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86% dos brasileiros condenam atos golpistas de 8/1, aponta Quaest

Número é oito pontos percentuais menor que os 94% apontados pela Quaest há dois anos.

Pesquisa da Genial/Quaest, divulgada nesta segunda-feira (6), aponta que 86% dos brasileiros condenam os atos golpistas do dia 8 de janeiro de 2023. O número é oito pontos percentuais menor que os 94% apontados pela Quaest há dois anos.

Segundo o levantamento, a desaprovação aos atos aparece próxima dos 86% em todas as regiões do país, faixas de renda, escolaridade e idade. “A rejeição aos atos do 8/1 mostra a resistência da democracia brasileira e a responsabilidade da elite política brasileira. Diante de tanta polarização, é de se celebrar que o país não tenha caído na armadilha da politização da violência institucional”, explicou o cientista político e diretor da Quaest, Felipe Nunes.

O levantamento foi realizado entre os dias 4 e 9 de dezembro, com 2.012 entrevistas presenciais em todo o país.

A pesquisa mediu, ainda, a percepção sobre a influência do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na organização dos atos. 50% dos entrevistados acreditam que Bolsonaro teve algum tipo de influência, enquanto 39% defendem que não. Em 2023, eram 51%.

De acordo com a Quaest, 48% dos brasileiros acreditam que Bolsonaro participou do plano de tentativa de golpe, enquanto 34% defendem que não.

Avaliação de que Bolsonaro influenciou os atos cresce entre bolsonaristas e cai entre lulistas
O levantamento apontou, ainda, um aumento, entre os bolsonaristas (de 13 para 37%), da percepção sobre a influência de Bolsonaro no 8 de janeiro. O número caiu entre os lulistas (de 76% para 60%).

“Ao longo do tempo, os eleitores moderados de Lula, que enxergam algum exagero nas acusações que Bolsonaro vem sofrendo, tendem a relativizar suas posições. Ao mesmo tempo, os eleitores moderados de Bolsonaro, que enxergaram como graves as acusações contra o ex-presidente, tendem a ficar mais severos na avaliação sobre seus atos, para não se sentirem cúmplices de algo que acreditam ser errado”, explicou Felipe Nunes, da Quaest, em entrevista ao Estadão.

Por Celeste Silveira

Produtora cultural

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