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Catar confirma negociações para nova trégua entre Israel e Hamas

Ministério dos Negócios Estrangeiros catari falou em esforços diplomáticos para a renovação do acordo; após o fim da pausa humanitária, no início de dezembro, exército israelense intensificou ataques em toda a Faixa de Gaza.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros do Catar confirmou, neste sábado (16/12), que esforços diplomáticos estão em andamento para alcançar uma nova trégua humanitária na Faixa de Gaza.

“O Catar afirmou os seus esforços diplomáticos em curso para renovar a pausa humanitária e expressou esperança, por meio do progresso alcançado, na construção de um acordo abrangente e sustentável que poria fim à guerra, impediria o derramamento de sangue dos nossos irmãos palestinos, levaria a negociações sérias e ao lançamento de um processo político que produza uma paz abrangente, permanente e justa, de acordo com as resoluções internacionais e a Iniciativa Árabe de Paz”, afirmou a pasta, em comunicado.

O relatório das negociações foi emitido um dia após os militares israelenses terem admitido que mataram, por engano, três reféns em Gaza durante os combates em Shujaia, no centro da região.

A expectativa é de que as autoridades de Tel Aviv e do Catar se reúnam na Noruega em uma tentativa de resgatar as negociações sobre a libertação de reféns detidos em Gaza em troca de um cessar-fogo e a libertação de vítimas palestinas também detidas por Israel, de acordo com fontes locais.

Desde o primeiro dia de dezembro, a trégua que durou sete dias entre Israel e o Hamas – mediada pela autoridade catari – não foi renovada. Ao lado de Egito e Estados Unidos, Catar teve o papel de manter conversas com ambas as partes do conflito com o objetivo de resolver as divergências a respeito das listas de reféns israelenses e prisioneiros palestinos, além de evitar atrasos.

Logo após o fim da pausa, o Ministério da Defesa de Israel prometeu reforçar as incursões terrestres contra o povo palestino, colocando a região sul do território como foco da fase mais recente da operação militar de Tel Aviv. O ministro Yoav Gallant se reuniu com o grupo de soldados israelenses e orientou para uma ação militar “maior” e em “toda a Gaza”.

“Vamos voltar a lutar, vamos usar a mesma força e mais. Lembre-se que enquanto você está se organizando, descansando e pesquisando, o inimigo está fazendo o mesmo. Você vai conhecer algo que está mais preparado. Assim eles encontrarão primeiro as bombas da força aérea, depois os projéteis dos tanques e artilharia, depois as ‘patas do D9’, e finalmente o tiroteio da infantaria”, afirmou Gallant.

Desde então, autoridades de Gaza e equipes humanitárias passaram a denunciar os abusos do Exército israelense que, ao intensificarem os ataques contra o território palestino, colapsaram o sistema de saúde, promoveram mais deslocamentos e limitaram o acesso a recursos humanitários básicos para a sobrevivência das vítimas locais.

 

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Israel sofre maiores baixas militares desde outubro em meio à ataques contra palestinos

As Forças de Defesa de Israel (FDI) sofreram baixa militar de dez soldados apenas nesta quarta-feira (13/12).

As Forças de Defesa de Israel (FDI) sofreram suas maiores perdas em um único dia desde o mês de outubro, anunciaram nesta quarta-feira (13/12) as autoridades israelenses.

Segundo o jornal The Times of Israel, as dez baixas aconteceram em uma emboscada do grupo palestino Hamas, que inclusive eliminou o coronel israelense Itzhak Ben Basat, de 44 anos.

O grupo foi atingido no distrito de Shejaia, na cidade de Gaza, quando tentavam resgatar outro grupo de soldados, de acordo com a agência britânica Reuters.

Assim, trata-se da pior perda em um único dia para as FDI desde 31 de outubro, quando foram mortos 15 soldados israelenses.

Enquanto isso, os combates continuam no norte e no sul de Gaza com aviões de guerra israelenses realizaram bombardeios por toda a Faixa.

Mais de 18.000 palestinos perderam a vida na Faixa de Gaza desde 7 de outubro, quando Hamas executou uma incursão sem precedentes no território de Israel.

Enquanto isso, quase 1.400 israelenses foram aniquilados desde que o conflito começou, a grande maioria no começo dele. Há também dezenas de milhares de feridos, capturados e desaparecidos dos dois lados desde então.

*Sputnik Brasil

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Crescente Vermelho denuncia que cerco de Israel em Jenin impede tratamentos médicos

Sistema de saúde palestino em colapso também não consegue enviar feridos para receber tratamento em outros países por demora de Israel em autorizar saída.

A Sociedade do Crescente Vermelho Palestino (PRCS) denunciou na manhã desta quarta-feira (13/12) uma “deterioração da situação” no campo de Refugiados de Jenin, na Palestina, que está sob cerco pelas Forças de Defesa Israelenses (FDI).

A organização de direitos humanos afirmou que apesar de receber “chamadas de emergência” em locais que as equipes médicas já têm dificuldades de acesso, ainda “existem impedimentos por parte das forças de ocupação de Israel”.

O Crescente Vermelho também afirmou que famílias estão enfrentando escassez de alimentos, como pão e leite em pó para bebês, uma vez que “suas casas estão ocupadas por soldados israelenses, e não podem sair”.

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De acordo com a ONG israelense Physicians for Human Rights-Israel (PHRI), apenas 1% dos feridos conseguiu deixar a Faixa de Gaza para receber tratamento médico em Rafah, na fronteira com o Egito.

A porcentagem corresponde a apenas 430 palestinos dentre os cerca de 50 mil desde 7 de outubro, veiculou o jornal catari Al Jazeera.

Segundo a organização, o motivo que explica o baixo número comparado ao total é o tempo que o governo de Israel leva para responder às solicitações de saída: três dias, que podem levar “a uma rápida deterioração das condições dos pacientes até o ponto de morte”, disse a PHRI.

Outra crise de saúde em Gaza são acerca das pessoas que antes da guerra de Israel contra a Palestina já apresentavam quadros de doenças, como insuficiência renal e câncer, ou até mesmo recém-nascidos que necessitam de incubadora.

“Até o momento, apenas cerca de 500 pacientes de alto risco, incluindo pelo menos 1.000 com insuficiência renal, 2.000 pacientes com câncer, 130 recém-nascidos em incubadoras, puderam partir para tratamento na Turquia, nos Emirados Árabes Unidos e no Catar”, notificou a ONG.

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Inflação interanual na Argentina sobe para 160,9% dias após Milei assumir o poder

Inflação interanual na Argentina sobe para 160,9% dias após Milei assumir o poder.

Os dados superam todas as medições dos últimos 32 anos, já que é preciso voltar a fevereiro de 1991 para encontrar um recorde superior (27% naquela ocasião).

A inflação de novembro também está 4,5 pontos percentuais acima do indicador de outubro, quando atingiu 8,4%, e também está acima do índice de setembro, quando foi de 12,7%.

O item que mais afetou o aumento de preços em novembro foi saúde, que subiu 15,9% devido aos aumentos de medicamentos e medicamentos privados, seguido pelo segmento de alimentos e bebidas não alcoólicas (15,7%).

As comunicações também apresentaram um crescimento acima da média (15,2%), devido aos aumentos registrados na telefonia móvel e na Internet, assim como nas áreas de lazer e cultura (13,2%).

Abaixo da média, a categoria de equipamentos e manutenção doméstica cresceu (12,4%), superando restaurantes e hotéis (12%), bebidas alcoólicas e fumo (11,8%) e bens e serviços diversos (11,5%).

Habitação, água, luz, gás e outros combustíveis foram os itens que menos aumentaram de preço em novembro (7,1%), seguidos pela educação (8,3%) e pelo vestuário e calçado (10%). A inflação dos últimos 12 meses atingiu o seu nível mais alto em três décadas.

Apesar de a inflação ter atingido 160,9% em termos homólogos, o novo governo do presidente Javier Milei espera um aumento ainda maior nos próximos meses, devido ao pacote de cortes e ajustes anunciado na véspera pelo novo Ministro da Economia, Luís Caputo.

*Sputnik

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Israel enfrenta isolamento e críticas de Biden diante do crescimento do número de mortes em Gaza

(Reuters) – Israel enfrentou um crescente isolamento diplomático em sua guerra em Gaza, enquanto as Nações Unidas exigiam um cessar-fogo humanitário imediato e o presidente dos EUA, Joe Biden, dizia que o bombardeio “indiscriminado” de civis estava custando o apoio internacional.

Com intensos combates sendo travados simultaneamente no norte e no sul do enclave, as tropas israelenses relataram na quarta-feira as piores perdas em combate em mais de um mês, incluindo um coronel, o oficial de mais alta patente já morto na campanha terrestre.

Aviões de guerra bombardearam novamente toda a extensão de Gaza e autoridades humanitárias disseram que a chegada do inverno chuvoso piorou as condições para centenas de milhares de famílias que dormiam na rua em tendas improvisadas. A grande maioria dos 2,3 milhões de habitantes de Gaza já ficou sem abrigo.

Israel lançou a sua campanha para aniquilar o grupo militante Hamas que controla Gaza com simpatia global depois de os combatentes terem atravessado a cerca da fronteira em 7 de Outubro, matando 1.200 israelitas, a maioria civis, e fazendo 240 reféns.

Mas desde então, as forças israelitas sitiaram o enclave e devastaram grande parte dele, com mais de 18 mil pessoas confirmadas como mortas, segundo as autoridades de saúde palestinianas, e muitos milhares mais temem-se perdidos nos escombros ou fora do alcance das ambulâncias.

Desde que uma trégua de uma semana ruiu no início de Dezembro, as forças israelitas alargaram a sua campanha terrestre desde o norte da Faixa de Gaza até ao sul, com o ataque à principal cidade do sul, Khan Younis.

Entretanto, os combates apenas se intensificaram entre os escombros do norte, onde Israel tinha anunciado anteriormente que os seus objectivos militares tinham sido em grande parte alcançados.

Israel relatou dez de seus soldados mortos nas últimas 24 horas, incluindo um coronel comandando uma base avançada e um tenente-coronel comandando um regimento. Foi a pior perda em um dia desde que 15 pessoas morreram em 31 de outubro.

De acordo com a Rádio do Exército, a maioria das mortes ocorreu no distrito de Shejaiya, na cidade de Gaza, no norte, quando uma unidade de infantaria que caçava homens armados do Hamas entrou num edifício e perdeu contacto com a base da retaguarda. Quando outra unidade foi enviada atrás deles, bombas foram detonadas no prédio e homens armados abriram fogo.

‘TRAZENDO DESTRUIÇÃO E MORTE’

O Hamas disse que o incidente mostrou que as forças israelenses nunca poderiam subjugar Gaza: “Dizemos aos sionistas que a sua liderança fracassada não se importa com as vidas dos seus soldados”, afirmou. “Quanto mais tempo você ficar lá, maior será a conta de suas mortes e perdas, e você sairá disso carregando o rabo da decepção e da perda, se Deus quiser.”

No norte, também ocorreram intensos combates no distrito de Jabaliya, onde as autoridades de saúde de Gaza afirmam que as forças israelitas sitiaram e invadiram um hospital e detiveram e abusaram de pessoal médico.

No sul, as forças israelitas que atacavam Khan Younis avançaram nos últimos dias para o centro da cidade. Moradores disseram que houve intensos combates no local, mas não houve mais tentativas de avanço nas últimas 24 horas.

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‘Fogo amigo’ matou 20 soldados israelenses em Gaza

Ao menos 13 militares foram mortos por serem confundidos com soldados do Hamas; outros sete morreram em acidentes das próprias forças de Israel.

A estimativa é de que 13 militares israelenses foram mortos por serem confundidos com soldados do Hamas. Outros sete morreram em acidentes das próprias forças, alguns envolvendo veículos blindados, segundo o jornal Haaretz.

As mortes dos militares por “fogo amigo” ocorreu devido a erros de identificação em ataques aéreos, bombardeios de tanques e tiros. Um soldado, por exemplo, foi morto por tiros que não tinham a intenção de atingi-los, e outros em incidentes envolvendo veículos blindados atropelando tropas. De acordo com o jornal, ainda dois soldados foram mortos por estilhaços de explosivos detonados pelas forças israelenses.

Em comunicados, as IDF avaliaram que uma série de razões levaram às mortes, como problemas de comunicação entre as forças, o cansaço dos soldados e o não cumprimento dos regulamentos.

Outros 582 soldados israelenses ficaram feridos na incursão militar terrestre – incluindo 133 com feridas graves, 218 moderadamente e 231 levemente, de acordo com dados das IDF de segunda-feira (11/12).

A violência aumentou na Palestina após o início da guerra entre Israel e Hamas na Faixa de Gaza – Tel Aviv ocupa a Cisjordânia desde a Guerra Árabe-Israelense de 1967. A cidade de Jenin e o seu campo de refugiados têm sido alvos de repetidos ataques israelenses, com dezenas de pessoas mortas este ano, incluindo mulheres e crianças.

*Opera Mundi

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Maduro: EUA vão jogar Zelensky no lixo como um fantoche inútil

O presidente da Venezuela Nicolás Maduro, no programa Com Maduro +, expressou a opinião de que os Estados Unidos usam o líder ucraniano Vladimir Zelensky e o vão jogar fora como um fantoche desnecessário.

Segundo ele, não é a primeira vez que o imperialismo coloca um fantoche, o usa e “o joga no lixo”.

“Tínhamos um palhaço como Zelensky – Guaidó […]. O imperialismo o pegou e o jogou em uma lixeira em Miami. Agora ele está vivendo como lixo em Miami, mas com milhões [no bolso]”, disse o presidente venezuelano em seu programa.

Ele acrescentou que, aparentemente, Zelensky “terá o mesmo destino”.

“Haverá mais exemplos, como Guaidó, que serão usados para provocação e mentira, para dividir o povo, para enchê-lo com ódio, para trazer a guerra. O imperialismo é como o diabo – você o serve, e ele depois te cospe”, ressaltou Maduro.

*Sputnik

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Irã adverte que a região pode explodir se os ataques a Gaza continuarem

O diplomata iraniano protestou contra o veto dos EUA ao cessar-fogo.

O ministro das Relações Exteriores do Irã alertou que a região poderia explodir a qualquer momento se os ataques israelenses contra Gaza não forem interrompidos imediatamente, informa o canal iraniano HispanTV.

“O alcance da guerra na região se ampliou, e se os ataques contra Gaza não forem interrompidos imediatamente, existe a possibilidade de que a região exploda a qualquer momento e todas as partes percam o controle”, advertiu o ministro das Relações Exteriores do Irã, Hosein Amir Abdolahian, em uma conversa telefônica realizada nesta segunda-feira (11) com seu homólogo chinês, Wang Yi.

O diplomata iraniano expressou seu descontentamento com o recente veto dos Estados Unidos a uma resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU) sobre um cessar-fogo em Gaza, diz o 247.

“Infelizmente, a parte dos Estados Unidos não compreende o perigo de uma maior expansão da guerra. A vida de seu aliado, [Benjamin] Netanyahu, depende unicamente da continuação da guerra e do genocídio. A situação na região não seguirá assim”, enfatizou o chefe da diplomacia iraniana, referindo-se à decisão do primeiro-ministro do regime israelense de prosseguir com a guerra em Gaza, apesar dos crescentes apelos internacionais para deter o derramamento de sangue dos palestinos.

O Irã criticou os Estados Unidos por vetar uma resolução que pede um cessar-fogo em Gaza e responsabilizou Washington por qualquer expansão do conflito.

Ao se referir aos esforços construtivos anteriores da China para promover a paz e a estabilidade na região, Amir Abdolahian instou Pequim a desempenhar um papel ativo para ajudar a deter a guerra.

“A segurança da região é importante para todos nós, e, nesse sentido, a República Islâmica do Irã realizou numerosas consultas com os países da zona”, destacou o ministro iraniano durante a ligação telefônica, na qual, além dos eventos em Gaza, os dois funcionários também discutiram as relações entre Teerã e Pequim.

Por sua vez, o ministro chinês das Relações Exteriores chinês lamentou o veto dos Estados Unidos à mencionada resolução e salientou que seu país dá importância à obtenção de um cessar-fogo e ao envio imediato de ajuda humanitária a Gaza.

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‘Completamente colapsado’, diz Médicos Sem Fronteiras sobre sistema de saúde em Gaza

Entidade denuncia limitação de ajuda humanitária pelos constantes ataques israelenses a palestinos e estradas de acesso; Israel tenta culpar ONU pelo ‘mau uso’ da passagem de Rafah para entrega de recursos.

“O sistema de saúde está completamente colapsado neste momento”, declarou Marie-Aure Perreaut, coordenadora de emergência do Médicos Sem Fronteiras (MSF), dentro do próprio Hospital Al-Aqsa, localizado no centro da Faixa de Gaza.

Com os incessantes ataques de Israel ao território palestino, a líder da entidade denunciou a limitação dos recursos necessários para o atendimento das vítimas e a impossibilidade de acompanhar o fluxo de entrada de feridos.

A intensa operação militar comandada pelas autoridades de Tel Aviv tem como justificativa “eliminar o Hamas‘. No entanto, a tese perdeu credibilidade uma vez que a maior parte das vítimas fatais são os próprios palestinos, incluindo crianças e mulheres inocentes. Nesse cenário, membros de equipes humanitárias também têm sido atingidos. Muitos, inclusive, chegaram a perder a vida.

“Além disso, é extremamente difícil para os colegas passarem pelo pronto-socorro porque são eles que estão feridos. Há cerca de uma hora, um dos nossos colegas chegou ao pronto-socorro gravemente ferido junto com sua família”, desabafou Perreaut, classificando a situação como “traumatizante”.

Um dos maiores problemas relatados pelo MSF com relação aos pacientes é a falta de acesso ao tratamento, uma vez que os centros de saúde estão sendo obrigados a evacuar e as estradas não são nada seguras para chegar às clínicas disponíveis.

Passagem de Kerem Shalom ‘deverá ser aberta’
O COGAT, órgão militar israelense responsável pela coordenação de assuntos civis palestinos, afirmou que a passagem da fronteira Karem Abu Salem (Kerem Shalom) entre Israel e Gaza “deverá ser aberta”.

O secretário de assuntos humanitários das Nações Unidas, Martin Griffiths, já havia adiantado a informação na última quinta-feira (07/12), na ocasião em que estava criticando a impossibilidade de uma operação humanitária efetiva no sul de Gaza, região gravemente atingida na fase mais recente da operação israelense.

“Não temos uma ‘operação humanitária’ no sul de Gaza. Não se pode chamar por esse nome. O ritmo do ataque militar no sul é uma repetição do ataque no norte”, declarou o representante.

Ao falar em “capacidades de realizar inspeções para a entrega de ajuda a Gaza”, o COGAT também manifestou duvidar da competência da ONU ao culpar o órgão internacional por não entregar ajuda suficiente aos palestinos por meio da passagem de Rafah, atualmente aberta, com o Egito.

“A ONU tem que fazer melhor”, disse o COGAT em publicação.

*Opera Mundi

 

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Governo Milei pode explodir a inflação argentina já nos primeiros meses, alerta economista

Em uma análise crítica, o renomado economista Fabio Giambiagi, associado ao Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV-Ibre), manifestou preocupações consideráveis em relação à economia argentina sob a nova liderança de Javier Milei.

Com raízes profundas no país vizinho, onde passou parte de sua infância, Giambiagi examinou os desafios econômicos que a Argentina enfrenta, especialmente diante das propostas de Milei de dolarizar a economia e eliminar o Banco Central local.

Em entrevista ao Estado de S. Paulo, Giambiagi expressou apreensão quanto à possibilidade de uma inflação superior a 200% ao ano nos próximos meses, destacando a gravidade da situação. O economista questionou as estratégias do governo Milei para combater o déficit público, sublinhando a necessidade de desindexação, além do ajuste fiscal, como um passo crucial que, em sua opinião, está sendo negligenciado.

Giambiagi também levantou preocupações sobre a dinâmica inflacionária, alertando para a possibilidade de a situação sair do controle, alimentando uma “profecia autocumprida” de inflação crescente. Em um ponto incomum, o economista destacou o reconhecimento por parte de Milei, durante sua posse, de que a economia poderia piorar antes de melhorar.

Giambiagi questionou a eficácia dessa abordagem e ponderou se ela será capaz de manter o capital político de Milei durante um período economicamente turbulento. As incertezas em torno das medidas propostas pelo novo governo argentino continuam a gerar debate e análise entre os especialistas econômicos.