Ano: 2023

Morre Roberto Dinamite, maior ídolo da história do Vasco, aos 68 anos

O maior goleador da história do Campeonato Brasileiro lutava contra um câncer no intestino.

O maior ídolo da história do Vasco da Gama e um dos maiores artilheiros do futebol brasileiro, Roberto Dinamite morreu na manhã deste domingo (8/1). O craque lutava contra um câncer de intestino descoberto em 2021. Ele estava fazendo quimioterapia e passou por procedimentos cirúrgicos no tratamento, mas não resistiu.

Torcedores e seguidores do goleador esboçaram preocupação com o estado de saúde de Dinamite devido a vídeos que vinham sendo postados por familiares. O ex-jogador, que chegou a disputar as Copas do Mundo de 1978 e 1982, aparecia debilitado nas filmagens, magro e se movimentando pouco. Um dos que mais chamou atenção foi a gravação do ídolo chorando de emoção ao ver um bom jogo do Vasco contra o Náutico, em setembro de 2022.

Todo o processo da doença de Roberto Dinamite durou pouco mais de um ano. Ele perdeu mais de 20kg com a quimioterapia e ficou internado durante o mês de agosto do ano passado. A situação expirou preocupações de todos, inclusive Zico, ídolo do Flamengo, maior rival do clube pelo qual fez história, desejou melhoras para Dinamite após o jogo das estrelas.

Em abril de 2022, Roberto Dinamite foi homenageado com a inauguração de uma estátua em São Januário.

*Com Correio Braziliense

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Deputado italiano diz que está “atento” com possível fuga de Bolsonaro para a Itália

Em novembro de 2022, dias após a derrota eleitoral de Jair Bolsonaro para o presidente Lula (PT), os filhos do ex-mandatário, Eduardo e Flávio Bolsonaro, foram até a embaixada da Itália em Brasília para tentar fazer avançar um pedido de reconhecimento de cidadania italiana que eles tinham protocolado em 2019. Caso obtenham sucesso na solicitação, o deputado federal e o senador poderiam morar legalmente no país europeu.

Especula-se que o próprio Jair Bolsonaro também esteja tentado obter a dupla cidadania a partir de seus antepassados italianos. O ex-presidente, antes da posse de Lula, empreendeu uma espécie de fuga aos Estados Unidos e a Itália seria um destino almejado por ele para escapar dos processos judiciais dos quais é alvo no Brasil.

Sem foro privilegiado, já que deixou a presidência, Bolsonaro passaria a ser investigado pela Justiça de primeira instância no âmbito de inquéritos que tramitam, atualmente, no Supremo Tribunal Federal (STF). O ex-presidente, segundo aliados, teme ser preso e a obtenção da cidadania italiana seria um caminho para evitar a cadeia.
“Estamos atentos”

À Fórum, o deputado italiano Fabio Porta, do Partido Democrático, revelou que a tentativa da família Bolsonaro de obter cidadania italiana é assunto no parlamento de seu país e que os deputados estão “atentos” para uma eventual estratégia do ex-presidente de usá-la para fugir da Justiça brasileira.

“Um colega deputado italiano fez um pedido oficial, uma interrogação ao Ministério do Interior para conhecer detalhes justamente com essa preocupação, de que esse pedido de cidadania dos filhos, ou mesmo do Bolsonaro, possa ser relativo à possibilidade de fugir de eventuais condenações e investigações”, afirma Porta.

Esse colega deputado é Angelo Bonelli, da Aliança Verde e de Esquerda, que alertou o governo de seu país sobre os casos de corrupção que envolvem o clã Bolsonaro. “Se Bolsonaro também tivesse pedido a cidadania italiana, haveria um sério risco de que a família, em relação aos julgamentos envolvendo o presidente, quisesse usá-la para evitar ser julgada pelos tribunais. Isso seria inaceitável”, disse Bonelli no ofício.

Segundo Fabio Porta, não há, por hora, nenhuma confirmação de que, assim como os filhos, Bolsonaro também esteja solicitando o reconhecimento da cidadania italiana, mas que está monitorando o caso.

“Vamos acompanhar, ficar monitorando, estamos de olho, principalmente se as acusações contra o ex-presidente vão continuar e se de alguma maneira se ele virá à Itália como possível lugar de moradia, se realmente for essa a intenção… Vamos ficar atentos para acompanhar o andamento desta situação”, declara.

O deputado pontua que, de qualquer modo, vai exigir que o tempo de espera para obtenção da cidadania seja respeitado, como acontece com qualquer cidadão, e que Bolsonaro não tenha tratamento especial. “Com relação a eventuais acusações ou situações que poderiam envolver o lado penal de uma pessoa, seja o Bolsonaro ou qualquer outro cidadão italiano ou brasileiro, é claro que existem entre Itália e Brasil acordos em matéria de cooperação penal, extradição de presos ou cooperação jurídica. Nós queremos que neste caso se respeite todos os instrumentos legais para que tanto a Itália quanto o Brasil não sejam utilizados como países para fugir das próprias responsabilidades. Então, nesse caso, vamos acompanhar os acontecimentos e também a parte judiciária, se houver algum tipo de processo”, diz.

Fabio Porta destaca, ainda, que “cidadania italiana não significa ser isento ou poder ter algum tipo de tratamento especial”, e afirma que seu país deve colaborar com a Justiça brasileira caso Bolsonaro, de fato, obtenha a cidadania e eventualmente seja condenado morando no país europeu.

“Bolsonaro e os filhos poderiam ter cidadania, mas não deixam de ser cidadãos brasileiros. Nesse caso, a Justiça tem que obedecer as regras, obrigações e recomendações que vêm da cidadania brasileira. Ter uma cidadania italiana não significa deixar de respeitar todas as obrigações da cidadania brasileira. Isso acontece também para o italiano que tem cidadania de outros países, tem que obedecer em primeiro lugar a própria cidadania italiana”, sentencia o parlamentar.

*Com Forum

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O Estado tem que dar um basta no bolsonarismo de guerra

O status do bolsonarismo mudou, e não foi pouco. Os modos de ação que hoje figuram nesses “movimentos” totalmente esvaziados, não têm qualquer ideal e, muito menos, são formados por gente tonta, usada como pedaço de carvão para replicar mentiras ou “verdades mistificadoras”.

O que temos agora é um movimento de ponta seca, disposto a qualquer borracheira, incitando violência contra o Estado, mas também praticando  uma brutal violência contra pessoas comuns, ou seja, o que pregam contra o Estado, aplicam contra os que eles consideram inimigos públicos.

Essas cavalgaduras têm se revelado agora muito mais violentas. E a conclusão é a de que a besta fera mudou sua interpretação sobre o espírito de eleição.

Agora, que a maioria dos tolos se esvaiu, o que ficou foram gatafunhos do bolsonarismo, gente que está se desmascarando, mostrando seu verdadeiro espírito com novas atitudes, imensamente mais violentas, além da apologia ao golpe de Estado.

Quem está por trás dessa gente, tão merecedora de punição quanto os próprios bolsonaristas que andam pelas ruas agredindo senhoras, dentre outros absurdos? Está mais do que claro que a orientação vem dos patrocinadores dessa bandalha.

É preciso avançar sobre a facção bolsonarista como um todo para matar o ambiente fascista que, em nome do rancor pela derrota de Bolsonaro, acha-se no direito de utilizar todo tipo de violência por uma mistificação ideológica.

Basta!

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Movimentos sociais se inspiram em Dilma para proteger Lula

Governo sem estrutura de organização popular fica sujeito a ‘ruptura’, disse ex-presidente que sofreu impeachment em 2016.

Segundo a Folha, a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) lançou um apelo nas primeiras horas da gestão Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que reforçou a pressão de movimentos sociais por uma blindagem do novo mandato, com o alerta de que a ausência de mobilização popular poderá paralisar e até derrubar o governo.

A fragilidade política de um presidente eleito com margem apertada e refém de uma oposição hostil no Congresso e nas ruas está por trás da preocupação. Organizações ligadas ao petista dizem que é preciso dar suporte às medidas do governo, que promete buscar diálogo com a base.

Dilma afirmou na segunda-feira (2), durante a posse da ministra Esther Dweck (Gestão), que um governo não se mantém “sem uma estrutura de organização popular” e condicionou o lema “Democracia para sempre” —exaltado por Lula após ser empossado— ao convencimento da sociedade.

“Temos de nos organizar para conseguir apoiar que as medidas legislativas e políticas que o governo venha a tomar tenham apoio, tenham sustentação, e que não ocorra nenhuma ruptura que nós não possamos enfrentar”, afirmou a petista, que sofreu impeachment em 2016.

“Porque a gente diz que ‘ditadura nunca mais’, que daqui pra frente é ‘democracia sempre’. ‘Democracia sempre’ sem uma estrutura de organização popular não se mantém, sinto informar.”

A advertência ressoou como uma senha em movimentos como MST (dos sem-terra), MTST (dos sem-teto) e UNE (União Nacional dos Estudantes), que já previam mobilização permanente para fazer avançar suas agendas de interesse, em boa parte alinhadas com o discurso de Lula.

“É uma fala de quem sabe que foi golpeada por grupos poderosos e que a organização e a mobilização populares não tiveram forças suficientes para impedir”, diz Raimundo Bonfim, coordenador nacional da CMP (Central de Movimentos Populares) e filiado ao PT.

Segundo ele, é consenso no segmento que a vigilância será necessária “para implementar o programa vitorioso nas urnas e impedir tentativas de golpe”. Porta-vozes dos militantes descrevem um período de profunda crise, que obriga os setores organizados a se equilibrarem entre cobrança e endosso.

Os movimentos conquistaram espaço na administração depois do afastamento que começou com Michel Temer (MDB) e atingiu níveis inéditos sob Jair Bolsonaro (PL). O ministro Márcio Macêdo (PT-SE) assumiu a Secretaria-Geral da Presidência com o discurso de que agora o segmento deve “se sentir em casa”.

“Acho que é uma fala [de Dilma] importante porque reconhece as organizações da sociedade civil como pilares da democracia”, diz Josué Rocha, da coordenação do MTST, aliviado com uma aproximação que ocorre “depois de quatro anos de ataque e criminalização”.

“Nossa mobilização será fundamental”, afirma a presidente da UNE (União Nacional dos Estudantes), Bruna Brelaz. “Temos que ser guardiões da democracia e da reconstrução do Brasil depois da escalada autoritária, com a radicalização do discurso fascista, que alimentou uma parte da população.”

A Secretaria-Geral concentrará o diálogo com os movimentos no governo, mas há planos de descentralizar a tarefa, com representantes em outros ministérios para ouvir as reivindicações de cada área.

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Governo Lula quer dar auxílio para crianças e jovens órfãos da pandemia

Medida é considerada resposta ao estrago causado pela ação negacionista de Jair Bolsonaro.

De acordo com a coluna de Malu Gaspar,  O Globo, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva pretende dar um auxílio para crianças e jovens de baixa renda que se tornaram órfãos em virtude da pandemia.

A medida, capitaneada pelo ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, foi uma das sugestões do grupo de trabalho criado na transição para cuidar de questões da área.

É também uma das medidas consideradas pela atual administração para compensar o estrago causado pela ação negacionista do governo de Jair Bolsonaro na pandemia.

O ministro esta formatando um projeto de lei, a ser encaminhado em breve para a Presidência da República. O texto ainda precisa ser aprovado por deputados e senadores para entrar em vigor.

Ao todo, mais de 694 mil pessoas já morreram no Brasil por conta da Covid-19.

De acordo com um estudo conduzido por pesquisadores da Fiocruz e da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), só nos primeiros dois anos da pandemia (2020 e 2021), cerca de 40,8 mil crianças e adolescentes perderam suas mães no Brasil por conta do coronavírus.

“A falta de coordenação nacional na implementação de medidas de distanciamento social contribuiu para a rápida disseminação de casos. Por sua vez, o manejo inadequado da epidemia de covid-19 provocou uma crise sem precedentes na saúde brasileira”, escreveram os pesquisadores.

Procurado pela equipe da coluna, o Ministério dos Direitos Humanos informou que a ideia do governo Lula é “beneficiar crianças que tenham perdido tanto o pai quanto a mãe ou o genitor ou responsável legal garantidor do sustento do grupo familiar”.

Ainda não foi fechado o valor do benefício, o que vai depender de acertos com a equipe econômica em um momento de ajuste fiscal e desequilíbrio nas contas públicas.

Mas integrantes da pasta avaliam que o impacto orçamentário não seria alto, já que o universo de beneficiados chegaria a aproximadamente 70 mil pessoas, segundo estimativas internas.

Almeida pretende se reunir ao longo dos próximos dias com a ministra do Planejamento, Simone Tebet, e com os ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Wellington Dias (Desenvolvimento Social) para discutir a proposta e acertar um plano de ação para a proteção de crianças e adolescentes órfãos.

Além do auxílio financeiro para esse grupo, o ministério avalia incluir na proposta a garantia de medidas de acolhimento e cuidado.

O estudo da Fiocruz e da UFMG também apontou uma taxa de mortalidade pela Covid-19 três vezes maior entre brasileiros analfabetos quando comparada à daqueles que completaram o ensino superior.

Para os pesquisadores, uma das possíveis explicações é que essas vítimas, com baixa escolaridade, tinham dificuldade de cumprir medidas de distanciamento social, já que tinham de garantir o sustento da família e trabalhar fora de casa, o que as deixou mais expostas à Covid-19.

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Governo Lula quer retomar reforma psiquiátrica e fechar ‘últimos hospícios’

O governo Lula (PT) assume a gestão da saúde mental do país prometendo retomar os princípios da reforma psiquiátrica e fechar os últimos hospitais exclusivos para pacientes com transtornos psíquicos.

Segundo a Folha, a ideia central da nova equipe é expandir e integrar toda a rede de serviços, principalmente as equipes de saúde da família e os Caps (Centros de Atenção Psicossocial), focando as populações mais vulneráveis, como as pessoas em situação de rua.

A visão é essencialmente contrária à dos governos de Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL), que frearam o financiamento de novas unidades e priorizaram estruturas para casos graves e comunidades terapêuticas para dependentes químicos, em sua maioria religiosas.

“Voltaremos ao leito do que estava sendo construído antes”, defende Helvécio Miranda, médico que assume nesta semana a Secretaria de Atenção Especializada, responsável pelo tema e subordinada à ministra Nísia Trindade. Ele já havia comandado outra secretaria nos anos de Dilma Rousseff (PT).

“Vamos fazer um diagnóstico de onde se aprofundaram os vazios assistenciais, voltar a interlocução com outras pastas, como Educação e Cultura, e continuar o esforço de libertar pacientes crônicos ainda em manicômios, o pior tratamento que pode ser dado além da prisão”, diz.

Habilitar centenas de Caps que já existem, mas aguardam na fila por recursos federais, é a “prioridade das prioridades”, acrescenta ele. Sanar o enorme déficit de leitos para pacientes em crise em hospitais gerais também está nos planos: “Desde que não seja manicômio, tudo é bem-vindo.”

É incerto ainda, porém, o que vai ocorrerá com comunidades terapêuticas que tiveram a verba dobrada e as vagas sextuplicadas pelo finado Ministério da Cidadania de Osmar Terra (MDB). Miranda diz acreditar que a função delas foi distorcida, porém prega cautela e afirma que ainda é cedo para decidir o que será feito com as mais de 700 unidades já financiadas.

Formalmente, elas são organizações sem fins lucrativos criadas para acolher usuários de álcool e drogas que escolhem estar ali e têm liberdade sobre suas decisões. Na prática, no entanto, parte delas é acusada de maus-tratos e violações aos direitos humanos por diferentes órgãos.

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A primeira semana de Lula, uma lição de democracia

Ângela Carrato – Há seis anos o Brasil não via um presidente trabalhar tanto quanto Luiz Inácio Lula da Silva na primeira semana de seu terceiro mandato.

Minutos depois de empossado, ele já assinava 11 medidas, a maioria delas revogando atos de Bolsonaro.

O revogaço continuou ao longo da semana com a exoneração de mais de oito mil ocupantes de cargos comissionados – entre civis e militares – em ministérios e demais setores da administração direta.

Ao mesmo tempo, a maioria dos novos ministros tomou posse em cerimônias super concorridas.

A recordista de público foi Marina Silva, que assumiu a pasta do Meio Ambiente, mas os novos titulares dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, da Cultura, Margareth Menezes, do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, igualmente entusiasmaram os presentes com suas falas.

Brasília voltou a respirar esperança, mesmo que as condições para o início do novo governo tenham sido das piores.

Os acampamentos golpistas em frente aos quartéis em diversas cidades brasileiras continuam lá. O acampamento em frente ao “Forte Apache”, na capital federal, é o maior e o mais truculento deles.

Na véspera da posse, o número de seus integrantes chegou a aumentar. Na sexta-feira, a Asa Norte, única região de Brasília onde Lula venceu as eleições, foi palco de uma motociata, para indignação dos moradores locais.

Os bolsonaristas deram um aviso de que não se sentem derrotados e que permanecem defendendo a intervenção militar, outro nome para ditadura.

Na realidade paralela em que vivem, Lula não tomou posse e quem está governando o Brasil é o general Heleno, com Bolsonaro devendo voltar em breve.

Loucura à parte, essas pessoas usam como elementos para justificar tal visão, Bolsonaro não ter passado a faixa presidencial para Lula e Lula não ter despachado do Palácio do Planalto nesses primeiros dias.

Como se sabe, Bolsonaro deixou o país dois dias antes da posse de Lula. Sua ida para os Estados Unidos, ao que tudo indica, teve como motivo o medo de ser preso preventivamente tão logo deixasse o cargo.

Ele está em Miami, na casa de um ex-lutador de MMA e não há prazo para sua volta, se é que retornará ao Brasil.

Não faltam rumores de que esta casa também pertence a Bolsonaro, com o ex-lutador sendo apenas um laranja. Seus planos no momento se direcionam mais para a Itália, onde gostaria de fixar residência.

A não transmissão da faixa por Bolsonaro foi considerada excelente pela equipe de Lula. Sua presença na cerimônia sem dúvida tiraria o brilho e a beleza que alcançou.

A entrega da faixa presidencial a Lula por uma mulher negra e catadora de materiais recicláveis foi um dos pontos altos da cerimônia.

O outro foi a subida da rampa, com Lula sendo acompanhado por representantes do povo brasileiro e também pela cachorrinha Resistência, mascote na vigília de 580 dias, quando o então ex-presidente esteve preso em Curitiba.

Como todo ser minúsculo, Bolsonaro procurou criar tumulto até o último momento no poder. Tanto que deixou os palácios do Planalto e da Alvorada, respectivamente, locais de trabalho e residência do presidente da República, detonados.

Além de todas as portas trancadas e sem as chaves, goteiras tomaram conta de muitos destes espaços, o mesmo podendo ser dito da má conservação e sujeira de móveis, paredes e pisos.

Até obras de arte, como a famosa pintura dos Orixás, de Djanira, foram encontrados com furos e jogados no porão.

Não cuidar da conservação de bens tombados e públicos é mais um crime pelo qual o pior presidente da história do Brasil terá também que responder.

Por isso, só na quinta-feira Lula pode começar a despachar do Palácio do Planalto. Já sua mudança e a de Janja para o Alvorada ainda não tem data definida.

Esta é também a razão pela qual a primeira reunião com todo o ministério acabou acontecendo só na sexta-feira.

Se não bastassem os bolsonaristas armando confusão neste início de governo, o tal do “mercado” e a mídia corporativa também deram sua parcela para tumultuarem a vida do novo governo.

O tal do “mercado” – leia-se os super ricos – apavorou diante da determinação do novo governo em estabelecer um preço brasileiro para os combustíveis, acabando com a submissão imposta pelos golpistas à Petrobras.

O mercado reagiu mal a este anúncio, da mesma forma que reage mal a tudo que signifique melhoria para o povo brasileiro.

A midia corporativa, controlada que é por tais interesses, ecoou esse tipo de crítica, a ponto de poder ser dito que menos de 48 horas após a posse, Lula já enfrentava uma nova guerra da mídia contra ele.

Alguns podem dizer que não é bem assim, que o Grupo Globo anda até simpático ao novo governo. Record, SBT e Band, idem.

Gato escaldado que é, Lula sabe como estas simpatias são volúveis. Mais ainda: elas podem esconder apenas um álibi do tipo “apoiamos o que é bom e criticamos o ruim”.

Exatamente por isso, Lula tem tentado cortar o mal pela raiz.

Foi o que fez na primeira reunião ministerial, ao deixar

claro o que espera dos seus auxiliares diretos, do apoio que dará a cada um, mas também como agirá no caso de erros e ações inadequadas. Detalhe: a mídia já começava a explorar contradições nos discursos de posse de alguns ministros.

Esses primeiros ataques da mídia e do “mercado” devem ter servido para que Lula tivesse mais clareza ainda sobre o papel e a importância da comunicação neste terceiro governo.

Cuidadoso como sempre, ele está tomando as primeiras medidas como alguém que manobra um transatlântico encalhado. Primeiro é preciso colocá-lo em movimento e depois alterar o rumo com suavidade até que volte ao curso normal.

Tanto que vai aguardar 28 de janeiro para realizar a primeira reunião com todos os governadores. Até lá, os ministros terão tempo suficiente para estabelecerem prioridades de suas pastas e poderem conversar com os governadores sobre as prioridades de cada estado.

Nos quatro anos em que esteve na presidência, Bolsonaro nunca fez nada semelhante. Ao contrário. Sempre tratou governadores e prefeitos da pior forma possível.

O mesmo pode ser dito em relação ao Congresso Nacional, onde substituiu o diálogo e a articulação política pela compra de votos via Orçamento Secreto.

Certamente por isso, Lula, no discurso que fez na abertura da primeira reunião ministerial, foi enfático ao frisar o caráter político do seu ministério, ao mesmo tempo em que colocou como uma espécie de determinação para todos os seus integrantes, o diálogo com a Câmara dos Deputados e o Senado.

Se em termos de política interna, Lula já mudou o rumo das coisas, suas determinações em termos de política externa também se fazem sentir.

O Brasil voltou a ter importância no mundo.

No dia da posse, ao lado da bandeira nacional, em frente ao Palácio do Planalto, também tremulava a bandeira do Mercosur (assim mesmo, escrito em espanhol).

O Mercosul é um tratado fundamental para o Brasil e foi o primeiro a ser hostilizado por Bolsonaro.

O Itamaraty já deu início aos trabalhos de reabertura de representações diplomáticas do Brasil na África e retomou relações plenas com a Venezuela, outra briga estúpida comprada por Bolsonaro.

Em 24 de janeiro, Lula participará de reunião da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC), em Buenos Aires. Será a primeira viagem internacional dele.

Na sequência, nos próximos meses, deverá ir aos Estados Unidos e à China, deixando claro que está de volta a política externa ativa e soberana.

A propósito, na quinta-feira, o ex-chanceler Celso Amorim foi nomeado chefe da assessoria especial do presidente, com gabinete no Palácio do Planalto.

Outra pessoa que terá gabinete no Planalto é a primeira-dama, Janja, que, para desespero dos machistas, golpistas e fofoqueiros de plantão, promete ter um importante papel ao lado de Lula.

Assim, este terceiro governo começa bem. O que não significa que a herança maldita dos golpistas esteja superada.

Daí ser fundamental para a governabilidade, que os setores progressistas continuem mobilizados.

Foi graças a esta mobilização que o golpe foi derrotado, Lula venceu as eleições, tomou posse e está governando.

Essa é a lição maior destes seis anos de lutas da população brasileira em defesa da democracia.

Uma lição que jamais poderá ser esquecida.

P. S. Quem sabe dizer o nome de três dos novos secretários de Zema? Ao contrário da posse de Lula, a dos novos governadores parece nem ter acontecido.

Zema, que dá início a um novo mandato à frente do governo de Minas, deve estar com as barbas de molho. Seu desafeto, Alexandre da Silveira, é o único ministro de Minas Gerais no primeiro escalão de Lula.

Silveira ocupa uma pasta fundamental, a de Minas e Energia. Para um Zema que pretendia privatizar tudo – Cemig, Copasa, Codemig – o vento mudou totalmente de direção.

*Ângela Carrato é jornalista e professora do Departamento de Comunicação Social da UFMG.

*Viomundo

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O trono do porco

O poder imbatível de Bolsonaro de produzir sujeira que assustou o país. Sujeira revelada por Janja e mostrada pela jornalista da GloboNews, Natuza Neri.

Claro, isso ainda vai render muito. A falta de cuidado exposta pela matéria é de quem levantou a tampa de um vazo entupido e o odor intenso que de lá emanou.

Foi uma forma diferente, porém prática de mostrar a residência oficial, o Palácio da Alvorada, antes da mudança casal, Lula e Janja.

É como dizer, saibam como encontramos esse Palácio.

Como se vê nessa cadeira abaixo, que Bolsonaro utilizava, nem ele, nem Michelle, tiveram o cuidado de remover as manchas da cadeira emporcalhada por Bolsonaro.

Na cadeira, vê-se um tecido imundo causado pela falta de asseio de um presidente da República.

A primeira pergunta a ser feita é, como esse porco algum dia se preocuparia com o meio ambiente do país? Como um sujeito desse cuidaria da Amazônia se o seu próprio assento, Bolsonaro borrava sem a menor preocupação ou cuidado com sua higiene?

Pelo jeito, seu manuseio com as peças que pertencem ao Palácio da Alvorada era pior que o asseio dos animais, destruindo até as características físicas dos móveis, tal o nível de imundície que o casal produziu.

Isso dá a exata noção do tipo de gente porca que comandou o país nos últimos quatro anos, e que se achava o dono do Brasil.

Confira:

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Dino diz que já acionou Defesa, GDF e policiais para enfrentar bolsonaristas em Brasília

Dino disse que já comunicou o ministro da Defesa, o governador do Distrito Federal e os diretores-gerais da PF e PRF.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), escreveu em suas redes sociais, na manhã deste sábado (7/1), que novas movimentações no centro de Brasília, de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), não vão promover “guerra”.

O ex-governador do Maranhão ainda afirmou que já entrou em contato com o ministro da Defesa, José Múcio, e o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB). Além dos diretores-gerais da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues e, da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Antônio Fernando Oliveira.

“Sobre uma suposta ‘guerra’ que impatriotas dizem querer fazer em Brasília, já transmiti as orientações cabíveis à PF e PRF. E conversei com o governador Ibaneis e o ministro Múcio”, disse Dino.

O Metrópoles questionou o ministro da Defesa, o governador Ibaneis Rocha e o diretor da Polícia Federal sobre eventuais planos de contingenciamento, caso ocorra uma nova ocupação da área militar, mas até a última atualização desta matéria não obteve retorno. O espaço segue aberto.

Nova movimentação

Após bolsonaristas que não aceitam a vitória do presidente já empossado Luiz Inácio Lula da Silva (PT) planejarem uma nova manifestação neste final de semana, o Metrópoles flagrou a chegada de caravanas ao QG de Brasília, na manhã deste sábado (6/1). Até às 12h30, ao menos 11 ônibus haviam chegado ao local.

Por conta do Exército ter fechado diversas vias do Setor Militar Urbano (SMU) para o trânsito de veículos, ao menos cinco ônibus foram obrigados a desembarcar os manifestantes no Eixo Monumental.

A maioria dos veículos são oriundos de Mato Grosso e Espírito Santo.

Confira o momento do desembarque:

Medo de novo episódio

Após diplomação do presidente Lula, no dia 12 de dezembro, um grupos de bolsonaristas incendiaram diversos veículos e depredaram uma série de locais da capital federal, principalmente, no Setor Hoteleiro Norte. Alguns dos autores, segundo investigações estavam acampados na Base Administrativa do Quartel-General do Exército.

Alguns dias depois, antes da posse do petista, um homem também foi preso com meia dúzia de explosivos e um arsenal de armas de fogo. O homem armou uma bomba próximo ao Aeroporto de Brasília e tinha a intenção de detoná-la junto a um caminhão de querosene.

Ele ainda confessou que estava planejando um atentado para o dia da posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Posteriormente o suspeito foi detido pela 10ª DP (Lago Sul).

*Com Metrópoles

Após anúncio de ato extremista, ônibus com bolsonaristas chegam ao QG em Brasília

Nova manifestação foi marcada para segunda-feira (9/1), mas bolsonaristas já chegam ao acampamento em frente ao QG do Exército, em Brasília.

Após bolsonaristas que não aceitam a vitória de Lula (PT) como presidente da República planejarem uma nova manifestação neste final de semana, o Metrópoles flagrou a chegada de caravanas ao QG de Brasília, na manhã deste sábado (6/1).

Até às 12h30, ao menos 11 ônibus haviam chegado ao local.

Por conta do Exército ter fechado diversas vias do Setor Militar Urbano (SMU) para o trânsito de veículos, ao menos cinco ônibus foram obrigados a desembarcar os manifestantes no Eixo Monumental.

*Com Metrópoles

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