A Lava Jato foi um truque, truque este que promoveu Sergio Moro a herói nacional pela mídia, truque este que produziu a maior fraude eleitoral da história do Brasil em 2018, que virou notícia mundial pela desfaçatez do juiz usar a toga para condenar Lula sem prova de crime para Bolsonaro vencer a eleição, ele se tornar ministro e se candidatar à presidência da República em 2022.
Lógico que não foi essa a leitura feita pelas redações nativas, ao contrário, Moro, como ministro de Bolsonaro, seria o comandante da tropa que acabaria com a corrupção no país, justamente por ter a coragem de prender Lula, confessando em sua sentença que não tinha qualquer prova contra o presidente Lula.
Em qualquer país sério, os dois seriam imediatamente cassados e iriam para a cadeia, porque o Brasil todo soube do acordo feito entre Moro e Bolsonaro em troca da cabeça de Lula.
O fato é que o suposto herói nacional era, na verdade, o delegado da Cunha de Curitiba em condições especiais por ser juiz, mas a comunicação nas redes dos dois carregada de clichês heroicos, era idêntica, utilizando os mesmos carboidratos sofismáticos para fazer crescer a popularidade e, com isso, ter um ganho de massa muscular eleitoral, anabolizada pelas muitas formas de mídia.
Nesse balaio de gatos, pode ainda ser acrescentado, na geração de heróis, do Globo ao Tik Tok, outro pilantraço da mesma cepa, como Gabriel Monteiro e, claro, Dallagnol, o garoto prodígio do Batman de Curitiba.
Isso mostra que o problema do Brasil vai muito além do bolsonarismo em si, há um universo reacionário com uma cultura voltada a suprimir a cidadania das camadas mais pobres da população, utilizando sempre o poder do Estado, dominado institucionalmente pela classe dominante para manter vivo o rescaldo do racismo escravocrata.
O Brasil terá que enfrentar essa questão de maneira bastante enérgica para que outros pulhas como esses não se transformem em políticos fazendo uso das instituições policiais e de justiça no país.