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Estudantes da USP iniciam acampamento em defesa da Palestina

Estudantes da Universidade de São Paulo (USP) inicia nesta terça-feira (07/05) um acampamento em favor da causa palestina e em repúdio ao massacre cometido pelo Exército de Israel contra a população civil da Faixa de Gaza, que já matou mais de 34 mil pessoas desde outubro passado.

A iniciativa partiu de diferentes entidades estudantis da USP, organizadas em torno do Comitê de Estudantes em Solidariedade ao Povo Palestino (ESPP-USP). A mobilização começa nesta terça, às 17h, com a montagem do acampamento no vão da sede de História e Geografia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP.

O ato de abertura do acampamento ocorrerá por volta das 18h com uma mesa de debates com relação ao tema. Às 21h, haverá transmissão de um filme. A organização afirma que o movimento conta com o apoio de docentes e funcionários da universidade.

Segundo Ana Luísa Tibério, que faz parte do Coletivo Graúna do PT e membra do Comitê de Estudantes em Solidariedade ao Povo Palestino da USP, o acampamento e as atividades dos próximos dias “serão fundamentais para nos conectarmos às lutas internacionais e mostrarmos apoio à causa palestina”.

“Além de demonstrar nossa solidariedade, queremos pressionar a USP pelo rompimento dos convênios com universidades israelenses que apoiam e financiam o massacre em curso na Palestina”, acrescentou a porta-voz do movimento a Opera Mundi, que também é mestranda em Ciência Política na universidade.

A programação do acampamento vai desta terça até quinta-feira (09/05). Na quarta-feira (08/05), às 11h, irá ocorrer uma oficina realizada por membros do Coletivo Vozes Judaicas pela Democracia, uma das entidades que apoia o movimento dos estudantes.

O segundo evento, ainda na quarta, é uma mesa de debate sobre a solidariedade internacional à palestina, agendada para 18h, e que contará com a presença do jornalista Breno Altman, fundador de Opera Mundi, e do acadêmico Reginaldo Nasser, professor livre-docente na área de Relações Internacionais da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e especialista em temas relacionados ao Oriente Médio.

Ainda na quarta, às 21h, o ato terá apresentação de músicas palestinas com diversos artistas.

*Opera Mundi

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Hamas aceita proposta de cessar-fogo em Gaza enquanto Israel avalia acordo

Documento redigido pelos mediadores Catar e Egito desenha cessar-fogo permanente e fim do bloqueio ao enclave; autoridades israelenses alegam que texto ‘não é o mesmo’ discutido anteriormente.

O grupo palestino Hamas divulgou um comunicado nesta segunda-feira (06/05) afirmando ter aceitado uma proposta de cessar-fogo em Gaza, sugerida pelos mediadores Catar e Egito.

“Ismail Haniya, chefe do aparato político do movimento Hamas, teve uma ligação telefônica com o primeiro-ministro do Catar, xeique Mohammed bin Abdul Rahman Al Thani, e com o ministro da Inteligência do Egito, senhor Abbas Kamel, e informou-os da aprovação de sua proposta para um acordo de cessar-fogo”, disse o grupo, em comunicado.

Segundo fontes consultadas pelo jornal catari Al Jazeera, a proposta inclui três fases, com destaque para o cessar-fogo permanente entre os militantes do Hamas e o exército de Israel.

O portal destacou que cada fase do acordo deve ter uma duração de 42 dias, com a trégua começando na primeira fase”, juntamente com a retirada israelense do corredor de Netzarim, que Israel usa para dividir o norte e o sul de Gaza”.

O cessar-fogo permanente viria na segunda fase do acordo, com o fim “das operações militares e hostis e a retirada completa das forças israelenses de Gaza”.

“A proposta também inclui uma cláusula que aprova o fim do bloqueio de Gaza na terceira fase”, destacou a Al Jazeera.

Assim, um dos funcionários do Hamas indicou que “a bola agora está no campo de Israel”. No entanto, a resposta de Israel sobre o acordo ainda não foi oficializada, enquanto as autoridades fazem a avaliação. O jornal catari informa que “do lado israelense não há absolutamente nenhuma confirmação”.

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Netanyahu ordena fechamento do canal Al Jazeera em Israel

Medida adotada de forma unânime pelo governo sionista foi classificada por representante da emissora do Catar como ‘ato criminoso, que atenta contra o direito à informação’

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, anunciou neste domingo (05/05) um decreto pelo qual se ordenou o fechamento de todos os escritórios do canal Al Jazeera no país.

A decisão, segundo o líder do governo sionista, foi tomada durante reunião do gabinete ministerial, e teria tido unanimidade entre os participantes.

A medida só foi possível porque o Parlamento de Israel aprovou há um mês uma lei que permite o fechamento temporário de emissoras estrangeiras que sejam consideradas como ameaças à segurança nacional.

Por esse motivo, Netanyahu apresentou a medida em um discurso no qual descreveu a Al Jazeera como um “canal de incitação ao antissemitismo”.

Al Jazeera: ‘ato criminoso’
O canal Al Jazeera emitiu um comunicado institucional sobre a decisão do governo de Israel, afirmando que “esta é uma proibição ampla e não sabemos por quanto tempo irá vigorar”.

“Se trata de uma medida política que passa por cima dos princípios que devem vigorar no jornalismo. Um ato criminoso que viola direitos humanos e o direito básico de acesso à informação”, acrescenta o comunicado.

Além disso, um dos seus mais conhecidos correspondentes, Imran Khan, relatou que a medida de Netanyahu resultou não só no bloqueio do sinal televisivo da Al Jazeera em Israel, mas também do site na Internet. Além disso, os equipamentos guardados nas sedes israelenses do canal foram confiscados, assim como os seus números de telefone.

A decisão também foi criticada pelo Alto Comissionado de Direitos Humanos das Nações Unidas, que divulgou nota sobre o tema horas depois da assinatura do decreto.

  *Opera Mundi                                                                                                                                                                                            

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Manifestantes pró-Palestina e pró-Israel entram em confronto em universidade de Los Angeles; polícia intervém

“A violência que se desenrola esta noite na UCLA é absolutamente abominável e indesculpável”, disse a prefeita Karen Bass em publicação no X (antigo Twitter)

O Departamento de Polícia de Los Angeles “chegou ao campus” da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), informou a prefeita Karen Bass na manhã de quarta-feira (1º).

“A violência que se desenrola esta noite na UCLA é absolutamente abominável e indesculpável”, disse a prefeita em publicação no X (antigo Twitter).

Antes do destacamento, manifestantes pró-palestinos e apoiadores de Israel entraram em confronto na UCLA, de acordo com vários relatos.

Vídeo da KABC, afiliada da CNN, mostra fogos de artifício e objetos sendo arremessados, além de demonstrações de violência física entre os manifestantes.

Polícia no campus de Columbia, em Nova York
Mais de 100 pessoas foram presas na Universidade de Columbia e no City College de Nova York na noite de terça-feira (30), de acordo com um oficial da lei, enquanto os protestos contra o bombardeio de Gaza por Israel se intensificavam nos campi universitários em todo o país.

A polícia com equipamento anti-motim entrou no Hamilton Hall da Universidade de Columbia e usou granadas de atordoamento ao invadir o prédio, onde manifestantes pró-palestinos haviam se barricado.

Menos de duas horas depois que os policiais entraram no campus da escola em Morningside Heights, a propriedade da Universidade de Columbia foi liberada.

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Resistência se organiza e toma ruas pelo mundo em desafio à extrema direita

Diante das estratégias de desestabilização implementadas por movimentos de extrema direita pelo mundo, grupos de resistência e governos começam a reagir. Nesta segunda-feira (29), o presidente do governo espanhol, Pedro Sánchez, se recusou a renunciar, depois que um tribunal aceitou uma denúncia contra sua mulher costurada pela extrema direita espanhola.

No discurso em que anunciou que permaneceria no poder, Sánchez apontou justamente para o fenômeno que toma a Europa, os EUA, a América Latina e a democracia pelo mundo: a desinformação como base de uma decisão política.

“Se permitirmos que farsas deliberadas conduzam o debate político, se forçarmos as vítimas dessas mentiras a terem que provar sua inocência contra o Estado de direito. Se permitirmos que o papel das mulheres seja relegado à esfera doméstica, tendo que sacrificar suas carreiras em benefício de seus maridos. Se, em resumo, permitirmos que a irracionalidade se torne rotina, a consequência será que teremos causado danos irreparáveis à nossa democracia”, alertou.

Sanchez ainda denunciou a tentativa de “confundir a liberdade de expressão com a liberdade de difamação”. “Trata-se de uma perversão democrática com consequências desastrosas”, disse.

Sua decisão de continuar ocorre, segundo ele, por representar uma resposta ao “movimento reacionário global que visa impor sua agenda regressiva por meio da difamação e da falsidade”. “Vamos mostrar ao mundo como se defende a democracia”, prometeu.

A denúncia que abriu a crise política havia sido apresentada pela entidade Manos Limpias, de extrema direita, contra Begoña Gómez, esposa de Sánchez. Ela era acusada de tráfico de influência e corrupção em um suposto caso envolvendo recursos de um resgate.

*Jamil Chade/Uol

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Israel acumula fracassos estratégicos e militares em Gaza, afirma NYT

Jornal novaiorquino enfatiza que além de não libertar reféns nem ‘destruir o Hamas’, como prometido, Tel Aviv gerou discórdia com aliados ao planejar invadir Rafah.

“Israel não alcançou seus principais objetivos na guerra”, nos quais, segundo a nação, consistem na libertação de reféns e na “destruição total do Hamas”. É o que diz uma reportagem publicada pelo jornal The New York Times, em 22 de abril.

Segundo o veículo norte-americano, foram mais de seis meses de um conflito custoso no qual Tel Aviv ficou à mercê de seus aliados próximos, enquanto gerou tensões globais decorrentes do alto número de palestinos massacrados pelas Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês), da fome instalada em Gaza e dos assassinatos a funcionários humanitários que auxiliavam as vítimas da guerra na região.

Dados apontados pela matéria indicam que as baixas militares de Israel começaram a aumentar, com cerca de 260 mortos e mais de 1.500 feridos desde que a nação intensificou suas operações no território palestino, em 7 de outubro de 2023.

As autoridades de Tel Aviv afirmam que cerca de 133 israelenses permanecem reféns em Gaza. No entanto, as negociações para garantir um acordo que possibilite o retorno de pelo menos alguns deles em troca do cessar-fogo e da libertação de prisioneiros palestinos, exigido pelo Hamas, seguem num impasse.

Em um contexto em que as forças israelenses relatam um aumento no número de baixas do grupo de resistência palestino, sem nenhum soldado de seu exército sendo morto desde 6 de abril, e as crescentes ameaças do premiê Benjamin Netanyahu para invadir Rafah, considerado o “último abrigo humanitário” dos palestinos, o The New York Times questiona: “quem governará Gaza e fornecerá sua segurança se os combates acabarem?”

Para a pergunta, autoridades norte-americanas e israelenses, membros do Hamas e palestinos no enclave foram ouvidos pela reportagem.

Douglas London, oficial aposentado da CIA que trabalhou 34 anos na agência, responde que “por mais danos que Israel possa ter infligido ao Hamas, o grupo ainda tem capacidade, resiliência, financiamento e uma longa fila de pessoas esperando para se integrar ao grupo”.

Tel Aviv crê que quatro batalhões do Hamas estão baseados na cidade de Rafah, e que milhares de outros combatentes se refugiaram na região, em meio a um milhão de civis palestinos. E para as IDF, esses batalhões devem ser desmantelados por meio de uma incursão terrestre.

A orientação israelense para que os palestinos se “desloquem a áreas mais seguras” entra em contradição, segundo Washington, uma vez que grande parte do enclave já está inabitável em decorrência dos seis meses de ataques.

“É um momento oportuno para Israel fazer a transição para uma nova fase [da guerra], focada em operações de contraterrorismo muito precisas, particularmente dada a situação de 1,2 a 1,3 milhão de palestinos, todos agrupados dentro de Rafah e seus arredores”, disse o tenente-general Mark C. Schwartz, comandante aposentado de Operações Especiais dos Estados Unidos, que coordenou a segurança norte-americana para Israel e para a Autoridade Palestina.

*Opera Mundi

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Israel emite alertas a embaixadas após repercussão de possíveis mandados de prisão do Tribunal de Haia

O ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, emitiu alertas neste domingo (28) às embaixadas israelenses para reforçar sua segurança, após relatos da imprensa local de que o Tribunal Penal Internacional (TPI), com sede em Haia, estaria se preparando para emitir mandados de prisão contra integrantes do alto escalão do governo sob acusações relacionadas a guerra na Faixa de Gaza.

O tribunal, que pode acusar indivíduos de crimes de guerra, contra a humanidade e genocídio, está investigando o ataque do Hamas em 7 de outubro contra Israel e sua resposta desproporcional que já fez mais de 30 mil vítimas em Gaza.

Segundo a mídia israelense, o TPI pode emitir mandados de prisão contra o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e outros integrantes do alto escalão do governo por supostas violações do direito humanitário internacional.

No comunicado às embaixadas, Katz afirmou que era preciso a reforçar a segurança por causa do risco de uma “onda de antissemitismo severo”. “Esperamos que o tribunal (TPI) se abstenha de emitir mandados de prisão contra altos funcionários políticos e de segurança israelenses”, disse. “Não abaixaremos a cabeça nem seremos dissuadidos e continuaremos lutando”, acrescentou.

Já Netanyahu afirmou, na última sexta-feira (26), que qualquer decisão do TPI não afetará as ações de Israel, mas “estabelecerá um precedente perigoso”.

*GGN

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Pedro Sánchez anuncia que permanecerá no cargo de primeiro-ministro da Espanha

O primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, anunciou nesta segunda-feira (29) que irá permanecer no cargo que ocupa desde 2018.

Sánchez cancelou sua agenda pública na última semana para refletir se permanecia no comando do governo, depois que um tribunal de Madri abriu uma investigação contra sua esposa, Begoña Gómez.

Falando do Complexo da Moncloa, o premiê criticou as acusações feitas contra a sua esposa, afirmando que a vivência política “não vale a pena” caso “mentiras mais grosserias substituam o debate respeitoso e racional baseado em evidências”.

“Não há nada que justifique o sofrimento injusto das pessoas que não querem nada mais que respeito, e ver como se tentam destruir sua dignidade sem o mínimo fundamento”, disse Sanchéz.

“Vivemos em uma sociedade em que nos ensinam e nos exigem a seguir trabalhando a todo custo, mas há vezes em que a única forma de avançar é nos detendo, refletir e decidir com clareza por onde queremos caminhar.”

No sábado (27), milhares de pessoas se manifestaram nas ruas de Madri em apoio a Sánchez, à espera de seu anúncio previsto para segunda-feira (29) sobre se continuará ou não no cargo.

Sanchéz disse que a mobilização influiu “decisivamente” em sua decisão para permanecer no cargo e agradeceu o apoio.

“Eu decidi seguir, seguir com mais força à frente da presidência do governo da Espanha.”

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China deixa de ser a segunda maior parceira comercial da Argentina

“Não só não vou fazer negócios com a China, como não vou fazer negócios com nenhum comunista” — esta foi uma das frases do então candidato à presidência da Argentina, Javier Milei, durante a campanha eleitoral do ano passado.

“Sou um defensor da liberdade, da paz e da democracia. Os chineses não entram lá”, acrescentou, em entrevista ao jornalista Tucker Carlson, em setembro de 2023.

Quando se tornou presidente, no entanto, Milei tentou contornar a situação e explicar sua posição frente ao gigante asiático.

“Somos liberais. E se as pessoas quiserem continuar a fazer negócios com a China, podem continuar fazendo os mesmos negócios de sempre. O que eu disse é que não vou estar alinhado com os comunistas, e por acaso estou alinhado com os comunistas?”, disse, em outra ocasião, à agência de notícias Bloomberg.

Essa distância entre os países parece ter se materializado na prática: Milei ainda não teve reuniões oficiais com o presidente chinês, Xi Jinping.

Agora, a ministra das Relações Exteriores da Argentina, Diana Mondino, está tentando outras abordagens ao liderar uma viagem internacional, que inclui uma passagem pela China entre os dias 28 e 30 de abril.

No período que antecedeu a viagem, o governo chinês também demonstrou a sua vontade de “descongelar” a relação. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Wang Wenbin, afirmou que Argentina e China são “parceiros estratégicos abrangentes”.

Mas, enquanto tudo isso acontece, uma informação espalha-se como um incêndio no mundo dos negócios e da geopolítica: a China deixou de ser o segundo parceiro comercial da Argentina em março.

Segundo o último relatório sobre o intercâmbio comercial argentino, divulgado na semana passada pelo Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (Indec), esse lugar hoje pertence à União Europeia, enquanto a China é o terceiro.

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Vídeo: Mais um homem negro morre sufocado em ação policial nos EUA

Mais um ser humano negro calado e sufocado até a morte pela polícia na terra da democracia e da liberdade de expressão irrestrita.

A bofetada de realidade na cara dos cretinos que usam esse país doente e preso ao ódio como métrica do mundo livre.