Ano: 2023

GSI dispensou reforço de guarda no Planalto 20 horas antes da invasão de golpistas

Plano Escudo para a defesa dos palácios só foi acionado após os vândalos ocuparem sede do Executivo; Gabinete de Segurança Institucional está sob desconfiança do governo Lula.

Estadão – Cerca de 20 horas antes da invasão do Palácio do Planalto, o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) dispensou por escrito o pelotão de 36 homens do Batalhão da Guarda Presidencial. Pedido na sexta-feira, 7, o batalhão reforçou no sábado a segurança do prédio. O domingo, porém, amanheceu na Esplanada com a sede do governo federal apenas com o efetivo da guarda normal, quase desprovida de equipamento de controle de distúrbios civis, como escudos, bombas de gás e balas de borracha. A maioria do efetivo dispunha somente de fuzis com munição letal.

Foi só no início da tarde que o Comando Militar do Planalto (CMP), por iniciativa própria, entrou em contato com o GSI e reenviou o pelotão ao Planalto. Trata-se de uma tropa muito menor do que a mobilizada em outras situações, a pedido do gabinete. O contingente reunido em 24 de maio de 2017 para conter a ação de black blocks que pediam a saída do presidente Michel Temer (MDB), acusado de corrupção pelo empresário Joesley Batista, era 15 vezes maior.

No domingo, o Exército acompanhava a ação na Esplanada por meio de drones – às 14h30, ocorreu o primeiro confronto dos extremistas com a Polícia Militar, perto da catedral de Brasília. Às 15 horas, o general Geraldo Henrique Dutra Menezes, chefe do CMP, enviou uma companhia com 113 homens e equipamento de choque, do Setor Militar Urbano (SMU) para o Palácio.

Propriedades instaladas no Planalto, no Congresso e no STF foram destruídas durante a invasão de golpistas.

O general informou ao GSI o envio da tropa. Era a primeira de três levas despachadas para retomar o lugar das mãos dos vândalos que executaram o que chamaram de “tomada de poder”. Só então o gabinete formalizou o pedido de reforço e ativou o Plano Escudo – que prevê a proteção do Planalto, da Alvorada, do Jaburu e da Granja do Torto sem que seja necessária decretação de operação de Garantia de Lei e Ordem (GLO). As duas levas seguintes de reforço – com 93 e 118 militares – foram enviadas após o pedido do GSI.

Todos os militares saíram do SMU. Era ali que o CMP mantinha três subunidades do Exército. Se não fossem elas, não haveria tropa pronta para enfrentar os vândalos. De acordo com os militares consultados pela reportagem, era do GSI a responsabilidade de pedir reforço para a guarda do Palácio do Planalto, assim como acionar o Plano Escudo.

Uma falha das informações de inteligência ou uma omissão de autoridades da Segurança Pública do Distrito Federal fez com que o cenário previsto não incluísse a tomada violenta das sedes dos três Poderes como objetivo dos extremistas que saíram do SMU, às 13 horas, e se dirigiram à Esplanada, escoltados pela PM.

O Estadão reconstruiu com fontes militares que trabalharam no Batalhão da Guarda Presidencial, no GSI e no CMP as 72 horas que antecederam os eventos de domingo, até a prisão dos extremistas que estavam acampados na frente do Quartel-General do Exército. Os fatos colocam o GSI no centro dos acontecimentos que levaram à invasão do Planalto.

POLICIAMENTO – O Policiamento foi reforçado na manhã desta quarta-feira (11), na Esplanada dos Ministérios e na Praça dos Três Poderes em Brasília-DF, devido as ameaça de novos atos golpistas, praticados por apoiadores do ex-presidente da república, Jair Messias Bolsonaro (PL). FOTO WILTON JUNIOR /

Existe desconfiança de que ainda há pessoas ligadas às Forças Armadas, não identificadas, que participaram dos atos de domingo

O gabinete foi povoado por oficiais ligados ao bolsonarismo na gestão do general Augusto Heleno. O fato levou ao PT desconfiar da lealdade dos integrantes do GSI. Quando tomou posse, Luiz Inácio Lula da Silva resolveu retirar sua segurança pessoal do gabinete para deixá-la com a Polícia Federal (PF). Na semana passada, o general Marco Edson Gonçalves Dias, nomeado por Lula para chefiar gabinete, ainda não havia nomeado sua equipe. Foi esse momento de transição – onde o fluxo de informações da base para o comando fica comprometido – que foi aproveitado pelos extremistas para atacar.

Desde o dia 2, o CMP tentava esvaziar o acampamento em frente ao QG paulatinamente, seguindo a estratégia defendida pelo ministro da Defesa, José Múcio Monteiro Filho. Temia-se que uma ação violenta atingisse mulheres, idosos e crianças. O esvaziamento do lugar parecia indicar que tudo ia como planejado. Banheiros químicos e caixas d’água foram retiradas.

Cerca de 200 bolsonaristas permaneciam no lugar. Rezavam e cantavam hinos militares. Oficiais ouvidos pelo Estadão afirmaram que os remanescentes demonstravam “fanatismo”. Um deles discursava dizendo que Bolsonaro deixara o País, mas assinara um decreto tornando o general Heleno presidente. Outro dizia que o Brasil se tornaria comunista em janeiro.

Para estrangular os acampados, desde o dia 6, o CMP decidiu que ninguém mais entraria na concentração. Nesse dia começaram a sair de todo o Brasil caravanas para a capital federal. Mais de uma centena de ônibus chegou com 4 mil extremistas a Brasília. No domingo de manhã, em uma reunião na Secretaria da Segurança do DF, os militares receberam informações de que o protesto seria pacifico. Nesse momento, grupos de bolsonaristas não faziam mais segredo de suas intenções violentas. Integrantes do governo desconfiam que essas informações foram sonegadas para comprometer a segurança da Esplanada.

Quando a tropa do Batalhão da Guarda chegou ao Planalto, o comandante da unidade, coronel Paulo Jorge Fernandes, a levou até o quarto andar e, de cima para baixo, foi desocupando e detendo os vândalos. Neste momento PMs da tropa de choque chegaram ao prédio. Pelo Plano Escudo, eles deviam permanecer fora do prédio, mas o GSI os convocou.

Ali, na frente do palácio, um dos PMs em um cavalo havia acabado de ser agredido pelos invasores. Quando entraram no Planalto, os policiais soltaram bombas de gás e passaram – segundo militares do Exército – a agredir os detidos. Um senhora rezando levou um tapa. Outra de pé foi derrubada com uma rasteira. Foi quando, segundo relato dos militares do Exército, o coronel tentou conter os PMs e foi filmado. O vídeo foi distribuído em redes sociais. Militares do Exército afirmam que ele foi editado para dar a impressão de que o coronel queria dar fuga aos detidos.

Na versão do policial militar que fez o vídeo, o coronel queria livrar os bolsonarista. As imagens passaram a ser usadas por críticos da ação do Exército para presisonar por mudanças no Ministério da Defesa. E, assim, o oficial se tornou alvo da esquerda. Mas também da direita. É que, no momento das prisões, uma das detidas, uma mulher que parecia ter 70 anos, acusou o coronel: “O senhor é um traidor”. Segundo relatos dos colegas, o coronel Fernandes ficou abalado. Entre os detidos havia parentes de militares. Todos foram presos e entregues pelo coronel à polícia.

À noite, o comandante do Exército Júlio César de Arruda, o general Dutra, o ministro Múcio e os ministros Rui Costa (Casa Civil) e Flávio Dino (Justiça) se reuniram por duas horas e decidiram desocupar o acampamento pela manhã. Os militares acreditavam que seria arriscado fazê-lo à noite.

Os militares localizaram uma mulher, que se apresentou como líder dos acampados e ela concordou em conversar com os demais. Ela explicou que quem quisesse permanecer deveria ficar à esquerda. Os demais embarcariam nos ônibus e sairiam dali. Às 6h30, após serem informados de que seriam levados à PF, apenas 40 dos 1,2 mil acampados disseram que iam resistir. Quando viram que todos os demais se dirigiram aos ônibus, esse grupo também desistiu e se entregou. Terminava, assim, a chamada tentativa de “tomada do poder” dos extremistas.

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Vídeo: Dá para confiar nos militares?

Começam a pipocar aqui e ali conclusões de que os militares estavam por trás daquela monstruosidade a que assistimos no dia 8 de janeiro.

Motivo? Desprezo pelos poderes da República. Inspirado na postura adotada por Bolsonaro desde o início do seu governo.

Esse anacronismo de pedra dos militares produziu Bolsonaro, ainda nos tempos em que era tenente do exército, antes de ser expulso por atitudes muito parecidas com as que fomentou durante quatro anos contra os poderes da República.

Mas naquele caso, Bolsonaro apunhalou as próprias Forças Armadas que, segundo ele, o motivo era descartar o comando do exército.

Entre as práticas terroristas, que estavam na caderneta de Bolsonaro, constavam o rompimento da barragem da estação do Guandu e, dentro do intestino das Forças Armadas, explodir bombas dentro de quartéis.

Não há meias palavras para descrever o que virou moda entre militares mais próximos de Bolsonaro durante seu governo, que dizem que não bateriam continência para Lula, mas ficaram de cócoras para a roupa suja produzida dentro dos quartéis chamado Bolsonaro, tirado a fórceps pelo comando militar por se tratar de um militar que jamais teve qualquer honra para vestir a farda.

Por mais que se busque motivos para justificar a posição rastejante dos militares, sobretudo os palacianos, a Bolsonaro, não se vê nada além de busca por vantagens pessoais.

Essa é, sem dúvida, a estética oficial dos militares que faziam parte da cúpula do seu governo.

O vídeo que segue abaixo, com uma fala cirúrgica de Pedro Dória, do canal Meio, é muito elucidativa. Na verdade, Pedro faz a melhor fala sobre o episódio da invasão do domingo como coeficiente da soberba militar, que sempre se achou a superintendência dos poderes no Brasil.

Vale muitíssimo a pena assistir.

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Anielle Franco e Sonia Guajajara tomam posse com Lula: governo responde à violência dando voz a indígenas e negros. Assista

Foram as duas últimas posses do governo, que tinham sido adiadas devido aos ataques. “Nunca mais vamos permitir outro golpe no país”, disse Sonia.

As duas últimas posses do governo Lula, no final da tarde desta quarta-feira (11), misturaram simbolismo e resposta aos ataques contra a democracia ocorridos no último domingo (8). Com samba-enredo, cânticos e rituais – como A Dança da Ema, do povo Terena –, a carioca Anielle Franco, 37 anos, e a maranhense Sonia Guajajara, 48, assumiram formalmente os ministérios da Igualdade Racial e dos Povos Indígenas, em cerimônia no Palácio do Planalto, um dos alvos do terror.

O próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva compareceu à cerimônia, ao lado do vice, Geraldo Alckmin, da primeira-dama, Janja da Silva, e vários ministros. Também esteve presente a ex-presidenta Dilma Rousseff. Ao final da cerimônia, Lula, que não discursou, sancionou o projeto (PL 4.566) que tipifica como crime a injúria racial em locais públicos.

“Não iremos nos render”

Logo no início do pronunciamento, Sonia fez referência aos “ataques covardes e violentos” às sedes do Executivo, do Congresso e do Supremo Tribunal Federal. “Estamos aqui de pé para mostrar que nós não iremos nos render. A nossa posse, minha e de Anielle Franco, é o mais legítimo símbolo dessa resistência secular, preta e indígena, do nosso Brasil”, afirmou. “Estamos aqui nesse ato de coragem para mostrar que destruir essa estrutura (as sedes dos três poderes) não vai destruir a nossa democracia. Nunca mais vamos permitir um outro golpe no nosso país. Sem anistia!”, acrescentou a ministra.

Ela apontou ainda certo desconhecimento histórico, inclusive nos livros, a respeito da população indígena no Brasil. “É importante saberem que nós existimos de muitas e diferentes formas. Estamos nas cidades, nas aldeias nas florestas,, exercendo os mais diferentes ofícios que vocês possam imaginar.” Segundo Sonia, “a invisibilidade secular” teve impacto direto nas políticas públicas do Estado, que ela chamou de inadequadas.

“Reflorestar “mentes e corações”

Políticas que resultam do racismo, do atraso e da baixa institucionalidade, prosseguiu a nova ministra. Ela também fez referência à pandemia e seu impacto sobre os povos indígenas: “Milhares de vidas ceifadas pelo negacionismo criminoso do governo anterior”. Dirigindo-se a Lula, afirmou que muitos povos vivem em situação de crise humanitária. Falou sobre o agronegócio, garimpo ilegal e emergência climática. “A proteção dos diferentes biomas é essencial para qualquer produção agrícola.” E ressaltou a necessidade da demarcação das Terras Indígenas, “importantes aliadas na luta contra o aquecimento global”.

No final, propôs “reflorestar mentes e corações, rumo a uma democracia do bem viver”. A ministra também apresentou a deputada Joenia Wapichana (Rede-RR), que passará a comandar a Funai, agora com o nome de Fundação Nacional dos Povos Indígenas.

Anielle Franco toma posse, lembra Marielle e diz que racismo merece direito de resposta eficaz | Política | G1

Do luto à luta

Anielle começou sua fala agradecendo “as mulheres negras que seguraram a minha mão desde o dia 14 de março de 2018 e nunca mais soltaram”. A data é referência ao assassinato de sua irmã, a vereadora Marielle Franco. Desde então, uma “travessia do luto à luta” resultou na criação do instituto que leva o nome de Marielle – cuja filha, Luyara, hoje com 25 anos, estava presente à cerimônia de posse. Anielle lembrou ainda que se beneficiou da política de cotas, “na primeira turma da Uerj”.

“Os dias desde o golpe da minha eterna presidente Dilma tem sido difíceis, principalmente desde 2018. A nossa resposta tem sido a luta pela vida”, afirmou Anielle, para quem o Brasil será de quem, historicamente, resistiu ao “projeto violento” que criou o país. E também falou sobre a “barbárie” do último domingo. “O fascismo, assim como o racismo, é um mal a ser combatido na nossa sociedade. (…) Ela defendeu uma “conversa franca e honesta” sobre a violência contra moradores de comunidades. “Essa guerra nas favelas e nas periferias nunca funcionou. Apenas segue dilacerando famílias e alimentando um ciclo de violência sem fim. Já passou da hora de seguirmos fórmulas fracassadas.”

“Não sairmos daqui”

Anielle falou no fortalecimento das políticas de cotas e em esforços para aumentar a presença de estudantes negros da universidades. E também na administração pública, destacou. Mas lembrou que é preciso participação e apoio de todas as áreas de governo. E dos não negros, contra o mito da democracia racial e contra a violência praticada pelo próprio Estado. “O racismo merece um direito de resposta eficaz. (…) Não sairemos daqui.” Ela terminou recitando o poema Vozes-Mulheres, de Conceição Evaristo.

Sonia Guajajara foi apresentada pela deputada Célia Xacriabá (Psol-MG). “A luta pela terra é a mãe de todas as lutas. Chegamos ocupando um lugar que sempre foi nosso, que é o Brasil. A ancestralidade toma posse. O turbante e o cocar tomam posse”

Já Anielle, “cria do Complexo da Maré”, teve apresentação da ativista Camila Moradia, “cria do complexo da Alemão”. E lembrou que a nova ministra será defensora das políticas de inclusão. O vídeo que apresentou Anielle foi narrado pelo cantor Emicida.

E Marina Irís cantou o samba-enredo Histórias para ninar gente grande, apresentado pela Mangueira em 2019.

Brasil, meu dengo
A Mangueira chegou
Com versos que o livro apagou
Desde 1500
Tem mais invasão do que descobrimento
Tem sangue retinto pisado
Atrás do herói emoldurado
Mulheres, tamoios, mulatos
Eu quero um país que não está no retrato
Assista à íntegra da posse de Sonia Guajajara e Anielle Franco:

*Com Rede Brasil Atual

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Pesquisa Datafolha: 93% dos brasileiros condenam ataques terroristas

Enquanto até eleitores de Bolsonaro rejeitam destruição das sedes dos Poderes, 77% dos entrevistados acham que os envolvidos serão responsabilizados.

Pesquisa Datafolha feita após os ataques às sedes dos três Poderes mostra que 93% dos brasileiros rejeitaram a ação. Somente 3% disseram apoiar a invasão do Palácio do Planalto, Supremo Tribunal Federal e do Congresso, com danos à estrutura dos prédios e à memória do país.

Outros 2% afirmaram estar indiferentes aos acontecimentos de domingo, enquanto 1% não soube opinar. Foram entrevistadas 1.214 pessoas com mais de 16 anos nesta terça e quarta, e a margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou menos.

Há também um grau de otimismo com a real punição dos criminosos: 77% acham que os envolvidos serão responsabilizados. Nesse grupo, 42% esperam uma pena dura, enquanto 35%, branda. São 17% os que preveem impunidade geral e 6% que não souberam dizer.

Pouquíssimos brasileiros dizem não saber o que aconteceu em Brasília: 4%, enquanto 96% tomaram conhecimento, sendo 43% julgando estar bem informados, 41% mais ou menos e 12% com pouca informação.

O nível de aceitação da tentativa de golpe só foi maior entre os que se dizem eleitores de Bolsonaro: 10% deles aprovaram os ataques. Ou seja, sinais positivos à destruição e ao terrorismo estão em maior quantidade entre bolsonaristas, mas estão longe da minoria.

Prisões dividem mais

As prisões dividiram mais as opiniões na pesquisa Datafolha. Para 46%, todos os envolvidos devem ser presos. Para 15%, a maioria; e, para outros 15%, só alguns. São 9% os que não querem ninguém detido e 4% indecisos.

A opinião pública também está mais inclinada à punição de financiadores que ajudaram com ônibus e materiais para a destruição de domingo. Para 77% dos entrevistados, essas pessoas deveriam ser presas. Entre eleitores de Bolsonaro, 37% não querem punição, embora a maioria (56%) dentro desse grupo queira.

*Com Folha

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Cristiano Zanin, advogado de Lula, é ameaçado por homem não identificado

O advogado Cristiano Zanin, que fez a defesa do presidente Lula (PT) em processos da Lava Jato, foi xingado e ameaçado por um homem não identificado em um banheiro no aeroporto de Brasília.

A fala do agressor

É o destino. Olha o advogado (inaudível) aqui. O bandido. Ó, o corrupto, o safado, aqui, quem está à minha frente. À minha frente. É brincadeira?! Ó o safado. Hein, vagabundo? Do meu ladinho, aqui. Olha para a câmera aqui. Safado. Vontade de meter a mão na orelha de um cara desse. Safado. Não tem vergonha, não? Vergonha de (inaudível) o seu país. Safado. Tinha que tomar um pau de todo mundo que está na rua.

A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hofmann (PT-PR), prestou solidariedade ao advogado.

Toda solidariedade ao querido Cristiano Zanin atacado por um bolsonarista. O ódio precisa ter fim, assim como deve haver respeito às instituições democráticas e às diferenças de opinião. Que a nossa sociedade avance na civilidade, vamos trabalhar por isso nos próximos 4 anos.Gleisi Hoffmann

Nas redes sociais, internautas fazem um mutirão para coletar informações sobre o homem que ameaça Zanin.

Zanin defendeu Lula na ONU. Além de defender Lula na Lava Jato, Cristiano também representou Lula em 2018 no processo que tramitava, desde 2016, no Comitê de Direitos Humanos da ONU (Organização das Nações Unidas) sobre o direito de o ex-presidente se candidatar naquela eleição.

Em agosto daquele ano, o comitê entendeu que o petista tinha direito de participar do pleito, o que não foi acatado pelo TSE. À época, eles atuavam pelo antigo escritório.

*Com Uol

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Propagador dos atos golpistas visitou presos e distribuiu chocotones na PF

Ramiro Caminhoneiro admite ter incentivado militantes a viajar a Brasília em ônibus bancados por “empresário do agro”.

De acordo com o Metrópoles, mais de 48 horas depois dos atos terroristas em Brasília, o radical bolsonarista Ramiro dos Caminhoneiros, amplamente mencionado em grupos bolsonaristas e em redes sociais como um dos responsáveis por arrecadar recursos e organizar caravanas de militantes rumo à cidade, seguia livre, leve e solto – e se movimentando junto a apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Na segunda-feira, curiosamente, ele esteve na Academia Nacional da Polícia Federal, na região de Sobradinho, no Distrito Federal, para uma “visita” aos militantes presos. Chegou até a gravar um vídeo para suas redes sociais, no qual aparece distribuindo panetones de chocolate aos detidos.

Indagado pela coluna nesta terça sobre como teve acesso ao local e quem o autorizou, Ramiro disse que apenas parou o carro em frente à academia e entrou: “Ninguém perguntou nada”. “Chamo isso de providência divina”, emendou, com alguma dose de ironia. Procurada, a PF não se pronunciou.

Ramiro Alves da Rocha Cruz Júnior, de 49 anos, é líder caminhoneiro e nas últimas eleições chegou a se candidatar a deputado federal por São Paulo pelo PL, partido de Jair Bolsonaro. Embora tenha atuado na mobilização dos atos terroristas em Brasília, ele jura que não chegou a tempo de participar. Diz que saiu de São Paulo no sábado, mas seu carro quebrou na cidade mineira de Uberaba no domingo.

O caminhoneiro, que coleciona fotos ao lado de Bolsonaro (veja galeria), admite ter incentivado a militância a viajar a Brasília, mas nega o papel de liderança ou de organizador de caravanas. “Ninguém é ingênuo. A senhora quer que eu produza provas contra mim mesmo”, respondeu à repórter.

Na semana passada, em grupos bolsonaristas Ramiro era tratado como alguém que providenciaria ônibus gratuitamente para as viagens a Brasília – algumas mensagens falavam em 3 mil ônibus e outras, com o exagero típico desses grupos, em 33 mil. Ele nega. Sustenta que apenas repassou a militantes que o seguem nas redes informações de que um empresário do agronegócio que conhece há quatro anos bancaria o transporte até Brasília.

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Mapa e mensagens mostram plano detalhado de bolsonaristas a golpe no dia 8

Bolsonaristas produziram um mapa para a logística dos transportes e se prepararam para confronto violento.

Os crimes e a tentativa de golpe no último domingo (08) foram detalhadamente planejados pelos bolsonaristas, que produziram um mapa dos transportes de todo o Brasil, previram confronto com as polícias, recomendaram a não participação de crianças e idosos e o uso de proteção e convocaram os CACs (Caçadores, Atiradores e Colecionadores).

Parte desse planejamento detalhado foi revelado em reportagem do Uol, desta quarta (11), que obteve acesso a um mapa online criado pelos bolsonaristas e as mensagens de Telegram com a organização.

Como havia adiantado A Pública, o ato criminoso foi tratado internamente como “festa da Selma” e outras nomenclaturas foram usadas por eles para escapar de investigações. O grupo de bolsonaristas da região Sudeste se chamava “Caça e Pesca”, com 18 mil intregrantes. Nele, foram combinados detalhes de como chegar a Brasília, como agir, onde invadir e o que levar no dia 8.

No mapa digital compartilhado entre eles, denominado “Viagem para Praia”, estavam marcados pontos em 43 cidades do Brasil onde se podia pegar ônibus para a invasão, com o contato dos organizadores dos transportes.

“O código é festa da Selma, vai acontecer uma festa de aniversário enorme e existe uma organização muito grande para juntar e preparar os convidados”, traz a descrição do mapa.

Em outro trecho do texto do mapa, com jogo de palavras, eles informam que será empregada violência e que haverá confronto com a polícia:

“[A festa da Selma] não convidou crianças e nem idosos, quer somente adultos dispostos para participarem de todas as brincadeiras, entre elas: tiro ao alvo, polícia e ladrão, dança da cadeira, dança dos índios, pega pega, e outras.”

E pedem que os bolsonaristas levem equipamentos de proteção, soro e máscara contra gás de pimenta: “É importante que cada um leve suas coisas pessoais de higienização e proteção, inclusive: máscara para não ficar ardendo com a torta de pimenta na cara e soro fisiológico para se limpar caso espirrem algo que faça vocês chorarem e lacrimejarem, mas não de alegria, durante a festa.”

No grupo do Telegram, eles também recomendavam levar capa de chuva para evitar contato da pele com gás de pimenta. Todos esses itens de proteção foram usados pelos criminosos no dia 8.

O administrador do grupo ainda compartilhou uma foto com o local da Praça dos Três Poderes, incluindo o jardim da Esplanada dos Ministérios e uma seta para o Congresso Nacional, com a mensagem: “Pessoal, o povo em massa tem que preencher todo esse espaço principalmente dentro e fora do congresso. Aí sim derruba o governo.”

“Patriotas, agora é guerra. Não é manifestação pacífica (…) Cercar os 3 poderes. Brasília”, trazia outra mensagem dos organizadores.

O grupo “Caça e Pesca” também dizia que os CACs foram “convocados para darem suporte aos que estão nas refinarias, distribuidoras e em frente aos 3 poderes”. No mapa “Viagem para Praia”, estavam pontuadas as refinarias e distribuidoras de combustível, também alvos do terrorismo no dia 8.

Ao todo, o mapa traz 21 organizadores, com seus respectivos contatos, dos transportes das diferentes regiões do Brasil.

*Com GGN

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Bolsonaro contrata advogado, e AGU para de defender o ex-presidente no STF

Um dos inquéritos em que a Advocacia-Geral da União deixou de atuar é a investigação sobre possível interferência de Jair Bolsonaro na Polícia Federal.

Segundo o Uol, o caso foi aberto após a demissão de Sérgio Moro (União-PR) do cargo de ministro da Justiça: o agora senador eleito acusou o então presidente de trocar o comando da corporação para obter informações sobre investigações.

Manifestação semelhante deverá ser protocolada em outros inquéritos ainda em andamento, como:

  • o inquérito das milícias digitais.
  • o inquérito do balcão de negócios do Ministério da Educação, que retornou ao STF após citação de Bolsonaro pelo ex-ministro Milton Ribeiro.
  • o inquérito da live em que o ex-presidente associou vacina de covid-19 ao vírus HIV.

A AGU também protocolou o informe em uma apuração derivada da CPI da Covid, que acusa Bolsonaro de incitação ao crime.

“O Gabinete do Advogado-Geral da União foi informado que o representado constituiu advogado particular para a sua defesa nestes autos”, informou a AGU.

O nome do advogado que irá representar o agora sem cargo Bolsonaro não foi informado.

Na semana passada, Bolsonaro informou à Justiça que também abriria mão da defesa da AGU no processo que apura a contratação da ex-assessora parlamentar Walderice Santos da Conceição, a Wal do Açaí. Ambos são investigados por improbidade administrativa.

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Interventor manda fechar Esplanada após convocação de ato bolsonarista para esta 4ª

Organizadores planejam ato às 18h, em Brasília e outras 24 capitais do país. Trânsito está bloqueado da altura da Rodoviária até a Via L4.

A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) voltou a fechar o acesso para veículos, na Esplanada dos Ministérios, na manhã desta quarta-feira (11/1). O trânsito está bloqueado devido a novo ato de bolsonaristas marcado para ocorrer na região, às 18h. A determinação partiu do interventor federal na segurança pública do DF, Ricardo Cappelli.

Além de ter o tráfego fechado, houve reforço da segurança em toda a região, especialmente ao lado dos prédios dos ministérios e das sedes dos Três Poderes: Congresso Nacional (Legislativo), Palácio do Planalto (Executivo) e Supremo Tribunal Federal (Judiciário).

As vias S1 e N1, no Eixo Monumental, fecharam da altura da Rodoviária do Plano Piloto até a L4. O acesso às pistas da L2 pela Esplanada estão bloqueados. Ainda não há previsão de liberação do trânsito.

Quem quiser chegar aos prédios dos ministérios ou de órgãos e empresas na região devem passar pelas vias S2 e N2.

Segurança para manifestação

Todas as mochilas serão revistadas. Segundo a PMDF, não serão permitidos materiais perfurocortantes, carros de som, entre outros materiais que possam causar dano, como canivete e fogos de artificio.

Não serão permitidas também hastes de faixas feitas de madeira, PVC e ferro. A polícia não vai interferir em relação ao conteúdo das faixas, mesmo se for pauta inconstitucional. As duas manifestacões foram programadas para o mesmo horário

A segurança do DF também monitora um outro protesto que pede o impeachment do governador afastado, Ibaneis Rocha (MDB). Essa manifestação está prevista para ocorrer próxima ao Palácio do Buriti.

Segurança do DF

Em vários momentos, Cappeli exaltou as forças de segurança do DF dizendo que confia nos policiais. Para ele o problema de domingo foi de comando. “Temos total apoio das corporações, que têm compromisso com a República e com estado democrático de direito. Estamos aqui com todo efetivo de prontidão absoluta. Isso me dá muita confiança”, disse.

O interventor garantiu que o direito a manifestação será respeitado hoje, se os manifestantes forem pacíficos.

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VÍDEO: Golpista diz que major o ajudou a fugir da prisão e que vai organizar novos atos

Walter Parreira, comerciante de Santos, no litoral paulista, e representante do grupo Trincheiras Patrióticas, diz que os militares precisam repetir 1964.

O comerciante bolsonarista de Santos, litoral paulista, Walter Parreira, de 62 anos, representante de um grupo de extrema direita intitulado Trincheiras Patrióticas, divulgou um vídeo para conclamar novos atos terroristas.

Ele comandou um grupo de golpistas que foi a Brasília de ônibus para participar das ações de vandalismo contra os três poderes da República. Além disso, afirmou que foi ajudado por um major a fugir da prisão para que pudesse retornar a Santos.

No vídeo, conta que ele e seu grupo dormiram no acampamento em frente ao Quartel-General (QG) do Exército, após participarem dos atos terroristas.

“Na segunda-feira, 6 horas da manhã, fomos acordados cercados por militares do Exército brasileiro. Eles nos cercaram e ato contínuo apareceu uma viatura da Polícia Militar do Distrito Federal. Em menos de 5 minutos, o local foi tomado pela Polícia Militar, cavalaria, Bope, esquadrão antibomba, tudo que tinham direito colocaram lá para nos oprimir. E nos fizeram seguir para as ruas até um local onde tinham ônibus nos aguardando”, afirmou Parreira.

Na sequência, ele fez uma comparação revoltante. “Essa passagem me faz lembrar os judeus sendo levados naqueles vagões de gado para Treblinka, Sobibor, Dachau e os demais campos de concentração nazistas. A cena foi a mesma”.

Depois, disse: “Felizmente, fomos orientados por um major, não vou falar o nome, mas ele sabe que nos ajudou, a seguir por um caminho alternativo, nos libertou e, consequentemente, consegui trazer esse pessoal para Santos”.

Parreira foi organizador de mais de 30 manifestações em favor de Jair Bolsonaro na Baixada Santista. Uma delas, foi uma carreata pedindo a volta do funcionamento do comércio na região, durante as restrições impostas pelas autoridades sanitárias, no auge da pandemia da Covid-19.

Ainda no vídeo, o comerciante se dirigiu aos interlocutores como “meus irmãos de armas e almas”. Ele, ironicamente, ainda disse que foi a Brasília para um evento religioso. “Aqui quem vos fala é Parreira, do grupo Trincheira Patriótica de Santos. Estamos retornando do nosso congresso de Seicho No-Ie, em Brasília, graças a Deus, sãos e salvos”.

Em seguida, adotou um discurso totalmente fora da realidade: “Queria alertar vocês que lá estive acompanhando essa manifestação patriótica, onde o povo brasileiro invadiu o Congresso, o Senado, STF. A ocupação foi ordeira. Fomos surpreendidos com o quebra-quebra, que foi provocado de dentro para fora. Já tinham infiltrados lá dentro e mais os infiltrados de fora é que provocaram esse vandalismo”.

Ao final, fez um apelo aos “senhores militares de todas as patentes do Exército, Marinha, Aeronáutica, Polícia Militar e Bombeiro Militar. Chegou a hora de nós tomarmos uma atitude. Não podemos permitir que o nosso Brasil caia nas mãos da esquerda. Estamos vendo a passos largos ela dominar todos os meios. Não podemos deixar que isso aconteça. Como em 64, nós temos obrigação moral de salvar a nossa pátria, salvar o nosso povo, salvar a nossa bandeira. O momento é esse e espero contar com vocês. Eu estarei na trincheira patriótica sempre, defendendo o meu país, o meu povo e a minha bandeira”, finalizou.

Comerciante revela o valor da “excursão” de ônibus a Brasília

Antes da viagem do grupo a Brasília, Parreira havia divulgado outro vídeo para dizer que um ônibus com bolsonaristas tinha saído de Santos em direção à capital federal.

O homem informou, ainda, que o aluguel do veículo teria custado R$ 17 mil e que teria sido financiado pela Poney Turismo, empresa de fretamento de ônibus da região.

A Poney se pronunciou, negou ter financiado o ônibus para os atos terroristas e disse que as despesas foram pagas pelo contratante. A empresa de ônibus divulgou uma nota sobre o caso.

“A Poney Turismo vem por meio desta informar que repudia todo e qualquer ato de violência, de invasão e depredação de órgãos públicos ou privados.

Informa que jamais compactuou e/ou financiou qualquer ato de agressão à Democracia e ao Estado Democrático de direito.

A Poney Turismo afirma ainda o uso indevido de seu nome por terceiros, sendo que já estamos verificando as providências legais e jurídicas a serem tomadas, jamais tendo autorizado a qualquer terceiro se manifestar, de qualquer forma, em seu nome”.

Reafirma a Poney Turismo o respeito integral ao Estado Democrático de Direito e aos órgãos do Poder Judiciário, Legislativo e Executivo de nossa Nação.

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