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“Informações são preocupantes”, diz oficial sobre queda de helicóptero que transportava presidente do Irã

O mau tempo complica os esforços de resgate, informou a agência de notícias estatal IRNA.

Reuters – Um helicóptero que transportava o presidente iraniano, Ebrahim Raisi, e seu ministro das Relações Exteriores caiu no domingo enquanto cruzava um terreno montanhoso sob forte neblina no caminho de volta de uma visita à fronteira com o Azerbaijão, disse uma autoridade iraniana à Reuters.

O funcionário disse que as vidas de Raisi e do ministro das Relações Exteriores, Hossein Amirabdollahian, estavam “em risco após a queda do helicóptero”. “Ainda estamos esperançosos, mas as informações provenientes do local do acidente são muito preocupantes”, disse o responsável, falando sob condição de anonimato.

O mau tempo complicou os esforços de resgate, informou a agência de notícias estatal IRNA. A TV estatal interrompeu toda a sua programação regular para mostrar as orações realizadas por Raisi em todo o país e, em um canto da tela, a cobertura ao vivo das equipes de resgate que vasculham a área montanhosa a pé sob forte neblina.

https://twitter.com/i/status/1792223582786818135

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Helicóptero que transportava presidente do Irã sofre queda

As equipes de resgate ainda não localizaram o local do acidente devido às más condições meteorológicas.

Um helicóptero que transportava o presidente do Irã, Ebrahim Raisi, sofreu uma queda em uma região localizada no Azerbaijão Oriental. Equipes de resgate tentam neste momento chegar à cena da queda da aeronave.

Raisi esteve no Azerbaijão na manhã de domingo para inaugurar uma barragem com o presidente do país vizinho, Ilham Aliyev. A barragem é a terceira que as duas nações construíram no rio Aras.

Também estavam na comitiva o ministro das Relações Exteriores do Irã, Hossein Amirabdollahian, o governador da província iraniana do Azerbaijão Oriental e outras autoridades, informou a Agência de Notícias da República Islâmica (IRNA). A organização descreveu a área do pouso forçado como uma “floresta”.

As equipes de resgate ainda não localizaram o local do acidente devido às más condições meteorológicas. Moradores afirmam que, devido à neblina que prevalece na região, é impossível determinar a extensão dos danos sofridos pelo helicóptero.

A mídia iraniana forneceu relatos contraditórios sobre o incidente e ainda não houve confirmação oficial. Nem a IRNA nem a TV estatal divulgaram qualquer informação sobre o estado de Raisi e dos outros passageiros.

* Matéria em atualização

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Holandesa com depressão recebe direito de morrer após batalha de três anos

Foi o fim de uma batalha legal de três anos e meio. A jovem espera ter a companhia do namorado, de 40 anos, e dos dois gatos quando receber um sedativo, seguido por um medicamento que fará o coração parar de funcionar.

Nas fotos da capa e do perfil da rede social X, Zoraya Ter Beek transparece desânimo. Tem os olhos distantes, o semblante cansado. “Queridos seguidores, estou de volta aqui. Sem conselhos ‘médicos’ ou ‘divinos'”, escreveu a mulher de 29 anos, que mora no vilarejo de Oldenzaal, no leste da Holanda. “Estarei aqui por alguns dias”, acrescentou. Ao escrever isso, Zoraya provavelmente se referiu à própria vida. Ela acaba de receber a aprovação das autoridades do país para se submeter à eutanásia, ainda que seja fisicamente saudável.

Foi o fim de uma batalha legal de três anos e meio. A jovem espera ter a companhia do namorado, de 40 anos, e dos dois gatos quando receber um sedativo, seguido por um medicamento que fará o coração parar de funcionar. Ainda criança, foi diagnosticada com autismo, depressão crônica, ansiedade, trauma e transtorno de personalidade, diz o Correio Braziliense.

“Sinto alívio. Tem sido uma luta muito longa”, desabafou Zoraya ao site The Free Press. Ela tem os planos para os minutos seguintes de sua morte: espera ser cremada. “Não quero sobrecarregar o meu parceiro com a tarefa de manter o túmulo arrumado. Ainda não escolhermos uma urna, mas ela será a minha nova casa”, afirmou. O sonho de exercer a carreira de psiquiatra foi anulado pelas doenças, que a impediram de estudar. Foi justamente de uma psiquiatra que veio o choque de realidade. “Não há nada mais que possamos fazer por você. Você nunca vai ter nenhuma melhora”, disse-lhe a profissional.

De acordo com o The Free Press, assim que o coração de Zoraya deixar de bater, um comitê de especialistas em eutanásia constatará a morte e avaliará se a jovem recebeu os cuidados adequados. Depois, o governo da Holanda emitirá uma declaração alegando que a vida da holandesa foi encerrada legalmente, um procedimento que busca proteger de responsabilidade penal os facilitadores da morte assistida. O Correio tentou entrar em contato com Zoraya, por meio do X, mas não teve resposta, até o fechamento desta edição.

Em entrevista ao tabloide The Guardian, ela reconheceu a polêmica provocada por sua batalha para morrer. “As pessoas pensam que, por ter uma doença mental, não consigo raciocinar, o que é um insulto. Eu entendo os medos que algumas pessoas com deficiência têm sobre a morte assistida e entendo as preocupações sobre pessoas serem pressionadas a morrer. Na Holanda, temos a Lei da Eutanásia há mais de 20 anos, existem regras rigorosas”, comentou. O pedido de eutanásia foi feito em dezembro de 2020. “Tenho um pouco de medo de morrer, pois é o máximo do desconhecido”, disse ao The Free Press.

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Espanha nega porto a navio que transportava toneladas de armas para Israel

Governo espanhol diz que decisão condiz com política do país tomada desde 7 de outubro de proibir exportações de material bélico a israelenses.

A Espanha recusou nesta quinta-feira (16/05) a permissão para que um navio com destino a Israel, que transportava uma carga de armas, fizesse escala no porto de Cartagena, no sudeste do país. A informação foi anunciada pelo Ministério das Relações Exteriores espanhol.

O navio Marianne Danica teria solicitado autorização para escalar em 21 de maio. Segundo o jornal espanhol El País, a estrutura de bandeira dinamarquesa carregaria quase 26,8 toneladas de material explosivo de Madras, na Índia, para o porto de Haifa, em Israel.

O veículo também detalhou que o remetente da mercadoria é a empresa indiana Siddhartha Logistics, e o destinatário é a empresa Israel Cargo Logistics.

O ministro José Manuel Albares declarou que a decisão tomada por sua pasta é consistente com a política da Espanha de proibir as exportações de todas as armas para Israel desde a intensificação das operações israelenses, em 7 de outubro.

“Detectamos o navio e recusamos a permitir que atraque. Esta será uma política consistente com qualquer navio que transporte armas e carga de armas israelenses e que queira atracar nos portos espanhóis”, acrescentou.

Entre os países europeus, a Espanha tem se destacado por sua postura crítica com relação aos ataques de Israel na Faixa de Gaza e atualmente trabalha na reunião de outras nações do continente na tentativa de estabelecer o reconhecimento do Estado palestino.

De acordo com o Ministério da Saúde palestino, nesta quinta-feira, as operações israelenses já deixam mais de 35.272 mortos no enclave, enquanto quase 80 mil estão feridos.

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Fecha-se o cerco a Israel que segue a massacrar palestinos inocentes

Se o cerco é só de mentirinha, não se sabe.

No caso em questão, coligações lideradas por PT e PL das ações questionam a legalidade da conduta de Moro no período pré-eleitoral. As siglas que movem a ação afirmam que o ex-juiz realizou atos com grande alcance e altos investimentos financeiros, o que teria gerado vantagem ilícita em relação aos outros candidatos.

Moro se filiou, inicialmente, ao Podemos como pré-candidato à Presidência da República. As siglas que movem a ação indicam que o ex-juiz realizou atos com grande alcance e altos investimentos financeiros, o que teria gerado vantagem ilícita em relação aos outros candidatos.

Em 2021, Moro se desfiliou do Podemos, pelo qual era pré-candidato à Presidência. Próximo ao prazo final para troca partidária, em 2022, migrou para o União Brasil a fim de concorrer ao cargo de deputado federal pelo estado de São Paulo. Diante do indeferimento da transferência de domicílio eleitoral, Moro passou a pleitear a vaga de senador pelo estado do Paraná.

No início do mês de abril, o TRE-PR, com placar de 5 a 2, decidiu contra a cassação do senador. Os autores das ações, no entanto, recorreram da decisão e o caso subiu para o TSE. Já na corte superior, o Ministério Público Eleitoral se manifestou contra a cassação.

Sergio Moro foi eleito senador por Santa Catarina com 1,9 milhão de votos, ou 33,5% dos votos válidos, nas Eleições Gerais de 2022.

*Blog do Noblat

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Com protestos de opositores, Georgia aprova lei sobre influência estrangeira

Regra prevê classificar organizações que recebem dinheiro externo como ‘estrangeiras’; EUA e UE são contra.

O Parlamento da Geórgia aprovou nesta terça-feira (14/05) um projeto de lei “sobre a transparência da influência estrangeira”, que visa regular o financiamento externo de organizações não governamentais (ONGs) e meios de comunicação.

A medida gerou protestos de grupos opositores, que acusam o projeto de ter “influência russa” e supostamente ser usado para acusar de “influência estrangeira” figuras que se manifestem criticamente ao governo.

A presidenta do país, Salome Zurabishvili, que tem um perfil pró-Ocidente e está em confronto aberto com o governo do primeiro-ministro Irakli Kobakhidzé, pretende vetar a lei, mas a coalizão do partido governista tem votos suficientes para anular o veto.

O projeto prevê que ONGs e veículos de comunicação que recebam mais do que 20% do seu rendimento anual do exterior devem se registar como “organizações servindo um poder estrangeiro”.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, declarou que Moscou entende a iniciativa do governo da Geórgia como uma forma de se “proteger contra a interferências externas” nos seus assuntos internos, mas destacou que a Rússia não pretende interferir nos assuntos do país.

“Nós, por um lado, declaramos o forte desejo da liderança georgiana de proteger o seu país contra interferências abertas nos seus assuntos internos, de facto, como faz a grande maioria dos países no mundo. Interferência aberta nos assuntos internos da Geórgia vinda do exterior. Ouvimos até ameaças de aplicação de sanções contra a Geórgia se adotarem esta ou aquela lei, bem, o que é isto senão interferência direta nos assuntos internos da Geórgia?”, disse Peskov.

Já o porta-voz do Departamento de Estado dos Estados Unidos, Vedant Patel, afirmou na última segunda-feira (13/05) que a lei sobre “influência estrangeira” na Geórgia é incompatível com as aspirações do país de se aproximar da União Europeia.

A União Europeia havia concedido à Geórgia status de candidata a ingressar no bloco europeu em dezembro de 2023, mas disse que a aprovação da lei não combina com “os valores do bloco”.

Carregando bandeiras da União Europeia, os opositores ao projeto cercaram a sede do Parlamento nesta terça-feira após a aprovação. A situação se agravou após os manifestantes terem derrubado as barreiras de ferro instaladas no perímetro exterior do órgão legislativo, intensificando os confrontos com a polícia. O Ministério da Administração Interna da Geórgia fez um apelo para que os manifestantes atuem no âmbito da lei.

*Brasil de Fato

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Dilma libera R$ 5,7 bilhões para o Rio Grande do Sul

“O Banco dos BRICS tem um compromisso e vai atuar na reconstrução e na recuperação da infraestrutura do estado”, garantiu a presidente do NBD, Dilma Rousseff.

Presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), conhecido como Banco dos BRICS, Dilma Rousseff anunciou nesta terça-feira (14) a liberação de US$ 1,115 bilhão, equivalente a R$ 5,750 bilhões, “para ajudar o estado do Rio Grande do Sul e os gaúchos, que me adotaram há mais de 50 anos, a superar essa tragédia”. “Quero reiterar minha solidariedade aos gaúchos e aos governos federal e estadual. O Banco dos BRICS tem um compromisso e vai atuar na reconstrução e na recuperação da infraestrutura do estado. Queremos ajudar as pessoas a reconstruir suas vidas”, disse Dilma em pronunciamento.

A presidente do NBD contou ter conversado com o presidente Lula (PT) e o governador Eduardo Leite (PSDB) para acertar o repasse dos recursos para obras de infraestrutura urbana, saneamento básico e proteção ambiental e de prevenção de desastres no estado.

Dilma disse que o Novo Banco de Desenvolvimento vai destinar recursos sem burocracias para o Rio Grande do Sul por ação direta e ainda por meio de parceria com outras instituições financeiras brasileiras, como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o Banco do Brasil e o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE).

De Xangai, na China, sede do Banco dos BRICS, Dilma declarou que a instituição financeira multilateral que ela comanda, fundada em 2015 pelo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, e que hoje conta ainda com Egito, Bangladesh e Emirados Árabes Unidos, está solidária, diz o 247.

Do total de R$ 5,570 bilhões, pouco menos da metade dos recursos, cerca de US$ 500 milhões do Banco dos BRICS, serão transferidos por meio do BNDES, sendo US$ 250 milhões para pequenas e médias empresas e outros US$ 250 milhões para obras de proteção ambiental, infraestrutura, água e tratamento de esgoto, e prevenção de desastres. O NDB tem US$ 200 milhões disponíveis para aplicação direta, podendo contemplar obras de infraestrutura, vias urbanas, pontes e estradas.

Em parceria com o Banco do Brasil, o NDB vai destinar US$ 100 milhões para infraestrutura agrícola, em projetos de armazenagem e infraestrutura logística. Já com o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), serão liberados imediatamente US$ 20 milhões para projetos de desenvolvimento e mobilidade urbana e recursos hídricos. Outros US$ 295 milhões previstos no contrato BRDE, em processo de aprovação final, vão para obras de desenvolvimento urbano e rural, saneamento básico e infraestrutura social.

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Estudantes da USP iniciam acampamento em defesa da Palestina

Estudantes da Universidade de São Paulo (USP) inicia nesta terça-feira (07/05) um acampamento em favor da causa palestina e em repúdio ao massacre cometido pelo Exército de Israel contra a população civil da Faixa de Gaza, que já matou mais de 34 mil pessoas desde outubro passado.

A iniciativa partiu de diferentes entidades estudantis da USP, organizadas em torno do Comitê de Estudantes em Solidariedade ao Povo Palestino (ESPP-USP). A mobilização começa nesta terça, às 17h, com a montagem do acampamento no vão da sede de História e Geografia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP.

O ato de abertura do acampamento ocorrerá por volta das 18h com uma mesa de debates com relação ao tema. Às 21h, haverá transmissão de um filme. A organização afirma que o movimento conta com o apoio de docentes e funcionários da universidade.

Segundo Ana Luísa Tibério, que faz parte do Coletivo Graúna do PT e membra do Comitê de Estudantes em Solidariedade ao Povo Palestino da USP, o acampamento e as atividades dos próximos dias “serão fundamentais para nos conectarmos às lutas internacionais e mostrarmos apoio à causa palestina”.

“Além de demonstrar nossa solidariedade, queremos pressionar a USP pelo rompimento dos convênios com universidades israelenses que apoiam e financiam o massacre em curso na Palestina”, acrescentou a porta-voz do movimento a Opera Mundi, que também é mestranda em Ciência Política na universidade.

A programação do acampamento vai desta terça até quinta-feira (09/05). Na quarta-feira (08/05), às 11h, irá ocorrer uma oficina realizada por membros do Coletivo Vozes Judaicas pela Democracia, uma das entidades que apoia o movimento dos estudantes.

O segundo evento, ainda na quarta, é uma mesa de debate sobre a solidariedade internacional à palestina, agendada para 18h, e que contará com a presença do jornalista Breno Altman, fundador de Opera Mundi, e do acadêmico Reginaldo Nasser, professor livre-docente na área de Relações Internacionais da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e especialista em temas relacionados ao Oriente Médio.

Ainda na quarta, às 21h, o ato terá apresentação de músicas palestinas com diversos artistas.

*Opera Mundi

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Hamas aceita proposta de cessar-fogo em Gaza enquanto Israel avalia acordo

Documento redigido pelos mediadores Catar e Egito desenha cessar-fogo permanente e fim do bloqueio ao enclave; autoridades israelenses alegam que texto ‘não é o mesmo’ discutido anteriormente.

O grupo palestino Hamas divulgou um comunicado nesta segunda-feira (06/05) afirmando ter aceitado uma proposta de cessar-fogo em Gaza, sugerida pelos mediadores Catar e Egito.

“Ismail Haniya, chefe do aparato político do movimento Hamas, teve uma ligação telefônica com o primeiro-ministro do Catar, xeique Mohammed bin Abdul Rahman Al Thani, e com o ministro da Inteligência do Egito, senhor Abbas Kamel, e informou-os da aprovação de sua proposta para um acordo de cessar-fogo”, disse o grupo, em comunicado.

Segundo fontes consultadas pelo jornal catari Al Jazeera, a proposta inclui três fases, com destaque para o cessar-fogo permanente entre os militantes do Hamas e o exército de Israel.

O portal destacou que cada fase do acordo deve ter uma duração de 42 dias, com a trégua começando na primeira fase”, juntamente com a retirada israelense do corredor de Netzarim, que Israel usa para dividir o norte e o sul de Gaza”.

O cessar-fogo permanente viria na segunda fase do acordo, com o fim “das operações militares e hostis e a retirada completa das forças israelenses de Gaza”.

“A proposta também inclui uma cláusula que aprova o fim do bloqueio de Gaza na terceira fase”, destacou a Al Jazeera.

Assim, um dos funcionários do Hamas indicou que “a bola agora está no campo de Israel”. No entanto, a resposta de Israel sobre o acordo ainda não foi oficializada, enquanto as autoridades fazem a avaliação. O jornal catari informa que “do lado israelense não há absolutamente nenhuma confirmação”.

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Netanyahu ordena fechamento do canal Al Jazeera em Israel

Medida adotada de forma unânime pelo governo sionista foi classificada por representante da emissora do Catar como ‘ato criminoso, que atenta contra o direito à informação’

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, anunciou neste domingo (05/05) um decreto pelo qual se ordenou o fechamento de todos os escritórios do canal Al Jazeera no país.

A decisão, segundo o líder do governo sionista, foi tomada durante reunião do gabinete ministerial, e teria tido unanimidade entre os participantes.

A medida só foi possível porque o Parlamento de Israel aprovou há um mês uma lei que permite o fechamento temporário de emissoras estrangeiras que sejam consideradas como ameaças à segurança nacional.

Por esse motivo, Netanyahu apresentou a medida em um discurso no qual descreveu a Al Jazeera como um “canal de incitação ao antissemitismo”.

Al Jazeera: ‘ato criminoso’
O canal Al Jazeera emitiu um comunicado institucional sobre a decisão do governo de Israel, afirmando que “esta é uma proibição ampla e não sabemos por quanto tempo irá vigorar”.

“Se trata de uma medida política que passa por cima dos princípios que devem vigorar no jornalismo. Um ato criminoso que viola direitos humanos e o direito básico de acesso à informação”, acrescenta o comunicado.

Além disso, um dos seus mais conhecidos correspondentes, Imran Khan, relatou que a medida de Netanyahu resultou não só no bloqueio do sinal televisivo da Al Jazeera em Israel, mas também do site na Internet. Além disso, os equipamentos guardados nas sedes israelenses do canal foram confiscados, assim como os seus números de telefone.

A decisão também foi criticada pelo Alto Comissionado de Direitos Humanos das Nações Unidas, que divulgou nota sobre o tema horas depois da assinatura do decreto.

  *Opera Mundi