Ano: 2024

Consumo de carne aumenta no Brasil sob o governo Lula, indica pesquisa

Em 2023, 56% dos entrevistados afirmaram ter consumido carne bovina duas ou mais vezes por semana,

Uma pesquisa realizada pelo The Good Food Institute (GFI) Brasil revelou que o consumo de carne bovina aumentou entre os brasileiros, tornando-se o principal alimento presente nos pratos do país.

Em 2023, no primeiro ano do governo Lula, 56% dos entrevistados afirmaram ter consumido carne bovina duas ou mais vezes por semana, em comparação com os 47% registrados em 2022.

Além da carne, as proteínas vegetais também ganharam destaque nas refeições dos brasileiros. Cerca de 39% dos entrevistados relataram ter consumido opções como hambúrgueres, nuggets e linguiças à base de plantas em 2023, mesmo que de forma esporádica.

O setor de carne processada no Brasil registrou um aumento significativo, com um salto de 13,2% em 2023, totalizando R$ 11,44 bilhões. Globalmente, o setor teve um crescimento de 6,5%, atingindo US$ 201,22 bilhões, segundo dados da Euromonitor International.

Por outro lado, o mercado de alternativas vegetais no Brasil experimentou um crescimento ainda mais expressivo, alcançando um aumento de 38,1% e totalizando R$ 1,13 bilhão durante o mesmo período. Esses dados foram corroborados por um estudo que entrevistou mais de 2 mil brasileiros das classes A, B e C.

O The Good Food Institute é uma organização sem fins lucrativos dedicada ao ramo da alimentação saudável. Em diversos países, incluindo Estados Unidos, Brasil, Israel, Índia, Europa e Ásia-Pacífico, a organização impulsiona o desenvolvimento de alternativas promissoras à produção tradicional de alimentos e fomenta o setor de proteínas alternativas, com foco principal em carnes, ovos e laticínios.

Líderes globais estão em choque após massacre promovido por Israel

Ataques aéreos que incendiaram tendas de refugiados e mataram 45 pessoas; nas últimas 48 horas, palestinos sofreram 60 ofensivas.

O governo de Israel enfrenta uma onda de protestos globais nesta segunda-feira (27), após ataque que incendiou tendas em Rafah, na zona sul da Faixa de Gaza, onde se concentram os refugiados. A ofensiva vitimou mais 45 pessoas e deixou líderes globais em choque, até porque a Corte Internacional de Justiça de Haia determinou cessar-fogo imediato dias antes. Mesmo assim, os tropas de do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu promoveram 60 ataques em 48 horas.

Em resposta, o exército israelense alegou que o ataque de domingo à noite foi uma tentativa de eliminar dirigentes do Hamas, depois de um ataque de foguetes contra a capital israelense Tel Aviv. Os militares afirmaram ainda que a ofensiva matou Yassin Rabia e Khaled Nagar, ambos altos funcionários do Hamas na Cisjordânia ocupada.

As justificativas, no entanto, não convenceram a comunidade internacional. Muitos países árabes classificaram a iniciativa como um massacre.

Repercussão
O Egito deplorou o “alvo de civis indefesos” e classificou-o como parte de “uma política sistemática que visa alargar o âmbito da morte e da destruição na Faixa de Gaza para torná-la inabitável”.

A Jordânia acusou Israel de “crimes de guerra contínuos” e a Arábia Saudita condenou “nos termos mais veementes os contínuos massacres cometidos pelas forças de ocupação israelenses”.

O Catar condenou o bombardeio israelense como uma “violação perigosa do direito internacional” e expressou “preocupação de que o bombardeio complicará os esforços de mediação em curso e impedirá a obtenção de um acordo para um cessar-fogo imediato e permanente”.

O presidente da União Africana, Moussa Faki Mahamat, também condenou o ataque a X, dizendo: “Israel continua a violar o direito internacional com impunidade e em desacato a uma decisão do TIJ há dois dias que ordenou o fim da sua acção militar em Rafah.”

Presidente francês, Emmanuel Macron escreveu no X que as operações devem parar. “Não há áreas seguras em Rafah para civis palestinos. Apelo ao total respeito pelo direito internacional e a um cessar-fogo imediato”.

O chefe de política externa da União Europeia, Josep Borrell, disse estar “horrorizado com as notícias vindas de Rafah sobre os ataques israelenses que mataram dezenas de pessoas deslocadas, incluindo crianças pequenas. Condeno isso nos termos mais veementes”.

Cenas de horror
A agência de defesa civil de Gaza disse que o ataque desencadeou um incêndio que destruiu um centro de deslocados no noroeste de Rafah, perto de uma instalação da agência da ONU para os palestinos, UNRWA.

“Vimos corpos carbonizados e membros desmembrados. Também vimos casos de amputações, crianças, mulheres e idosos feridos”, disse Mohammad al-Mughayyir, funcionário da agência.

“Tínhamos acabado de terminar as orações noturnas”, lembrou uma sobrevivente, uma mulher que não quis ser identificada. “Nossos filhos estavam dormindo. De repente ouvimos um som alto e havia fogo ao nosso redor. As crianças estavam gritando.”

Em uma Gaza já destruída, a população continua sofrendo com a restrição de mantimentos e remédios para atender, minimamente, os palestinos. Há escassez de combustível para a atuação da defesa civil e falta água para apagar os incêndios.

A ofensiva retaliatória de Israel matou pelo menos 36.050 pessoas em Gaza, a maioria civis, segundo o Ministério da Saúde do território administrado pelo Hamas.

*GGN

Lewandowski apresentará normas para uso de câmeras corporais por policiais

A expectativa é de que a resolução indique que os equipamentos fiquem ligadas ininterruptamente.

O ministro da Justiça e da Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, apresentará, nesta terça-feira (28/5), as diretrizes sobre o uso de câmeras corporais pelos policiais. A expectativa é de que o documento indique que os equipamentos fiquem ligadas ininterruptamente. Nesta segunda-feira (27/5), o ministro se reúne com secretários estaduais para discutir investimentos em segurança pública e administração penitenciária.

As diretrizes para uso de câmeras corporais por policiais no Brasil é um dos temas a serem debatidos na reunião. Segundo o Ministério da Justiça, o objetivo é “uniformizar a utilização dessa tecnologia no Brasil, aumentando a transparência e a proteção dos profissionais de segurança e cidadãos”.

A medida vai na contramão da decisão do governador, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que lançou um edital para compra dos equipamentos e que dá autonomia aos policiais para ligá-los e desligá-los. O argumento da cúpula das polícias de Tarcísio é de que a câmera que grava ao tempo todo retira a privacidade e o direito à intimidade de policiais.

A portaria do Ministério da Justiça pretende uniformizar a utilização desta tecnologia no Brasil e aumentar a transparência e a proteção dos profissionais de segurança e cidadãos.

Em janeiro, o Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária (CNPCP) aprovou uma resolução que estabelece normas para o uso de câmeras em fardas de policiais. De acordo com o texto aprovado, as câmeras devem ser utilizadas para gravação das atividades dos policiais, com armazenamento seguro das imagens e acesso restrito. Apesar da recomendação federal, a instalação dos equipamentos não será obrigatória, cabendo a cada estado decidir sobre a norma.

Ronnie Lessa confessa assassinato de Marielle e diz que poderia lucrar R$ 100 milhões com crime

Em delação gravada, veiculada na TV Globo, ex-policial militar aponta irmãos Brazão como mandantes e diz que receberia, como pagamento pelo crime, a oportunidade de explorar serviços em um loteamento clandestino na zona oeste do Rio.

O ex-policial militar Ronnie Lessa confessou os assassinatos da ex-vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes em depoimento à polícia veiculado no domingo (26) pelo programa Fantástico, da TV Globo.

Segundo Lessa, os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão ofereceram a ele e um de seus comparsas, conhecido como Macalé (o também ex-PM Edmilson de Oliveira, assassinado em 2021), um loteamento clandestino na zona oeste do Rio de Janeiro como forma de pagamento pela morte de Marielle.

“Era muito dinheiro envolvido. Na época, ele falou em R$ 100 milhões que, realmente, as contas batem. R$ 100 milhões seria o lucro do loteamento. São 500 lotes de cada lado. Na época, daria mais de US$ 20 milhões”, disse Lessa.

“Foi um impacto. Ninguém recebe uma proposta de receber US$ 10 milhões simplesmente para matar uma pessoa”, continuou.

De acordo com Lessa, no loteamento clandestino haveria a exploração de serviços como “gatonet”, venda de gás e transporte de moradores.

Em seu depoimento, Lessa apontou os irmãos Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ), e Chiquinho Brazão, deputado federal, como os mandantes dos assassinatos de Marielle e Anderson.

“Então, na verdade, eu não fui contratado para matar a Marielle, como um assassino de aluguel. Não, eu fui chamado para uma sociedade”, declarou Lessa.

Motivação
Ainda segundo Lessa, ele teria se encontrado três vezes com Domingos e Chiquinho Brazão em uma avenida na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio. Nesses encontros, os irmãos teriam falado sobre a motivação para assassinar a vereadora, de acordo com o ex-PM.

A Polícia Federal (PF) não conseguiu comprovar que os encontros de fato ocorreram, de acordo com a reportagem do Fantástico.

“A Marielle foi colocada como uma ‘pedra no caminho’. Ela teria convocado algumas reuniões ou uma reunião com várias lideranças comunitárias, se não me engano, no bairro de Vargem Grande ou Vargem Pequena, em Jacarepaguá, justamente para falar sobre essa situação, para que não houvesse adesão a novos loteamentos da milícia.”

“Isso foi o que o Domingos passou para a gente: ‘A Marielle vai atrapalhar e nós vamos seguir isso aí. Para isso, ela tem que sair do caminho’”, acrescentou Lessa, citando Domingos Brazão.

Israel bombardeia abrigo da ONU: ‘Ao menos 30 palestinos foram assassinados; está cheio de crianças sob os escombros’, diz Fepal; vídeos

E assim segue Israel, matando todos os palestinos sem qualquer impedimento.

*Viomundo

O desespero de Tio Sam para evitar uma aliança entre Arábia Saudita e Irã

Um dia depois de agências de notícias do Oriente Médio informarem, com grande alarde, que o príncipe herdeiro saudita Mohammed bin Salman teria concordado em visitar Teerã, numa visita oficial ao presidente interino do Irã, Mohammad Mokhber, os EUA anunciam que pretendem voltar a vender armas à Arábia Saudita. Analistas geopolíticos experientes viram nisso uma […]

Um dia depois de agências de notícias do Oriente Médio informarem, com grande alarde, que o príncipe herdeiro saudita Mohammed bin Salman teria concordado em visitar Teerã, numa visita oficial ao presidente interino do Irã, Mohammad Mokhber, os EUA anunciam que pretendem voltar a vender armas à Arábia Saudita. Analistas geopolíticos experientes viram nisso uma tentativa, meio desesperada, de conter essa aproximação entre sauditas e iranianos, e evitar que o príncipe realmente se desloque à capital do Irã e ofereça essa imagem de reconciliação entre os dois países. O anúncio sobre o possível fim dos embargos de armas americanas à Arábia Saudita foi noticiado hoje pelo Financial Times e confirmado pela Reuters.

Curiosamente, porém, não foi um anúncio oficial do governo Biden, mas antes um vazamento de que esse embargo poderia ocorrer. A condicional é óbvia: a Arábia Saudita deve se afastar do Irã.

Uma foto dos chefes de Estado de ambos os países (Arábia e Irã) se dando as mãos seria uma terrível derrota diplomática e política para Israel e para os próprios EUA, cujas máquinas de propaganda vêm trabalhando a todo vapor para demonizar o Irã. No caso de Israel, o governo de Netanyahu inclusive bombardeou o consulado do Irã em Damasco, Síria, matando importantes oficiais iranianos, numa tentativa de arrastar o Irã para um conflito aberto, escalar as tensões no Oriente Médio, e atrair os Estados Unidos para a região, o que desviaria as atenções globais das atuais acusações de genocídio contra Israel.

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, declarou recentemente que os EUA e a Arábia Saudita estavam muito próximos de concluir um conjunto de acordos sobre energia nuclear, segurança e cooperação em defesa, compondo a parte bilateral de um acordo mais amplo de normalização com Riyadh e Israel. No entanto, o levantamento da proibição de venda de armas ofensivas não estava diretamente ligado a essas negociações.

Logo após assumir o cargo em 2021, Biden adotou uma postura mais dura em relação à campanha da Arábia Saudita contra os Houthis no Iêmen, que causou pesadas baixas civis, e em relação ao histórico de direitos humanos de Riyadh, especialmente após o assassinato do jornalista Jamal Khashoggi. A Arábia Saudita, o maior cliente de armas dos EUA, ressentiu-se dessas restrições, que congelaram a venda de armamentos que administrações anteriores dos EUA forneceram por décadas.

A administração Biden agora sinalizou a Riyadh que estava preparada para levantar a proibição, potencialmente nas próximas semanas. Esta reviravolta parece ser um esforço, algo desesperado, para impedir que a Arábia Saudita se aproxime ainda mais do Irã, seu rival histórico, o que poderia mudar significativamente a dinâmica geopolítica do Oriente Médio.

Segundo analistas, porém, o esforço americano não deve ser bem-sucedido, porque a Arábia Saudita pode conseguir armas e tecnologia nuclear de outros países, como Rússia e China. O príncipe saudita sabe que não depende mais tanto dos EUA. Ademais, desde que voltou a produzir petróleo em grande quantidade, os EUA não são mais um comprador tão importante do petróleo saudita, tornando-se, ao contrário, um competidor. Em 2023, a China foi o maior comprador do petróleo saudita, respondendo por 23,2% das exportações de petróleo da Arábia Saudita, enquanto os EUA representaram apenas 4,1% das exportações sauditas.

Em 6 de abril de 2023, os ministros das Relações Exteriores da Arábia Saudita e do Irã se reuniram em Pequim para discutir detalhes importantes na retomada de suas relações bilaterais após um acordo histórico mediado pela China no mês anterior. Na reunião, o iraniano Hossein Amir-Abdollahian e o príncipe saudita Faisal bin Farhan Al Saud assinaram um acordo para reabrir embaixadas e consulados, reativando suas relações diplomáticas rompidas desde 2016. Embaixadas serão abertas em Riad e Teerã, e consulados em Jeddah e Mashhad, diz o Cafezinho.

Além disso, ambos os países concordaram em estudar maneiras de expandir sua cooperação, incluindo a retomada de voos, viagens mútuas de delegações oficiais e do setor privado, e a facilitação de vistos. As duas partes enfatizaram sua disposição para eliminar todos os obstáculos enfrentados pela expansão da cooperação entre os dois países.

A retomada das relações entre os dois países foi amplamente vista como uma vitória diplomática da China em uma região do Golfo que há muito tempo é considerada parte do domínio de influência dos Estados Unidos. O principal diplomata da China, Wang Yi, chamou o acordo de “vitória para o diálogo e uma vitória para a paz” e destacou o papel construtivo da China em facilitar a solução adequada de questões críticas em todo o mundo.

Riad cortou relações com Teerã em 2016, após manifestantes iranianos invadirem a embaixada saudita na capital iraniana em resposta à execução de um clérigo xiita na Arábia Saudita. Desde então, os dois países estiveram envolvidos em tensões regionais, incluindo o apoio a lados opostos na guerra civil do Iêmen. A Arábia Saudita, no entanto, está envolvida em negociações diretas com o movimento Houthi, alinhado ao Irã, e um cessar-fogo não oficial parece estar em vigor.

Padre morde fiel durante missa nos Estados Unidos: ‘enlouqueceu’

O fato ocorreu na igreja de São Tomás de Aquino em St. Cloud, na Flórida.

Um padre mordeu uma fiel durante a comunhão enquanto ministrava uma missa no último domingo (19/5) nos Estados Unidos. O fato ocorreu na igreja de São Tomás de Aquino em St. Cloud, na Flórida.

“A mulher colocou a mão com força no recipiente e agarrou algumas hóstias sagradas da comunhão, esmagando-as. Tendo apenas uma mão livre, o padre lutou para conter a mulher”, informa documento oficial da Diocese de Orlando.

O padre, por sua vez, alega que a mulher desconhecia como funciona a comunhão e que, por isso, recusou o processo e disse que ela tentou arrancar a hóstia da mão dele. “Eu a mordi, não estou negando isso. Estou me defendendo e defendendo o sacramento”, acrescentou ele.

À polícia, a mulher, não identificada, disse que tentou receber a comunhão, mas foi rejeitada pelo sacerdote. “Ele não me deu a hóstia”, declarou.

Imagens do momento foram obtidas pela emissora WFTV. Conforme a rede de televisão, uma testemunha afirmou que o padre “tentou enfiar na boca da mulher com força (a hóstia), mas ela recuou”. “Ela disse: ‘Não, não faça isso’. Foi aí que ele enlouqueceu”, pontuou.

*Com o tempo

PM de Tarcísio ataca estudantes da USP em ato contra o governo

Em meio a presença do governador na faculdade do Largo São Francisco, estudantes da USP organizaram protesto pacífico, no qual foram agredidos dentro campus.

Estudantes da Universidade de São Paulo (USP), que protestavam contra o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), nesta sexta-feira (24), foram alvo de forte repressão da Polícia Militar.

Tarcísio participou da solenidade de posse do novo procurador-geral de Justiça do estado, Paulo Sérgio de Oliveira e Costa, na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, da USP, no Centro da cidade.

Em meio a presença do governador, os estudantes da USP organizaram um protesto pacífico no campus, que tinha como pauta principal a oposição contra criação das escolas cívico-militares, aprovada esta semana na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), em meio a violência da PM.

Imagens que circulam nas redes sociais mostram os estudantes e membros do Centro Acadêmico de Direito, aos gritos de “Fora, Tarcísio“, sendo agredidos pela PM dentro do campus da USP. Na ocasião, professores que tentaram evitar a agressão também se tornaram vítimas.

*GGN

Com conclusão do caso Marielle, nova investigação deve priorizar dados encontrados no celular de ex-chefe da Polícia

O relatório da PF indica “indícios de suposta prática de crimes contra a administração pública e de lavagem de capitais” por Rivaldo e sua esposa.

A Polícia Federal (PF) apresentou um relatório complementar ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), sobre os mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL), encerrando sua participação no caso. Contudo, o ex-chefe de Polícia Civil, Rivaldo Barbosa, poderá enfrentar um novo inquérito, separado do processo principal e não relacionado diretamente ao homicídio da parlamentar. A decisão sobre a abertura desse inquérito caberá ao ministro Moraes.

Como informa o blog Segredos do Crime, em O Globo, se o ministro autorizar o compartilhamento de provas, o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) assumirá o caso. A PF deve fornecer evidências obtidas principalmente de celulares e HDs apreendidos com Rivaldo Barbosa, complementando investigações da promotoria iniciadas antes da intervenção federal.

Os inquéritos também se baseiam em relatórios do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), que mostram um aumento significativo na renda anual da esposa de Rivaldo, Érika Andrade de Almeida Araújo, entre 2013 e 2018. Esse período coincide com a gestão de Rivaldo na Delegacia de Homicídios (DH) e na Chefia de Polícia. O relatório da PF indica “indícios de suposta prática de crimes contra a administração pública e de lavagem de capitais” por Rivaldo e sua esposa. O Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MPRJ já está investigando o caso.

Conforme noticiado pelo blog de Malu Gaspar, a PF cumpriu seu papel constitucional, respondendo ao pedido do então ministro da Justiça, Flávio Dino, para identificar os mandantes dos assassinatos de Marielle e seu motorista Anderson Gomes. A participação da PF encerra-se com a entrega do relatório.

O pedido de Rivaldo Barbosa, que chegou a enviar um bilhete ao ministro Alexandre de Moraes solicitando ser ouvido “pelo amor de Deus”, aguarda decisão sobre a aceitação da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR). Caso o ministro aceite a solicitação da PGR, Rivaldo, juntamente com os irmãos Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, e Chiquinho Brazão, deputado federal, apontados como mandantes do assassinato, poderá prestar depoimento perante um representante da PGR e um juiz assessor de Moraes. Desde a prisão dos três na Operação Murder Inc., em 24 de março, a PF não colheu seus depoimentos.

Na última quinta-feira (23), o delegado Guilhermo de Paula Machado Catramby, encarregado de investigar os mandantes dos assassinatos de Marielle e Anderson, entregou o relatório complementar após cerca de um ano de apurações.

Manifestantes marcham contra Netanyahu em várias cidades de Israel

Familiares de reféns pedem retomada imediata de negociações com o Hamas.

Manifestantes contrários ao governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu marcham em várias cidades de Israel, pedindo a libertação dos reféns sequestrados em 7 de outubro e a realização de eleições gerais.

Muitos manifestantes nas ruas de Tel Aviv, Haifa, Rehovot e outros atacaram Netanyahu, acusando o seu governo de corrupção e criticando a forma como lidou com a guerra contra o Hamas em Gaza após os ataques de 7 de outubro.

Famílias de reféns também estão realizando uma manifestação pedindo uma retomada imediata das negociações com o Hamas para “avançar num acordo que traga todos de volta”.

O número total de pessoas raptadas em Israel e detidas em Gaza é de 125, de acordo com uma contagem baseada em números do Gabinete do Primeiro Ministro israelense (PMO). Destes, 121 foram sequestrados no dia 7 de outubro e outros quatro já estavam detidos antes dos ataques.

O gabinete acredita que pelo menos 37 reféns do ataque de 7 de outubro estão mortos e os seus corpos estão sendo mantidos em Gaza.