Mês: julho 2023

Peru declara emergência de saúde por surto de síndrome de Guillain-Barré; entenda a doença

Mais de 180 casos foram registrados entre janeiro e julho deste ano; quatro pessoas morreram.

O governo peruano declarou emergência nacional de saúde por 90 dias, neste domingo, devido a um surto incomum de casos de síndrome de Guillain-Barré, após a morte de quatro pessoas por essa doença que afeta o sistema nervoso, diz  O Globo.

Foi “declarada Emergência Nacional de Saúde por um período de 90 dias devido ao aumento inusitado de casos da Síndrome de Guillain Barré”, diz um comunicado do Ministério da Saúde. A emergência abrange as 25 regiões do país.

— Houve um aumento significativo nas últimas semanas, o que nos obriga a tomar medidas como Estado para proteger a saúde e a vida da população —, disse o ministro da Saúde, César Vásquez, à imprensa.

O ministro explicou que esta declaração vai permitir a compra de imunoglobulina para o tratamento de pacientes com a doença nos próximos dois anos.

O número de mortos pela síndrome subiu para quatro, e os casos ultrapassaram 180 entre janeiro e julho, segundo novo balanço do ministério.

Entenda a doença
A rara síndrome autoimune se manifesta como uma fraqueza muscular progressiva que surge em um período de duas a quatro semanas e pode afetar o sistema respiratório. Um de seus sintomas mais frequentes é o formigamento e a falta de força nas extremidades. A síndrome costuma ser provocada por um processo infeccioso anterior.

Segundo o Ministério da Saúde do Brasil, diversas infecções são associadas à Síndrome de Guillain Barré, sendo a causada pelas bactérias Campylobacter, que provoca diarreia, a mais comum.A doença leva o próprio sistema imunológico a atacar partes do sistema nervoso que conectam o cérebro com outras partes do corpo.

Ainda segundo o Ministério da Saúdel, a maior parte das pessoas percebe como primeiros sintomas da síndrome uma sensação de dormência ou queimação nas extremidades dos membros inferiores (pés e pernas) e, em seguida, nos superiores (mãos e braços).

Veja todos os sintomas:

  • Sonolência;
  • Confusão mental;
  • Coma;
  • Crise epiléptica;
  • Alteração do nível de consciência;
  • Perda da coordenação muscular;
  • Visão dupla;
  • Fraqueza facial;
  • Tremores;
  • Redução ou perda do tono muscular;
  • Dormência, queimação ou coceira nos membros.

A síndrome não tem cura, porém há tratamentos que conseguem aliviar os sintomas e impedir o avanço da doença. Ele pode envolver medicamentos como imunobiológicos, procedimentos de transfusão de plasma sanguíneo e técnicas de reabilitação.

O Ministério da Saúde também aponta que são registrados de 1 a 4 casos da síndrome a cada 100 mil pessoas anualmente no Brasil, especialmente entre os 20 e 40 anos de idade.

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Grupo com 30 mil membros que convocou para atos golpistas de 8/1 segue ativo no Telegram

Bolsonaristas discutiram a tentativa de golpe de 8 de janeiro em Brasília em um grupo com mais de 30 mil membros no Telegram — e que tem entre os administradores o blogueiro bolsonarista Allan dos Santos, foragido da Justiça, segundo informações do Jornal do Brasil.

Segundo apurou a Agência Pública, quatro dias antes da invasão, o perfil do grupo enviou para todos os membros um áudio convocando 2 milhões de pessoas para retomarem o país na capital federal. “Vamos pra frente do Congresso, pra frente do STF […] É lá que retomaremos nosso país […] Você, homem, você que quer lutar pelo único restinho que resta do seu país, Brasília é o local”, diz o áudio. O narrador se identifica como o político Renato Gasparim, candidato a deputado estadual pelo Republicanos no Paraná em 2022.

No áudio, também se avisa que haverá ônibus doados, alugados e emprestados para levar bolsonaristas. O recado foi transmitido junto com a mensagem: “Áudio Importante, Repassem, a Retomada começa agora”.

Gasparim admitiu à reportagem ser o autor do áudio. Ele disse, porém, que o áudio seria de novembro, chamando para a Marcha pela Liberdade, que aconteceria no Congresso. Também disse que, em janeiro, o grupo nem existiria mais. Ao ser confrontado pela reportagem com o print acima, ele reconheceu o envio em janeiro, mas disse que seria apenas uma retransmissão.

Além de chamar para o 8 de janeiro, o grupo também tentou articular manifestações contra a diplomação de Lula, em dezembro. O grupo segue ativo no Telegram.

A história do grupo “Supremo é o Povo”, que passou ileso às determinações do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de excluir canais com mensagens golpistas, começa no final de 2022. As mensagens mais antigas que acessamos são do dia 15 de dezembro, uma quinta-feira.

Na data, os autointitulados “patriotas” trocavam frases de motivação frente à derrota de Bolsonaro nas eleições.

A reportagem leu todas as mensagens trocadas desde o início do grupo. É possível perceber que, em menos de um mês de atuação, houve uma escalada que começa com convocações aos quartéis, passa por atos contra a diplomação de Lula, em dezembro, e deságua na convocação para o dia 8 de janeiro.

Desde o início, já circulavam mensagens que chamavam os apoiadores de Bolsonaro a irem para os quartéis do Exército, incluindo o de Brasília. “Ele precisa de nós”, escreveu um membro. “Venham para a frente dos quartéis!!”, completou. Também já eram organizadas no grupo caravanas e ônibus para a capital federal.

Havia, entre os membros, um plano inicial para fazer grandes manifestações em Brasília nos dias 18 e 19 de dezembro. Essa era a data prevista para a diplomação do presidente eleito – foi quando diversos governos estaduais diplomaram seus governadores e deputados. A cerimônia de Lula, contudo, foi adiantada para o dia 12 pelo então presidente do TSE, Alexandre de Moraes.

O apelo dos bolsonaristas era repetir a mobilização dos atos de 7 de setembro, que em 2021 e 2022 foram convocados pelo próprio presidente Bolsonaro. Eles mantiveram o chamado para os atos mesmo após a diplomação de Lula e continuaram convocando apoiadores para os quartéis até o fim do ano, com a justificativa de que era importante manter a mobilização.

No dia de criação do “Supremo é o Povo”, um usuário do grupo compartilhou uma foto dele mesmo e de mais dois homens com a legenda “tá chegando a hora”. Trata-se do político bolsonarista José Renato Gasparim Júnior.

Gasparim atuou como assessor parlamentar do vereador de Curitiba Eder Borges (PP) até o fim de 2021, com salário de R$ 4 mil. Borges foi eleito em 2020.

A reportagem da Agência Pública confirmou que o telefone de Gasparim é o mesmo do usuário chamado “jrgj” — as iniciais de José Renato Gasparim Júnior —, que estava no grupo desde o início.

O número de telefone associado ao usuário é um dos contatos cadastrados no TSE para a candidatura de Gasparim. Ele concorreu pelo Republicanos a deputado estadual no Paraná em 2022 e declarou ter recebido mais de R$ 50 mil pelo partido. Não foi informado, porém, nenhum real em gastos com a campanha. Ele também não declarou ter bens.

Em 4 de janeiro, o administrador do grupo postou um áudio no qual um homem, que se identifica como Gasparim, diz: “o que tínhamos para fazer no Exército foi feito, agora é hora de darmos um passo atrás, se reorganizar e partir pra retomada do nosso país. Onde será feito isso? Em Brasília. Isso será feito em Brasília. É lá que iremos se juntar [sic] com 2 milhões de pessoas. Toda essa mobilização já está sendo feita em todo o país, aqui em Curitiba, aqui no Paraná. Estamos organizando ônibus para ir para Brasília”. Gasparim confirmou à Pública ser o autor do áudio.

Na gravação, ele afirma que as manifestações não podem mais ser realizadas “dentro dos quartéis”. E convoca: “Se preparem, vamos pra frente do Congresso, pra frente do STF […] É lá que retomaremos o nosso país. Daqui teremos ônibus doados, emprestados, ônibus alugados, e é assim que nós ajudaremos nosso país. Quem tá ouvindo, a hora é agora”.

Gasparim aconselha crianças e idosos a ficarem nos quartéis porque “lá é seguro”. Mas reforça: “Você, homem, você que quer lutar pelo único restinho que resta do seu país, Brasília é o local. A data será informada em breve e os ônibus também em breve”.

O áudio termina com um pedido para que seja repassado e finaliza: “Se preparem, em Brasília será a retomada”.

Na resposta à reportagem, Gasparim afirmou que não estava no Brasil em 4 de janeiro e não participou dos atos do dia 8. Contudo, ele publicou um vídeo no dia 5 no qual diz que estará nas manifestações, que ele chama de “pacíficas”, e chama os apoiadores para estarem em Brasília a partir do dia 7. Já no dia 8, ele postou em seu Instagram um outro vídeo dos manifestantes entrando no Congresso, com a mensagem “TOMADA DO CONGRESSO AGORA 08/01/22. TODO PODER EMANA DO POVO”.

Há indícios de que o principal responsável pela criação do “Supremo é o Povo” seja Bismark Flavio Fugazza, um dos sócios do Hipócritas, canal de humoristas que tem mais de 1,5 milhão de inscritos no YouTube.

O criador do grupo é um usuário com o nome de “Hipócritas Bismark”. Ele postava diversos links do Instagram de Fugazza no grupo. Além disso, Fugazza compartilhou no seu Instagram o link de entrada para o grupo no Telegram. Em diversas mensagens, membros agradecem a “Bibi” pela iniciativa e aos “meninos do Hipócritas”.

Além de administrador, o “Hipócritas Bismark” era extremamente ativo nas mensagens. Foi ele quem alterou o nome do grupo para “Grande Família”, em 5 de janeiro, às vésperas da invasão a Brasília e após a circulação do áudio que convocou 2 milhões para “retomar” o país. Há diversos vídeos de Fugazza nas mensagens, incluindo transmissões do seu Instagram pessoal.

Na manhã da invasão em Brasília, ele postou um novo vídeo junto ao chamado: “a hora é agora”. Na gravação publicada no seu Instagram, Fugazza rebate quem questiona se aquele seria o momento de agir. “Ou o povo luta pelo Brasil, ou Brasil nunca mais será do povo”, afirma.

A reportagem procurou Fugazza a partir do número informado e também pelo seu perfil de Instagram, mas também não obteve resposta até a publicação.

Logo na sequência das mensagens de “Hipócritas Bismark”, quem escreve é Allan dos Santos, blogueiro bolsonarista que está foragido da Justiça nos Estados Unidos.

“Manifestantes acabam de invadir o Congresso Nacional”, postou o administrador do “Supremo é o Povo” próximo às 15 horas de 8 de janeiro. O dono do Terça Livre também abriu uma transmissão ao vivo no grupo durante a invasão.

O usuário de Allan no grupo é o mesmo informado pelo Telegram ao Supremo Tribunal Federal (STF) em março de 2022. Na época, o Telegram respondeu ao ministro Alexandre de Moraes que o usuário “@allansantosbr” era responsável por administrar diversos outros perfis relacionados a Allan, que foram bloqueados.

Ele, que também é administrador do “Supremo é o Povo”, postou próximo às 15 horas de 8 de janeiro que “manifestantes acabam de invadir o Congresso Nacional”. O dono do Terça Livre também abriu uma transmissão ao vivo no grupo durante a invasão.

A Pública questionou Allan, que postou no Twitter negando ser administrador do grupo e disse que “eles [os administradores do grupo] permitiram que eu publicasse os artigos do meu site”. Desde dezembro, apenas administradores têm postado no grupo.

Reportagem da Pública mostrou que, na noite de 8 de janeiro, Allan dos Santos participou de uma conversa no Twitter sobre a invasão em Brasília com Matthew Tyrmand, convidado frequente no podcast de Steve Bannon, o ex-estrategista de Donald Trump. Quando questionado sobre quem estaria pagando pela viagem dos manifestantes, Santos disse: “Não é caro, não no Brasil, é só comprar passagem de ônibus”. A sala durou mais de 5 horas e teve 190 mil visualizações.

No dia seguinte, 9 de janeiro, Fugazza parabenizou os invasores e os chamou de heróis. “Quero parabenizar todos os patriotas que deram a cara a tapa e colocaram sua vida a disposição [sic] pela pátria, vocês são heróis […] Essas pessoas com certeza fizeram muito mais do que qualquer um de nós que temos voz ativa na comunicação”, escreveu em seu Instagram.

Fugazza foi preso em março deste ano pela Polícia Federal, após estar foragido desde dezembro. Ele estava no Paraguai junto ao bolsonarista e blogueiro Oswaldo Eustáquio Filho, que também é um dos administradores do “Supremo é o Povo”, usando o nome de Mariana Volf.

Eustáquio, que também teve pedido de prisão em dezembro, refugiou-se no Paraguai. Lá, ele entrou com pedido de asilo, o que impediu que as autoridades paraguaias o entregassem, como fizeram com Fugazza. Eustáquio já foi aliado da senadora Damares Alves e teve uma passagem paga pelo Ministério da Mulher. Sua esposa foi secretária Nacional de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da gestão Damares.

O usuário Mariana Volf está ligado a um número de telefone informado no site de Eustáquio. No grupo, Volf compartilhava links do Instagram de Eustáquio.

Procurado pela reportagem, Eustáquio disse inicialmente: “não sou administrador desse grupo, não faço parte desse grupo e desconheço esse grupo”. Depois de ser confrontado com um print do seu próprio telefone entre os administradores, ele admitiu estar no grupo, mas disse ter sido contra os atos de 8 de janeiro, assim como os demais administradores. “Esse grupo não tem nenhuma relação com 8 de janeiro”, disse. Contudo, afirmou que Gasparim esteve em Brasília.

Eustáquio também escreveu: “Eu saí do Brasil no dia 14 de dezembro em direção ao Paraguai. Decidi sair quando percebi que havia pessoas manipulando os patriotas dentro dos quartéis. Eram intervencionistas ligados a Ana Priscila Azevedo. Mantiveram o povo como gado no QG impedindo que eles saíssem manifestar na Esplanada, onde eu achava que deveria ser o manifesto em dezembro. Depois disso, os intervencionistas foram os principais articuladores de 8 de janeiro, movimento que eu publicamente fui contra”.

No mês passado, o ministro Alexandre de Moraes concedeu liberdade provisória a Fugazza, que precisa usar uma tornozeleira.

Grupo é administrado por outros políticos e influenciadores

A lista de administradores do grupo “Supremo é o Povo” inclui outros políticos e influenciadores bolsonaristas.

Um dos membros usa o nome do pastor Ricardo Martins, que se identifica como um “Servo de Cristo” e contra o marxismo na igreja. O nome do usuário no grupo do Telegram é o mesmo que o pastor divulgava antes de criar sua conta secundária. Ele vive nos Estados Unidos.

Outro administrador do grupo é um usuário identificado como Marcelo Guillay — o nome e a foto são de um influencer bolsonarista do Piauí. No grupo, o usuário tem postado recentemente links para o perfil de Twitter de Guillay. No início da tarde de 8 de janeiro, o perfil de Guillay no Twitter fez postagens incentivando os bolsonaristas em Brasília.

Um outro administrador seria Tacimar Hoendel, que foi secretário parlamentar do deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ). Hoendel esteve no gabinete de Jordy até julho de 2022, ganhando cerca de R$ 4 mil. Ele concorreu em 2022 a deputado estadual pelo PL, no Rio de Janeiro.

A reportagem apurou que em dezembro um usuário chamado Tacimar Hoendel era administrador do grupo. Ele chegou a enviar uma mensagem para os membros. O usuário, contudo, foi deletado.

Reportagem da Pública mostrou que Hoendel foi um dos bolsonaristas que visitou o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) comandado pelo general da reserva do Exército Augusto Heleno, antes da posse de Lula. No dia da visita, Hoendel gravou um vídeo dizendo que “o ladrão não sobe a rampa”. A suspeita de deputados da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos na Câmara Legislativa do Distrito Federal é que o GSI tenha dado apoio aos golpistas que invadiram os prédios públicos.

A reportagem questionou todos os três citados sobre o envolvimento com o grupo no Telegram, que não responderam até a publicação.

Atualmente, o grupo segue ativo com mais de 29 mil membros (no dia 6 de julho), mas é fechado para postagens apenas dos administradores. A última mensagem, do dia 1º de julho, foi de Allan dos Santos. No texto, ele critica Ana Priscila Silva de Azevedo, presa desde janeiro por participar da invasão aos prédios públicos de Brasília, após reportagem apontar que ela pretende “contar a verdade” sobre a invasão. Há oito requerimentos para ela ser ouvida na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos Atos de 8 de Janeiro do Congresso.

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Com a presença de Eduardo Bolsonaro, grupo pró-armas faz ato a 600m do Congresso

Um grupo de militantes de extrema direita do movimento pró-armas está neste momento realizando um ato em Brasília, a 600 metros do Congresso Nacional, após percorrerem um trecho de pouco mais de um quilômetro da capital federal. Ontem, 8 de julho, foi a data que marcou os seis meses da tentativa de golpe de Estado levada a cabo por bolsonaristas de várias partes do país, que resultou na depredação e vandalização das sedes dos Três Poderes da República.

Quem está presente na manifestação dos radicais favoráveis à venda indiscriminada de armas é o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que foi derrotado pelo presidente Lula (PT) na eleição do ano passado, que ao se negar a aceitar o resultado fomentou o radicalismo de seus fanáticos seguidores.

Nas imagens da manifestação é possível ver várias bandeiras de estados brasileiros, de clubes de tiro e até o pendão do Brasil Império, o que apenas reforça o caráter ultrarreacionário dos militantes que se juntaram para a “celebração” das armas.

*Com informações da Forum

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TSE envia provas contra Bolsonaro ao STF, TCU e MPE

O Tribunal Superior Eleitoral encaminhou nesta sexta-feira 7 ao Supremo Tribunal Federal, ao Tribunal de Contas da União e ao Ministério Público Eleitoral as provas reunidas na ação que levou à condenação de Jair Bolsonaro a oito anos de inelegibilidade, diz Carta Capital.

O TSE enviou o material para dois inquéritos no STF: um sobre atos antidemocráticos e outro sobre a atuação de uma milícia digital contra a democracia. O TCU, por sua vez, avaliará os autos e poderá adotar novas ações de investigação contra o ex-capitão.

Na Corte de Contas já há uma representação contra Bolsonaro, apresentada pelo Ministério Público junto ao TCU e relatada pelo ministro Jhonatan de Jesus, ex-deputado federal pelo Republicanos.

A peça, assinada pelo subprocurador-geral do órgão, Lucas Rocha Furtado, solicita que o TCU calcule os custos gerados à União pela reunião com embaixadores. Este seria o primeiro passo para que Bolsonaro tenha de devolver aos cofres públicos o dinheiro gasto com o evento.

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A obsessão doentia pelo poder

Um país que tem uma classe dominante extremamente hipócrita, com sua cordialidade de negócios, é algo que cheira a jabuticaba, que é o privatista estatal.

É uma gente que se orienta pelo mercado, mas tem ojeriza de se ver na competição sangrenta do setor privado. Isso pode ser chamado de, pimenta nos olhos dos outros, é refresco.

Existem diversas formas de se agarrar nas tetas do Estado. Dallagnol e Sergio Moro escolheram a melhor, as tetas de vaca holandesa, fartas, saborosas, carregadas dos melhores nutrientes.

A vida inteira, esses dois se refestelaram nos doces privilégios da elite do Estado, mas se aparecesse um caminho de rato qualquer que lhes garantisse ilegalmente um pouquinho mais de privilégio, os dois não se fariam de rogados e, nesse detalhe, ambos não economizaram, bastaria um pedido aqui, outro ali, pronto, o Estado que pagaria bolsa aluguel, mesmo na cidade em que têm residência própria.

E aqui, cita-se somente uma bobagem. Por isso se viu o que se viu. Por isso pessoas pagaram com a vida a ambição desses dois crápulas, como foi caso do reitor Luiz Carlos Cancellier, com a participação especial da delegada Érika Marena que, depois do malfeito, foi trabalhar com Moro no Ministério da Justiça.

Essa é a típica arrogância de quem está num dos postos mais altos do escalão do Estado e bate no peito dizendo, fiz, faço e farei, e daí?

Moro e Dallagnol, meteram os pés pelas mãos, tiraram a calça pela cabeça e, agora, estão nus em praça pública.

E o que fazem? Imitam Bolsonaro e começam a fazer uma dinastia para montar seu próprio clã regado a muito dinheiro estatal, arrotando eficiência do setor privado.

Não há característica melhor da direita brasileira, nem canalhas originais são, Bolsonaro mesmo fez uma penca de filhos para enfiar na folha de pagamento do Estado.

Resultado, em quatro anos de governo, quatro mansões, uma para cada filho. E ainda vomitam honestidade com os aplausos dos seus súditos verde e amarelo, com talento para serem trouxas de espertos.

Seja como for, Dallagnol não quer largar o osso, muito menos Moro, vão enfiando suas esposas, filhos. Mas Lula, que jamais teve parentes enfiados na política é quem não presta para o bolsonarismo.

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Deltan Dallagnol quer lançar mulher em 2024 e pode se opor a Moro

Deputado cassado articula nome de Fernanda à prefeitura de Curitiba contra candidatos que almejam apoio de ex-juiz e hoje senador.

Desde que teve seu mandato de deputado federal cassado no mês passado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Deltan Dallagnol (Podemos-PR) vem articulando seus novos planos políticos. Entre eles, a candidatura de sua mulher, Fernanda Dallagnol, à prefeitura de Curitiba no ano que vem.

Administradora de formação e sem nunca ter concorrido a um cargo eletivo, ela deve assumir os planos do marido, que tinha pretensão de ocupar o Palácio 29 de Março. Alguns aliados defendem que Dallagnol tente concorrer à prefeitura sob a alegação de que não estaria inelegível e de que o impedimento se restringia ao pleito de 2022.

Especialistas em Direito Eleitoral ouvidos pelo Globo, no entanto, divergem dessa tese: a inelegibilidade de Deltan foi reconhecida em sede de registro — ou seja, a contar da exoneração do Ministério Público em 2021. Assim, ele só poderia concorrer em 2029.

Em maio, os ministros do TSE cassaram por unanimidade Dallagnol com base na Lei da Ficha Limpa. Os magistrados entenderam que ele deixou o MP para evitar uma eventual punição administrativa, que poderia torná-lo inelegível.

Impasse lava-jatista
Diante do impedimento legal, Fernanda vem sendo procurada por caciques regionais para integrar uma possível chapa. A eventual candidatura pode representar o primeiro impasse entre os ex-integrantes da Operação Lava-Jato que migraram para a política. O União Brasil, partido do ex-juiz e hoje senador Sergio Moro (PR), aposta em outros nomes para a disputa em Curitiba e espera ter o apoio do parlamentar.

Um deles é o deputado estadual Ney Leprevost. Em 2016, quando Rafael Greca (PSD) se elegeu para o seu primeiro mandato à frente da prefeitura, Leprevost terminou a disputa em segundo lugar.

— Estamos abertos para composição, mas não há nada certo. O União fez deputados bem votados e espero conseguir somar isso. Moro é um político respeitado, mas não sentamos para conversar ainda — afirma Ney Leprevost.

Também do União Brasil, Flávia Francischini aparece entre as possibilidades para compor a chapa do atual vice-prefeito Eduardo Pimentel (PSD), nome que conta com o apoio de Greca e do governador do estado, Ratinho Júnior (PSD). Apesar de não confirmar Francischini, Pimentel defende a construção de alianças:

— Eu sou uma personalidade do diálogo, tenho vontade de construir uma frente ampla de apoios.

O cabo de guerra entre o União Brasil e Dallagnol ainda é incerto. Nos bastidores, articuladores ressaltam que a relação entre o ex-coordenador da força-tarefa de Curitiba e Moro nunca foi pessoal. Oficialmente, o senador disse que é cedo para comentar o pleito do ano que vem.

Há ainda uma dúvida sobre a candidatura de Fernanda Dallagnol: o partido que a mulher do ex-procurador irá concorrer. Desde que deixou a Câmara, Deltan segue filiado ao Podemos, mas tem negociado com outros partidos. No último domingo, o ex-deputado chegou a comparecer a um evento do partido Novo, ao lado do governador de Minas Gerais, Romeu Zema, e do senador Eduardo Girão (CE).

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Vídeo: Quando um vice-presidente não é decorativo

Uma cena bonita de se ver. Alckmin acelera os passos em direção ao presidente Lula na hora do embarque para a Colômbia para ajustar pautas de trabalho.

Há muito não se via um vice-presidente que trabalha de verdade.

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A inocência do reitor Cancellier e a maldade da Lava Jato. Com a palavra Erika Marena

Gleisi Hoffmann foi ao ponto

A deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), presidente nacional do PT, comentou o informe do Tribunal de Contas da União (TCU) que concluiu que não houve irregularidades na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e que, portanto, o reitor Luiz Carlos Cancellier era inocente.

Cancellier cometeu suicídio 18 dias após ser injustamente preso no âmbito da Operação Ouvidos Moucos – um desdobramento da Lava Jato – que investigava um suposto superfaturamento no aluguel de veículos para a execução do programa Universidade Aberta do Brasil (UBA). O reitor da UFSC passou por um processo de humilhação pública no decorrer da operação. Sobre o caso, Gleisi afirmou em suas redes sociais neste sábado (8) que foi “mais um exemplo do mal que a turma lavajatista fez ao país” e desejou conforto à família de Cancellier.

“Preso, acorrentado, algemado e humilhado por uma operação nos moldes da Lava Jato, o reitor da UFSC, Luiz Carlos Cancellier, foi inocentado pelo TCU. Não houve irregularidades na universidade, Cancellier sempre foi inocente. O reitor, que se suicidou, teve sua prisão decretada pela delegada da PF, Erika Marena, endeusada no filme da Lava Jato, e foi alvo da juíza Janaina Cassol, que teve a sua suspeição apontada pelo STF. Esse é mais um exemplo do mal que a turma lavajatista fez ao país, que a justiça feita dê algum conforto pra família de Cancellier.”

Em janeiro deste ano, o presidente Lula (PT) homenageou Cancellier durante um encontro com reitores de universidades, afirmando que o caso envolvendo sua morte foi uma “aberração” e que apenas ocorreu “pela pressão de uma polícia de ignorantes, de um promotor ignorante, de pessoas insensatas que condenaram as pessoas antes de investigar e julgar”.

“Quero dizer para você, meu caro Luiz Carlos Cancellier, que pode ter morrido a sua carne, mas as suas ideias continuarão no meio de nós a cada momento que a gente pensar em educação, na formação profissional e intelectual do povo brasileiro. Esteja onde você estiver, pode ficar certo que aqui tem muita gente disposta a dar sequência ao trabalho que você fazia e às ideias que você acreditava. Você morreu, mas as suas ideias continuam vivas, e nós haveremos de recuperá-las e trabalhar para que a gente nunca mais permita que aconteça o que aconteceu com aquele reitor em Santa Catarina”, disse Lula na ocasião.

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Deputada norte-americana pede que EUA abram arquivos sobre ditadura brasileira

Alexandria Ocasio-Cortez fez pedido ao Departamento de Estado dos EUA para que sejam liberados documentos.

A deputada democrata Alexandria Ocasio-Cortez fez um pedido ao Departamento de Estado dos Estados Unidos para que sejam liberados documentos da inteligência norte-americana relacionados à ditadura militar brasileira (1964-1985), diz o Brasil de Fato.

A demanda foi apresentada como uma emenda provisória ao orçamento anual de Defesa dos EUA, juntamente com outras 1.471 propostas de parlamentares, porém, não há garantia de que será aprovada.

No texto provisório da emenda atual, Ocasio-Cortez solicita um relatório do secretário de Estado, Antony Blinken, sobre o envolvimento dos EUA no golpe de 1964 e se tinham conhecimento prévio da possibilidade de os militares tomarem o poder.

A deputada também solicita que o eventual documento contenha informações de inteligência entre os anos de 1964 e 1985 sobre o envolvimento dos militares brasileiros em assassinatos, torturas, desaparecimentos e prisões arbitrárias, bem como sobre a morte de indígenas por violência direta ou negligência.

Além disso, o relatório deve incluir uma análise da parceria militar entre os EUA e o Brasil durante a ditadura, abordando detalhes sobre treinamento, logística e transferência de armas.

Envolvimento norte-americano documentado

Em 2024, o golpe militar brasileiro completa 60 anos, e a participação dos Estados Unidos nesse período já foi documentada por historiadores.

O então embaixador dos EUA no Brasil em 1964, Lincoln Gordon, propôs o envio de uma força naval para a costa brasileira como parte da Operação Brother Sam, com o objetivo de auxiliar as tropas que depuseram o presidente João Goulart (1961-1964). Embora a ação tenha sido aprovada pelo governo Lyndon Johnson, Goulart foi derrubado antes da chegada dos navios.

Arquivos da embaixada norte-americana dos anos de 1975-1976, publicados pelo WikiLeaks, também revelaram que a Casa Branca tinha conhecimento das violações de direitos humanos durante a ditadura militar brasileira, mas minimizava essas violações como exceções, como forma de justificar a continuidade do apoio e treinamento militar às forças brasileiras.

Os Estados Unidos também apoiaram a Operação Condor, que estabeleceu uma rede para ações coordenadas de repressão nas ditaduras na América do Sul.

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Vídeo: “Cuidar da Amazônia é um privilégio e uma responsabilidade”, diz Lula em cúpula com presidente da Colômbia

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou neste sábado de encontro com o líder da Colômbia, Gustavo Petro, além de especialistas e ministros em sessão de encerramento da Reunião Técnico-Científica da Amazônia. No evento, Lula pediu cooperação entre países da região para a preservar da floresta e desenvolver políticas sustentáveis para moradores que vivem e tiram o sustento da biodiversidade. O presidente disse que “cuidar da Amazônia é, ao mesmo tempo, um privilégio e uma responsabilidade”, diz O Globo.

Lula também apelou para que metas em comum sejam perseguidas pelos países vizinhos e exaltou a realização da Cúpula de Belém, no Pará, que será realizada em agosto para debater os problemas da região. Em 2025, a capital do estado amazônico também sediará a conferência global do clima (COP).

— A Cúpula de Belém será um momento de correção de rota. A abertura às autoridades locais e à sociedade será um componente essencial dessa nova OTCA (Organização do Tratado de Cooperação Amazônica). É preciso valorizar o papel dos prefeitos, governadores e parlamentares. Não se faz política pública sem participação de quem conhece o território. Para isso, queremos formalizar o Foro de Cidades Amazônicas e o Parlamento Amazônico — disse Lula.

Na cidade de Leticia, localizada na fronteira com o Brasil, os presidentes de ambos os países debatem projetos sustentáveis para a Amazônia. O fórum promove debates a partir da análise de propostas de indígenas, especialistas e integrantes da sociedade civil. Durante sua fala, Lula ressaltou que os países da região deveriam se juntar à meta do Brasil de zerar o desmatamento até 2030.

— Pode ser um objetivo em comum — sugeriu o presidente.

Desde que assumiu o mandato, Lula tem dado prioridade ao tema do meio ambiente em viagens internacionais. Foi assim quando, na França, há duas semanas, disse a chefes de outras nações que o Brasil precisaria de suporte para que os moradores da Amazônia possam estar inseridos em uma economia sustentável.

Lula também tem repetido que conversará com representantes da República Democrática do Congo e da Indonésia para articular propostas conjuntas para a próxima conferência do clima. Os três países possuem as maiores reservas florestais do mundo. A ideia é angariar recursos de “países mais ricos”, como diz Lula, para promover o desenvolvimento sustentável.

Neste sábado, Lula voltou ao assunto:

— (Os países ricos) descumpriram a promessa feita em Copenhage (durante conferência na Dinamarca) de destinar US$ 100 bilhões por ano (para o combate às mudanças climáticas) — reclamou.

A conversa de Lula com o presidente da Colômbia faz parte dos preparativos da Cúpula da Amazônia, que será realizada entre os dias 8 e 9 de agosto. O encontro contará com os países da região amazônica para debater temas como preservação e segurança nas fronteiras.

— Queremos estabelecer um comitê de especialistas da Amazônia, inspirado no Painel Intergovernamental Sobre Mudança do Clima (IPCC), para gerar conhecimento e produzir recomendações baseadas na ciência. A formação de redes de contato entre universidades e instituições de pesquisa contribuirá para estimular a produção de conhecimento local, dinamizar as economias e criar oportunidades para nossa juventude, tão carente de alternativas de estudo e trabalho — discursou Lula.

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