Categorias
Mídia

Federação Nacional dos Jornalistas repudia Globo pela cobertura de desfiles de Carnaval

Fenaj afirma que transmissão teve falhas, apresentadores despreparados e desinformados.

A Globo vem sofrendo diversas críticas nas redes sociais pela cobertura dos desfiles de Carnaval de 2024. Internautas condenaram a falta de informações transmitidas na televisão, como o histórico das escolas e problemas que ocorreram ao longo do percurso.

Para este ano, a transmissão do Carnaval do Rio de Janeiro da emissora é uma parceria da área de entretenimento com o esporte, setores que são flexíveis com publicidade, algo não permitido na área de jornalismo. Karine Alves e Alex Escobar coordenaram, do estúdio, a comunicação com quem estava na avenida, trabalho exercido este ano por influenciadores.

A Federação Nacional dos Jornalistas emitiu uma nota em que repudia a cobertura de Carnaval da Globo e afirma que, com apresentadores despreparados e desinformados, a transmissão teve erros.

Celebridades aproveitam 2ª noite de desfile do Grupo Especial no Rio
Celebridades aproveitam 2ª noite de desfile do Grupo Especial no Rio
“Ao abrir mão de repórteres, a emissora detentora do direito comercial de transmissão deixou os espectadores sem informações cruciais sobre a festa. A entidade enfatiza a importância essencial do trabalho jornalístico na cobertura deste evento tão importante para a cultura nacional.”

A nota destaca ainda a importância do trabalho dos jornalistas, que fornece análises e contextos históricos sobre os desfiles.

“Por meio de reportagens, os repórteres oferecem uma visão abrangente das tradições, dos desafios e das transformações do Carnaval, proporcionando uma reflexão crítica sobre seu impacto na sociedade e enriquecendo a compreensão pública do evento.”

Procurada pelo F5, a Globo não respondeu ao pedido de posicionamento.

 

Categorias
Mídia

Esperneio da mídia lavajatista passa recibo de que Toffoli está certo

“Relação da Lava Jato com a Transparência Internacional, que previa administrar bilhões de reais, deve ser passada a limpo”, escreve Aquiles Lins.

O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou investigar se a ONG Transparência Internacional recebeu e administrou dinheiro de multas pagas em acordos firmados pela operação Lava Jato. Na decisão, o ministro do STF Dias Toffoli entendeu ser “duvidosa” a criação e fundação de uma entidade cuja finalidade era gerir recursos de pagamento de multa a autoridades brasileiras, especialmente as da operação chefiada por Deltan Dallagnol. Segundo Toffoli, a colaboração da ONG na Lava Jato não passou pelo Poder Judiciário e Tribunal de Contas da União (TCU). “Segundo apontam as cláusulas do acordo, ao invés da destinação dos recursos, a rigor do Tesouro Nacional, ser orientada pelas normas legais e orçamentárias, destinava-se a uma instituição privada, ainda mais alienígena e com sede em Berlim”, afirmou o ministro.

Foi o suficiente para veículos da mídia corporativa brasileira, que apoiaram integral e acriticamente todas as ilegalidades da Lava Jato, saírem em defesa da ONG. Colunistas do Globo, Estado de S. Paulo, Folha de S. Paulo foram para cima do ministro do STF. Eliane Cantanhêde, Vera Magalhães, Carlos Andreazza, Joel Pinheiro da Fonseca e outros, todos com histórico de apoio ao lavajatismo, redigiram colunas ou posts nas redes sociais enquadrando Toffoli como vilão contra uma ONG, cujo crime foi tão somente ajudar Deltan Dallagnol, Januário Paludo, Carlos Fernando Lima e companhia da “força-tarefa” numa batalha épica contra a corrupção. Além dos advogados na mídia, a própria TI se manifestou em nota, negando ter cometido qualquer irregularidade.

Noves fora a suspeição de veículos e jornalistas que estiveram ao lado da Java Jato em defendê-la, a decisão de Dias Toffoli não veio do nada. Os críticos do ministro fazem cara de paisagem sobre as ligações nada translúcidas entre a ONG e a força-tarefa, reveladas pelas mensagens da operação Spoofing. A extensa troca de mensagens entre Deltan Dallagnol e o diretor-executivo da Transparência Internacional no Brasil, Bruno Brandão, mostram que o procurador recorria ao diretor da TI quando a imagem da operação estava em perigo ou quando queria promovê-la.

No dia 8 de junho de 2017, Brandão fez a seguinte sugestão para Dallagnol: “Deltan, talvez uma boa ideia seria vcs criarem uma espécie de fundo para distribuir mini-grants para iniciativas de controle social e de prevenção da corrupção. A TI pode ajudar a operacionalizar isto. Seria uma mensagem muito positiva da FT-LJ também…” No ano seguinte, em 2018, a ONG assinou um memorando com o Ministério Público Federal e com a própria J&F para ajudar na gestão e na execução de nada menos do que R$ 2,3 bilhões em multas, determinados pelo Lava Jato-TI para investimentos em projetos sociais. Além disso, a ONG teve acesso e sugeriu alterações na minuta que criaria uma fundação para a administração dos recursos recuperados pela operação provenientes de multas impostas à Petrobras. Em setembro de 2018, a Petrobrás firmou acordo com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos para indenizar investidores supostamente lesados com os desvios apurados na Lava-Jato. Esse acordo previa que 20% da multa paga pela Petrobrás ficaria nos Estados Unidos e os outros 80% ficariam no Brasil, o que corresponde a R$ 2,5 bilhões. Em 2019, o ministro Alexandre de Moraes suspendeu a farra bilionária.

Há vários outros diálogos entre Dallagnol e Brandão, convenientemente não lembrados pelos veículos da mídia corporativa. Até a própria operação Spoofing, que revelou ao mundo o conluio que se deu contra o devido processo legal, a perseguição deliberada contra os governos do PT e seus principais líderes, é mencionada ‘en passant’ pelos portais. O fato imperativo pelo qual a decisão do ministro Toffoli deve ser aplaudida é que a Lava Jato precisa ser passada a limpo. É um gesto mínimo que o Judiciário deve ao país, depois de tanta perseguição, destruição política e econômica que foram provocadas ao arrepio da lei por esta sanha de ‘combate à corrupção’. O Brasil perdeu R$ 172,2 bilhões em investimentos entre 2014 e 2017, 4,4 milhões de empregos, deixou de arrecadar R$ 50 bilhões em impostos e expressivas cadeias que movimentavam a economia, como construção civil, engenharia, petróleo e gás e naval foram seriamente desestruturadas com a Lava Jato, segundo estudo do Dieese. Sem a correta investigação das ilegalidades, responsabilização de seus agentes e uma reformulação legal na atuação do Ministério Público, outras Lava Jatos já podem estar em gestação. Pelo menos no que depender da mídia corporativa.

*Aquiles Lins/247

Categorias
Mídia

Direito de Resposta de Andreza Matais

RESPOSTA DE ANDREZA MATAIS

Sobre a publicação “Intocável? Mídia pode mentir, falsear, caluniar e não pode ser confrontada? Que democracia é essa?”, de 20 de novembro de 2023, repudio as infundadas acusações divulgadas por esse veículo a meu respeito, como se verdade fossem.

Não foram meus “próprios colegas” que supostamente ofereceram denúncia anônima contra mim ao Ministério Público.

Ao contrário, os jornalistas de política do Estadão divulgaram em 22 de novembro de 2023 carta aberta, reprovando a divulgação de “versões falsas sobre nossas condições de trabalho” e esclarecendo serem “mentirosas as informações… de que nossas reportagens são escritas e publicadas sob coação e assédio de editores”.

Além disso, a cobertura do caso “Dama do Tráfico” nada teve de armação, tampouco buscou reproduzir “práticas do gabinete do ódio do governo Bolsonaro”, pois as visitas de Luciane Barbosa Faria ao Ministério da Justiça, então comandado por Flávio Dino, foram confirmadas pela própria pasta, que, inclusive, mudou as regras de acesso ao prédio em regime de urgência, além de um secretário do Ministério ter assumido publicamente o erro.

Como sempre faço, e é tradição do Estadão, a equipe de Política e eu levamos à sociedade informações verdadeiras sobre assunto de evidente interesse público, respeitando a ética jornalística e os direitos trabalhistas.

Esta resposta foi dada ao artigo abaixo:

Intocável? Mídia pode mentir, falsear, caluniar e não pode ser confrontada? Que democracia é essa?

Categorias
Mídia

Repórter demitido pela Globo pede R$ 5,5 milhões na Justiça

Com 57 anos de idade, dos quais 32 de serviços prestados à emissora, o repórter Fernando Rêgo Barros foi demitido pela Globo. Ele ingressou com uma ação na Justiça para reivindicar direitos trabalhistas que, somados, atingem R$ 5,5 milhões em indenizações.

Segundo a Forum, a audiência de instrução, momento em que pode ser costurado um acordo entre as partes, não foi marcada. Nascido no Recife (PE), o jornalista atuou na Globo local, em São Paulo e em Brasília.

Entre os pedidos que constam na ação, que o Notícias da TV, no UOL, teve acesso, Rêgo Barros pede reconhecimento de vínculo empregatício durante o período em que foi contratado como Pessoa Jurídica (PJ). A Globo assinou sua carteira de trabalho somente em 2019.

Rêgo Barros solicita, ainda, verba indenizatória maior de adicional noturno pelo tempo em que trabalhou para o Jornal da Globo, comandado por Renata Lo Prete.

Confira alguns dos jornalistas demitidos pela Globo depois de 2021

A onda de demissões de jornalistas da Globo teve início em 2021 e atingiu nomes famosos, como Marcos Uchôa, Renato Machado, Francisco José, Alberto Gaspar, Chico Pinheiro, Carlos Tramontina, Ernesto Paglia, Ari Peixoto, José Hamilton Ribeiro, Eduardo Faustini, Isabela Assumpção, entre outros.

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação e reflexão de qualidade e independência.

Caixa Econômica Agência: 0197
Operação: 1288
Poupança: 772850953-6
PIX: 45013993768 – CPF

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Mídia

O Brasil voltou; Vera Magalhães também

Numa democracia, não é sacrilégio algum que jornalistas tenham preferências políticas, Isso faz parte da atividade, do processo e da própria formação da história sempre que o interesse comum e não os particulares se sobreponham.

Para isso, não é preciso ter um padrão de pensamento ou buscar um modelo constituído em determinada regra.

Não é nenhuma novidade que Vera Magalhães tem um problema com Lula, assim como com o PT. É uma espécie de código das águas que naturalmente correm para o mar nas redações da mídia nativa.

Na dificuldade de se achar carvão para manter uma fogueira acesa contra Lula, sobretudo em um histórico inédito terceiro mandato, tudo o que tiver ao alcance especulativo ganha uma adaptação especial para dar fisionomia própria a um jornalista.

Essa é uma forma de se produzir combustível em que fatos são substituídos por fatores para embaraçar o entendimento da sociedade, melhor dizendo, dos leitores.

Vera Magalhães, como se sabe, é aquela protagonista de um vídeo na Jovem Pan, que, falando de Moro em tom de elogio, o tratava como juiz parcial, quando dizia que ele tinha oponente na hora de fazer seus julgamentos.

Esse é o tipo de elogio às avessas, porque peca pelo sincericídio, mas também pelo deslumbramento de quem solta essa lapada inacreditável de boca própria.

Para piorar, a moça grifou que, quando juiz, Moro era um grande enxadrista, ou seja, ele jogava com quem ele deveria apenas se limitar a julgar a partir de provas colhidas pelo Ministério Público, coisa que ela sabe que Moro nunca teve contra Lula, porque simplesmente Dallagnol, representante do MPF na Lava Jato e chefe da Força-tarefa, nunca as apresentou.

Por óbvio, fica esclarecido o seguinte, Dallagnol jamais apresentou qualquer prova contra Lula. Por isso Moro sapecou na condenação do, então, ex-presidente, o termo vazio, “ato de ofício indeterminado”.

Isso escancarou que Moro não tinha nada em mãos que pudesse comprometer a honra de Lula. Aliás, Reinaldo Azevedo vive desafiando Moro a apresentar provas que incriminem Lula, mas até hoje, nada.

Vera Magalhães sempre soube disso, mas insiste na premissa fundamental de que, se eu não posso provar nada contra Lula, provado está, já que, segundo a teoria introduzida por Dallagnol no debate público, numa instância estranha, o grande corrupto produz uma situação cega aos olhos da justiça, admitindo que jamais teve qualquer prova contra Lula.

Essa abstração verborrágica ganhou cultura própria no vocabulário mimético que Vera pinçou no ar da graça da Lava Jato, como se estivesse falando de uma excelência e, consequentemente, de um grande escândalo de corrupção.

E é a partir dessa ilimitada eficiência de transformar nada em carvão, que Vera Magalhães usa as chamas de sua fogueira para dar forma e rendimento a uma narrativa fácil de algo vindo de uma grande mentira, com fonte totalmente queimada, diante da comunidade jurídica nacional e internacional na insistência de convencer a população que uma mentira tem lá suas verdades. Tudo para não perder a última chance que lhe resta de sapecar em Lula a pecha que convém à jornalista, que segue absolutamente deslumbrada com Sergio Moro que parece coincidir com o restante da grande mídia, salvo algumas honrosas exceções.

O fato é que ao menos uma matéria grotesca publicada no Globo de hoje, como a de Vera, com a volta de Lula e, consequentemente, com a volta da democracia no Brasil, a jornalista pôde se lambuzar em sandices sem que seja acossada por um ditador estatutário, como Bolsonaro, como foi o caso de sua participação no debate da Band, porque, como foi cantado hoje no Egito pela plateia que assistiu Lula falar na COP27, o Brasil voltou, e Vera Magalhães, também.

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação e reflexão de qualidade e independência.

Caixa Econômica Agência: 0197
Operação: 1288
Poupança: 772850953-6
PIX: 45013993768 – CPF

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Mídia

Luis Nassif: A guerra da Ucrânia, a mídia e os heróis e vilões da Marvel

Com essa preparação, é possível que se chegue ao final da linha concluindo que Putin, de fato, abusou, quando ordenou a invasão. Mas se sairá desse padrão de tratar o comandante de um dos países mais poderosos do planeta, como um mero descontrolado de boteco.

Um dos grandes desafios jornalísticos é a cobertura sistemática de temas não usuais. Explode determinado tema, foge do padrão normal de cobertura e de conhecimento do jornalista. O que fazer?

Esse fenômeno ocorreu na CPI dos Precatórios, no final dos anos 90 (abordo em meu livro “O jornalismo dos anos 90”). E acontece agora, na cobertura da guerra da Rússia contra a Ucrânia. As coberturas convencionais têm o roteiro pronto, muitas vezes aceito passivamente pelo jornalista. Vai falar sobre economia? Entreviste os economistas A, B ou C, pergunte da lei do teto, peça uma crítica ao gasto público, e se dê por satisfeito. Em cima dessa receita simples, comentaristas como Boris Casoy, na CNN, ou alguns comentaristas político-econômicos da Globonews fazem sua lição de casa diária, de um jornalismo pouco exigente. Se repetirem, como papagaios, nada lhes será cobrado. Se buscarem outros ângulos, os colegas cairão em cima. Terão que demonstrar um conhecimento muito mais sólido para defender sua tese-fora-do-padrão.

Quando entra tema novo na parada – como a invasão da Ucrânia pela Rússia – não há fórmula pronta. Nas transmissões, o âncora não pode mostrar dúvidas. Então sai distribuindo julgamentos de senso comum, analisando aspectos pessoais das personalidades, como se analisasse seu vizinho, seu colega de redação. Pouco importa se o dirigente está modificando o desenho geopolítico do mundo. Ele será tratado como “descontrolado”, “carniceiro” etc. Ou seja, será trazido à dimensão do homem comum e todos seus atos serão explicados pela lógica do homem comum.

Como essas coberturas envolvem muitos repórteres, esse tipo de análise pedestre se espalha por toda a cobertura.

Vivi algo semelhante na CPI dos Precatórios. Não apenas os jovens setoristas de Congresso, mas experientes chefes de redação caíam na simplificação de encontrar um culpado e denunciar uma operação – em um golpe que envolvia prefeitos, governadores e grandes instituições financeiras.

O caso Rússia-Ucrânia envolve vários aspectos, que uma cobertura competente tratará de levar ao espectador-leitor.

Por exemplo:

  • A divisão geopolítica do mundo pós-Segunda Guerra.
  • O isolamento da Rússia, após o fim da União Soviética. Há pensadores americanos conservadores, dos anos 70, alertando para o risco de se tentar isolar a URSS.
  • A manutenção da OTAN – criada exclusivamente para defender a Europa das investidas da Rússia – mesmo após o fim da URSS.
  • O golpe de 2014 na Ucrânia e a ascensão das forças neonazistas, que passaram a integrar as Forças Armadas ucranianas. E – pelamordeDeus – parem de invocar a condição do presidente da Ucrânia, de descendente de judeus, como argumento para rebater a acusação. O nazismo é uma ideologia que atua com o racismo como forma de definir o inimigo externo e aglutinar o ódio. Nos anos 20, o “inimigo” eram os judeus. No século 21, a ultra-direita mundial – incluindo Donald Trump, Jair Bolsonaro e Benzion Netanyahu, o ex-primeiro ministro da Israel – definiu como inimigos os árabes, os negros, os LBTGs etc.
  • A ascensão da China, acabando com o poder único dos Estados Unidos, desde o fim da União Soviética, e obrigando a uma nova divisão geopolítica do mundo.
  • O quadro geopolítico atual, e as análises sobre as condições de Biden e Putin de manterem o moral nacional elevado, para enfrentar a batalha da opinião pública. Tudo isso foi levado em conta por Putin, em sua estratégia.
  • Os preparativos da Rússia, que há anos se planeja para um enfrentamento econômico de grandes proporções.
  • A partir de todos esses dados, analisar a decisão de Putin de invadir a Ucrânia, com críticas consistentes contra os arroubos do homem de Estado – não como o vizinho de condomínio.

A melhor maneira de trabalhar esses casos complexos – conforme aconselhei a Folha na época da CPI -, consiste dos seguintes passos:

  • Montar uma sala de situação com os jornalistas envolvidos na cobertura.
  • Montar várias lives com especialistas da matéria, de todas as linhas.
  • A partir daí, desenvolver uma narrativa central, em torno da qual se dará a cobertura. É a chamada “teoria do fato”, a narrativa que permite entender todas as atitudes (entender não significa defender) e que, obviamente, poderá ser alterada à luz de fatos novos.
  • Todos os comentários serão enriquecidos com contextualizações, acabando com o achismo.

Com essa preparação, é possível que se chegue ao final da linha concluindo que Putin, de fato, abusou, quando ordenou a invasão. Mas se sairá desse padrão de tratar o comandante de um dos países mais poderosos do planeta, como um mero descontrolado de boteco.

*Publicado no GGN

Siga-nos no Telegram

Caros Leitores, precisamos de um pouco mais de sua atenção

Nossos apoiadores estão sendo fundamentais para seguirmos nosso trabalho. Leitores, na medida de suas possibilidades, têm contribuído de forma decisiva para isso. Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação de qualidade e independência.

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica

Agência: 0197
Operação: 1288
Poupança: 772850953-6

PIX: 45013993768

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Mídia

Vídeo: Fake news da Jovem Pan provoca revolta ao relacionar morte de jovem à vacina pfizer

Apresentadores Guilherme Fiuza e Cristina Graeml fizeram campanha contra a vacinação de adolescentes.

Em edição do programa bolsonarista “Os Pingo nos is”, da Jovem Pan, os apresentadores realizaram uma dura campanha contra a vacinação contra o novo coronavírus, ao comentar a decisão do Ministério da Saúde, após repercussão negativa, de voltar atrás na decisão contra a vacinação de adolescentes.

O apresentador Guilherme Fiuza criticou a vacinação de adolescentes. Segundo ele, está acontecendo uma “oscilação de diretrizes, o que não inspira confiança na população, em relação à vacinação de adolescentes, com as vacinas que ainda estão em desenvolvimento”. Precisa ter “prudência”.

Pegando carona nos ataques de Fiuza, a jornalista bolsonarista Cristina Graeml começou a criticar a vacinação em adolescentes e começou a citar o nome de supostas vítimas da imunização contra a Covid-19

Assista:

https://youtu.be/HfODScQp9jQ

*Com informações do 247

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica
Agência 0197
Operação 1288
Poupança: 772850953-6
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450. 139.937-68
PIX: 45013993768

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Matéria Mídia

AUDIÊNCIA ZERO: Programa de Alexandre Garcia, na CNN, tem Ibope zero na estreia.

Ibope zero, esse foi o “brilhante” resultado do lambe-botas da ditadura e puxa-saco do presidente, Jair Bolsonaro, Alexandre Garcia, conseguiu em seu programa na CNN Brasil.

A emissora americana cravada no Brasil tentou reverter a forte queda na audiência com a contratação de Sidney Rezende e Alexandre Garcia, ambos ex-Globo, para o quadro “Liberdade de Opinião”.

Segundo informações do portal Na Telinha, na última segunda-feira (10), exibido entre 14h45 e 15h05, a atração opinativa chegou a zerar o Ibope na Grande São Paulo. Nas duas primeiras semanas no ar, de 27 de julho a 07 de agosto, o Liberdade de Opinião com Sidney Rezende marcou 0,18 ponto na capital paulista, atingindo a 20º posição no ranking de audiência. Na mesma faixa, a GloboNews marcou 0,99 de média e a liderança na TV paga.

A crise no canal é intensa. Apenas no mês de julho a CNN Brasil despencou 18 posições no Ipobe.

A linha adotada pela emissora americana, aqui no Brasil, em contratar comentaristas bolsonaristas não agradou aos consumidores de notícia. A questão talvez seja bem simples, a grande parte dos bolsonaristas não têm o costume de consumir telejornais, assim como não costumam consumir livros e jornais. Ler, tanto na forma clássica, quanto leitura de mundo, não é o forte dessa gente, preferem consumir o que vem pelo Whatsapp.

Talvez, se substituíssem Alexandre Garcia por um robô do twitter, alcançariam o objetivo de elevar a audiência entre bolsonaristas, já que não adianta o mico colocassal do comentarista ao defender a cloroquina em rede nacional.