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Em um editorial cretino, O Globo sai em defesa de seu ajudante de ordens, Sergio Moro.

Todos sabem que a ideia central do projeto da Lava Jato era unificar duas repúblicas dentro do Brasil, a de Curitiba e a do Jardim Botânico.

A totalidade dos artigos de O Globo, e foram centenas, talvez milhares em todos os da Lava Jato, foi o vestuário que deu cinturinha de vedete a Sergio Moro na mais cruel corrupta e deletéria operação policial da história do Brasil.

Sim, essa é a primeira coisa que o deletério editorial de O Globo não diz. Poderia plagiar uma de suas colunistas mais destacadas, Vera Magalhães que, com poucas ideias nos miolos, disse que Sergio Moro era um grande enxadrista e, pasmem, era um juiz que tinha oponentes. Coisas da Paris tropical, caretas, guinchos e pinotes sempre foram a face mais integrada desse ambiente midiático industrial.

São revistas, jornais, televisões que moldam suas análises ao gosto do freguês. Nunca foram corrente contrária aos milionaríssimos da classe dominante, sobretudo dos segregados, dos desvalidos, dos pretos, dos favelados, dos sem terra e dos sem teto.

Não há uma edição qualquer no Globo que tenha, pelo menos de forma carictural, uma menção que não seja um bafio de sangue que escapa por suas crônicas contra a imensa maioria do povo brasileiro.

Essa é a maldade velha, principalmente do grupo empresarial dos Marinho, que sempre viveu na garupa de golpes militares e protagonizou levantes golpistas, via judiciário e parlamento.

Na verdade, essa gente, enfeitada de ganso democrático, sempre quis manter a sociedade em seu cabresto.

Agora, num editoria amarrotado, chega a brincar com a cara do leitor, citando, em defesa de Moro, uma empresa privada chamada Transparência Internacional dos amigos de Moro, digo mais, sócios de Moro.

Nem vale a pena pintar muito esses bonachões lavajatisas. Vamos adiante para sublinhar as mazelas mais vivas desse editorial do Globo, em defesa do seu ajudante de ordens, Sergio Moro.

A parte mais ferina dessa catedral da manipulação, é o desenho ridículo de defender um ex-juiz que, num ato criminoso, hackeou, manipulou e divulgou para a própria Globo, como um cãozinho adestrado, incorrendo em mais um crime, o diálogo picotado entre a Presidência da República, Dilma Rousseff com o ex-presidente Lula.

Somente isso basta para mostrar que Moro está enlameado até o  pescoço, até porque não há semelhança na história do judiciário brasileiro crime tão estupendo.

Mas O Globo, que usou o crime de Moro para atacar Dilma e Lula no Jornal Nacional, naquela época, acha que o STF utilizar revelações do hacker na operação Spoofing que é muito maior do que se imagina.

Na realidade, a fala de Reinaldo Azevedo, levantando essa questão, de que há muito mais coisas a serem reveladas sobre a Lava Jato que foram hackeadas, mas não veio a público, faz com que a Globo esteja tão apavorada com o que ali consta na mesma medida do pânico do clã com o que Moraes já tem em mãos com a delação de Mauro Cid.

Na verdade, é como disse Rosângela Moro, Bolsonaro e Moro são uma coisa só.

Se são! E os Marinho sabem disso.

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Por Carlos Henrique Machado

Compositor, bandolinista e pesquisador da música brasileira

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