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Cúpula da CPI decide convocar Braga Netto e acelerar final dos trabalhos

O primeiro capítulo do relatório da CPI da Pandemia, com cerca de 400 páginas, já está pronto.

Após a tumultuada sessão do depoimento do líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), a cúpula da CPI se reuniu no gabinete do presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM), onde tomou duas decisões: a CPI deve acabar até a primeira quinzena de setembro e, para que ela acabe, é preciso ouvir o ministro da Defesa, Walter Braga Netto.

A avaliação é a de que já há elementos suficientes para a elaboração do relatório final. O primeiro capítulo, inclusive, com cerca de 400 páginas, já está pronto e trata de uma forma geral sobre os supostos crimes sanitários do governo na pandemia.

O segundo capítulo ainda começará a ser redigido e abordará a segunda fase dos trabalhos da CPI, com crimes de corrupção e de divulgação de fake news. Há uma percepção no grupo de que a comissão não mais produz fatos novos e que não haveria muito ainda para onde avançar e que por isso já é o momento de entrar na fase final.

A ida de Braga Netto, que comandou a Casa Civil e, portanto, coordenou grande parte das ações do governo na pandemia foi um pedido do relator Renan Calheiros (MDB-AL), que teve o aval dos demais. Estavam presentes, além de Omar, Alessandro Vieira, Simone Tebet, Humberto Costa, Rogerio Carvalho e Eliziane Gama. Alessandro Vieira será o responsável por refazer um requerimento de convocação do general que deverá ser votado na próxima terça-feira.

O grupo ainda avaliou o depoimento de Barros hoje. Houve um mea culpa, uma vez que a o líder do governo compareceu sem que as quebras de sigilo do deputado estivessem em posse dos técnicos da CPI. A conversão dele de convocado para convidado também foi vista como um erro, pois nada havia a fazer diante do que o grupo considerou mentiras dele.

*Caio Junqueira/CNN

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Moraes manda investigar Bolsonaro por vazamento de inquérito sigiloso da PF

Presidente divulgou íntegra de investigação sigilosa sobre suposto ataque ao sistema do TSE. Moraes também afastou delegado responsável e determinou remoção de links das redes sociais.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou nesta quinta-feira (12) a abertura de um inquérito sobre a participação do presidente Jair Bolsonaro no vazamento de uma investigação sigilosa da Polícia Federal.

A decisão atende a um pedido feito pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na segunda-feira (9). A notícia-crime endereçada a Moraes foi assinada por todos os ministros do TSE e traz o relato de suposta conduta criminosa atribuída a Bolsonaro.

No último dia 4, o presidente divulgou nas redes sociais a íntegra de um inquérito da Polícia Federal que apura suposto ataque ao sistema interno do TSE em 2018 – e que, conforme o próprio tribunal, não representou qualquer risco às eleições.

Com a nova frente de investigação, Bolsonaro passa a ser alvo de quatro inquéritos no STF:

  • o que apura suposta interferência do presidente na autonomia da PF;
  • o que investiga suposta prevaricação em relação a denúncias de irregularidades na compra da vacina Covaxin;
  • o relacionado aos ataques de Bolsonaro às urnas, e
  • a nova apuração, sobre o vazamento de investigação sigilosa da Polícia Federal.

Moraes determinou a remoção dos links disponibilizados por Bolsonaro com a íntegra da investigação e o afastamento do delegado da PF que era responsável por esse inquérito.

O ministro também definiu que Filipe Barros e o delegado deverão prestar depoimentos à Polícia Federal. A decisão não prevê depoimento de Bolsonaro.

O que diz a decisão

No despacho desta quinta, Moraes ressaltou que os dados não poderiam ser divulgados sem autorização da Justiça.

“Os elementos comprobatórios da existência de informações sigilosas ou reservadas pertinentes aos sistemas informáticos do TSE nos autos do mencionado inquérito policial foram devidamente destacados nesta notícia-crime, a evidenciar claramente que os dados jamais poderiam ser divulgados sem a devida autorização judicial”, diz.

O ministro também afirma que não houve justificativa para que Bolsonaro e Filipe Barros dessem publicidade à apuração.

“No entanto, sem a existência de qualquer justa causa, o sigilo dos autos foi levantado e teve o seu conteúdo parcialmente divulgado pelo Presidente da República, em entrevista conjunta com o deputado Felipe Barros, no intuito de tentar demonstrar a existência de fraudes nas eleições e ratificar suas declarações anteriores, objeto da primeira notitia-criminis”.

Bolsonaro investigado

A abertura dessa nova investigação é um desdobramento do inquérito das fake news, aberto em 2019 no STF para apurar a disseminação de conteúdo falso na internet e ameaças a ministros da Corte.

Na decisão desta quinta, o ministro entendeu que há conexão entre o vazamento do inquérito da PF e a suposta atuação de um grupo que usa fortemente a rede digital contra a democracia.

O inquérito divulgado

Na transmissão que agora será investigada, Bolsonaro e o deputado federal Filipe Barros (PSL-PR) divulgaram o conteúdo do inquérito da PF sobre o suposto ataque aos sistemas do Tribunal Superior Eleitoral. As informações da apuração foram distorcidas pela dupla e tratadas como definitivas, mesmo sem a conclusão do inquérito pela polícia.

Em seguida, Jair Bolsonaro publicou em rede social a íntegra do inquérito, que até então estava em sigilo.

Horas depois da transmissão, o TSE divulgou resposta para esclarecer que o acesso indevido aos sistemas da corte não representou qualquer risco à integridade das eleições de 2018.

Isso porque, explicou o tribunal, o código-fonte dos programas utilizados passa por sucessivas verificações e testes, aptos a identificar qualquer alteração ou manipulação e que nada de anormal ocorreu.

O inquérito ainda não foi concluído pela PF. Por lei, o servidor público tem obrigação de proteger informações sigilosas.

*Com informações do G1

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Alexandre de Moraes pede para TSE investigar ministro da Justiça

Ofício do ministro do STF, Alexandre de Moraes, solicita a investigação de suposto crime após participação de Anderson Torres em live do presidente Bolsonaro.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes solicitou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a investigação do ministro da Justiça Anderson Torres por campanha antecipada.

Torres participou, no dia 29 de julho, de uma transmissão ao vivo realizada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido). O ministro da Justiça não só apoiou Bolsonaro nas falas da live, mas também deu argumentos para a discussão sobre a Justiça Eleitoral.

O ofício enviado por Moraes tem data de 10 de agosto e integra o inquérito das fake news. O processo já está em avaliação pelo corregedor geral do TSE, ministro Luís Felipe Salomão, e corre sob sigilo.

O presidente Jair Bolsonaro foi incluído no inquérito das fake news, do qual Moraes é relator, no dia 4 de agosto devido à realização de live nas redes sociais em que ele contesta a confiabilidade das urnas eletrônicas. Moraes aceitou a notícia-crime feita pelo TSE contra o presidente. Também serão ouvidas como testemunhas quem estava presente na transmissão, entre eles, o ministro Anderson Torres, da Justiça.

No início do mês, o ministro do STF já tinha determinado que Torres prestasse depoimento à PF como testemunha da live promovida por Bolsonaro. Torres, como ministro da Justiça, é chefe da Polícia Federal.

*Com informações da CNN

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CPI da Covid interrompe depoimento de Ricardo Barros após integrantes da comissão avaliarem que ele mentiu

Líder do governo da Câmara dos Deputados voltará a depor na condição de convocado.

O presidente da CPI da Covid, senador Omar Aziz (PSD-AM), encerrou a sessão da CPI, nesta quinta-feira, que ouvia o líder do governo, o deputado Ricardo Barros (PP-PR). Integrantes da comissão avaliaram que ele mentiu. Barros compareceu na condição de convidado. No novo depoimento, ainda sem data marcada, ele irá como convocado. A CPI também vai consultar o Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o que pode ser feito no caso de um depoente parlamentar que minta à comissão.

A sugestão da consulta e de encerramento da sessão foi feita pelo senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE). Como exemplo de mentira de Barros, Alessandro afirmou que a empresa chinesa Cansino disse manter interesse em vender vacinas ao Brasil, ao contrário do que sustentou o deputado.

É um momento grave da vida nacional que não comporta molecagem, que não comporta brincadeira. Existem repostas sérias. E não temos como fazer isso nessa circunstância e com esse depoente — disse Alessandro.

— E vou acatar sua questão de ordem — afirmou Omar Aziz, acrescentando: — A reunião está encerrada, e o deputado será convocado numa próxima data para estar aqui.

Em entrevista coletiva após o fim da sessão, Omar atacou Barros.

— O grand finale dele foi querer fazer uma narrativa de que é a CPI que está atrapalhando a compra de vacina. Aí não dá. A própria empresa chinesa já desmentiu. Dois minutos depois — disse Omar, completando: — Em vez de vir se explicar, tentou desconstruir. Não vai conseguir.

O vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), também participou da entrevista e afirmou que é de uma “cara de pau atroz” quem defendeu imunidade de rebanho vir querer falar em vacina. Randolfe disse que a CPI atrapalhou a compra de vacinas das empresas Davati e Precisa, sobre as quais pesam suspeitas de irregularidade.

— Esses negócios queriam aplicar golpes nos brasileiros. Esses sim foram interrompidos — disse Randolfe.

Atrito entre senadores

O atrito entre senadores governistas e da oposição começou após Barros rebater a acusação de que ele teria sido citado pelo deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) em seu depoimento à comissão. Segundo o parlamentar, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) indicou que Barros poderia estar envolvido nas irregularidades que envolvem a compra da vacina.

Barros entrou na mira da comissão após Miranda e seu irmão, o servidor do Ministério da Saúde Luis Ricardo Miranda, terem denunciado que houve pressão do alto escalão do Ministério da Saúde para a aquisição da Covaxin. Eles contaram que levaram o caso, pessoalmente, ao presidente Bolsonaro, numa reunião no Palácio Alvorada no dia 20 de março. Na ocasião, segundo os irmãos Miranda, o presidente lamentou o ocorrido e indicou que Ricardo Barros participava de um esquema na pasta.

O relator, senador Renan Calheiros (MDB-AL), apresentou um vídeo do depoimento de Miranda, em que o deputado afirma que foi Barros quem foi citado por Bolsonaro. Calheiros e o líder do governo, então, começam um princípio de desentendimento.

— O deputado Luis Miranda não afirmou em nenhuma de suas entrevistas, nem no depoimento da Polícia Federal, que eu tivesse participação no caso Covaxin — disse Barros.

O deputado reclamou da “narrativa” que estava sendo criada. Omar Aziz reagiu:

— Por favor, Vossa Excelência responda as perguntas. Os seus comentários sobre a CPI, fale daquela porta para fora.

O atrito gerou um bate-boca generalizado entre Aziz, senadores da oposição e governistas, o que fez o presidente da CPI suspender a sessão por 15 minutos.

Barros e senadores governistas argumentaram que Bolsonaro citou o líder do governo em outro caso, que envolvia um contrato com a Global Serviços, quando era ministro da Saúde na gestão de Temer. E que o fez porque Luis Miranda havia levado uma foto e apresentado ao presidente. Omar Aziz, então, suspendeu a sessão e pediu que fosse colocado o vídeo em que Miranda declarou à CPI que Bolsonaro citou espontaneamente Barros no caso Covaxin.

*Com informações de O Globo

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Vídeo: Lula sendo Lula

Depois de toda a injustiça que sofreu com a bandalha da Lava Jato de Curitiba, Lula simplesmente desanca aquele monte de provincianos que nunca teve dimensão do seu tamanho no planeta.

Esse vídeo, que não existe coisa mais brasileira, do ponto de vista cultural, vemos porque Lula é Lula.

Seu carisma, por onde passa, é irresistível, seja com pessoas comuns ou com grandes chefes de Estado das maiores nações do mundo.

Deve ser muito ruim num debate eleitoral enfrentar essa fera que, com um humor desses, desanca qualquer um, como Lula fez com um delegado paspalho da Lava Jato que imaginou viver o seu momento de glória ao prender Lula e, agora, vê o Brasil inteiro rindo da estupidez do bronco.

Assista:

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Pau mandado do neoliberalismo, Bolsonaro seguirá com conversê de urna eletrônica, pois desgraçou o país

Bolsonaro vai se agarrar ao voto impresso como quem se agarra a uma boia que também se transforma em armadura para a sua fuga, porque não tem a mínima ideia de que resposta vai dar. Afinal de contas, esse pau mandado do neoliberalismo recebeu apoio incondicional da elite financeira e da mídia na eleição de 2018, justamente porque prometeu e cumpriu que não se meteria na agenda econômica de Paulo Guedes e seu neoliberalismo pinochetista.

O resultado está aí fedendo a céu aberto, uma economia em putrefação, com uma inflação em disparada, sobretudo a dos alimentos e combustíveis, inviabilizando qualquer possibilidade de retomada.

Privatizações feitas a toque de caixa em que as empresas públicas estratégicas são entregues na bacia das almas para grandes capitalistas deixando o Brasil no osso e a população na fila do osso.

Ontem mesmo o próprio G1 mostrou que o Brasil, com Bolsonaro, bate recorde de miseráveis, com potencial para fazer um estrago imensamente maior, já que a inflação e a recessão caminham juntas com o desemprego e a miséria.

É o que se pode chamar de tempestade perfeita. Se tem tudo para dar errado, vai dar errado.

E Bolsonaro pega Barroso para Cristo, quando foi justamente ele, dentro do STF, o mais entusiasmado lavajatista que ajudou na eleição de Bolsonaro votando contra o habeas corpus de Lula, fazendo palestra em defesa dos criminosos da Lava Jato comandados pelo tucano Moro que assumiu duas pastas, como estratégia dos fascistas, Justiça e Segurança Pública, tanto que a primeira coisa que fez foi criar uma cartilha que tinha explicitamente no tal “excludente de ilicitude” a permissão para o Estado exterminar pretos e pobres sem sequer ser questionado pela justiça.

Não foi por acaso que o PSDB votou a favor do voto impresso. E agora, não adianta o BolsoDória fazer cara de titica e criticar a aliança do PSDB com Bolsonaro na questão do voto impresso, pois, além de Dória se eleger e ajudar a eleger Bolsonaro, fazendo uma dupla macabra, toda a pauta de degradação dos direitos dos trabalhadores, do arrocho salarial e das privatizações, o PSDB votou em massa com Guedes que, na verdade, não passa de um decalque de FHC.

Daí que Bolsonaro está todo embananado com os resultados do neoliberalismo. A mídia de banco, como sabemos, sequer tocou na questão de forma central nessa aliança nefasta entre Bolsonaro e tucanos.

Por isso, Bolsonaro não tem saída, ele terá que seguir batendo na tecla de uma mentira, porque não sabe como lidar com a realidade de ter jogado 20 milhões de brasileiros na miséria absoluta, aumentando absurdamente a insegurança alimentar para mais da metade da população e, agora, a disparada dos juros, com a soma explosiva da inflação com recessão, com a corrupção dentro do ministério da Saúde, como escancara a CPI, com os números de mortes diárias por covid ainda acima de mil, e a soma de quase 600 mil vidas perdidas por culpa exclusiva dele.

Bolsonaro quer, imagina isso, fazer fumaça como a dos tanques do exército para tentar cobrir um mar de iniquidade produzida pelo seu governo, principalmente em parceria com os tucanos da cômica terceira via.

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Randolfe Rodrigues: Bolsonaro pode ser indiciado por homicídio qualificado

Agência Senado – Para integrantes da CPI da Pandemia, já existem elementos para o indiciamento do presidente da República, Jair Bolsonaro. O vice-presidente da Comissão, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), afirmou que Bolsonaro poderá ser enquadrado por homicídio qualificado e por “causar epidemia, mediante a propagação de germes patogênicos”, conforme previsto no Código Penal. Ele fez questão de destacar, no entanto, que se trata de uma opinião pessoal e não de um texto para o relatório final da CPI.

O senador Renan Calheiros (MDB-AL) disse que, como relator, considera importante ouvir a sugestão de Randolfe. Segundo o relator, “provavelmente” o presidente Bolsonaro estará enquadrado em algum crime, “para desespero daqueles que acham que a CPI iria acabar em pizza”. Renan informou que o relatório não tem uma data certa para ser apresentado, mas disse que vai se esforçar para antecipar a entrega do documento. Ele ainda ressaltou que os tipos penais que poderiam enquadrar os indiciados são extensos, mas apontou que a decisão será tomada por toda a CPI.

— Queremos um desfecho absolutamente verdadeiro, dentro dos limites da Constituição e da legislação brasileira – destacou Renan.

Para o senador Humberto Costa (PT-PE), o possível indiciamento de Bolsonaro é uma discussão que será feita com o debate sobre o relatório final. O senador apontou o desrespeito às normas sanitárias vigentes e a quebra da garantia de acesso aos serviços de saúde como possíveis crimes que poderiam ser imputados ao presidente.

— Eu defendo que sim, que o Presidente da República seja indiciado por crime de curandeirismo, por propor soluções mágicas de doenças que não têm tratamento, o que é uma forma de exercício ilegal da medicina — argumentou o senador.

Na visão do senador Marcos Rogério (DEM-RO), o relator vai reproduzir “em um pedaço de papel o que ele vem fazendo todo dia, pois já entrou na CPI com a sentença debaixo do braço”. O senador disse que se trata apenas de mais uma narrativa e questionou a competência da CPI para indiciar o presidente da República. Marcos Rogério pediu respeito à Constituição, chamou a comissão de “circo de horrores” e voltou a dizer que a CPI deveria investigar o Consórcio Nordeste.

— Quando olham para o quintal de casa, eles fazem uma blindagem – criticou Marcos Rogério.

Verdade

Sobre o depoimento do deputado Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo na Câmara, marcado para esta quinta-feira (12), Randolfe afirmou que a “melhor estratégia sempre é a verdade”. Ele disse “exultar” que Ricardo Barros queira depor na CPI e que a Comissão quer somente buscar a verdade. Para Renan, o depoimento será uma oportunidade para que Ricardo Barros “fale a verdade e esclareça os fatos”.

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Lira surpreende deputados e põe em votação neste momento a PEC do distritão

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), convocou nova sessão para votar a reforma eleitoral na noite desta quarta-feira. A decisão foi tomada após reunião de líderes majoritários da base e pegou parlamentares de surpresa, porque o assunto seria tratado só na quinta-feira.

A votação da PEC estava inicialmente prevista para quinta-feira, mas Lira convocou sessão extraordinária nesta quarta, segundo ele, a pedido da maioria dos líderes de bancada. Partidos de oposição, como o PT, manifestaram contrariedade com a decisão e anunciaram obstrução, com recomendação a seus filiados a não registrarem presença para a nova sessão.

O texto prevê a adoção do sistema eleitoral majoritário para a eleição de deputados federais e estaduais em 2022. Nesse sistema, é eleito o mais votado, desconsiderados os votos do partido, como acontece atualmente no sistema proporcional.

Vice-líder da oposição na Câmara, a deputada Fernanda Melchionna (PSOL-RS) afirma que a PEC “só vai favorecer os figurões da política e excluir ainda mais mulheres, pretos e pretas, indígenas e LGBTs”.

O deputado Paulo Pimenta (PT-RS) diz que o modelo proposto pela PEC “enfraquece a democracia e favorece candidatos ricos, coronéis, celebridades e milicianos”.

O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu alerta:

“Distritão é tragédia que destrói os partidos políticos”

“nem é preciso um exercício analítico longo para nos darmos conta da tragédia democrática que representa o Distritão. Basta citar que os votos dados aos candidatos não eleitos serão desprezados assim como os direcionados em excesso aos eleitos, computando-se apenas os dos mais votados em cada Estado ou município. Além disso, a proposta acaba com o voto de legenda, o que na prática significa o fim dos partidos políticos”.

*Com informações do 247

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De Simone e Simaria a Otávio Mesquita: curriola recebeu R$ 4,3 milhões de verba pública para fazer propaganda para Bolsonaro

Verba da Secom bancou campanhas publicitárias como a do tratamento precoce e a da cédula de R$ 200 – mas foi só para os amigos.

The Intercept Brasil – A gestão Jair Bolsonaro pagou ao menos R$ 4,3 milhões para apresentadores de TV, radialistas, influencers e uma dupla sertaneja fazerem merchandising de seu governo. Esses gastos da Secom, a Secretaria de Comunicação Especial da Presidência, foram direcionados em 2019 e 2020 direto para emissoras simpáticas ao governo: Band, Record, SBT e RedeTV!. Os documentos que indicam o “pagamento de cachê” constam na relação de notas fiscais da Secom entregues à CPI da Covid, em andamento no Senado, e foram analisados pelo Intercept.

Ao contrário de parte da mídia, alvo de ataques diários de Bolsonaro, as emissoras aliadas ao governo, além de promoverem a atual gestão, recebem o presidente para entrevistas exclusivas. Em alguns casos, ele participa diretamente dos programas de apresentadores que fazem merchan para seu governo, como Datena e Sikêra Júnior.

À CPI da Covid, a Secom enviou 263 notas fiscais sobre “pagamento de cachê”, que juntas somam R$ 4.846.601,72. Entre esses documentos, o Intercept analisou 139 notas, que somam R$ 4,3 milhões. Foram considerados valores mais altos e desconsiderados pagamentos para emissoras locais com valores menores. Nas 263 notas sobre “pagamento de cachê”, não aparecem a TV Globo e afiliadas. A empresa é líder em audiência no país e um dos meios de comunicação que o presidente frequentemente ataca e chama de “lixo”.

No topo da lista de quem recebeu cachê estão Simone e Simaria. O governo pagou R$ 1 milhão para a dupla, que vendeu sua imagem para falar sobre o Combate à Violência Contra a Mulher.

No total, a Secom gastou R$ 1,7 milhão em celebridades para essa campanha. Os R$ 696 mil restantes foram distribuídos para apresentadores da Band (Datena e Catia Fonseca), da Record (Ana Hickmann, Luiz Bacci e Ticiane Pinheiro), da RedeTV! (Nelson Rubens) e do SBT (Lívia Andrade).

Top 5 do merchan bolsonarista

  • Simone e Simaria, dupla sertaneja – R$ 1 milhão
  • César Filho, apresentador da Record – R$ 591 mil
  • Ana Hickmann, apresentadora da Record – R$ 357 mil
  • Datena, apresentador da Band – R$ 174, 7 mil
  • Sikêra Júnior, apresentador da RedeTV! – R$ 120 mil

A prática do merchan, como a própria Secom esclarece em algumas notas fiscais, é “a contratação deste formato de mídia, no qual se utiliza da imagem/credibilidade do apresentador para divulgar um produto, marca ou serviço, implica além do custo de veiculação, conforme práticas comerciais dos veículos de comunicação, pagamento de valores referentes a direitos autorais/correlatos/cachês, normalmente estabelecido pela determinação percentual sobre o valor de veiculação”.

Os pagamentos acontecem de duas maneiras. Ou diretamente aos CNPJs dos apresentadores, como nos casos de Sikêra Júnior, da Rede Tv!, Tino Júnior, da Record, e Marcelo de Carvalho, sócio e vice-presidente da RedeTV!, ou com pagamento por meio das emissoras. É o caso dos apresentadores da Record Ana Hickmann, César Filho, Tino Júnior, Ticiane Pinheiro e Marcos Mion; e da Band, Milton Neves, Datena e Catia Fonseca.

Hickmann-Print

No caso da dupla sertaneja e dos influencers, as agências de publicidade que prestam serviço à Secom contrataram empresas que repassaram os pagamentos às celebridades. As notas não deixam claro o valor que vai exclusivamente para o bolso das celebridades e quanto fica para as empresas que intermediaram a venda. O SBT, vale lembrar, é comandado por Silvio Santos, sogro do ministro das Comunicações, Fábio Faria.

Merchan negacionista

Entre os pagamentos, foram direcionados R$ 746 mil para cachê das celebridades envolvidas na campanha sobre “cuidado precoce” – nome usado pelo governo para disfarçar a propaganda do falso tratamento precoce, que orientou o uso de cloroquina e outras drogas sem efeito contra o coronavírus. A maior parte do valor dessa ação foi distribuída entre influencers, R$ 352,6 mil, e radialistas, R$ 247,2 mil. As dezenas de locutores de rádio locais estão distribuídas por todas as regiões do país. Assim, a mensagem foi levada a públicos do interior, ouvintes de rádios locais.

Em janeiro deste ano, a Agência Pública já havia revelado que influenciadores digitais haviam sido contratados pelo governo na mesma campanha de “tratamento precoce”. No total, celebridades de Instagram receberam R$ 23 mil do governo pelo merchan em seus perfis.

Grana recebida pela campanha de ‘cuidado precoce’:

  • César Filho, da Record – R$ 93,6 mil
  • Sikêra Júnior, da RedeTV! – R$ 24 mil
  • Marcelo de Carvalho, da RedeTV! – R$ 10 mil
  • Milton Neves, da Band – R$ 7,2 mil
  • Operação Mesquita, programa do Otávio Mesquita no SBT – R$ 6,3 mil
  • Benjamin Back, do SBT – R$ 5,6 mil

Nas notas da Secom, o pagamento é feito através das empresas que têm contrato firmado com o governo: Profissionais de Publicidade Reunidos, Artplan Comunicações e Calia Y2 Propaganda. As três estão na mira da CPI e já tiveram seus sigilos fiscais quebrados.

*The Intercept Brasil

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CPI fará acareação entre Onyx Lorenzoni e Luis Miranda

Eles apresentaram versões diferentes sobre a compra da vacina Covaxin.

A CPI da Covid aprovou a acareação entre o ministro do Trabalho e da Previdência, Onyx Lorenzoni, e o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF). Eles vão falar sobre a compra da vacina Covaxin, que foi suspensa após suspeitas de irregularidade terem entrado no radar da CPI. Ainda não foi marcada a data.

O requerimento para a acareação foi apresentado nesta quarta-feira pelo vice-presidente a CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), e colocada em votação pelo presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM). A aprovação ocorreu em votação simbólica.

“Após as manifestações dos Senhores Onyx Lorenzoni e Luis Miranda ficaram evidentes diversas contradições em suas versões sobre os fatos, notadamente os relacionados às invoices [documentos de importação] do caso Covaxin”, diz trecho do requerimento.

O deputado e seu irmão, o servidor do servidor do Ministério da Saúde Luis Ricardo Miranda, disseram que se encontraram com o presidente Jair Bolsonaro em 20 de março, ocasião em que afirmaram ter relatado pressão na pasta para a liberação da vacina Covaxin, desenvolvida pelo laboratório indiano Bharat Biotech e representada no Brasil pela empresa Precisa. Os irmãos disseram também que apresentaram a Bolsonaro uma cópia da primeira versão do documento de importação, que continha erros, como a previsão de pagamento antecipado. A Covaxin foi a vacina mais cara a ter negócio fechado com o Ministério da Saúde.

Após o caso vir à tona, Onyx, que era ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, e o ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde Elcio Franco falaram à imprensa e colocaram em dúvida a autenticidade desse documento, dizendo que apenas duas versões posteriores eram legítimas. A própria Precisa, porém, reconhece ter feito três versões.

O episódio levou o deputado e seu irmão a apresentaram duas representações criminais no Supremo Tribunal Federal (STF) contra Onyx por ameaça, calúnia, denunciação caluniosa, comunicação falsa de crime, e coação ilegal na CPI da Covid. Após eles terem denunciado irregularidades na aquisição de vacinas, Onyx disse que a Polícia Federal (PF) e a Controladoria-Geral da União (CGU) seriam acionadas para a apurar a conduta dos dois.

*Com informações de O Globo

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