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Pesquisa aponta Lula (63%) como principal nome da esquerda para disputar a Presidência em 2026. No campo da direita, Tarcísio (60,1%) assume a liderança das preferências

Pesquisa Atlas/Intel divulgada nesta quarta-feira (5) revela que, sem Jair Bolsonaro (PL) na disputa presidencial em 2026, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), é citado como melhor nome para a direita por 60,1% dos participantes. No campo da esquerda, no mesmo cenário, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é o preferido por 63% dos entrevistados.

Foram ouvidas 3.222 pessoas entre os dias 2 e 4 de julho. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

A pesquisa foi realizada após Bolsonaro tornar-se inelegível por oito anos em decisão do Tribunal Superior Eleitoral na sexta-feira, 30 de junho.

No campo da esquerda, Lula lidera com 63%. Ele é seguido pelo atual ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), com 14,4%. A opção “outro nome” – que não define candidato específico – aparece com 9,3%. Ciro Gomes (PDT), que participou da corrida eleitoral no ano passado, tem 3,7%. Abaixo, os nomes citados:

Luiz Inácio Lula da Silva (PT): 63%
Fernando Haddad (PT): 14,4%
Outro nome: 9,3%
Ciro Gomes (PDT): 3,7%
Camilo Santana (PT): 2,8%
Rui Costa (PT): 1,7%
Marina Silva (Rede): 1,1%
Jaques Wagner (PT): 0,4%
Silvio Almeida: 0,2%
Não sabe: 3,4%.
No cenário com nomes da direita, Tarcísio e Michelle são os mais apontados. Os nomes citados são:

Tarcísio de Freitas (Republicanos): 60,1%
Michelle Bolsonaro (PL): 17,9%
Romeu Zema (Novo): 8,6%
Ratinho Jr. (PSD): 2,2%
Flávio Bolsonaro (PL): 2%
Tereza Cristina (PP): 0,8%
Magno Malta (PL): 0,5%
Ronaldo Caiado (União Brasil): 0,3%
Não sabe: 7,5%.
Foi pesquisado também um cenário com nomes considerados de centro:

Outro nome: 38,6%
Simone Tebet (MDB): 32,3%
Geraldo Alckmin (PSB): 8,4%
Márcio França (PSB): 4,2%
Eduardo Leite (PSDB): 2,8%
Raquel Lyra (PSDB): 0,3%
Não sabe: 13,6%.
Quando questionados sobre a imagem dos prováveis candidatos, 54% citam que veem Tarcísio positivamente, 20% não sabem, e 26% têm opinião negativa. Lula, por sua vez, tem 51% de citações positivas, enquanto 3% não sabem, e 46% o veem negativamente:

Tarcísio de Freitas (Republicanos): 54% positiva; 20% não sabem; e 26% negativa
Luiz Inácio Lula da Silva (PT): 51% positiva; 3% não sabem; e 46% negativa
Simone Tebet (MDB): 45% positiva; 6% não sabem; e 48% negativa
Fernando Haddad (PT): 43% positiva; 6% não sabem; e 51% negativa
Jair Bolsonaro (PL): 43% positiva; 6% não sabem; e 51% negativa
Michelle Bolsonaro (PL): 43% positiva; 9% não sabem; e 49% negativa
Janja: 39% positiva; 16% não sabem; e 45% negativa
Geraldo Alckmin (PSB): 38% positiva; 18% não sabem; e 44% negativa
Flávio Dino (PSB): 37% positiva; 16% não sabem; e 47% negativa
Sergio Moro (União Brasil): 37% positiva; 12% não sabem; e 52% negativa
Romeu Zema (Novo): 35% positiva; 27% não sabem; e 38% negativa
Marina Silva (Rede): 34% positiva; 17% não sabem; e 49% negativa
Eduardo Leite (PSDB): 25% positiva; 36% não sabem; e 39% negativa
Rodrigo Pacheco (PSD): 25% positiva; 29% não sabem; e 46% negativa
Ciro Gomes (PDT): 23% positiva; 23% não sabem; e 54% negativa
Rui Costa (PT): 16% positiva; 45% não sabem; e 40% negativa
Arthur Lira (PP): 15% positiva; 22% não sabem; e 63% negativa.

*Com informações da CNN. 

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Na contramão de Lira: Presidencialismo tem apoio de 74% dos brasileiros, diz pesquisa

Os poderes e as atribuições da Presidência da República têm, hoje, o suporte de 74% dos brasileiros que, de acordo com pesquisa inédita Genial/Quaest, desejam a manutenção do presidencialismo no país. O apoio ao atual sistema de governo é superior aos 12% da população que, também segundo o levantamento, acredita que deveria existir uma transição para o parlamentarismo. Há ainda uma parcela de 14% sem opinião formada sobre o tema, diz Lauro Jardim, O Globo.

O resultado contrapõe movimentos recentes de Arthur Lira que defende uma mudança para o semipresidencialismo, com o objetivo de “diminuir a instabilidade crônica que o Brasil vive há muito tempo” (a declaração é de março passado). O modelo teria um primeiro-ministro como chefe de governo, diminuiria a autonomia do presidente e reforçaria o protagonismo crescente do Congresso (uma ascensão, aliás, patrocinada pelo próprio Lira).

Lira, ao reiterar a ideia, há três meses, destacou que, se aprovada no Congresso, ela poderia valer a partir de 2034 — ou seja, sem impacto para Lula e uma eventual reeleição.

Entre os eleitores do presidente no segundo turno do ano passado, de acordo com a Genial/Quaest, o apoio ao presidencialismo é de 78%, ante 8% ao parlamentarismo (14% não souberam responder).

Já entre os apoiadores de Jair Bolsonaro no último pleito, 73% preferem a lógica presidencial, enquanto 16% optam pela parlamentar (e 11% deixaram de opinar).

Dos entrevistados que afirmaram ter votado nulo ou em branco na disputa entre os dois candidatos, 71% preferem o presidencialismo, 11% o parlamentarismo e 18% não responderam.

A pesquisa foi feita entre 15 e 18 de junho e ouviu 2.029 brasileiros acima dos 16 anos. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais.

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Aprovação de Lula cresce oito pontos entre eleitores de Bolsonaro

Em dois meses, aprovação de Lula subiu de 14% para 22% entre aqueles que votaram em Bolsonaro no segundo turno de 2022.

A aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) retornou a 56% na terceira rodada da pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta quarta-feira (21), após uma queda para 51% na medição realizada em abril. Essa recuperação, que coloca a aprovação de Lula no mesmo patamar de fevereiro, quando foi feita a primeira pesquisa, é atribuída à melhora da percepção sobre a economia, diz o 247.

A percepção acerca do desempenho do presidente melhorou mais ainda entre aqueles que votaram em Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno da eleição presidencial de 2022. Em abril de 2023, apenas 14% dos eleitores de Bolsonaro aprovavam o governo Lula. Dois meses depois, em junho, a aprovação subiu oito pontos e se encontra no patamar de 22%.

graficoA pesquisa Genial/Quaest foi realizada entre os dias 15 e 18 de junho, com a participação de 2.029 eleitores com idade superior a 16 anos, em entrevistas presenciais. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos.

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Lula supera avaliação positiva de todo o governo Bolsonaro, mostra CNT

Lula obteve a melhor avaliação já conquistada pelo governo federal nos últimos 4 anos, ou seja, superior a todo o desempenho de Jair Bolsonaro desde o seu primeiro mês de mandato, revela pesquisa CNT, divulgada nesta terça-feira (16).

O presidente Lula recebe, atualmente, a aprovação de 43,1% dos brasileiros e é desaprovado por 24,6%. É a primeira inversão de resultados, ou seja, mais análises positivas do que negativas, desde outubro de 2020 – um dos únicos períodos que Jair Bolsonaro foi visto mais positivo do que negativamente.

Desde fevereiro de 2021, Bolsonaro acumulava mais imagens negativas (36%) do que positivas (33%), chegando a obter, em dezembro de 2021, 48% de avaliações ruins e 27% boas.

Em fevereiro do ano passado, a imagem negativa de Bolsonaro ainda se mantinha, a ponto de registrar o que Lula recebe hoje, mas inversamente: 43% de avaliações negativas contra 26% de positivas.

Os resultados mostram boas expectativas para o novo presidente e indicam que, a 5 meses do início de seu mandato, ele conseguiu dissolver as impressões mais negativas herdadas das eleições 2022.

Somente 16,8% enxergam o governo Lula como “péssimo” e 7,8% como “ruim”. Há cerca de um terço da população que o veem como “regular”.

Também é maioria (57,4%) quem aprova o desempenho pessoal de Lula, contra 34,8% que desaprovam. Ainda, para 46,5%, o governo Lula está sendo melhor do que o de Jair Bolsonaro.

*Com GGN

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Ipespe/Febraban: Aprovação do governo Lula sobe para 52%

Popularidade da atual gestão segue estável; pesquisa também aponta aumento contínuo na expectativa positiva do povo em relação ao governo.

A mais nova pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe), encomendada pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), mostra que a aprovação do governo Lula (PT) subiu em abril em relação aos dois meses anteriores. A informação é do Valor Investe.

De acordo com a pesquisa, em abril, 52% dos entrevistados afirmam aprovar o governo enquanto 38% desaprovam sua gestão. Em fevereiro, 51% dos entrevistados aprovavam o governo Lula e 36% o desaprovavam.

No atual levantamento, todas as oscilações registradas em relação aos dados de fevereiro estão dentro da margem de erro.

Ao analisar os estratos demográficos da pesquisa, a avaliação do governo Lula fica abaixo de 50% apenas entre homens (49%) e na faixa etária entre 25 e 44 anos (48%). Em relação à avaliação do governo, 39% dos entrevistados consideram o governo “ótimo” ou “bom”, em comparação com 40% em fevereiro, enquanto a avaliação “regular” foi registrada em 28%, em comparação com 27% em fevereiro. As impressões “ruim” e “péssima” permaneceram em 28%.

Os dados da Ipespe/Febraban também mostram uma tendência de aumento na expectativa positiva em relação à gestão presidencial: em dezembro, 46% das pessoas responderam ter expectativa “ótima” ou “boa” em relação ao governo Lula. Esse número aumentou para 49% em fevereiro e agora é de 51%. Enquanto 17% esperam um governo “regular”, em fevereiro esse número era de 21% e em dezembro, 16%.

Já aqueles que esperam um governo “ruim” ou “péssimo” representam 27% dos entrevistados, em comparação com 25% na pesquisa anterior e 31% no levantamento de dezembro. Isso mostra que, apesar do crescimento nos últimos dois meses, ainda há uma queda na expectativa negativa se comparada a quando o mandato ainda não havia começado.

A pesquisa Ipespe/Febraban foi realizada entre os dias 14 e 19 de abril, com uma amostra de 2 mil entrevistados, e a margem de erro é de 2,2 pontos percentuais com intervalo de confiança de 95,5%.

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Quaest: 81% dos brasileiros querem que a Polícia Federal investigue Bolsonaro no caso das joias

O diretor da Quaest Felipe Nunes avalia neste domingo (30) pesquisa do Instituto que indica a repercussão do caso das joias sauditas envolvendo diretamente Jair e Michelle Bolsonaro. De acordo com o especialista, o fato atingiu em cheio a opinião pública, diz o 247.

“O caso das joias ficou muito conhecido: 71% dos entrevistados souberam do caso envolvendo a família Bolsonaro. Mais interessante ainda: a grande maioria (81%) concordam com a abertura de investigação sobre o caso pela Polícia Federal. Entre eleitores do Bolsonaro, 72% concordam com a investigação, ou seja, um perigo para a base do ex-presidente”, acrescenta.

“Mas Bolsonaro é culpado? Aí novamente vemos a politização tomando conta das opiniões. Enquanto 46% acham que Bolsonaro é culpado, 33% não. Na eleição, Lula teve 39% e Bolsonaro 38%. Ou seja, o caso das ioias é definitivamente um tema que desgasta o bolsonarismo. Enquanto 61% dos eleitores de Bolsonaro o defendem, 74% dos eleitores de Lula o culpam. Mais importante ainda, Bolsonaro é considerado culpado por quase metade de quem não foi votar ou votou branco/nulo – que tendem a ser mais despolitizados”, indica Felipe.

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Datafolha: 61% avaliam que Lula se comporta de maneira adequada ao cargo sempre ou na maioria das vezes

Pesquisa Datafolha divulgada neste sábado, 1º, mostra que 61% dos eleitores avaliam que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se comporta sempre, ou na maioria das vezes, de maneira adequada para o cargo.

Para 37% dos entrevistados, Lula se comporta adequadamente o tempo todo, enquanto 24% acreditam que o petista o faz na maioria das ocasiões. Já 20% acham que ele não age dentro do esperado para o cargo na maioria das oportunidades, e outros 18% dizem que ele nunca o faz.

Outros 2% dos entrevistados não souberam dizer. O instituto ouviu 2.028 pessoas com mais de 16 anos em 126 cidades, entre os dias 29 e 30 de março. A pesquisa, que marca os 90 dias de gestão de Lula, tem margem de erro de dois pontos para mais ou menos.

Aprovação

A pesquisa apontou também que Lula chegou aos primeiros três meses de governo com aprovação de 38% da população, reprovação de 29%, avaliação regular de 30% e outros 3% de pessoas afirmando que não sabem avaliar.

A aprovação de 38% significa que, para essa fatia da sociedade, o governo de Lula tem sido bom ou ótimo. E a desaprovação abrange aqueles que consideram a atual gestão ruim ou péssima.

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Brasil, terra da violência sexual: 822 mil estupros por ano. Dois por minuto

Estudos comprovam que cenário de violência sexual contra as mulheres brasileiras é de barbárie. Apenas 8,5% dos crimes cometidos chegam à polícia e 4,2%, ao sistema de saúde.

Estudo publicado nesta semana pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) chama a atenção para a dimensão ainda gigantesca da violência sexual que afeta principalmente as mulheres no Brasil: o número estimado de crimes de estupro no país é de 822 mil por ano – o equivalente a dois por minuto. A maior quantidade desse crime é cometido contra jovens, com o pico de idade aos 13 anos.

O Ipea se baseou em dados da Pesquisa Nacional da Saúde (PNS), do IBGE, e do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), do Ministério da Saúde, tendo 2019 como ano de referência. Assim, o instituto também calculou a proporção dos casos estimados de estupro que não são identificados nem pela polícia, nem pelo sistema de saúde. A conclusão é que, dos 822 mil casos por ano, apenas 8,5% chegam ao conhecimento da polícia e 4,2% são identificados pelo sistema de saúde.

Com este cenário, a estimativa de 822 mil estupros por ano pode ser considerada conservadora, avaliam os responsáveis pela pesquisa. “O registro depende, em boa parte dos casos, da decisão da vítima, ou de sua família, por buscar ajuda no Sistema Único de Saúde”, disse, em nota, o pesquisador do Ipea e um dos autores do estudo, Daniel Cerqueira.

Em razão disso, prossegue, o número de casos de estupro notificados difere “substancialmente da prevalência real, pois muitas vítimas terminam por não se apresentar a nenhum órgão público para registrar o crime, seja por vergonha, sentimento de culpa, ou outros fatores”.

O quadro é grave. Além da impunidade, muitas das vítimas ficam desatendidas em termos de saúde”, afirma o Ipea. As consequências da violência sexual contra as mulheres são igualmente dramáticas. Entre as mais frequentes estão a depressão, a ansiedade, impulsividade, distúrbios alimentares, sexuais e de humor e alteração na qualidade de sono. Além de ser um fator de risco para comportamento suicida.

Juventude marcada

Outra pesquisa sobre o tema, divulgada por ocasião da chegada de março – período de afirmação das lutas pelos direitos das mulheres –, traça com detalhes o perfil das vítimas de violência sexual no Brasil entre meninas e adolescentes dos 10 aos 19 anos.

O estudo Sem deixar ninguém para trás – gravidez, maternidade e violência sexual na adolescência foi organizado pelo Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (Cidacs), vinculado à Fundação Oswaldo Cruz da Bahia (Fiocruz-BA).

Os institutos concluem que a maioria (67%) dos 69.418 estupros cometidos no país entre 2015 e 2019 teve como vítimas meninas com idade entre 10 e 14 anos. Outros 33% das vítimas tinham de 15 a 19 anos. Prevalecem as meninas pardas (54,75%). Depois delas vêm as brancas (34,3%), pretas (9,43%) e, por fim, indígenas (1,2%).

O Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia (ISC/UFBA) e o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) também assinam a pesquisa, que confirmou dados levantados pelo trabalho do Ipea quanto às relações entre agressores e vítimas de estupro, identificados em quatro grupos principais:

  • amigos/conhecidos;
  • familiares;
  • parceiros e ex-parceiros;
  • e desconhecidos.

Outro aspecto confirmado por ambos os trabalhos: a esmagadora maioria das vítimas conhecia o autor, ou autores, do crime que sofreu. Apenas 17,2 % das ocorrências registradas foram cometidas por pessoas desconhecido das mulheres.

Por meio dos dados coletados junto ao Sinan, do Ministério da Saúde, os pesquisadores concluíram ainda que o estupro nestas faixas etárias costumam ocorrer na casa das vítimas. No total, 63,16% dos episódios se deram nesse contexto. Em 24,8% das vezes, o local era público e, em 1,39% dos casos, o crime foi cometido dentro da escola.

“Estamos falando de agressores conhecidos, pessoas que muitas vezes também provêm coisas boas, positivas para essas crianças. Por isso é que é tão importante cuidar disso, porque a gente está falando de algo que é tratado pelo agressor sexual como um segredo, algo que não pode ser contado”, alerta a psicóloga Daniela Pedroso, gestora do projeto Bem Me Quer, do Hospital da Mulher.

Onde está a ajuda?

No Brasil, órgãos dos poderes Judiciário e Executivo (no âmbito federal, estadual e municipal) têm procurado manter o funcionamento das instituições às quais as mulheres vítimas de violência devem recorrer para obter ajuda. Conheça abaixo alguns dos principais serviços:

Ligue 180 e Disque 100

Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos, vinculada ao Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, é responsável por receber e analisar violações de direitos humanos de todo o Brasil. O órgão recebe também as denúncias de violência contra a mulher.

Discando gratuitamente para os telefones 180 ou 100, a denunciante também pode receber orientações sobre seus direitos e outros serviços próximos. O Ligue 180 funciona 24 horas por dia, todos os dias.

A Ouvidoria Nacional também pode ser acionada por email. O endereço é: [email protected] .

Aplicativo Proteja Brasil

Produzido pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e pela então Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (atual Ministério dos Direitos Humanos), o aplicativo para smartphones e tablets continua disponível para sistemas Android e IOS.

Gratuito, ele permite fazer denúncias de agressão física, moral ou sexual, localizar órgãos de proteção às vítimas nas principais capitais e se informar sobre direitos e diferentes tipos de violações.

O aplicativo também recebe denúncias de locais sem acessibilidade, de crimes na internet e de violações relacionadas a outras populações em situação vulnerável. As denúncias são encaminhadas diretamente para o serviço de atendimento do governo federal.

Centros de referência

Estes espaços públicos prestam acolhimento, atendimento psicológico e social e orientação jurídica às mulheres em situação

violência, bastando à vítima comparecer para ser atendida. Ou seja, não há necessidade de encaminhamento por qualquer outro serviço.

Para saber o endereço e o telefone do serviço em uma determinada região, basta chamar o Ligue 180.

Casas-abrigo

As casas-abrigo são locais destinados a acolher, temporariamente e com segurança, mulheres em situação de violência doméstica e familiar, sob risco de morte iminente, bem como seus filhos (crianças e adolescentes).

Porém, a acesso às casas-abrigo depende de encaminhamento por parte de outro serviço da rede de atendimento à mulher em situação de violência, como as delegacias especializadas de atendimento à mulher, Defensoria Pública e Centros de Referência de Assistência Social (Creas).

Isso porque a localização delas é sigilosa, e só com o encaminhamento de um outro órgão a pessoa é informada para onde se dirigir.

Em alguns casos, o encaminhamento também pode ser feito por juizados especializados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher e promotorias especializadas.

Casas de acolhimento provisório

Trata-se de um serviço de abrigamento de até 15 dias, não sigiloso, para mulheres em situação de violência, acompanhadas ou não de seus filhos, que não correm risco iminente de morte. Atendem não só às vítimas de violência doméstica e familiar, mas também as que sofrem outros tipos de violência, em especial vítimas do tráfico de mulheres.

O abrigamento provisório deve garantir a integridade física e emocional das mulheres, bem como realizar diagnóstico da situação da mulher para encaminhamentos necessários. O Ligue 180 também informa sobre as formas de acesso ao serviço em cada região.
Delegacias especializadas

Unidades especializadas das polícias civis dos estados, as delegacias da mulher realizam ações de prevenção, proteção e investigação dos crimes de violência doméstica e violência sexual contra as mulheres.

Nelas, é possível registrar boletins de ocorrência, solicitar medidas protetivas de urgência, entre outros serviços. No entanto, a maioria das cidades brasileiras ainda não conta com este tipo de atendimento especializado. Além disso, o horário de funcionamento não segue um padrão, podendo variar conforme a cidade ou até mesmo o bairro.

Em algumas localidades a falta de delegacias especializadas é compensada por núcleos ou postos de atendimento nas delegacias comuns, que contam com equipe para atender mulheres em situação de violência.
Saúde pública

Há, no Sistema Único de Saúde (SUS), serviços de saúde especializados no atendimento às mulheres de qualquer idade, vítimas de violência sexual. Além do apoio psicossocial, estas unidades oferecem assistência à prevenção de infecções sexualmente transmissíveis – incluindo o HIV (sigla em inglês do vírus que pode provocar a Aids) decorrentes de estupro.

A Central de Atendimento à Mulher (Ligue 180) pode informar o telefone e o endereço do serviço médico em cada localidade.
Patrulhas e rondas Maria da Penha

Trata-se de serviço de patrulhamento especializado que, em geral, funciona 24 horas por dia, atuando para coibir a violência contra as mulheres, fiscalizando especialmente o cumprimento de medidas protetivas. Em algumas unidades da federação, o serviço é realizado pelas guardas municipais.

Normalmente, a inclusão no serviço acontece por meio de decisão judicial, mas muitas patrulhas já atuam a partir de acionamento via rádio e aplicativos – mesmo que a mulher não tenha medida protetiva em vigor. Na ausência do serviço, contudo, a Polícia Militar deve ser imediatamente acionada pelo telefone 190 – sobretudo em caso de urgência.
Defensorias especializadas

As defensorias públicas são órgãos do Poder Judiciário encarregadas de atender pessoas que não possuem condições financeiras para pagar pelo serviço de um advogado. Entre elas, há estruturas voltadas exclusivamente à prestação de assistência jurídica gratuita às mulheres em situação de violência, garantindo orientação jurídica adequada e acesso à Justiça.

São os Núcleos Especializados no Acolhimento e Atendimento às Mulheres Vítimas de Violência Doméstica e Familiar (Nudems). Nas localidades onde não há Defensoria Pública Especializada, o caso é atendido pela equipe não especializada disponível.

Também aqui, o modo mais fácil de se informar sobre endereços e telefones do serviço, além do horário de funcionamento, é telefonar para o Ligue 180.

*Com RBA

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Todas as formas de violência contra mulher aumentam em 2022, diz pesquisa

Quase metade das vítimas afirmam que não denunciaram episódios e alegam falta de confiança na polícia.

De acordo com a Folha, todas as formas de violência contra a mulher aumentaram no Brasil em 2022, aponta uma nova pesquisa Datafolha realizada a pedido do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. A lista inclui desde vítimas de de xingamentos e ameaças até aquelas que foram esfaqueadas ou alvo de tiros.

O levantamento, que aconteceu entre os dias 9 e 13 de janeiro deste ano, ouviu pessoas acima de 16 anos em 126 cidades do Brasil, abrangendo assim todas as regiões do país. Do total, foram realizadas 2.017 entrevistas, sendo 1.042 mulheres, das quais 818 responderam ao bloco sobre vitimização.

A pesquisa, chamada “Visível e Invisível: A Vitimização de Mulheres no Brasil” e publicada na manhã desta quinta-feira (2), mostra um cenário ainda mais preocupante para a população feminina. Os números apontam que 50.692 mulheres sofreram violência diariamente em 2022.

A prevalência da violência ao longo da vida é maior entre mulheres pretas (48%), com grau de escolaridade até o ensino fundamental (49%), com filhos (44,4%), divorciadas (65,3%) e na faixa etária de 25 a 34 anos (48,9%). No geral da população esse número é de 33,4%.

Entre os índices que medem a violência contra a mulher, houve uma piora em todos os aspectos, seja tiro ou esfaqueamento, ameaça com arma de fogo ou faca, espancamento ou tentativa de estrangulamento até insultos, humilhação ou xingamento.

Para Samira Bueno, diretora-executiva do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, três motivos explicam o aumento da violência contra a mulher.

O primeiro está ligado à queda do financiamento de projetos ligados ao acolhimento das mulheres em situação de violência.

Por exemplo, o Inesc (Instituto Instituto de Estudos Socioeconômicos) apontou que o orçamento federal para combater a violência contra a mulher em 2022 foi o menor dos últimos quatro anos.

Violência contra a mulher: causas e consequências - Mundo Educação

Além disso, Bueno diz que houve uma precarização dos serviços de acolhimento em meio à pandemia. Alguns serviços, lembra ela, foram interrompidas ou tiveram a capacidade limitada de recursos. “Estamos falando de diversos funcionários públicos afastados por serem considerados grupo de risco e isso precarizou na ponta o atendimento”, diz.

Por fim, a diretora do Fórum cita que o agravamento da violência contra as mulheres pode estar ligado ao movimento ultraconservador que cresceu nos últimos anos.

“Isso vai desde o Escola Sem Partido que ataca questões como igualdade de gênero”, diz Bueno. “Mas isso ficou claro na gestão do [ex-presidente Jair] Bolsonaro com a criação do Ministério da Família e das tentativas da [ex-ministra e agora senadora] Damares Alves de impedir meninas grávidas em decorrência de estupros a realizarem um aborto.”

A especialista afirma que uma das possibilidades para isso é de que os agressores se sentem menos encorajados a praticar a violência. “Por isso, esperam ficar em casa. Assim, aumenta a violência no espaço doméstico, um local de proteção para o agressor.”

A pesquisa aponta ainda que a maior parte das mulheres agredidas não pede ajuda. Em 2022, foram 45% que não fizeram nada após episódios de violência. Em segundo e terceiro lugar, respectivamente, as mulheres afirmaram ter pedido ajuda para familiares e amigos.

A maior parte afirma acreditar que consegue resolver a questão sozinha (38% das entrevistadas). o segundo maior motivo é a falta de confiança na polícia, resposta dada por 21,3%.

Além disso, 14% dizem não ter provas suficientes para provar terem sido vítima de uma agressão. “A mulher que não tem uma marca física muito evidente, muitas vezes não vai conseguir fazer um boletim de ocorrência e vai voltar para casa. Isso demonstra a incapacidade do estado de lidar com as diferentes formas de violência”, diz Bueno.

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Genial/Quaest: 65% aprovam Lula e 40% veem governo como ótimo ou bom

Pesquisa foi divulgada nesta terça-feira (14/2). Avaliação positiva nas primeiras semanas de governo é um ponto percentual acima da de Jair Bolsonaro, que teve 39%.

Pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta terça-feira (14/2) mostra que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem, nas suas primeiras semanas de governo, 65% de aprovação e 40% de avaliação ótima ou boa. É a primeira rodada do levantamento divulgada em 2023. Já 24% dos participantes consideram o governo Lula como regular, e 20%, como negativo.Os participantes que não responderam ou não souberam responder correspondem a 16%.

A pesquisa mostra que 65% dos brasileiros aprovam como Lula se comporta desde que assumiu a presidência da República. O levantamento foi realizado entre 10 e 13 de fevereiro, com 2.016 entrevistas presenciais em todo o país. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais.

O levantamento também compara a avaliação do atual presidente com a de outros mandatários da história brasileira. O índice de avaliação bom e ótimo de Lula superou em um ponto o de Jair Bolsonaro (PL) com o mesmo tempo de governo, mas fica atrás dos dois mandatos anteriores do petista: 43%, no primeiro mandato, e 48% no segundo.

Já Dilma Rousseff alcançou 47% de avaliação positiva no começo do primeiro mandato, mas apenas 12% no começo do segundo. Fernando Henrique Cardoso teve 41% no primeiro e 42% no segundo. Bolsonaro, por sua vez, teve 39% de avaliação positiva no começo de seu mandato. Questionados sobre a comparação entre o governo de Bolsonaro e de Lula, 60% dos entrevistados disseram esperar que o novo governo seja melhor; 8% dizem que será igual; e 17%, que será pior.

Lula alcançou a maior avaliação positiva no Nordeste (62%), com as mulheres (44%), e com os eleitores que recebem até dois salários mínimos (47%) e que estudaram só até o ensino fundamental (49%). A menor aprovação do presidente está no Centro-Oeste (34%) e entre as pessoas com renda familiar acima de cinco salários mínimos (35%).

94% repudiam ataques terroristas

A pesquisa Genial/Quaest traz ainda a opinião dos participantes sobre os ataques antidemocráticos de 8 de janeiro, em Brasília. Reprovaram os atos 94% dos ouvidos, e apenas 4% aprovaram. Além disso, 51% acreditam que Bolsonaro influenciou de alguma forma os ataques, enquanto 38% acreditam que o ex-presidente não influenciou os manifestantes. Já 42% acreditam que os extremistas representam os apoiadores de Bolsonaro, enquanto 49% defendem que eles não representam os bolsonaristas.

Já sobre os atuais problemas do Brasil, a economia é apontada como o principal por 30% dos participantes do levantamento, e as questões sociais, por 29%. Dentro do tema social, as maiores preocupação dos entrevistados são a fome e a miséria. Além disso, 62% dos participantes acreditam que a economia vai melhorar nos próximos 12 meses.

*Com Correio Braziliense

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