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Morte na maratona escancara a falácia da “superação dos limites” pregada aos seguidores de Pablo Marçal

Correr 42 km não requer vontade, e sim disciplina e treinamento.

Pensei muito se deveria escrever sobre Bruno da Silva Teixeira. A morte do jovem de 26 anos já está sendo exaustivamente explorada pela mídia. Não tenho interesse nos detalhes dessa tragédia pessoal, nem me importo com a audiência que esse assunto traz.

Passados alguns dias, criei coragem e decidi tratar do tema. Afinal, Bruno morreu correndo, e a corrida é a razão deste blog existir.

Se você não sabe da história, aqui vai um pequeno resumo.

Jovem sentado sorri recostado em uma parede com um livro nas mãos

Jovem morre em corrida ligada a Pablo Marçal; família pede investigação -  20/06/2023 - UOL TAB

Teixeira, morto aos 26 anos após um mal súbito durante uma maratona ‘surpresa’ – Instagram/Reprodução
Bruno era colaborador da XGrow, uma plataforma de ensino criada pelo coach e ex-candidato à Presidência da República Pablo Marçal, e atualmente administrada por seu sócio Marcos Paulo de Oliveira.

A XGrow é o braço digital do trabalho de Marçal, o polêmico coach que estimula seus alunos e seguidores a “superar seus limites”. No ano passado, em um episódio tragicômico, Marçal levou um grupo de funcionários e seguidores para uma escalada no Pico dos Marins, na Serra da Mantiqueira, em um dia de chuva. O grupo, fisicamente despreparado para a empreitada e surpreendido pelo clima adverso, precisou ser resgatado pelos bombeiros quando alguns dos participantes começaram a apresentar sinais de hipotermia. Faltou juízo, mas sobrou sorte, e a tragédia foi evitada.

O programa “educacional” de Marçal, batizado de “O Pior Ano da sua Vida”, leva os participantes a vivenciarem situações extremas. E foi nesse contexto que, no início do mês, os funcionários da XGrow foram instados a correr uma maratona de surpresa em Alphaville, em Barueri (SP).

Bruno, acostumado a correr pequenas distâncias, teve uma parada cardíaca após percorrer 15 quilômetros. Levado às pressas ao hospital, ele não resistiu e morreu.

Os aspectos legais e penais do caso eu deixo para a Justiça, e torço sinceramente para que desta vez ela não falhe.

Eu queria tratar aqui da parte psicológica do caso. Especificamente, quero abordar a “superação de limites” e o poder da “força de vontade”. Coloco os dois termos entre aspas para reforçar a importância das expressões e registrar minha abominação por elas. Explico.

Correr não é sobre superar limites.

Por definição, limite determina até onde se pode ir. Superar o limite de velocidade implica violar a lei e assumir riscos. Colocar peso além do limite sobre uma ponte significa aumentar exponencialmente o risco que ela caia.

Todos temos um limite. E treinamos para empurrar esse limite um pouco mais para frente. O treino visa aumentar a nossa capacidade, e não superá-la. Na corrida, superar os limites significa colocar a saúde em risco. Foi o que aconteceu com o Bruno.

Um bom corredor se faz com disciplina. Com melhoras progressivas, que não são fruto da vontade, da superação, mas do trabalho duro.

Bruno foi desafiado a correr uma maratona. A distância de 42km representa um desafio hercúleo, quase sobre-humano. Não fomos feitos para correr tanto de maneira ininterrupta. Depois dos 30 km, a energia estocada nos músculos acaba, o cérebro quer desligar, as pernas pesam toneladas. Correr dói, andar dói, parar também dói. Enfrentar a distância requer meses de treinamento e todo tipo de suporte – hidratação a cada 3 quilômetros, além do consumo de carboidratos, sal e demais suplementos durante a prova.

Na lenda do surgimento da maratona, o soldado grego Pheidippides percorreu os 42 quilômetros para levar a notícia sobre a vitória em uma batalha contra os persas. Após completar a missão, ele morreu.

Pois bem. Bruno e os demais correram uma maratona sem qualquer preparo. Cada um levava sua água. Planejamento zero. A síntese do que não deve ser feito. Tudo em nome da “força de vontade” e da “superação dos limites”.

Por isso, quando ler ou ouvir sobre “superação de limites”, desconfie. “Basta querer”, “com força de vontade você consegue tudo”. Todas essas frases são variações do mesmo tema. Uma mistura de picaretagem com irresponsabilidade.

Esporte é saúde. Não supere seus limites.

E você, o que acha? Deixe seu comentário abaixo ou escreva para [email protected]. Se quiser me acompanhar nas redes sociais, meu instagram é @rodrigofloresnacorrida .

*Rodrigo Flores/Folha

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Palácio do Planalto e Itamaraty são iluminados com as cores do arco-íris

Em homenagem ao Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+, celebrado no dia 28 de junho, os palácios do Planalto e do Itamaraty, em Brasília, recebem a iluminação com as cores da bandeira do arco-íris (veja vídeo acima). A projeção começou no início da noite desta terça-feira (27).

A Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) e o Palácio do Buriti também ganharam novas cores (confira fotos abaixo).

A revolta de Stonewall foi um marco importante na história dos direitos LGBTQIA+. Ocorreu em 28 de junho de 1969, no Stonewall Inn, um bar frequentado por pessoas da comunidade LGBTQIA+ em Nova York. Naquela época, a ser uma pessoa LGBTQIA+ era considerado crime e havia uma intensa perseguição policial aos espaços frequentados por pessoas da comunidade.

Naquela noite, quando a polícia realizou uma batida no Stonewall Inn, os frequentadores resistiram e se rebelaram contra a violência e a opressão. O protesto durou vários dias e foi liderado em grande parte por mulheres travestis, transexuais, lésbicas e pessoas negras.

Significado de cada letra da sigla LGBTQIA+
L: lésbica, mulher que se identifica como mulher e tem preferências sexuais por outras mulheres;
G: gay, homens que se identificam como homem e têm preferências por outros homens;
B: bissexual, que têm preferências sexuais por ambos os gêneros;
T: transexuais, travestis, transgêneros e não binário, que são pessoas que não se identificam com os gêneros masculino ou feminino atribuídos no nascimento com base nos órgãos sexuais;
Q: questionando ou queer, palavra em inglês que significa “estranho” e, em alguns países, ainda é usado como termo pejorativo. É usado para representar as pessoas que não se identificam com padrões impostos pela sociedade e transitam entre os gêneros, sem concordar com tais rótulos, ou que não saibam definir seu gênero/orientação sexual;
I: intersexuais, que apresentam variações em cromossomos ou órgãos genitais que não permitem que a pessoa seja distintamente identificada como masculino ou feminino. Antes, eram chamadas de hermafroditas;
A: assexuais, são aqueles que sentem pouco ou nenhuma atração sexual pelos gêneros;
+: todas as outras letras do LGBTT2QQIAAP, que não para de crescer .

*Com Gay1

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Bom samaritano: idoso ouviu os tiros, correu para a escola que estava sendo atacada e imobilizou o assassino

Um idoso que trabalha com serviços gerais numa clínica próxima, foi o homem que imobilizou o jovem que matou dois alunos de uma escola pública em Campé, ontem, no interior do Paraná.

O autor do crime, um ex-aluno de 21 anos, entrou no colégio pouco antes das 9h. O investigado foi até a direção da escola dizendo que queria uma cópia de seu histórico escolar, segundo o Agenda do Poder.

Na direção do colégio, o atirador aguardou enquanto o documento era elaborado pelos funcionários da escola. Enquanto esperava, teria pedido para ir ao banheiro, mas, na verdade, seguiu em direção o pátio. Ele carregava uma mochila, onde teria levado a arma do crime.

O criminoso deixou a direção da escola e, no pátio, sacou a arma e atirou pelo menos 12 vezes contra os alunos que estavam no local.

O prestador de serviços Joel de Oliveira, de 62 anos, relatou ter ouvido barulhos de tiro assim que chegou na clínica de fisioterapia onde trabalha, perto da escola. Ele saiu em disparada em direção ao colégio, se identificou como policial ao atirador e o imobilizou com o pé.

A polícia foi acionada. Ao chegar à escola, os agentes encontraram o atirador imobilizado por Oliveira. O criminoso foi preso.

Além do autor do crime, duas pessoas foram presas pelas autoridades sob a suspeita de terem ajudado o criminoso. Uma delas é um homem, também de 21 anos, e a outra um adolescente. As informações foram confirmadas pelo secretário de Segurança Pública do Paraná, Hudson Teixeira.

Hoje foi informada a morte de mais uma vítima do ataque na escola. O estudante Luan Augusto, de 16 anos, morreu no Hospital Universitário de Londrina (HU). Ele foi o segundo atingido pelo ataque a tiros no Colégio Estadual Helena Kolody, em Cambé, no norte do Paraná.

Além de Luan Augusto, a namorada dele, Karoline Verri Alves, de 17 anos, também morreu. A jovem era atuante na igreja, foi coroinha e participava do Grupo de Jovens Illumi. Já Luan era apaixonado pela comunidade nerd e por automóveis antigos.

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Tráfico na rede: criminosos vendem espécies ameaçadas de extinção em grupos on-line

Grupos dedicados à venda de animais exóticos no Facebook e WhatsApp se tornaram uma plataforma para o tráfico de animais silvestres ameaçados de extinção. Nas redes, são vendidos, entre outros bichos, macacos-pregos, araras-azuis e saguis, além de documentos que prometem forjar a legalização de animais, que são capturados da natureza e vendidos até sob demanda.

O Metrópoles acompanhou grupos usados por traficantes para o comércio de animais selvagens. A maior parte dos anúncios é de venda de cobras, lagartos e aranhas. No entanto, não é difícil achar pessoas anunciando animais selvagens de origem ilegal. No grupo “Exóticos Brasil 🇧🇷”, basta uma simples busca pela palavra “macaco” e dezenas de posts anunciando a venda de saguis, macacos-mão-de-ouro e macacos-prego são facilmente encontrados.

O mesmo vale para araras-azuis e canindés, ambas ameaçadas de extinção, que têm seu comércio livremente anunciado em grupos on-line.

Os preços de macacos-pregos por exemplo, variam entre R$ 4 mil e R$ 6 mil, a depender do anúncio, que normalmente vem acompanhado da cidade em que o animal será retirado.

Negociação com traficante
Nos últimos dois meses, o Metrópoles esteve em contato com um homem que anunciava a venda de macacos em grupo do Facebook. Em conversa com o traficante, o homem chamado Carlos explicou que um macaco-mão-de-ouro (com cerca de 1 mês de idade) custaria R$ 4 mil, enquanto um macaco-prego (com máximo de 70 dias de idade) sairia pelo preço de R$ 6 mil, e um sagui por R$ 700.

Questionado se os animais eram legalizados, Carlos respondeu prontamente: “Não. Legalizado você vai pagar R$ 80 mil, né?”.

Carlos esclarece que “não trabalha com animais velhos, para não ter dor-de-cabeça”. O homem também dá dicas e diz que prefere criar macacos-mão-de-ouro a macacos-pregos.

“Na minha opinião, curto mais o mão-de-ouro. Ele é mais fácil de lidar, bem pegajoso, carinhoso”, pontuou o traficante.

No WhatsApp, Carlos usava a ferramenta de “status” do aplicativo de mensagens para vender todos os tipos de animais, como lagartos, araras-azuis, araras-canindés, periquitos, papagaios, macacos e até documentos que permitiriam a legalização do animal vendido.

“Arara-azul mansa de tudo, chama no precinho”, dizia um dos anúncios, acompanhado do vídeo do animal, que está ameaçado de extinção.

Para a reportagem, o homem explicou como funcionaria o comércio de um macaco-prego, que custaria R$ 6 mil. Esta venda, especificamente, ocorreria sob demanda. Segundo ele, o fornecedor disse que deveria ter um macaco-prego para vender em cerca de 15 dias.

Primeiro, seria necessário pagar um “sinal”, um adiantamento de 50% do valor para o fornecedor que iria capturar o animal na natureza. O resto do montante iria diretamente para Carlos, que intermediaria a transação. O animal poderia ser retirado em São Paulo, capital, onde o traficante vive. Por um preço maior, o bicho também poderia ser enviado por frete para qualquer estado do país.

Além do macaco-prego, Carlos ofereceu documento, que, segundo ele, falsificaria a origem a regularizaria o animal capturado na natureza. A falsificação sairia por mais R$ 1,7 mil.

“A documentação para legalizar é bem básica: precisa do seu nome completo, o proprietário do animal, RG, CPF e o endereço onde vai chegar a documentação com o microchip. O chip você mesmo aplica. Não tem muito segredo, não.”

Facebook
Em julho do ano passado, o Facebook foi multado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em R$ 10,1 milhões devido à venda ilegal de animais silvestres na plataforma.

De acordo com um auto de infração, traficantes usaram a rede social para vender ao menos 2.227 espécimes da fauna silvestre nativa sem a devida licença.

Estudo feito pela Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres (Renctas), em parceria com a Nortrhumbria Universaty, do Reino Unido, indica que dezenas de milhões de animais selvagens são comercializados todo ano no Brasil. A venda ilegal explodiu com o avanço da tecnologia, que criou redes internacionais de contatos.

Contatada pelo Metrópoles, a Meta, dona do Facebook, afirmou que o grupo “Exóticos Brasil 🇧🇷” foi removido por violar as políticas da rede social.

“Não permitimos conteúdo sobre compra, venda, comércio, doação ou oferta de espécies em vida selvagem, e removemos tais conteúdos quando tomamos conhecimento deles em nossa plataforma. Usamos uma combinação de tecnologia e revisão humana para aplicar essas regras, e cooperamos com autoridades locais nessa área”, disse a empresa por meio de nota enviada à reportagem.

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Apresentadora é afastada por chamar GloboNews de “RivoNews”, associando canal ao “Rivotril”

A apresentadora Cecília Flesch, do telejornal Em Ponto, da GloboNews, foi afastada indefinidamente do cargo nesta terça-feira (13) e está “sem clima” para retornar às atividades na emissora, com possibilidades de rescisão por justa causa, informa o site TV Pop.

A situação insustentável se deve a declarações feitas por Cecília no podcast “É Nóia Minha?”, em que chamou a GloboNews de “RivoNews” – em alusão ao remédio calmante Rivotril – por considerar “um saco” a programação voltada à política e economia.

A jornalista também afirmou que não presta atenção nas reportagens apresentadas no telejornal e revelou que fica jogando games de celular enquanto faz entrevistas ao vivo com políticos.

Apesar de a participação no podcast ter ocorrido no fim de abril, as declarações polêmicas só viralizaram na mídia nesta segunda-feira (12), chegando ao conhecimento de executivos do canal de notícias, que a convocaram para uma reunião no Rio de Janeiro. Ainda de acordo com o TV Pop, o futuro de Cecília será decidido nas próximas horas.

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Agressão a repórter da Globo, Delis Ortiz, partiu de militar do Exército

O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) identificou que o segurança apontado como suposto agressor da jornalista Delis Ortiz, da TV Globo, durante a entrevista com Nicolás Maduro é um membro de uma organização militar do Exército Brasileiro, segundo conta Lauro Jardim, do jornal O Globo. A descoberta veio à tona após a apuração realizada pelo próprio GSI, que revelou que o agressor estava trabalhando em um serviço coordenado pelo órgão, de acordo com o 247.

De acordo com informações obtidas, existe um decreto que estabelece as normas para atuação conjunta entre o GSI e o Exército Brasileiro na segurança do presidente da República em eventos realizados em Brasília. Diante disso, o GSI decidiu abrir uma sindicância para averiguar o episódio, colhendo depoimentos dos envolvidos. Além disso, o órgão pretende convidar a jornalista Delis Ortiz para expor sua versão dos fatos.

Uma das medidas adotadas pelo GSI será a análise das imagens disponíveis, a fim de averiguar se existem indícios de transgressão disciplinar ou mesmo a ocorrência de um crime durante a agressão à jornalista. A instituição ressaltou seu compromisso em conduzir uma investigação minuciosa e imparcial.

Por sua vez, o Exército Brasileiro afirmou que afastou os militares cedidos à segurança presidencial e presentes no episódio até que o processo investigativo seja concluído. O efetivo total do evento contou com a presença de 193 militares, incluindo a área externa. A instituição manifestou sua disposição em colaborar com a investigação em curso.

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Pablo Marçal: mentor de milhões ou manipulador?

Numa noite gelada de abril, cerca de 5.000 pessoas se aglomeravam para participar do evento “Desbloqueio da mente milionária” no ginásio da Portuguesa, no centro de São Paulo. O objetivo era transformar cada cérebro presente em uma “máquina de prosperidade”.

Quem apontava os caminhos do “desbloqueio” era o coach Pablo Marçal, 36. Para além do círculo de seus milhões de seguidores nas redes sociais, ele ficou conhecido por liderar uma expedição que quase terminou em tragédia ao Pico dos Marins (SP), na Serra da Mantiqueira, e pela tentativa frustrada de concorrer à Presidência da República em 2022.

“Alguém aqui duvida que eu posso comprar 2.000 Camaros hoje?”, perguntou Pablo aos “generais”, como chama seus fãs —homens jovens principalmente.

Entre gritos de “amém” e “glória a Deus”, o público repetia cada palavra dita pelo coach, que é evangélico e adota um tom messiânico em suas falas. Entre elas uma sentença recorrente: “Vítimas não prosperam.”

Um participante que saiu de Várzea Paulista (SP) assistia de pé ao monólogo de pouco mais de seis horas.

Desde que assinei uma mentoria [de Pablo Marçal], em 2022, comecei a realizar tarefas diárias e desenvolvi o hábito da leitura”, contou o jovem, que trabalha como soldador e sonha com abrir a própria empresa.

Pablo —que não gosta de ser chamado de coach; prefere mentor ou estrategista digital— começou a falar às 20h em ponto. Terminou no dia seguinte, perto das 2h. Mais de 180 mil assistiam ao encontro pelas redes sociais.

Quem conseguiu ficar até o fim recebeu grãos de feijão “para semear a prosperidade”.

Mas descobriu que, para passar de fase no jogo do milhão, era preciso assinar um outro curso, de R$ 3.000 ao ano.

Sermão da montanha
Para muitos dos espectadores no evento na Portuguesa, chegar perto de Marçal era uma chance de chamar sua atenção – disputada literalmente no grito. “Um dos sócios do Pablo conta que se jogou na frente do carro dele e implorou por uma chance. Ele gostou disso e chamou para trabalhar”, relata um aluno. “Muita gente quer fazer isso agora. E ele já disse, brincando, que na próxima vai atropelar.”

A anedota ajuda a explicar como o influencer convenceu 32 pessoas a escalar uma montanha em um dia de chuva e ventos de 100 km/h sem o treinamento adequado. Deu tudo errado, e uma operação de resgate do Corpo de Bombeiros foi necessária.

O caso rendeu a Pablo Marçal um processo por tentativa de “homicídio privilegiado” —quando se comete o crime impelido por relevante valor moral ou social. Em nota, a defesa de Marçal afirma que colabora com todas as investigações, “manejando inclusive os recursos jurídicos cabíveis para ver logo encerrado esse caso”.

Ele está proibido de voltar às escaladas sem autorização da Defesa Civil.

E essa não é a única encrenca judicial em que esteve envolvido. Em 2010, Pablo foi condenado por participação em uma quadrilha que desviava dinheiro de bancos. Apesar da condenação, a pena foi prescrita em 2018.

Procurado, ele não atendeu aos pedidos de entrevista da reportagem do UOL.

Em suas apresentações, Pablo Marçal narra que nasceu num carro, em 1987, a caminho do hospital, em Goiânia, e demorou a chorar, levando a mãe a pensar que estava morto.

O culto à própria personalidade envolve histórias sobre triunfos em competições esportivas, brigas com sócios e decisões acertadas.

No evento da Portuguesa, ele contou que certa vez foi agredido quando trabalhava em uma empresa de telefonia e decidiu não acionar a Justiça.

A indenização renderia, segundo ele, R$ 1 milhão. “Hoje, é o que tenho só neste braço”, disse, mostrando o relógio suíço Patek Philippe que trazia no pulso e dizendo que seus negócios “alcançam” dez dígitos em valor de mercado.

Um antigo colega de trabalho, que prefere não se identificar, diz duvidar que o caso de agressão tenha acontecido. E afirma que Marçal, desde sempre, exagera em seus relatos.

Por exemplo, ele não teria nascido pobre, como diz, mas numa família de classe média em Goiânia. E não teria tanto sucesso quanto vende por aí.

“Repara que ele não diz que tem R$ 1 bilhão. Usa as palavras ‘acesso’, ‘alcanço’, ‘posso comprar’. É uma tática dele”, diz um observador.

Em 2022, quando decidiu entrar para a política, o coach declarou à Justiça Eleitoral possuir quase R$ 97 milhões em bens. Aos 36 anos, ele hoje está à frente ou tem participação em empresas de eventos, cursos digitais, uma incorporadora e um resort.

Após o episódio nos Marins, em janeiro de 2022, Pablo dobrou o número de seguidores no Instagram, onde divulga sua agenda e ostenta uma vida de luxo.

Meses após a escalada frustrada, lançou a pré-candidatura à Presidência e, depois, a deputado federal, mas os planos esbarraram em uma disputa entre caciques do seu partido, o Pros, e no paredão da Justiça Eleitoral. O coach goiano acabou fazendo campanha para Jair Bolsonaro (PL), candidato derrotado à reeleição.

No dia 11 de maio, Marçal foi condenado a pagar multa de R$ 5.000 e a retirar de suas redes um vídeo relacionando o presidente Lula (PT) ao “kit gay”.

Hoje, afirma, não tem mais o sonho de ser presidente. Seu propósito, diz, é ajudar as pessoas a enriquecer.

Dinheiro, segundo ele, tem valor apenas se estiver a serviço do “Reino”.

Dos centavos ao milhão
Pablo gosta de contar que se propôs a juntar R$ 1 milhão quando leu, aos 12 anos, o best-seller “Pai Rico, Pai Pobre”, de Robert Kiyosaki e Sharon L. Lechter.

Queria atingir a meta antes dos 60 anos e afirma que conseguiu aos 27 —embora pessoas próximas desconfiem do feito. “Ele já deveria ter mais de 30 anos quando atingiu R$ 1 milhão. A não ser que levasse em conta a valorização futura de alguma propriedade”, avalia um amigo, também sob condição de anonimato.

Os caminhos até a fortuna eram improváveis. Ele queria ser pastor, mas não conseguiu. Fez direito, mas não se tornou juiz nem delegado, como queria.

Na empresa de telefonia onde foi atendente de call center, chegou a liderar mais de mil funcionários, mas deixou o posto após dar uma bronca considerada desproporcional na própria equipe, relata uma testemunha.

O coach também trabalhou na empresa do sogro e tentou a carreira como consultor. Mas a escalada financeira só aconteceu mesmo depois que começou a promover eventos, cursos online e seus próprios livros motivacionais.

Em meio à ascensão evangélica no país, Pablo Marçal formou seu público falando em espiritualidade, família, empreendedorismo e segredos do sucesso.

Entre a fé e o cifrão
O estilo workaholic e verborrágico de Marçal não rende apenas cifras, mas atritos. Ele é admirado no meio neopentecostal, onde há fiéis que abraçam com mais facilidade o discurso da prosperidade. Marçal ocupava cargos de liderança na Igreja Videira, em Goiânia, quando aprendeu técnicas de coaching e decidiu seguir carreira, dando seu primeiro curso para frequentadores da igreja.

“Era um curso muito apelativo, com manipulação de emoções, para as pessoas saírem de lá com pensamentos positivos e a crença de que eram capazes de tudo”, diz um desafeto, para quem Marçal é “um excelente manipulador”.

Críticos citam como exemplo da megalomania o dia em que tentou fazer uma mulher sair de uma cadeira de rodas e andar no palco em um evento em Goiânia, em 2021.

Quem trabalhou com o coach antes da fama diz, porém, que ele sempre foi “extremamente compromissado” com o trabalho e a família. Um ex-subordinado o considera “meio doidão, mas com grandes ideias” e talento para se comunicar, apesar das diferenças políticas.

A maior crítica de quem acompanhou a sua ascensão é a de que ele vende algo que não consegue entregar.

“Ele realmente acha que pode fazer as pessoas mudarem de vida”, diz um ex-colega. “E muitos mudam mesmo, deixam vícios. Mas as pessoas não vão virar um Pablo Marçal comprando os cursos dele. É como se o Neymar ensinasse outras pessoas a serem o Neymar. Não tem como.”

Em sites de reclamações, alunos se queixam do conteúdo “repetitivo”, que serve para vender um curso atrás do outro, e também do tom político adotado nos tempos de campanha. A bronca, porém, é pequena perto do fascínio exercido sobre a maioria dos mentorados, segundo pessoas próximas.

Teologia da prosperidade
Coaches religiosos como Marçal são fruto da “cultura gospel” que emergiu na virada do século 20 para o 21, explica Magali Cunha, doutora em ciências da comunicação e pesquisadora do Iser (Instituto de Estudos da Religião). Essa cultura absorve noções das teologias da prosperidade, da guerra espiritual e da confissão positiva – o hábito de dizer coisas positivas para alcançar objetivos.

Para Pedro Pamplona, teólogo e pastor batista em Fortaleza (CE), Marçal é parte de um fenômeno que ele denomina como “teologia coaching”, que veio para substituir a própria teologia da prosperidade. “Em vez de barganhar com Deus no âmbito sobrenatural, essa teologia traz a prosperidade para os ‘meus’ atos”, analisa.

O problema é que a dimensão da meritocracia não alcança os chamados perdedores. O processo de coaching, explica a estudiosa, não leva em conta a estrutura em que as pessoas vivem, nem desenvolve empatia diante do revés. “Não importa quem não consegue. O fracasso do outro é problema do outro.”

*Do Uol Prime

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Escândalo: Donos de espaços culturais de elite no Rio e São Paulo têm fazendas sobrepostas a terras indígenas

Considerado um dos espaços nobres para shows em São Paulo, a Casa de Francisca está abrigada no centro da cidade, no Palacete Tereza Toledo Lara, cuja proprietária possui 2 mil hectares sobrepostos à Terra Indígena (TI) Dourados-Amambaipeguá I, reivindicada pelos Guarani Kaiowá, no Mato Grosso do Sul.

Palco de gravações de filmes e videoclipes, a Fábrica Behring, na Zona Portuária do Rio de Janeiro, é outro espaço administrado por milionários com um pé no agronegócio. O espaço cultural e gastronômico é administrado pela família Barreto, que fundou a antiga planta de processamento de café e disputa cerca de mil hectares sobrepostos à TI Tekoha Jevy (Rio Pequeno), em Paraty (RJ), onde vivem indígenas Guarani Mbya e Guarani Nhandeva.

Os dois casos que ligam a indústria cultural aos conflitos territoriais com os povos originários fazem parte do relatório “Os Invasores: quem são os empresários brasileiros e estrangeiros com mais sobreposições em terras indígenas“, publicado no dia 19 de abril pelo De Olho nos Ruralistas. Com base nos dados fundiários do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), o estudo identificou 1.692 sobreposições de imóveis privados em 213 áreas demarcadas em todo o país.

O documento está disponível na íntegra e pode ser baixado aqui.

INDÍGENAS SÃO AMEAÇADOS EM PARATY

Localizada na Zona Portuária do Rio, a Fábrica Bhering foi a primeira indústria de torrefação e moagem de café do país. No local, fundado pelo empresário Ruy Barreto, eram produzidos gêneros alimentícios como balas, doces e o extinto Café Globo. Com sua desativação, nos anos 90, a grande construção, tombada pela prefeitura carioca, se tornou um famoso ponto turístico, onde os visitantes podem desfrutar da bela arquitetura, exposições de arte e eventos culturais. As instalações serviram de cenários para os filmes “Meu Nome Não é Johnny” (2008), “Redentor” (2004) e Olga (2004), além de videoclipes musicais como o de “Pesadão” (2018), da cantora Iza.

Antiga fábrica de café tornou-se polo cultural no Rio de Janeiro. (Foto: Divulgação)

Ruy Barreto, fundador da fábrica, morto no ano passado aos 95 anos, é considerado um dos pioneiros da indústria cafeeira nacional. Sua empresa, a Café Solúvel Brasília (CSB), foi patrocinadora oficial das Olimpíadas de Moscou em 1980, e o Café Globo, produzido na Fábrica Bhering, foi o café oficial do evento. Em 1990, a empresa exportava para mais de 50 países. Após alterações na política de incentivo às exportações do gênero no Brasil, a marca perdeu sua expressividade.

A família também é dona da Industrial Agrícola Fazendas Barra Grande S/A, empresa sediada no mesmo quarteirão da Fábrica Bhering, registrada pelo Incra como proprietária de 1.081,09 hectares sobrepostos à TI Tekoha Jevy (Rio Pequeno), em Paraty, no litoral sul fluminense, onde vivem indígenas Guarani Mbya e Guarani Nhandeva.

Indígenas da TI Tekoha Jevy vivem do artesanato e da agricultura de subsistência. (Foto: Divulgação)

No início do ano, o Ministério Público Federal (MPF) propôs uma Ação Civil Pública para assegurar o direito à segurança da TI Tekoha Jevy, em Paraty (RJ). Nos últimos meses, segundo o Ministério Público, os indígenas da região vêm sofrendo seguidos casos de violência. No dia 23 de janeiro deste ano, um homem invadiu a comunidade aos gritos: “Vou matar índio, vou matar mesmo!”

Atualmente, quem administra os bens da família — incluindo a Fazenda Barra Grande — são os irmãos herdeiros Ruy Barreto Filho e Raphael José de Oliveira Barreto Neto. Ruy é proprietário da Café Solúvel Brasília e membro da diretoria da Sociedade Nacional de Agricultura (SNA), além de já ter ocupado o Conselho Superior de Comércio Exterior da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Raphael atualmente é CEO da Fábrica Bhering.

Ruy Barreto Filho preside o conselho da Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ). No dia 10 de abril, o portal Metrópoles informou que o empresário teria convocado os associados para participarem das manifestações golpistas na frente do Comando Militar do Leste, para um “tudo ou nada” após a vitória de Lula sobre Jair Bolsonaro nas eleições de 2022.

LUXO EM SÃO PAULO SE CONTRAPÕE À MISÉRIA VIVIDA PELOS GUARANI KAIOWÁ

Palacete tombado abriga espaço nobre de shows em São Paulo. (Foto: Divulgação)

Tombado pela prefeitura de São Paulo, o Palacete Tereza Toledo Lara, localizado no centro histórico da cidade, abriga desde 2017 a Casa de Francisca, casa de shows intimista, por onde passaram grandes artistas da música brasileira, como Zeca Pagodinho e Gal Costa. A sua inauguração no prédio histórico contou com a presença do rapper Emicida. Em média, no local são realizados 250 eventos musicais por ano, que custam até R$ 200 o ingresso. O cenário também é frequentemente alugado para realização de casamentos e eventos sociais.

A proprietária do edifício é Tereza Artigas Lara Leite Ribeiro, bisneta do Conde Antônio de Toledo Lara, cafeicultor e um dos fundadores da Companhia Antarctica Paulista, indústria de bebidas que deu origem a marcas famosas como Guaraná Antarctica, Soda Limonada e Cerveja Antarctica. Tereza era frequentadora da Casa de Francisca desde antes da mudança para o palacete que leva o seu nome, herdado de seu bisavô. A proximidade com os produtores da casa de shows facilitou o processo de instalação no novo endereço.

Além do prédio histórico, a herdeira também é proprietária de três imóveis que incidem em 2.080,61 hectares da TI Dourados-Amambaipeguá I. Os lotes compõem a Fazenda Novilho, no município de Caarapó (MS).

Palco do maior conflito indígena do país, o estado possui o maior número de sobreposições identificadas no relatório. Com 447 assassinatos entre 1985 e 2021, os sul-mato-grossenses lideram também em violência no campo. Em um dos casos mais recentes, no dia 24 de junho de 2022, o indígena Vitor Fernandes, de 42 anos, foi assassinado durante uma ação de reintegração de posse realizada pela Polícia Militar, sem qualquer mandado judicial. Outros oito indígenas ficaram feridos no episódio, que ganhou o nome de Massacre de Guapo’y.

A reportagem entrou em contato com a empresária, mas não obteve retorno.

*Tonsk Fialho/De Olho nos Ruralistas

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Vídeo: Mulher é agredida pelo ex e forçada a entrar em carro após fazer denúncias contra ele no litoral de SP

Ela foi abordada pelo homem após registrar boletim de ocorrência (BO) contra ele na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Santos (SP) por conta de ameaças. Vítima acabou sendo ajudada por pessoas que passavam na rua e não entrou em carro.

Uma mulher de 24 anos alega ter sofrido uma tentativa de sequestro pelo ex-marido, de 27, em Santos, no litoral de São Paulo. Imagens obtidas pelo g1 nesta sexta-feira (19) mostram o homem forçando a vítima a entrar em um carro. A jovem havia registrado um boletim de ocorrência (BO) contra ele minutos antes, por sofrer ameaças pelo telefone (veja o vídeo acima).

O caso aconteceu na Avenida Pedro Lessa, no bairro Embaré. A vítima, que prefere não ser identificada, contou ao g1 ter sido surpreendida pelo homem ao sair de um carro, após uma corrida por aplicativo. Ela disse que foi seguida por ele, que dirigia outro veículo, da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) da cidade até o local, onde entregaria o próprio currículo em um comércio.

Câmeras de monitoramento flagraram o momento em que o homem, que não teve o nome divulgado, saiu de um carro branco, cruzou a esquina a pé e, segundos depois, voltou segurando a mulher nos braços.

Ele tentou forçar a vítima a entrar no veículo, mas não conseguiu. No vídeo, o homem aparece tentando empurrar a mulher para dentro do carro, pela porta do passageiro, enquanto ela resiste. A mulher tenta se desvencilhar, se jogando no chão e depois tentando se levantar ao ser jogada em direção ao banco.
Rapidamente, pessoas que passavam pela rua percebem o que estava acontecendo e retiram a vítima do local. É possível ver que o agressor ainda discute com parte das pessoas que estão passando, quando a mulher já não aparece mais nas imagens. Por fim, o ex-marido da jovem entra novamente no automóvel e foge subindo a calçada. A situação durou aproximadamente dois minutos.

*G1

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Vídeo – Racismo: Renato Freitas é retirado de voo para levar “geral” da polícia; “Tudo bem, fora ser humilhado”

O deputado estadual Renato Freitas (PT-PR) denunciou através das redes sociais, nesta quarta-feira (10), que foi retirado de um voo para uma “inspeção aleatória” feita por policiais federais, diz a Forum.

A abordagem aconteceu no dia 3 de maio. Freitas tinha ido cumprir uma agenda em Foz do Iguaçu (PR) a convite do Ministério dos Povos Indígenas e, depois de embarcar em um avião no aeroporto da cidade para retornar a Curitiba, pouco antes da decolagem, policiais entraram na aeronave e o retiraram da cabine para que ele fosse revistado, mesmo já tendo passado, antes, pela inspeção na máquina de Raio X.

Sem encontrar nada que impedisse Freitas de embarcar, os policiais o liberaram para entrar novamente no avião e desejaram “boa viagem”.

“Bando de racistas ignorantes”, declarou o petista ao passar pelas fileiras de assentos da aeronave. Uma passageira deu “graças a Deus” que “deu tudo certo” e Freitas respondeu: “Tudo certo? Sim, tirando o fato de ser humilhado… Quantas pessoas saíram desse voo escoltados pela Polícia Federal para ser revistado?”.

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