Ano: 2023

Beija-flor, historicamente perfeita, avermelha as terras do Brasil na sapucaí. (Assista)

Com o único enredo de protesto do ano de 2023, a Beija-flor subverte a sua própria tradição de enredo sem engajamento, ou crítica. Nos últimos anos, a busca por uma retórica de maior protesto, fez a escola se perder em histórias contadas com críticas vazias e com pouca autenticidade em seus conteúdos. Fato que mudou esse ano.

Com um carro abre alas encenando o quadro de Pedro Américo, o povo faz, o que o samba enredo inicia dizendo, uma revolução do povo, removendo Dom Pedro do cavalo e colocando uma mulher negra no lugar, interpretada por Isabel Filardes.

Em todo o desfile, a mesma beleza poética da letra do samba (no final), diz que o sangue retinto avermelhava essas terras, fica impresso em alas muito críticas, como a ideia de resistência entre os escravizados, como um elo que atravessa a todos os que sofreram para construir o Brasil profundo.

A crítica não ficou apenas na história, há grande ênfase na associação entre o passada e o presente, contida nos trechos: “Eu vim cobrar igualdade, Quero liberdade de expressão” e “O mito do descaso.”. Ainda, no desfile em si, alegorias falam de um império que se fundamentava na escravidão e na exploração de seu próprio povo, é derrubado por uma república que já nascia velha, dentro dos quartéis, por um golpe militar.

A hipocrisia, a autocracia e o racismo estrutural, fazem com que haja o incentivo à imigração branca, após a abolição da escravidão, em um esforço de embranquecimento do homem brasileiro.

Na sequência, a escola mostra o medo do comunismo, antes de um carro que mostra que o poder, no Brasil, existe para controlar e povo, para manutenção da desigualdade e a opressão do rico pelo pobre.

Na última sessão, a ala dos movimentos sociais, traz faixas contra a fome, contra a discriminação racial, social e LGBTQIA+. Os movimentos campesinos, trabalhistas e das periferias estão representados.

O penúltimo carro mostra a reconstrução da bandeira do Brasil e mostra uma matriarca negra costurando a nova bandeira, como quem reconstrói um país.

Por fim, após o carro dos índios e das revoltas indígenas, a escola dá a resposta, para a pergunta de como recriar o Brasil, basta seguir a própria cultura popular.

Perfeito e emocionante. (Assista à íntegra do desfile)

Oh, oh, oh
Oh, oh, oh

A revolução começa agora
Onde o povo fez história
E a escola não contou
Marco dos heróis e heroínas
Das batalhas genuínas
Do desquite do invasor

Naquele 2 de julho, o Sol do triunfar
E os filhos desse chão a guerrear
O sangue do orgulho retinto e servil
Avermelhava as terras do Brasil

Eu vim cobrar igualdade
Quero liberdade de expressão
É a rua pela vida, é a vida do irmão
Baixada em ato de rebelião
Eu vim cobrar igualdade
Quero liberdade de expressão
É a rua pela vida, é a vida do irmão
Baixada em ato de rebelião

Desfila o chumbo da autocracia
A demagogia em setembro a marchar
Aos renegados, barriga vazia
Progresso agracia quem tem pra bancar

Ordem é o mito do descaso
Que desconheço desde os tempos de Cabral
A lida, um canto, o direito
Por aqui o preconceito tem conceito estrutural

Pela mátria soberana, eis povo no poder
São Marias e Joanas, os Brasis que eu quero ver
Deixa Nilópolis cantar
Pela nossa independência, por cultura popular
Deixa Nilópolis cantar
Pela nossa independência, por cultura popular

Ô, abram alas ao cordão dos excluídos
Que vão à luta e matam seus dragões
Além dos carnavais, o samba é que me faz
Subversivo, Beija-Flor das multidões

Ô, abram alas ao cordão dos excluídos
Que vão à luta e matam seus dragões
Além dos carnavais, o samba é que me faz
Subversivo, Beija-Flor das multidões

A revolução começa agora
Onde o povo fez história
E a escola não contou
Marco dos heróis e heroínas
Das batalhas genuínas
Do desquite do invasor

Naquele 2 de julho, o Sol do triunfar
E os filhos desse chão a guerrear
O sangue do orgulho retinto e servil
Avermelhava as terras do Brasil

Eu vim cobrar igualdade
Quero liberdade de expressão
É a rua pela vida, é a vida do irmão
Baixada em ato de rebelião
Eu vim cobrar igualdade
Quero liberdade de expressão
É a rua pela vida, é a vida do irmão
Baixada em ato de rebelião

Desfila o chumbo da autocracia
A demagogia em setembro a marchar
Aos renegados, barriga vazia
Progresso agracia quem tem pra bancar

Ordem é o mito do descaso
Que desconheço desde os tempos de Cabral
A lida, um canto, o direito
Por aqui o preconceito tem conceito estrutural

Pela mátria soberana, eis povo no poder
São Marias e Joanas, os Brasis que eu quero ver
Deixa Nilópolis cantar
Pela nossa independência, por cultura popular
Deixa Nilópolis cantar
Pela nossa independência, por cultura popular

Ô, abram alas ao cordão dos excluídos
Que vão à luta e matam seus dragões
Além dos carnavais, o samba é que me faz
Subversivo, Beija-Flor das multidões

Ô, abram alas ao cordão dos excluídos
Que vão à luta e matam seus dragões
Além dos carnavais, o samba é que me faz
Subversivo, Beija-Flor das multidões

Oh, oh, oh
Oh, oh, oh

*Fabio Rios

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Bolsonaristas se mobilizam pelo Whatsapp e cobram soltura dos terroristas

Quase 45 dias depois dos atentados terroristas promovidos por bolsonaristas em Brasília, no dia 8 de janeiro, seguidores de Jair Bolsonaro (PL) voltaram a se mobilizar no WhatsApp. O movimento havia se esvaziado mediante a investigação e prisão dos bolsonaristas envolvidos na tentativa de golpe de estado do dia 8.

De acordo com o Estado de São Paulo, as mensagens, apoiadores de Bolsonaro divulgam mobilizações para protestos que revivem pautas antigas – como voto impresso e desconfiança das urnas. Mas há também um novo movimento em curso: a cobrança de ações em defesa dos presos após as invasões do Palácio do Planalto, do Congresso e do Supremo Tribunal Federal (STF). Os argumentos disseminados nas redes sociais já começaram a ser reproduzidos em discursos de deputados na Câmara.

Levantamento feito pelo Laboratório de Pesquisa em Comunicação, Culturas Políticas e Economia da Colaboração da Universidade Federal Fluminense (Colab/UFF), a pedido do Estadão, mostra que os disparos de mensagens voltaram a ganhar força em fevereiro. O Comunidades, recurso lançado pelo WhatsApp, pode explicar o crescimento. A atualização criou uma espécie de “supergrupo”, que tem potencial para agregar vários grupos em um único espaço.

Se antes o limite era de 256 pessoas, agora uma comunidade pode ter milhares de usuários, o que aumenta significativamente a abrangência de um conteúdo. O WhatsApp planejava lançar o canal no ano passado, mas recuou por causa de possíveis impactos nas eleições. O grupo de avisos funciona como um “megafone” – no espaço, apenas os administradores podem publicar.

“O WhatsApp tem sido uma das poucas plataformas de mensagens a se aprimorar para conter viralidade no aplicativo e prestigiar as interações significativas entre as pessoas”, disse a empresa ao Estadão.

Se cada integrante de um canal espalhar uma mensagem para outro grupo, o alcance pode chegar a 25 milhões de pessoas. “Mesmo que você não lide com o número máximo, o impacto já é suficiente, considerando que cada um desses usuários está envolvido em outros grupos que não são, necessariamente, engajados politicamente”, disse o pesquisador da UFF Viktor Chagas.

Vandalismo

O Colab/UFF coletou 141 mil mensagens de 15 grupos de WhatsApp ligados a cinco diferentes comunidades, de 31 de outubro a 15 de fevereiro. O pico de postagens ocorreu em 11 de janeiro, três dias após os atos de vandalismo em Brasília. O principal assunto foi a prisão dos extremistas. Antes do carnaval, o tema voltou a circular nos grupos bolsonaristas.

Uma mensagem em diferentes grupos diz que está sendo feita “enorme movimentação” com o objetivo de reunir pessoas para pedir a demissão de todos os integrantes do Legislativo e do Judiciário. “A exemplo do que antecedeu a Revolução Francesa, o terceiro Estado (povo esclarecido) clama por justiça”, afirma o texto, que convoca para um ato, em abril, a favor do voto impresso.

Outro vídeo mostra manifestantes em Porto Alegre. Eles pedem a soltura dos “inocentes” presos em Brasília, além de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para responsabilizar o governo, na figura do ministro da Justiça, Flávio Dino. A alegação é a de que Dino teria conhecimento prévio do plano e facilitou a invasão dos prédios dos três Poderes. “Onde estão os direitos humanos?”, questiona um apoiador de Bolsonaro.

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Miriam Leitão: O jeito certo de agir e o que é inaceitável

Autoridades dos três níveis federativos trabalham juntas na tragédia em São Paulo. Já na Terra Yanomami, um apoio inaceitável.

O presidente Lula e o governador Tarcísio não tiveram carnaval. Muita gente nas administrações do país e do estado suspendeu as festas e se concentrou na tragédia que abalou o litoral norte de São Paulo. Sentados na mesma mesa, representantes dos três níveis federativos tinham a demonstrar a forma correta de agir diante de um evento que tira vidas, desabriga, desampara e choca. Governos governam. Isso é natural, mas não era frequente em tempos recentes. O ex-presidente Bolsonaro não se abalou de cima do seu jet ski quando a chuva desabou sobre a Bahia há pouco mais de ano, no Réveillon de 2022. “Espero não ter que retornar antes”, disse ele na ocasião.

Lula não se perguntou isso. Junto com o governador bolsonarista de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e o prefeito tucano de São Sebastião, Felipe Augusto, afirmou que o governo federal vai ajudar na recuperação da Rio-Santos e na construção de moradias em lugares adequados. O governador disse que a presença de Lula dava “amparo e conforto”. Todo mundo se comportou da forma correta. Gestores públicos passam por cima de divergências políticas para atuar de maneira colaborativa quando acontece uma tragédia e pessoas públicas vão ao local dos eventos dramáticos porque é assim que se informam melhor, e demonstram solidariedade. Era tão difícil explicar o óbvio ao antigo governante do Brasil.

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, estava no Acre para visitar a última irmã viva de seu pai. Pegou um voo às pressas e foi para São Paulo, onde chegou no meio da tarde. No caminho foi marcando uma reunião com o Cemaden, o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais. Uma das propostas que a ministra quer colocar em pé, com a ajuda do Cemaden, foi elaborada durante a transição. A ideia é fazer um levantamento de todas as áreas sensíveis aos eventos extremos. Seria decretado então um estado de emergência climática. As áreas teriam uma linha de crédito especial para ações estruturantes de adaptação. Atualmente, o país cumpre o orçamento feito pelo governo Bolsonaro, com o acréscimo dos recursos da emenda da transição. A proposta é já preparar as áreas que terão essa linha orçamentária de adaptação no ano que vem, recursos que seriam mobilizados mais rapidamente para ações preventivas.

Os especialistas em mudança climática ensinam que é preciso seguir duas palavras: “mitigação e adaptação”. O combate às emissões dos gases de efeito estufa – no qual se inclui a eliminação do desmatamento ilegal – é para mitigar a mudança climática já contratada e que se reflete na nossa vida através dos eventos extremos. Eles têm, conforme os alertas dos cientistas, se tornado mais frequentes e mais extremos. Ao mesmo tempo, é preciso se adaptar ao que inevitavelmente acontecerá.

O Cemaden, a propósito, foi criado a partir de uma ideia do climatologista Carlos Nobre, no Ministério da Ciência e Tecnologia, quando Aloizio Mercadante era ministro, exatamente para alertar sobre os riscos de eventos extremos. E será braço fundamental para qualquer ação preventiva.

Se, por um lado, a união dos governantes do país, do estado de São Paulo e da cidade de São Sebastião era boa de se ver e restabelecia o princípio federativo da cooperação, o que aconteceu ontem na Terra Yanomami mostra que há situações e apoios inaceitáveis. O senador Chico Rodrigues, defensor da liberação do garimpo em terras indígenas, como propunha Bolsonaro, desembarcou ontem na TI Yanomami, segundo informação do jornalista Rubens Valente. Famoso por portar dinheiro em partes inapropriadas do corpo, em escândalo que pertence ao governo Bolsonaro, o senador bandeou-se para o PSB e, portanto, é parte da coalizão do governo Lula.

Ao desembarcar na Terra Indígena, sem autorização das organizações Yanomami, e depois de ter sido advertido pelos senadores Eliziane Gama e Humberto Costa de que não deveria fazê-lo, o senador prova mais uma vez que é o pior presidente que se poderia imaginar para a Comissão Temporária sobre a Situação Yanomami.

Existe a boa cooperação política, a que se viu ontem em São Paulo diante da tragédia do litoral norte, e existe a adesão que contamina o projeto. Foi o que aconteceu nessa visita invasiva do senador Chico Rodrigues à Terra Yanomami. Que essa seja a prova definitiva de que ele não deve estar na comissão.

*O Globo

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Lula e a máxima de que a palavra convence e o exemplo arrasta

A reação da grande mídia com a pronta ação de Lula na tragédia do litoral norte de São Paulo, seguiu a lógica. Coisa rara nesse país de inversão de valores.

Na opinião pública, foi praticamente unânime que Lula agiu como deve agir um chefe de Estado, sobretudo depois do país sofrer tanto com o negaciosionismo de um psicopata com ideia fixa pela morte.

Os brasileiros estão em compasso de espera pela condenação e prisão do genocida. Crimes para isso, não faltam e se acumulam.

Qualquer criminalista, minimamente sério, sabe que o fascista não terá como sair disso impune.

O fato é que Lula, que já tem a característica de agir em prol dos necessitados, ir pessoalmente no local da tragédia oferecer ajuda do governo federal aos prefeitos e ao governador, foi, sem sombra de dúvida, um passo a mais para construir uma nova liga social que contemple a união nacional.

Ou seja, Lula fez tudo de forma inversa à que o demoníaco ex-presidente praticou durante seus quatro anos trágicos de mandato.

Mas Lula foi apenas o Lula de sempre. Aquele que arrasta pelo exemplo.

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Lula mobiliza governo em apoio a atingidos pelas chuvas em SP

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva visita hoje (20) as áreas afetadas pelas fortes chuvas e desabamentos no litoral paulista, especialmente em São Sebastião, onde morreram pelo menos 36 pessoas, muitas estão com ferimentos graves e centenas estão desabrigadas. Uma criança morreu em Ubatuba.

As chuvas persistentes causaram bloqueio de estradas, queda de barreiras, inundações, deslizamentos, desabamentos e afetaram o abastecimento de água e energia na região.

Portaria do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, publicada em edição extra do Diário Oficial da União desse domingo (19), reconhece estado de calamidade pública no município de São Sebastião (SP). A cidade do litoral paulista foi atingida por temporais que superaram 600 milímetros em menos de oito horas. Pelo menos 36 pessoas morreram.

A previsão é de que o presidente deixe Salvador, onde passava o feriado, agora de manhã, e chegue a São José dos Campos por volta das 10h. De lá sobrevoa a região e desce em São Sebastião, o município mais atingido pelas chuvas, que superaram 600 milímetros em menos de oito horas.

Em mensagem divulgada ontem à noite no Twitter, Lula disse que serão reunidos todos os níveis de governo e, com a solidariedade da sociedade, atender feridos, buscar desaparecidos, restabelecer as rodovias, ligações de energia e telecomunicações na região. Ele lamentou as mortes e manifestou solidariedade às famílias.

“Expresso minha solidariedade aos moradores do litoral norte de SP que sofrem transtornos e perdas em função das fortes chuvas”, afirmou o presidente Lula em suas redes sociais, neste domingo.

O presidente disse ainda que conversou com o ministro da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, com o governador de São Paulo Tarcísio Gomes de Freitas e com o prefeito de São Sebastião, Felipe Augusto sobre a situação.

Segundo a Defesa Civil de São Paulo, três das quatro cidades do litoral norte de São Paulo tiveram, nas últimas 24 horas, o volume de chuva esperado para todo o mês de fevereiro. Em São Sebastião, o volume nas últimas 24 horas foi o dobro da média esperada para o mês.

Pronto atendimento

O governador do estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas, disse na tarde do domingo (19), em São Sebastião, que pediu apoio do Governo Federal e foi prontamente atendido. Helicópteros da Polícia Militar e do Exército vão ser usados para transportar as equipes de bombeiros e retirar feridos dos deslizamentos de terra no município.

“A gente pediu um apoio das Forças Armadas e fomos prontamente atendidos. O Batalhão de Aviação de Taubaté vai disponibilizar aeronaves de grande porte para que a gente possa, primeiro, deslocar tropas de bombeiros para lá, já que essa tropa não está conseguindo chegar para ajudar no resgate em razão do bloqueio das rodovias”, disse.

Tarcísio informou ainda que, inicialmente, os feridos serão encaminhados para o Hospital Regional de Caraguatatuba. Assim que a capacidade do hospital se esgotar, passará a ser utilizado o Hospital Regional de São José dos Campos e, posteriormente, o Hospital das Clínicas, na capital paulista.

* Vermelho

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Luis Nassif: Crise de liquidez se espalha pela economia ante BC inerte

Há dois anos o nível da água vinha subindo e agora chegou ao nariz da economia.

Os sinais estão nítidos, de um aumento exponencial da crise de liquidez, arrastando diversas empresas para a falência ou recuperação judicial. E com um nível de juros impraticável, não apenas pela Selic de 13,75% mas por toda a estrutura de crédito.

O acompanhamento do mercado de ações se limita ao Índice Bovespa. Um corte setorial mostrará vários setores em situação complicada.

Dependendo de financiamentos habitacionais de longo prazo, a construção civil mostra sinais nítidos de perda de fôlego.

Tome-se o caso da MRV. O papel fechou em R$ 7,55, 65,7% a menos que no pico de 20 de janeiro de 2020.

Já a Cyrela fechou em R$ 14,80, queda de 57% em relação ao pico de 213 de janeiro de 2020.

E a JHS com queda de 54,3% em relação ao pico de 15 de julho de 2020.

Outro setor diretamente afetado pela perda de renda é o de saúde,

A Qualicorp está em R$ 5,29, 88,2% abaixo do pico de 23 de janeiro de 2020.

E a Hapvida está em 71,8% abaixo do pico de 11 de janeiro de 2021.

*GGN

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Telefonema acorda e salva família de temporal em Bertioga

Moradores desalojados na Baixada Santista contam o drama para fugir da enxurrada que tomou as casas.

A dona de casa Thais Mariane de Carvalho, 31, acordou assustada com a ligação da mãe, Maria Rosa de Carvalho, 58, na madrugada do último domingo (19).

“Ela disse ‘Thais, acorda todo mundo pelo amor de Deus, que a água subiu'”, conta a dona de casa. Maria Rosa tinha medo que a filha estivesse já sem vida devido às fortes chuvas que afetaram severamente Bertioga, na Baixada Santista, nos últimos dias.

Ela mora com mais outras 12 pessoas –sendo diversas delas crianças– em um pequeno barraco de madeira localizado em uma comunidade no bairro Chácaras.

No município, o índice pluviométrico chegou a 695 mm, segundo a última atualização do governo do estado, o maior registrado em toda a história da cidade.

“Uma hora depois, a água já tinha subido mais de um metro. Ficamos em pânico. Ligamos para os bombeiros, mas não sabiam nem como chegar para nos ajudar”, conta Thais.

A rua onde moram nem sequer tem nome. Os imóveis são considerados de ocupação irregular pela prefeitura e, para a chegada do resgate, moradores precisaram dar referências próximas. Até botes foram utilizados pelos bombeiros.

“Primeiro tiramos as crianças. Eles [bombeiros] as colocavam nas costas porque até os adultos tinham medo de afundar e não voltar. Ninguém sabe nadar”, disse Thais à Folha.

Enquanto a água subia dentro da própria casa, a família ainda lembrou que os vizinhos, um casal de idosos, poderiam estar com dificuldades mais severas. Um deles sofreu um AVC (Acidente Vascular Cerebral) recentemente, e teve a locomoção limitada.

Recorreram, então, a outro vizinho com quem possuem relação próxima, Moacir de Jesus dos Santos, 39.

“Nós somos como uma família, então nos ajudamos mesmo. Coloquei ele pendurado em mim, nos meus ombros, e passamos pela água até a casa de um dos parentes”, disse Santos.

O lar de Thais Mariane de Carvalho ficou completamente inundado. Ela conta ter perdido fogão, máquina de lavar, geladeira e precisou com toda a família ser alojada temporariamente na quadra da escola municipal José de Oliveira, no bairro Jardim Rio Praia.

Eles têm no local a companhia de outros integrantes da própria comunidade. Segundo a prefeitura, o número de desalojados subiu nesta segunda-feira (20) de 13 para 21.

Ivanilde Alves, 46, e Beatriz Ariane Ferreira, 22, também estão no alojamento provisório.

Beatriz Ariane Ferreira, 22, e sua mãe, Ivanilde Alves, 46, em abrigo após comunidade no bairro Chácaras ter sido afetada pelas fortes chuvas

Mãe e filha chegaram há menos de dois meses ao município, vindas de Ferraz de Vasconcelos, na Grande São Paulo, para tentar recomeçar após o divórcio de Ivanilde.

“Viemos aqui só com a roupa do corpo, uma mochila e a coragem. Moramos de favor na casa de um conhecido um mês e conseguimos um barraco para ficar”, disse Ivanilde.

Beatriz está grávida de sete meses e segurava no colo um cachorro de pouco mais de 20 dias de vida, sentada sobre um colchão que receberam de doação. Ela ainda tem uma filha de quatro anos.

“Parecia o Titanic. Não sabíamos se saíamos da casa, ou se ficávamos dentro. E o pior: teremos que voltar para lá”, afirmou.

Parecia o Titanic. Não sabíamos se saíamos da casa, ou se ficávamos dentro. E o pior: teremos que voltar para lá.

Diferentemente de alguns que já tentam retornar para os seus lares, mesmo com previsão de novas chuvas na região, elas ainda precisarão aguardar pelo fato de a casa ainda estar cheia de água.

Também alojado, o morador Antonio José Felix do Nascimento, 46, avisou a assistência social que junto com a esposa, Carina Ribeiro da Luz, deixaria o abrigo para tentar voltar ao lar e não perder o trabalho como pedreiro em uma marina.

“Morávamos de aluguel e compramos essa casa há quatro anos. Salvamos tudo o que podíamos”, contou Carina.

Eles disseram que pagavam mensalmente R$ 800 na antiga moradia, mais gastos com água e luz por volta de R$ 200. “Tínhamos o lar e faltava o que comer. Então, agora, não é uma opção sair. Vamos para o menos pior”, disse.

Para não perder o carro, o casal estacionou o veículo em frente a uma adega de um conhecido, que fica em um ponto mais alto da região e não costuma sofrer com alagamentos. O vizinho deles ficou com o carro completamente submerso.

A Prefeitura de Bertioga decretou estado de emergência e cancelou toda a programação de Carnaval. Além do Chácaras, o Morada da Praia, Boraceia e a Riviera de São Lourenço são outros pontos afetados.

Segundo o DER (Departamento de Estradas de Rodagem), a rodovia Mogi-Bertioga, um dos principais acessos à cidade, ainda precisou ser interditada e segue sem previsão de liberação.

BAIXADA

Além de Bertioga, a mais afetada das nove cidades que compõem o litoral sul, Santos, São Vicente, Praia Grande, Guarujá, Mongaguá, Itanhaém, Peruíbe e Cubatão também registram diversas ruas alagadas, quedas de árvores, falta de energia e interrupção da travessia de balsas, além de veículos submersos.

Em Guarujá, foram 395 mm de chuvas, superior à média estimada para todo o mês de fevereiro, que era de 234 mm.

Consideradas as últimas 72 horas, o volume é de 405 mm, superando até mesmo a registrada em 3 março de 2020, que culminou com deslizamentos de terra que vitimaram 45 pessoas no litoral –23 delas na Barreira do João Guarda, comunidade local. Na tragédia, foram 282 mm em 24 horas.

Além de Bertioga, com 683 mm, as chuvas passaram de 600 mm em apenas 24 horas em São Sebastião (627 mm), mas foram muito intensas também em outras cidades como Ilhabela (337 mm), Ubatuba (335 mm), Santos (232 mm) e Praia Grande (209 mm).

*Com Folha

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Crítico, irreverente e atrativo, como o Carnaval impacta o Brasil e a identidade brasileira?

Sputnik – É Carnaval! O festejo, que é uma das maiores manifestações culturais do planeta, já arrasta multidões em todo o Brasil com muitas cores, batuques e purpurinas. A folia momesca acaba na quarta-feira de cinzas (22), mas já começou bem antes da sexta-feira (17) e movimenta tanto os foliões quanto a economia e a política brasileiras.

Uma festa popular que reúne multidões, evidentemente, não pode ser vista fora de seu contexto social, político e econômico. É notório o impacto do Carnaval nas mais diversas áreas. O apelo midiático, a força econômica e a capacidade de levantar debates sem o menor pudor faz com que o festejo seja mais do que um momento de descontração e impacte diretamente no conjunto da sociedade. Essa força ultrapassa as fronteiras e pode até ser instrumento para a diplomacia brasileira.

Durante esses dias de samba, frevo, axé, suor e cerveja, o podcast Jabuticaba Sem Caroço, da Spuntik Brasil, comandado pelas jornalistas Bárbara Pereira e Francini Augusto, ouviu uma série de especialistas que trataram sobre as diversas potências dessa grande festa popular.

Carnaval movimenta a economia

Segundo o levantamento Carnaval de Dados, realizado pela Prefeitura do Rio de Janeiro, o Carnaval carioca deve movimentar um montante de R$ 4,5 bilhões. Em entrevista ao Jabuticaba Sem Caroço, o jornalista João Gustavo Melo destacou que os valores movimentados pelo Carnaval do Rio apenas no mês de fevereiro superam o produto interno bruto (PIB) de muitas cidades brasileiras.

“Tudo isso movimentado em um período muito curto. Ou seja, o Carnaval é um colosso, economicamente é um colosso. Muitas vezes a gente não se dá conta disso. O dinheiro investido no Carnaval retorna multiplicado em várias vezes”, afirmou Melo.

“A festa é uma criação coletiva, o Carnaval das escolas de samba principalmente. É uma criação coletiva que envolve vários atores, vários setores. Carnaval e economia são assuntos indissociáveis”, frisou o jornalista.

Desfile da escola Acadêmicos do Grande Rio, em 23 de abril de 2022. - Sputnik Brasil, 1920, 26.04.2022

O Carnaval de rua por si só deve movimentar R$ 1,2 bilhão. Também em entrevista ao podcast da Sputnik, a jornalista Rita Fernandes, presidente da associação de blocos Sebastiana, deu detalhes sobre todos os processos que o

Carnaval de rua movimenta, da confecção de acessórios e camisetas até a contratação de carros de som e os ambulantes que matam a sede dos foliões. A jornalista defende que seja realizado um estudo mais aprofundado sobre toda a cadeia produtiva da festa, que acaba sendo marcada pela informalidade.

Fernandes aponta ainda que o Carnaval de rua do Rio de Janeiro tem um modelo democrático que permite “todas as formas de participação”.

Qual a sua nota para o desfile da Acadêmicos do Salgueiro no Carnaval 2023?  - Portal Carnaval

“É o modelo mais democrático, muito animado, traz uma sensação de pertencimento e permite todas as formas de participação. [A pessoa] pode cantar, pode tocar, pode ser só folião, só observador. Ao mesmo tempo, é um modelo que gira a cadeia produtiva de uma forma muito democratizada porque o próprio ambulante não tem que pedir licença para estar nesse lugar. Por isso esse modelo repercutiu no Brasil todo”, aponta a presidente da Sebastiana.

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Novo terremoto de magnitude 6,3 graus atinge Turquia e Síria

Terremoto voltou a sacudir a região de fronteira na tarde desta segunda-feira (20/2), duas semanas após o último tremor, pior da década.

A região de fronteira entre a Turquia e a Síria foi novamente atingida por um terremoto, de magnitude de 6,3 graus, nesta segunda-feira (20/2). O abalo sísmico ocorre duas semanas depois do tremor considerado o pior das últimas décadas, que deixou mais de 40 mil mortos.

O Centro Sismológico Europeu do Mediterrâneo (EMSC) afirma que o terremoto ocorreu a uma profundidade de 2 km. O abalo provocou pânico na região, que ainda enfrenta os impactos do tremor de 6 de fevereiro.

Vítimas na Síria encontram dificuldades para receber ajuda humanitária em razão do conflito no país.

Sacos de corpos em frente a hospital de Hatay, na Turquia. Como não foi possível encontrar sacos para todos os mortos, alguns foram cobertos com cobertores, após terremoto.

Operações de busca e resgate são conduzidas em edifícios desmoronados após um terremoto em Aleppo, na SíriaOmer Alven/Anadolu.

*Com Metrópoles

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Putin faz gesto a Lula

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, envio um telegrama ao presidente Lula nesta segunda-feira, para registrar suas “mais sinceras condolências” decorrentes das inundações no Estado de São Paulo (leia íntegra abaixo). O gesto vem num momento em que as iniciativas do Brasil, de se colocar como voluntário para tentar ajudar no conflito entre Rússia e Ucrânia foram muito bem recebidas. Além do telegrama, o chanceler russo, Sergei Lavrov, telefonou para o ministro de Relações Exteriores, Mauro Vieira, a fim de parabenizá-lo pela posse em janeiro e aproveitou para dizer que vem ao Brasil em abril.

O telegrama de Putin a Lula ocorre dois dias depois da participação do chanceler Mauro Vieira na Conferência de Seguranca da ONU, em Munique, na Alemanha. O Brasil não participava desde 2016 desse encontro, considerado de suma importância, uma espécie de Davos da política externa na área de segurança. Lá, o chanceler brasileiro participou de 21 reuniões e dois painéis.

A guerra na Ucrânia dominou os debates e a conclusão é a de que o conflito ainda levará alguns meses. Na semana que vem, a ONU vota uma resolução que conclama as partes a cessarem hostilidades, sugestão, aliás, feita pelo Brasil. Obviamente, o governo brasileiro e a diplomacia presidencial que o país exercerá daqui para frente não ditarão o ritmo das negociações para o fim de guerra. Mas o canal de diálogo com os russos __e também com aqueles contrários ao governo de Vladimir Putin __, põe Lula no papel de um parceiro importante para ajudar, se for chamado.

Eis a íntegra da mensagem de Putin a Lula:

TELEGRAMA
20 de fevereiro de 2023, às 12h30
Ao Senhor Presidente do Brasil
Luiz Inácio Lula da Silva
Prezado Senhor Presidente,
Aceite as mais sinceras condolências por motivo das consequências trágicas das inundações no Estado de São Paulo.
Na Rússia compartilhamos o pesar das pessoas que perderam seus parentes e familiares e temos esperança da mais rápida superação das consequências desta catástrofe natural.
Cordialmente,
Vladimir Putin

*Com Correio Braziliense

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