covid-19.

Ainda no vídeo, o comerciante se dirigiu aos interlocutores como “meus irmãos de armas e almas”. Ele, ironicamente, ainda disse que foi a Brasília para um evento religioso. “Aqui quem vos fala é Parreira, do grupo Trincheira Patriótica de Santos. Estamos retornando do nosso congresso de Seicho No-Ie, em Brasília, graças a Deus, sãos e salvos”.

Em seguida, adotou um discurso totalmente fora da realidade: “Queria alertar vocês que lá estive acompanhando essa manifestação patriótica, onde o povo brasileiro invadiu o Congresso, o Senado, STF. A ocupação foi ordeira. Fomos surpreendidos com o quebra-quebra, que foi provocado de dentro para fora. Já tinham infiltrados lá dentro e mais os infiltrados de fora é que provocaram esse vandalismo”.

Ao final, fez um apelo aos “senhores militares de todas as patentes do Exército, Marinha, Aeronáutica, Polícia Militar e Bombeiro Militar. Chegou a hora de nós tomarmos uma atitude. Não podemos permitir que o nosso Brasil caia nas mãos da esquerda. Estamos vendo a passos largos ela dominar todos os meios. Não podemos deixar que isso aconteça. Como em 64, nós temos obrigação moral de salvar a nossa pátria, salvar o nosso povo, salvar a nossa bandeira. O momento é esse e espero contar com vocês. Eu estarei na trincheira patriótica sempre, defendendo o meu país, o meu povo e a minha bandeira”, finalizou.

Comerciante revela o valor da “excursão” de ônibus a Brasília

Antes da viagem do grupo a Brasília, Parreira havia divulgado outro vídeo para dizer que um ônibus com bolsonaristas tinha saído de Santos em direção à capital federal.

O homem informou, ainda, que o aluguel do veículo teria custado R$ 17 mil e que teria sido financiado pela Poney Turismo, empresa de fretamento de ônibus da região.

A Poney se pronunciou, negou ter financiado o ônibus para os atos terroristas e disse que as despesas foram pagas pelo contratante. A empresa de ônibus divulgou uma nota sobre o caso.

“A Poney Turismo vem por meio desta informar que repudia todo e qualquer ato de violência, de invasão e depredação de órgãos públicos ou privados.

Informa que jamais compactuou e/ou financiou qualquer ato de agressão à Democracia e ao Estado Democrático de direito.

A Poney Turismo afirma ainda o uso indevido de seu nome por terceiros, sendo que já estamos verificando as providências legais e jurídicas a serem tomadas, jamais tendo autorizado a qualquer terceiro se manifestar, de qualquer forma, em seu nome”.

Reafirma a Poney Turismo o respeito integral ao Estado Democrático de Direito e aos órgãos do Poder Judiciário, Legislativo e Executivo de nossa Nação.

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Ataque terrorista aos Três Poderes da República, no Brasil, foi infinitamente pior que o ataque ao Capitólio nos EUA

O modus operandi do ato terrorista, comandado por Trump, contra o Capitólio, nos EUA, é de uma gravidade absurda, mas não se compara à selvageria que se viu no ataque monstruoso dos terroristas nativos contra os Três Poderes da República.

Trump não ousou tanto quanto Bolsonaro. Lá nos EUA, somente o Congresso foi atacado pelos trumpistas. Mas se comparar o que aconteceu aqui no Brasil, no último domingo, onde se teve a intenção e a prática de destruir os três símbolos máximos da República, legislativo, executivo e judiciário, consegue-se dar a exata dimensão da gravidade dos atos criminosos e, agora, procuram proteção em fake news para pagarem de coitados, com cenas patéticas, porcamente ensaiadas.

No mundo civilizado, não há um paralelo com o que aconteceu aqui no Brasil, em plena vigência da democracia, tanto que o apoio a Bolsonaro nas redes sociais, desabou.

Por mais que gente contratada para defender os terroristas, tenha tentado, a indignação da população só aumenta, mostrando que há limites para o cinismo.

A sociedade precisa dar uma resposta contra o terrorismo em Brasília à altura da gravidade dos fatos, para que jamais isso se repita.

Lógico, há uma campanha dos bolsonaristas para banalizar os crimes terroristas para livrar a cara dos seus. Mas não conseguirão.

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Afinal, qual desses personagens do senador Marcos Do Val é o verdadeiro?

Primeiro, o ilustre senador Marcos Do Val (Podemos – ES), colocou-se na condição de tribunal supremo dos atos terroristas do último domingo, pelos vândalos do bolsonarismo, e escreveu em bom português o que segue abaixo.

Em seguida, o grandiloquente senador continuou no bonde da legalidade, dizendo-se indignado com a suposta prevaricação de Flávio Dino por não ter pedido reforço da guarda nacional, o que é uma gigantesca mentira.

Blasfêmias à parte, Flávio Dino cansou de dizer publicamente, e isso foi ecoado pela mídia do Brasil todo, que havia feito pedido de reforço policial ao governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, que lhe garantiu pronto atendimento. Não atendeu e ainda colocou a culpa no Anderson Torres, o então secretário de Segurança do GDF, que está com prisão decretada por Alexandre de Moraes.

Então, essa acusação não vale sequer como símbolo de desfaçatez.

Mas a suprema miséria do impassível senador, está longe de ser esta e, depois de representar a caricatura de um indignado com os atos, subir na tribuna do Senado acusando o ministro da Justiça de prevaricação, a prova disso está no vídeo abaixo, o Exmo. Senhor senador, doutor, aparece se fartando entre os presos pelo ato terrorista em dependências da Polícia Federal.

Quer dizer então, que o senador que, de um lado, berra contra os terroristas, de outro, adquire outra fisionomia quando se encontra com eles e se transforma no verdadeiro Hércules, numa simulação de preocupação coletiva das mais grosseiras que um político sucupirano, bem Paraguaçu, pode produzir.

Pergunta-se, qual  desses personagens é de fato o senador Marcos Do Val. Estou confuso.

E

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Ministros do STF avaliam que situação criminal de Bolsonaro depende de Torres

Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) avaliam que a situação criminal de Jair Bolsonaro está nas mãos de seu ex-ministro da Justiça, Anderson Torres.

Segundo ministros ouvidos pela coluna, se Torres indicar que Bolsonaro sabia do planejamento dos ataques terroristas do último domingo ou se tinha algum tipo de contato encorajando os golpistas, o ex-presidente poderá ser incluído nas investigações.

A apreensão do celular de Anderson Torres também poderá revelar o que ele conversava com o presidente sobre o acampamento golpista e os ataques terroristas.

*Guilherme Amado/Metrópoles

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Imagens comprovam que invasão em Brasília foi premeditada; Estadão identificou 88 golpistas

‘Nós vamos colapsar o sistema, nós vamos sitiar Brasília’, disse uma extremista; outro, com nome de Bolsonaro no boné, orientou pichações no Supremo; mais de 1.500 foram presos após ataques contra STF, Congresso e Planalto

Estadão – Fotografias, vídeos e trocas de mensagens em grupos restritos comprovam que a invasão ao Palácio do Planalto, ao Congresso e ao Supremo Tribunal Federal (STF) por extremistas foi um ato premeditado e organizado em seus detalhes, e não uma ação espontânea. Nos últimos dois dias, o Estadão analisou cerca de 26 horas de transmissões ao vivo, listas de passageiros de ônibus, postagens em redes sociais e centenas de imagens. O material deixa claro que os manifestantes foram para Brasília dispostos, efetivamente, a invadir as sedes dos três Poderes.

O Estadão identificou a participação de 88 pessoas nas invasões e depredações dos espaços públicos. A convocação para os atos já tinha um propósito golpista estabelecido: “Nós vamos colapsar o sistema, nós vamos sitiar Brasília, nós vamos tomar o poder de assalto, o poder que nos pertence”, disse Ana Priscilla Azevedo, numa live realizada em 5 de janeiro, no acampamento bolsonarista montado no entorno do Quartel General do Exército, em Brasília. Não era um grito isolado. Mensagens de mesmo teor foram reforçadas em centenas de postagens produzidas por manifestantes, que também trataram de destacar o papel de liderança do ex-presidente Jair Bolsonaro sobre a mobilização golpista.

Ana Priscila Azevedo

“Jair Messias Bolsonaro, você vai estar voltando para essa nação para continuar o seu governo”, disse o missionário Felício Quitito, ao invadir o plenário do Senado. Com a foto presidencial de Bolsonaro arrancada da galeria de ex-presidentes do Palácio do Planalto, Alcimar Francisco da Silva deixou clara a sua inspiração para invadir a casa oficial do governo federal. “Meu herói. Estamos na casa dele aqui, na nossa casa”, afirmou Silva, exibindo o retrato.

As provas que mostram a intenção golpista também revelam a conivência da Polícia Militar do Distrito Federal. A caminho do Congresso, uma mulher que se identificou como Margarida disse aos seus seguidores que o objetivo era “tomar” o local. “Orem por nós”, pediu. Já Jussara Oliveira elogiou os policiais. “Um agradecimento todo especial à PM, que a todo tempo está nos apoiando”, afirmou. Era um clima de confraternização. “Não tem Dubai, não tem Paris, não tem viagem que eu tenha feito na vida que seja melhor do que esse dia que eu sonhei tanto, que a gente ia tomar isso daqui”, vibrou Aline Magalhães em vídeo que exibiu nas suas redes sociais.

Gilberto da Silva FerreiraMarcos Alexandre Mataveli de Morais

Dentro do Congresso, Alessandra Faria Rondon ocupou a cadeira e mesa do senador licenciado e atual ministro da Agricultura, Carlos Fávaro (PSD-MT), no Senado. “Eu só saio daqui a hora que os traidores da Pátria estiverem presos”, afirmou, aos berros. “Queremos intervenção militar.”

O guarda municipal Joelson Sebastião Freitas comemorou o êxito golpista e até mesmo a direção do vento, que jogava a fumaça das bombas de gás na direção dos policiais. “Como Deus é bom, a fumaça vai só para a polícia”, celebrou, enquanto invadia o Palácio do Planalto ao lado da mulher, Marisa Nogueira. “Amor, venha, vamos subir a rampa antes que a polícia chegue.” Joelson Sebastião Freitas.

Joelson Sebastião Freitas

o Freitas Foto: Reprodução/Redes Sociais

Houve quem lamentasse a perda de itens pessoais, mas dizendo que o caos valia o preço. “Estamos quebrando tudo, fazer o quê? O povo é soberano. Eu perdi o meu Ray-Ban, caiu nessa porra toda. Mas valeu”, disse Beto Rossi, ao invadir o Planalto.

Próximo dali, Fabrizio Cisneros mostrava o Supremo depredado, ao som de vidros sendo quebrados, e pedia que seus seguidores compartilhassem as imagens. “O mundo inteiro tem que saber que a gente tomou o poder de novo e a gente não vai sair daqui. A gente não vai recuar”, disse o extremista. “Infelizmente, tivemos que ser um pouco mais ríspidos.”

Cisneros vestia um boné com o nome de Bolsonaro, que tinha o rosto estampado em uma infinidade de camisetas. Em um dos vídeos, ele pediu a outro extremista para pichar a sede do Supremo. “Não seria interessante escrever nela (janela): Supremo é o povo? Pega essa tinta e escreve nela”, disse. “É a revolução dos manés.”

Durante a transmissão ao vivo, as palavras de Cisneros repercutiam o sentimento de milhares de pessoas que se entocaram por mais de um mês dentro de barracas erguidas na porta do Exército. Disse que os radicais haviam ficado 70 dias nas ruas, “esperando que se fizesse algo” sobre a vitória de Lula Inácio Lula da Silva (PT). “Nada foi feito. Então, viemos tomar o poder, que é nosso por direito”, afirmou. “A gente vai ser resistência até o dia que o Exército intervier com a GLO (Garantia da Lei e da Ordem).”

Os apoiadores do ex-presidente acreditavam que, ao causar o caos nos prédios públicos, as Forças Armadas teriam uma justificativa para dar um golpe e tirar Lula do Palácio do Planalto. “Já tomamos aqui, o pior já foi feito”, afirmou Cineroso. “Não podemos perder essa única e última oportunidade. O Exército tem que vir, tem que intervir.” Após a depredação, o petista decretou intervenção federal na segurança do Distrito Federal e mais de 1.500 extremistas foram presos.

No início da noite, Rafael Faus mostrou que a Esplanada dos Ministérios já estava tomada pelas forças de segurança. “Polícia para c* jogando bomba na gente”, reclamou. “Vamos para cima, vamos entrar de novo.”

Rafael FausFátima Mendonça

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Alexandre de Moraes decreta prisão de Anderson Torres

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta terça-feira (10) a prisão do ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal e ex-ministro da Justiça, Anderson Torres.

A Polícia Federal foi cumprir mandado na casa de Torres na tarde desta terça.

Torres, que foi ministro da Justiça e Segurança Pública do governo de Jair Bolsonaro (PL), era o secretário de Segurança Pública do Distrito Federal quando bolsonaristas terroristas invadiram os prédios do Congresso, do Supremo Tribunal Federal e o Palácio do Planalto neste domingo (8).

Quem exonerou Torres foi Ibaneis Rocha pouco antes de ser afastado do cargo por ordem de Moraes por 90 dias. O cargo foi assumido pela vice, Celina Leão (PP). O ministro entendeu que houve omissão das autoridades do DF nos atentados.

A Advocacia-Geral da União (AGU) pediu a prisão de Anderson Torres, por omissão na repressão aos ataques. Ele está de férias em Orlando, nos Estados Unidos, mesma cidade onde está Bolsonaro.

Após os casos de terrorismo, ele divulgou uma nota negando conivência nos atos e os classificando como “barbárie”. “Lamento profundamente que sejam levantadas hipóteses absurdas de qualquer tipo de conivência minha com as barbáries que assistimos”, escreveu em rede social.

Nomeação e polêmica

Antes de ser ministro do governo Bolsonaro, Anderson Torres foi secretário de Segurança Pública do DF, entre 2019 e 2021. Após deixar o governo federal, ele voltou ao cargo e foi nomeado por Ibaneis Rocha em 2 de janeiro, um dia após a posse.

Segundo apuração da colunista do g1 Andreia Sadi, o pedido para retornar à pasta partiu do próprio Anderson Torres, e causou reações em integrantes do governo Lula (PT) e até de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), já que o ex-ministro era considerado “homem forte” de Bolsonaro, e a escolha ocorreu em meio a uma escalada de tensões.

*Com G1

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Moraes determina prisão de ex-comandante da Polícia Militar do Distrito Federal

Fabio Augusto era o responsável pelo comando da PM do DF durante ataques de bolsonaristas a prédios públicos de Brasília. Há suspeita de conivência de policiais com os terroristas.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou nesta terça-feira (10) a prisão do ex-comandante da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) coronel Fábio Augusto.

Ele era o responsável pela PMDF no domingo (8), quando ocorreram os ataques terroristas de bolsonaristas contra o Palácio do Planalto, o Congresso e o Supremo Tribunal Federal (STF).

A polícia e o governo do DF, que são responsáveis pela segurança dos prédios do governo federal e de outros poderes em Brasília, vêm recebendo duras críticas pela atuação durante os atos de vandalismo.

O governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), foi afastado do cargo por Moraes. A Advocacia-Geral da União (AGU) pediu a prisão de Anderson Torres, que era o secretário de Segurança do DF no dia dos ataques. Ele foi ministro da Justiça do governo Jair Bolsonaro.

*Com G1

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