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MP confirma investigações contra planos de golpe na Venezuela e diz que realizou 32 prisões

Tentativas envolveriam o assassinato do presidente Nicolás Maduro; vice do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) acusa CIA de articular ataques.

O Ministério Público da Venezuela confirmou nesta segunda-feira (22/01) a condução de investigações contra ao menos cinco planos de golpes de Estado que incluiriam a morte do presidente, Nicolás Maduro, e do ministro da Defesa, Vladimir Padrino López.

Segundo o procurador-geral da República, Tarek William Saab, foram realizadas 32 prisões de pessoas acusadas de conspiração. Quase todas as detenções, disse Saab, foram realizadas em cinco etapas ao longo de 2023. Apenas um acusado foi preso em janeiro deste ano.

O anúncio do MP vem na esteira de declarações do próprio presidente que, na semana passada, disse que seu governo havia desmontado algumas tentativas de golpes de Estado no ano passado e que possíveis novos ataques tinham como objetivo matá-lo. Por isso, Maduro anunciou na última quinta-feira (18/01) o “Plano Fúria Bolivariana”, para desmontar atentados “promovidos por organizações internacionais” na Venezuela.

De acordo com Saab, a ideia das tentativas de golpe era cooptar agentes de segurança “para ter acesso às informações da segurança presidencial” e contou com a ajuda de organizações internacionais. O procurador-geral ainda disse que os presos foram acusados de resistência à autoridade, lesões corporais, danos materiais, formação de quadrilha, traição, divulgação de segredos militares, tráfico ilícito de armas e munições, terrorismo e conspiração com governos e associações estrangeiras.

PSUV acusa EUA

O vice-presidente do partido governista PSUV (Partido Socialista Unido da Venezuela) e deputado, Diosdado Cabello, acusou nesta segunda-feira a CIA (Agência de Inteligência dos Estados Unidos) e a DEA (Administração de Repressão às Drogas dos EUA) de estarem envolvidas com os casos e disse que as investigações do MP apontam para isso.

Cabello atribuiu os planos conspiratórios à “direita nauseabunda” e disse que o objetivo dos golpistas era entrar na Venezuela pelo Estado de Táchira, na fronteira com o território colombiano. “Não vamos permitir mais terrorismo ao nosso povo. Nós conhecemos cada um que promoveu esses ataques em cada cidade”, disse

O anúncio da descoberta do plano foi feito um dia antes da celebração de 66 anos do fim da ditadura do general Marcos Pérez Jiménez na Venezuela, em 1958. O governo e a oposição preparam atos de rua para esta terça-feira (23/01).

*Opera Mundi

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Biden pede ao governo Lula que medie tensão entre Venezuela e Guiana

O governo dos Estados Unidos, liderado por Joe Biden, tem procurado interlocutores do presidente Lula (PT) para pedir que o governo brasileiro e o Itamaraty atuem para acalmar os ânimos entre Venezuela e Guiana. Os dois países estão em uma disputa pela região de Essequibo, reivindicada historicamente pela Venezuela mas atualmente controlada pela Guiana. Segundo Jamil Chade, do UOL, a Casa Branca está preocupada com a tensão na região e vê o Brasil como um ator “adequado” para ajudar a evitar uma escalada militar.

De acordo com a reportagem, Washington “sabe que não pode e não tem condições de lidar com a crise neste momento”. O governo estadunidense está em constante contato com autoridades brasileiras nos últimos dias, pressionando por ações específicas. O pedido envolve um alerta claro ao presidente venezuelano, Nicolás Maduro, de que continuar com seus planos resultará na manutenção das sanções internacionais contra seu país. Além disso, a Guiana recebe um recado de que apesar de contar com o apoio diplomático e militar dos EUA, não deve se fechar ao diálogo, segundo o 247.

A proposta de sediar conversas entre as partes foi apresentada pelo presidente Lula, aguardando agora a resposta tanto de Maduro quanto do governo guianense. Diplomatas brasileiros buscam uma solução que evite uma escalada militar.

Os EUA expressam preocupações com a possibilidade de um novo foco de tensão territorial no mundo, considerando os outros conflitos em curso e patrocinado por eles, como a guerra na Ucrânia e a situação em Gaza. A administração Biden também leva em consideração sua situação doméstica, com as próximas eleições americanas dominando a agenda. O receio é que uma crise militar possa ser explorada por opositores, usando-a como prova da suposta fraqueza dos democratas.

Lula já assumiu a responsabilidade do Brasil por uma intermediação sul-americana, através da CELAC, visando obter mais respaldo do que a OEA, considerada inimiga por Caracas. A CELAC, presidida por Ralph Everard Gonsalves, primeiro-ministro de São Vicente e Granadinas, é vista como uma entidade mais neutra para dialogar com ambas as partes.

 

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Helicóptero da Guiana com 7 militares some na fronteira com Venezuela

Sete pessoas estavam a bordo da aeronave, que desapareceu na fronteira entre Guiana e Venezuela durante um período de tensão entre os países.

Um helicóptero com sete militares desapareceu perto da fronteira entre a Guiana e a Venezuela, nessa quarta-feira (6/12), de acordo com informações do chefe da Força de Defesa guianense, o brigadeiro Omar Khan.

Entre os desaparecidos estão o coronel Michael Shahoud, o brigadeiro aposentado Gary Beaton, o capitão Charles, o tenente-coronel Sean Welcome, o sargento Jason Khan, o tenente-coronel Andio Michaeal Crawford e o cabo Dwayne Jackson, diz o Metrópoles.

O incidente ocorre em um momento de grande tensão entre os dois países, que fazem fronteira com o Brasil: a Venezuela anunciou que vai anexar a região de Essequibo, território da Guiana, ao seu domínio. O local é disputado há décadas pelos dois países, tem 160 mil km² e concentra reservas de petróleo.

A aeronave havia decolado da base de Ayanganna, na Guiana, com destino a Arau, por volta das 9h20 dessa quarta. Duas horas depois, houve o registro de sinal do localizador de emergência.

“Há um telefone via satélite na aeronave além do conjunto de comunicação orgânico e indígena usado para se comunicar com controle rígido. Não tivemos nenhum relato de qualquer interferência relacionada à comunicação. Mas a comunicação por telefone via satélite depende de um céu claro”, explicou o brigadeiro Khan.

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Política

Vídeo: “Tem uma coisa que a América do Sul não está precisando agora: confusão”, diz Lula sobre tensão entre Guiana e Venezuela

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou neste domingo (3), em Dubai, que está trabalhando para reduzir a tensão referente a intenção de anexação do território de Essequibo, na Guiana, pela Venezuela. A região é cobiçada pela sua abundância de petróleo e gás natural.

“Conversei por telefone com o presidente da Guiana duas vezes. O Celso [Celso Amorim, assessor especial da Presidência] já foi na Venezuela conversar com o Maduro [Nicolás Maduro, presidente da Venezuela]. Tem um referendo, que provavelmente vai dar o que o Maduro quer, porque é um chamamento ao povo para aumentar aquilo que ele entende que seja o território dele. E ele não acata o acordo que o Brasil já acatou”, disse Lula ao deixar o hotel em que ficou hospedado durante a COP28 antes de embarcar para Berlim.

Ainda segundo Lula, “só tem uma coisa que a América do Sul não está precisando agora: confusão. Se tem uma coisa que precisamos para crescer e melhorar a vida do nosso povo é a gente baixar o facho, trabalhar com muita disposição de melhorar a vida do povo e não ficar pensando em briga. Não ficar inventando história. Espero que o bom senso prevaleça do lado da Venezuela e do lado da Guiana. Vamos ver o que vai dar”, disse.

A Venezuela realiza neste domingo (3) um referendo consultivo sobre a anexação da Guiana Essequiba, um território repleto de recursos naturais e disputado desde o século 19. O foco está nos estimados 11 bilhões de barris de petróleo presentes na região.

 

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Mundo

Vídeo: Trump revela trama dos EUA para golpe na Venezuela: “nós iríamos tomá-la e pegar todo o petróleo”

Durante um discurso na Convenção do Partido Republicano da Carolina do Norte neste sábado (10), o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, atual candidato a assumir o posto novamente, revelou uma trama da potência mundial para sabotar a Venezuela, “tomar o controle do país e pegar todo o seu petróleo”.

O republicano criticava a administração do democrata Joe Biden por ter voltado a comprar petróleo do país latino, como se isso fosse uma vergonha aos EUA, que supostamente teria estado muito próximo de tomar controle da Venezuela durante seu governo: “e quanto a estarmos comprando petróleo da Venezuela? Quando eu saí [do governo], a Venezuela estava prestes a colapsar, nós teríamos tomado o país e pegaríamos todo aquele petróleo, teria sido ótimo”.

“Mas agora estamos comprando petróleo da Venezuela então estamos enriquecendo um ditador. Vocês acreditam? Ninguém consegue acreditar nisso. E o petróleo deles é um lixo, é horrível, é o pior que se pode conseguir, é como alcatrão (tar). E para refiná-lo, você precisa de refinarias especiais”.

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Rela;óes Exteriores

Novo chanceler, Mauro Vieira anuncia normalização das relações entre Brasil e Venezuela

Presidente Nicolás Maduro, no entanto, não pode vir à posse de Lula, pois só tem permissão de entrar no país em 1º de janeiro.

O futuro ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, anunciou em coletiva de imprensa nesta quarta-feira (14) que o Brasil irá restabelecer as relações com a Venezuela. “O presidente me instruiu a restabelecer as relações com a Venezuela e com o presidente [Nicolás] Maduro a partir do dia 1º”, informou.

O chanceler anunciado por Lula na última sexta-feira também anunciou dois nomes para o Itamaraty: Maria Maura Rocha para secretária-geral, o cargo mais importante depois do ministro, e Ricardo Monteiro como seu chefe de gabinete.

Maduro na posse

Em relação à presença do presidente venezuelano na posse de Lula, Vieira disse crer que não seria possível, uma vez que Maduro teria que entrar no País antes do dia 1º de janeiro, data da cerimônia. Uma portaria assinada por Jair Bolsonaro em 2019 proíbe a entrada de autoridades venezuelanas no Brasil e reconhece Juan Guaidó como chefe de estado legítimo do país.

Segundo nota da coluna Painel, da Folha de S.Paulo, ministros de Jair Bolsonaro acreditam ser impossível o governo federal revogar a portaria para autorizar a participação de Maduro na posse. Um dos membros do governo afirmou que “só o papa” poderia liberar a entrada do venezuelano. O vice-presidente diplomado, Geraldo Alckmin, já recebeu uma negativa do governo Bolsonaro na semana passada.

*Com 247

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Declarações de Bolsonaro sobre adolescentes da Venezuela transformam a campanha em depravação eleitoral

Istoé – Declarações de Bolsonaro que associam refugiadas adolescentes da Venezuela à prostituição causam uma crise em sua campanha e são exploradas por Lula. Especialistas apontam que associar temas como sexualidade e política, uma prática que ocorre desde o início do atual governo, é uma tática comum em regimes totalitários.

Seguindo à risca a cartilha do autoritarismo, Jair Bolsonaro transformou a difusão do medo em uma de suas mais eficazes armas para se perpetuar no poder. Balizado pela estratégia, durante a campanha, deixou de lado a discussão sobre programas de governo, impulsionou a paranoia sobre o “fantasma” do socialismo e tenta acuar o eleitorado ao repetir incessantemente que, se optar por Lula, o Brasil corre o risco de submergir em uma crise semelhante àquela que assola a Venezuela.

A retórica não tem qualquer fundo de verdade: em 13 anos de governo, o PT não tentou replicar aqui os regimes ditatoriais de países como Cuba, Venezuela e Nicarágua, apesar dos repetidos elogios de Lula aos seus ditadores. Como os delírios do capitão não encontram guarida na realidade, ele opta pela mentira e aposta alto na estigmatização de cidadãos que buscam em solo brasileiro a construção de novos — e mais felizes — capítulos de suas histórias. Em meio à sórdida estratégia eleitoral, nenhum episódio exemplifica melhor a mesquinhez de Bolsonaro do que a falsa acusação de que, após fugirem do regime Nicolás Maduro, meninas venezuelanas, refugiadas em São Sebastião, área carente do Distrito Federal, se prostituem para “ganhar a vida”.

FATO O presidente visitou meninas venezuelanas refugiadas no Brasil, no dia 10 de abril de 2021, um sábado, no bairro de São Sebastião, na periferia do DF, acompanhado pelo general Luiz Eduardo Ramos, na época ministro-chefe da Casa Civil
FAKE Bolsonaro em entrevista ao blog Paparazzo Rubro-Negro, na sexta-feira, 14, chocou o País ao contar uma versão libidinosa sobre a visita à casa de meninas venezuelanas

O caso ganhou repercussão no dia 14, quando, no podcast do canal Paparazzo Rubro-Negro, no afã de popularizar suas mentiras, Bolsonaro declarou que “pintou um clima” ao avistar “umas menininhas bonitas, de 14, 15 anos, arrumadinhas” de uma comunidade e contou que entrou na casa delas para checar o que estavam fazendo, sugerindo que as jovens haviam se embelezado para fazer programas. As “suspeitas” do presidente, que nem sequer foram comunicadas às autoridades competentes, logo foram desmentidas.

O Instituto Migrações e Direitos Humanos, que atua há mais de 20 anos junto a pessoas migrantes e refugiadas, esclareceu nunca ter identificado “indícios de redes de prostituição ou de exploração sexual infantil” das venezuelanas. Vinte e uma organizações da sociedade civil, incluindo a Conectas, acrescentaram que ele “promove desinformação sobre a comunidade venezuelana do Distrito Federal”.

Além disso, uma cabeleireira que estava no local da visita de Bolsonaro esclareceu ao portal UOL que, naquele dia, a garagem era palco de uma ação social para a oferta de serviços de salão de beleza às meninas. “O dia que a gente foi lá, foi só para arrumar as meninas [venezuelanas] e fazer o treinamento. Não tinha nada disso não [prostituição]. Achei elas muito responsáveis”, explicou Lu Silva. “Ele [Bolsonaro] só entrou, saiu, fez um debatezinho, falou mal da Venezuela, dizendo que as meninas estavam aqui, sendo bem acolhidas, só isso”, emendou.

A sequência de falsas acusações de Bolsonaro é apenas um dos traços problemáticos da declaração — que, aliás, foi verbalizada pelo menos em três situações distintas. O uso da expressão “pintou um clima”, tradicionalmente empregada em contextos libidinosos, chocou internautas porque foi sacada pelo presidente para se referir a adolescentes. Na internet, após a divulgação do vídeo, usuários levaram aos assuntos mais comentados do Twitter hashtags como “Bolsonaro pervertido” e “pintou um clima?”. O estardalhaço foi tão grande que, em uma medida desesperada, o QG do capitão rapidamente pagou mais de R$ 160 mil por anúncios no Google com a frase “Bolsonaro não é pedófilo”.

Entidades não deixaram o caso passar em branco. O Fórum Nacional de Conselhos e Comitês Estaduais para Refugiados, Apátridas e Migrantes divulgou nota em que aponta que “qualquer ‘clima’, com conotação sexual, envolvendo criança e adolescente, é uma violação de direitos fundamentais”. A entidade acrescentou que o assunto não pode ser explorado por conveniência política, uma vez que se trata de uma pauta séria e os dados são preocupantes: estudos acadêmicos indicam que uma em cada cinco refugiadas já sofreu violência sexual, e o Brasil ocupa a segunda colocação no ranking mundial de exploração sexual.

Gestão de danos

A péssima repercussão resultou na mobilização de uma força-tarefa no QG de Bolsonaro para a contenção de danos eleitorais. Escaladas como bombeiras, Michelle Bolsonaro e Damares Alves, que têm viajado o País em campanha, se apressaram em sair em defesa do capitão. No domingo, em um evento em Aracaju (SE), a primeira-dama declarou que o marido “tem mania” de recorrer à frase “se pintar um clima”, que usa de forma corriqueira, na tentativa de blindá-lo de acusações sobre o cunho sexual da expressão. O jornal O Estado de S.Paulo, porém, contabilizou que, em 128 lives gravadas entre 2019 e 2022, o presidente jamais recorreu à sentença. A ex-ministra dos Direitos Humanos, por sua vez, usou as redes sociais para dizer que estava embarcando do Nordeste rumo a Brasília para “dar uma resposta à altura” das críticas. “Quando Bolsonaro me levou para ser ministra, a ordem foi: ‘Vamos enfrentar a pedofilia, a exploração sexual de crianças e adolescentes’. Aguardem, mentirosos, que nos medem pela régua de vocês”, esbravejou.

“Se as minhas palavras, que, por má-fé, foram tiradas de contexto, de alguma forma foram mal entendidas ou provocaram algum constrangimento às nossas
irmãs venezuelanas, peço desculpas” Jair Bolsonaro, presidente da República

As duas não se movimentaram apenas publicamente. Nos bastidores, articularam uma conversa a sós com lideranças comunitárias ligadas às famílias venezuelanas, com o plano de fazê-las posar em frente às câmeras, fosse para uma fotografia ou um vídeo, a fim de transmitir um clima de “perdão” e “normalidade”. O Gabinete de Segurança Institucional da Presidência e a Secretaria de Comunicação chegaram a fazer uma varredura em São Sebastião, mas as imigrantes, receosas quanto à exposição e aos desdobramentos do caso, resistiram ao encontro. Cederam somente no final da noite de domingo, quando entrou em cena a embaixadora do governo de Juan Guaidó em Brasília e aliada do Planalto María Teresa Belandria. A conversa, então, acabou agendada para a tarde de segunda-feira.

Segundo apurou a ISTOÉ, o encontro aconteceu em um imóvel ligado a Manoel Arruda, suplente de Damares Alves e presidente do União Brasil no DF — ele é, também, ex-assessor especial do Ministério da Justiça e Segurança Pública, órgão que cuida dos processos de imigração no País. O tête-à-tête ocorreu a portas fechadas, sem a presença de instituições de defesa dos direitos humanos ou de assistência aos migrantes e refugiados na capital e sem captação de imagem e voz. Na conversa, conforme relatos feitos à reportagem, Michelle e Damares repetiram diversas vezes que houve um “mal-entendido” e afirmaram que Bolsonaro jamais quis imputar às jovens a pecha de prostitutas — àquela altura, ainda não havia sido divulgada outra gravação em que o presidente diz, com todas as letras, que as adolescentes faziam “programas”. Apesar das explicações, as venezuelanas negaram-se a gravar vídeos para ajudar a desfazer o mal-estar gerado. Ao contrário, pediram uma retratação pública.

Presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Legislativa, o deputado distrital Fábio Félix (PSOL), que acompanha o caso, afirmou que sua equipe estuda se há brecha legal para defender a investigação de Michelle e Damares por abuso de autoridade, porque, embora as duas não ocupem cargos públicos, valeram-se da influência que exercem pela conexão com o Planalto para persuadir as venezuelanas a ouvirem-nas. “Acho que foi uma violência. Um convite a imigrantes feito por uma primeira-dama, junto a uma senadora eleita, é quase uma convocação. Elas, que estão construindo a vida fora de seu país, acabam, obviamente, se sentindo intimidadas”, comenta.

“O comportamento do Bolsonaro agora, no caso das meninas da Venezuela, é o comportamento de um pedófilo. E por isso é que ele ficou apavorado e tentou se explicar o mais rápido possível” Luiz Inácio Lula da Silva, candidato à Presidência.

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“Venezuela salvou muita gente”, diz Lula sobre doações de oxigênio

Em evento nesta quinta-feira (1º/9), o ex-presidente Lula também criticou os ataques de Bolsonaro ao país latino-americano.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou nesta quinta-feira (1º/9) os ataques de Jair Bolsonaro (PL) contra a Venezuela e defendeu que o país latino-americano “salvou muita gente de morrer afogado fora d’água” com doações de oxigênio durante a pandemia da covid-19. O candidato defendeu ainda que, se eleito, será abolido o “complexo de vira-lata”.

“Esse genocida agora fica brigando com Cuba, com Paraguai, com Venezuela, com Nicarágua. Ele briga tanto com a Venezuela, que quando não teve oxigênio em Manaus, foi a Venezuela que salvou muita gente de morrer afogado fora d’água”, disse o candidato, referindo-se às doações feitas pelo país vizinho ao Brasil quando faltou oxigênio nos hospitais da capital amazonense em janeiro de 2021. “O Brasil não precisa disso, gente. O Brasil não precisa ser grosseiro”, completou.

O ex-presidente participou na manhã desta quinta de encontro com representantes do setor cultural no Teatro da Paz de Belém, no Pará. No final do dia Lula estará em ato público na cidade, previsto para 18h, no Espaço Náutico Marine Clube.

Em discurso, o candidato disse ainda que, se for eleito, será abolido o “complexo de vira-lata”, e que o Brasil terá uma relação civilizada com todos os países do mundo. O tema das relações internacionais é um dos abordados pela campanha do petista, relembrando sua atuação na área durante seus governos. Na segunda (29/8), Lula se reuniu com deputados da União Europeia.

*Com Correio Braziliense

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Zelensky é o novo Moro da mídia brasileira

Aqui no Brasil, Zelensky se transformou no novo Sergio Moro. A GloboNews virou uma máquina de propaganda imperialista.

A grande mídia brasileira, que hoje é parte da oligarquia nativa, passou a ter raiva de oligarca? É isso mesmo, produção?

A GloboNews virou uma maquina de propaganda imperialista. Quanto de grana custa isso? Quanto os Marinho estão faturando?

Na Globo, o rico americano é retratado como bilionário bem sucedido, fruto de sua competência. Rico russo, é oligarca ligado a Putin.

Os EUA criaram uma guerra contra a Rússia sem usar um único soldado e sem colocar em risco um único cidadão americano.

Essa propaganda americana da Globo só mostra que sua campanha contra Dilma e Lula foi comandada pelos EUA.

Toda essa campanha russofóbica que estamos assistindo no Brasil, é comandada pelos mesmos atores do antipetismo de guerra.

Biden abre diálogo com a Venezuela para melar a relação de Putin com Maduro. Agora, a Globo é Maduro desde criancinha.

Impressiona como o imperialismo americano comanda totalmente os países da Europa. Isso explica o massacre covarde dos terroristas de Israel na palestina, isso sem qualquer crítica dos presidentes europeus, que fará qualquer sanção.

Essa guerra entre Rússia e Ucrânia escancara que o imperialismo americano é muito pior e mais perigoso do que se falava. Hitler certamente teria inveja.

Biden empurrou uma nação inteira para a morte usando os ucranianos como bois de piranha numa guerra inventada e comandada por ele.

É doloroso ver crianças, idosos, mulheres ucranianos, ou seja, o povo como um todo sofrendo com essa guerra de Biden, e ele usando isso como moeda política dentro do próprio EUA.

O que está claro é que Biden fez acordo com os nazistas para usar o povo ucraniano como bucha de canhão contra a Rússia.

Mais de 1,5 milhão de ucranianos fugiram do país numa guerra criada pelos EUA. O povo americano, seguro em casa, dorme o sono dos justos.

A pergunta que de faz é se essa guerra será capaz de reverter o derretimento de Biden que tem mais de 55% de rejeição.

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Nas trincheiras das ideias a direita foi reduzida a Adélio, Cuba e Venezuela

É certo que Ciro revelou-se um oportunista sem qualquer perspectiva, já que, quanto mais o tempo passa, mais a sua candidatura perde musculatura.

Parece que ele está sentindo um desamparo político nunca antes amargado, apontando seus canhões para a esquerda, não só contra o PT, em busca de votos cada vez mais escassos da direita.

Trocando em miúdos, Ciro está no lixão da política disputando a cotovelada restos de uma direita que está na bacia das almas.

Do discurso que sobrou da direita mais reacionária, Adélio, Cuba e Venezuela, a trágica caminhada de Ciro, num claro desvio de caráter, só falta usar a farsa da facada para atacar o PT e o Psol, o resto é isso que estamos flagrando em vídeos com perfeita sincronia com aquilo que significa, em linguagem popular, cachorro que caiu do caminhão de mudança.

Ou seja, é o próprio Ciro que se impôs uma sentença, o que não deixa de ser nesse encontro de pororoca uma obscura mistura com o que há de pior na direita brasileira, mas também no que sobrou do finíssimo liberalismo de salão comandado por FHC, que encantou as confederações da indústria e dos banqueiros, num pensamento harmônico do tribunal neoliberal que tinha no próprio FHC o rei do palavrório.

Toda a direita, não só Bolsonaro, que disputou holofotes em defesa do Estado mínimo, da ética e do combate à corrupção não suportou a contraprova, melhor dizendo, provaram, seja com Aécio ou com Bolsonaro, que quem julgava era o próprio criminoso.

Sem qualquer substância do ponto de vista econômico e com escândalos que não param de jorrar, as palavras corrupção e economia, estão absolutamente proibidas, restando só o discurso do Estadinho ainda sustentado pela mídia de mercado.

De resto, sobraram apenas Adélio, Cuba e Venezuela, tanto que Ciro já gastou dois cartuchos das três munições da direita, faltando apenas participar da corrente pró-farsa da facada.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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