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Frente evangélica monta ofensiva de final de semana contra projeto das fake News

A Frente Parlamentar Evangélica montou uma ofensiva contra o projeto de lei das fake News com o objetivo de derrubar o projeto no plenário da Câmara dos Deputados na próxima terça-feira.

O grupo já conseguiu uma primeira vitória neste sábado com a guinada do Republicanos, que tinha votado majoritariamente a favor da tramitação do projeto em regime de urgência e, neste sábado, anunciou ter fechado questão contra o texto, diz Malu Gaspar, O Globo.

“Votamos a favor porque aqui em Brasília precisamos fazer gestos para os partidos, para o presidente da Câmara, o presidente do Senado….”, justificou o presidente do partido, Marcos Pereira (Rep-SP) em um vídeo divulgado nas redes sociais. “Nos vídeos que eu fiz (antes, a favor da urgência na tramitação), eu disse que dependendo do texto não iriamos votar a favor do projeto. Pois bem., o relator já apresentou o novo texto, acatou várias sugestões (…) mas o texto continua ruim”.

Segundo parlamentares da frente evangélica, a mudança de postura ocorreu depois que o pastor Silas Malafaia, da Assembléia de Deus Vitória em Cristo, e líderes de outras igrejas, pressionaram interlocutores da Igreja Universal, que tem ligação com o Republicanos, – incluindo o bispo Edir Macedo, que comanda a igreja.

Tudo indica que, com a mudança, os 28 deputados do Republicanos que votaram pela tramitação em regime de urgência deverão votar pela derrubada do texto na terça-feira.

Considerando apenas essa virada, o placar no plenário, que foi de 238 pela urgência contra 192 contra, já ficaria 220 votos pela derrubada do texto e 210 pela aprovação.

O projeto de lei das fake news estabelece meios de responsabilização das plataformas por conteúdo ilegal disseminado em seus meios, obriga que elas remuneram as empresas por material jornalístico veiculado e cria o “dever de cuidado”, que obriga as plataformas a fiscalizarem o próprio conteúdo.

Os evangélicos e as plataformas digitais formam o maior foco de resistência ao texto, que alegam permitir interpretações que podem dificultar a livre prática religiosa. O temor de que o PL possa restringir a liberdade de culto desencadeou inclusive uma onda de desinformação nas redes sobre uma suposta proibição à leitura e divulgação da Bíblia.

Para garantir que o projeto seja derrubado na terça-feira, os 14 deputados que formam a diretoria da Frente Parlamentar evangélica estão de plantão no final de semana e no feriado de 1 de maio, pressionando seus pares e acionando lideranças evangélicas com presença forte nas redes sociais para que ajudem em sua campanha virtual.

O presidente da Câmara, Arthur Lira, tem trabalhado pela aprovação do projeto, que passou a tramitar em regime de urgência na última terça-feira.

Para tentar vencer a resistência dos evangélicos, o relator do projeto, Orlando Silva (PCdoB-SP), já chegou a gravar um vídeo ao lado do deputado Cezinha da Madureira (PSD-SP), ex-coordenador da Frente Parlamentar Evangélica, Orlando afirmando que “a Bíblia é intocável”, além de alterar alguns trechos do texto.

Um deles foi o que previa a criação de uma agência reguladora para fiscalizar o cumprimento das regras previstas no projeto.

O relator do PL na Câmara dos Deputados ainda não definiu como as determinações da lei serão fiscalizadas.

A mudança, porém, não adiantou. Segundo o deputado Sostenes Cavalcante (PL-RJ), o texto ainda permite que o poder Executivo regular as redes por decreto, o que os evangélicos também não aceitam.

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Lula integra MST ao “Conselhão” do governo em meio à crise com o agro

Governo Lula vive uma crise na relação com o agronegócio, envolvendo a participação e patrocínio ao Agrishow. Setor é resistente ao MST.

Em meio à crise na relação com o agronegócio, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) integrou o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ao Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social Sustentável, o chamado “Conselhão”. A informação foi confirmada neste sábado (29/4) por Alexandre Padilha, ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), segundo o Metrópoles.

“O presidente Lula convidou o MST para o Conselhão e o convite foi aceito. O trabalho na agricultura familiar vai contribuir com políticas para a produção de alimentos saudáveis no nosso país”. disse Alexandre Padilha, no Twitter. O conselho foi formado em março para auxiliar o Executivo sobre políticas públicas.

O movimento acontece em meio à disputa envolvendo o governo federal e representantes do agronegócio, setor com alta resistência à atuação do MST por reforma agrária. Nesta semana, Carlos Fávaro, ministro da Agricultura, foi “desconvidado” a participar da Agrishow, evento que contará com a presença do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na abertura.

Como retaliação, o governo federal cancelou o patrocínio do Banco do Brasil ao evento. Fávaro pretendia utilizar o evento para o lançamento oficial de uma linha de financiamento em dólar para o agronegócio, que será operada pelo BNDES, e para anunciar mais recursos para o Plano Safra deste ano. A feira começa em 1º de maio, em Ribeirão Preto (SP).

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João Pedro Stedile: CPI sobre o MST existe para desviar foco de crimes do agronegócio

Integrante da direção nacional do movimento avalia que parlamentares de direita querem desestabilizar o governo.

Brasil de Fato – A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que pretende investigar atividades do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), instalada nesta semana na Câmara dos Deputados, existe para desviar o foco de ilegalidades cometidas pelo agronegócio. A avaliação é de João Pedro Stedile, integrante da direção nacional do Movimento.

Presente ao evento em que foram apresentados detalhes da quarta edição da Feira Nacional da Reforma Agrária, que acontecerá entre os dias 11 e 14 de maio no Parque da Água Branca, zona oeste de São Paulo (SP), Stedile propôs investigações sobre atividades de latifundiários e do agronegócio.

“O que deveria ter é uma CPI para investigar quem desmatou, quem invade terra indígena, quem tem invasão em área de quilombola, quem usa agrotóxico”, pontuou.

Stedile destacou que, durante as primeiras gestões petistas na Presidência da República, parte dos parlamentares de direita e de seus apoiadores sempre fez insinuações de que o MST vivia de dinheiro público. Entretanto, lembrou que o movimento saiu fortalecido após mais de seis anos sob os governos de Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL).

Para o integrante da direção do MST, a CPI foi criada para tentar desestabilizar o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “Eles querem enquadrar o governo. Muito mais, do ponto de vista da luta política, [a CPI é] contra o governo do que contra nós. É como dizer ao governo: ‘não avance na reforma agrária, não apresente plano de reforma agrária, não ajude o MST'”, complementou.

Integrante da comitiva que viajou com o presidente Lula à China neste mês, Stedile contou que houve avanços nas relações do movimento com o país asiático. Desde 2022, há um acordo, inicialmente assinado com o Consórcio Nordeste, para fornecimento de maquinário para pequenos agricultores.

Após a visita deste mês, ficou acertado que empresas chinesas enviarão cerca de 50 exemplares de máquinas agrícolas voltadas para pequenas propriedades. A chegada está prevista para os meses de agosto e setembro e, na sequência, haverá um período de testes. O passo seguinte é a criação de empresas com capital brasileiro e chinês para fabricação, no Brasil, das máquinas que se mostrarem mais úteis.

“Todos os nossos assentamentos precisam de máquina. Ninguém quer continuar com a enxada. Mesmo pra substituir o herbicida, por exemplo, que é o veneno, tem que ter uma capinadeira mecânica. Não vai ficar com a enxada capinando 10 hectares. Mas, se tem um tratorzinho, você capina e elimina o veneno, o herbicida”, exemplificou.

Ministro da agricultura

Stedile falou ainda sobre a relação com o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, que nesta semana, em declarações a jornalistas, defendeu o direito à terra, mas disse que “invasões” são comparáveis ao episódio de 8 de janeiro deste ano, quando bolsonaristas depredaram o Palácio do Planalto e as sedes do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal em Brasília.

:: “É preciso acabar com preconceito contra MST”, diz ministro da Agricultura na Festa da Colheita ::

O integrante da direção do MST afirmou que Fávaro é “um homem sério, que quer uma agricultura para resolver os problemas do povo”, e disse acreditar que o ministério está “em boas mãos”. E disse, ainda, que a comparação do ministro é fruto de uma retórica comum entre agentes políticos.

“Quem faz invasão no país é o agronegócio, que invade terra indígena, terra quilombola, terra pública. Isso é invasão. Apropriação de bens em proveito próprio. Ocupação é uma mobilização social dos camponeses, com suas famílias, para pressionar o governo a aplicar a Constituição. E eles misturam tudo. Na próxima vez que me encontrar com o Fávaro, vou explicar para ele”, concluiu.

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Política

Pedro Serrano: “Regulação das big techs é necessária, mas não pode ser usada para tirar recursos da mídia independente”

Segundo o jurista, é necessário lutar contra os excessos da regulação proposta no PL 2630.

No dia 26 de abril, o jurista Pedro Serrano concedeu uma entrevista ao jornalista Leonardo Attuch, 247, em que abordou diversos temas relacionados ao direito à liberdade de expressão e à democracia. Serrano afirmou que o direito à liberdade de expressão é um direito universal e estruturante na democracia, mas que deve ter limites definidos pela sociedade. Serrano ressaltou que na política é possível exprimir qualquer discurso, desde que não convoque a violência. Ele citou o caso do deputado Nikolas Ferreira, que deveria ter sido cassado ao performar a violência contra transexuais, destacando que não se pode confundir livre expressão com livre violência.

O jurista também abordou o tema do nazismo, afirmando que ele é impedido de participar do jogo democrático por ter como pressuposto um crime de lesa-humanidade. Segundo Serrano, a democracia pode conviver com o extremismo até o ponto em que ele passe a performar violência. O jurista também defendeu a legitimidade do inquérito das fake news conduzido pelo ministro Alexandre de Moraes e destacou que na Alemanha, onde mais se avançou na regulação das big techs, a lei alemã serviu de base para a lei europeia.

Ele criticou o jornalismo profundamente antiético no Brasil e afirmou que durante a Lava Jato, o jornalismo foi longa manus do estado. Serrano alertou que a regulação das big techs não pode ser uma fachada para tirar recursos da imprensa independente e disse que o artigo 32, que prevê transferência de recursos da publicidade digital para a mídia corporativa, é um desvio que deve ser combatido. Por fim, o jurista defendeu o modelo alemão de autorregulação regulada, destacando que o Judiciário terá um papel central para conter excessos.

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Dona do Facebook indica que serviço pode deixar de ser gratuito

A Meta, empresa que agrega o Facebook e o Instagram, criticou o chamado “PL das Fake News”. O projeto que regulamenta as redes sociais teve o requerimento de urgência aprovado nesta semana e deve ir a votação na Câmara dos Deputados na próxima terça (2).

Em nota, a Meta afirma que o texto da proposta ameaça atingir a gratuidade dos serviços da plataforma.

E, na sua forma atual, a legislação tornaria difícil que empresas de tecnologia como a nossa continuem a oferecer o tipo de serviços gratuitos usados por milhões de pessoas e negócios no BrasilMeta

A empresa diz que a proposta é conflitante com o Marco Civil da Internet e a Lei Geral de Proteção de Dados. O projeto também entraria em conflito com a Constituição.

Um dos pontos criticados é a proposta para exigir que as empresas paguem detentores de conteúdo protegido por direitos autorais, como veículos de imprensa.

Para a Meta, o dispositivo “não tem qualquer relação” com o combate à desinformação. A empresa também diz que não há regras claras sobre direitos autorais.

Outro ponto questionado é sobre o chamado “dever de cuidado”. Para a Meta, obrigar as plataformas a informarem a autoridades policiais suspeita de crimes criaria uma “polícia da internet”.

A empresa alega que esse mecanismo seria “similar ao existente em países de regimes antidemocráticos”.

A Meta critica ainda um ponto do PL sobre publicidade nas redes sociais. A companhia afirma que colocar as plataformas como corresponsáveis iria “burocratizar” e “restringir” ferramentas de marketing.

Muito do recente debate sobre regulação da Internet no Brasil tem sido baseado na falsa premissa de que as plataformas digitais lucram com conteúdo violento e de ódio. Refutamos explicitamente esse argumentoMeta, por meio de comunicado

Governo tem vitória

→Na terça (25), o plenário da Câmara aprovou por 238 votos a 192, o requerimento de urgência do PL das Fake News. O texto regulamenta as redes sociais e deve ser votado na próxima terça (2).

→ A votação foi marcada pela polarização. Deputados aliados do governo discutiram com parlamentares da oposição, que alegam “censura” no teor da proposta. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), fechou um acordo com as lideranças partidárias na tarde desta terça-feira para votar o requerimento de urgência.

→A medida acelera a tramitação do projeto e faz com que ele seja votado diretamente no plenário, sem passar por comissões.

→Durante a votação, houve confusão entre as bancadas sobre o entendimento firmado e Lira precisou pressionar os líderes. Segundo Lira, o acordo que teria sido costurado era de apoio de todas as bancadas, sem necessidade de votação nominal.

→Líder do PL na Câmara, o deputado Altineu Côrtes discordou de Lira. Côrtes, que é aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), afirmou que o acordo seria de votação nominal, uma vez que grande parte da bancada é contrária à proposta. O presidente da Casa precisou intervir durante a discussão da urgência, pediu que debatessem de maneira “séria” e afirmou aos “exaltados” que “o assunto não é brincadeira”.

*Com Uol

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Empresário bolsonarista que promoveu ato golpista deve R$ 62 milhões à União

Empresário bolsonarista Ruy Barreto Filho é alvo de 11 ações na Justiça Federal movidas pelo poder público por irregularidades em empresas.

Segundo Guilherme Amado, Metrópoles, o empresário bolsonarista Ruy Barreto Filho, que convocou colegas para atos golpistas em frente ao Comando Militar do Leste no fim de 2022, deve R$ 62 milhões à União, segundo registros da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional. Barreto Filho responde a 11 processos na Justiça Federal por ter tentado encerrar suas empresas de forma irregular. Procurado, o empresário não respondeu.

Barreto Filho é presidente do conselho superior da Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ) e dono da empresa Café Solúvel Brasília. Segundo a Justiça Federal no Rio de Janeiro, ele encerrou as atividades de duas empresas de forma irregular. Por isso, responde nominalmente pelas dívidas nesses processos. A prática pode apontar que o dono de uma firma buscou se livrar de dívidas de modo fraudulento.

O empresário é alvo de 11 processos, em que o poder público cobra uma parcela da dívida equivalente a R$ 48 milhões: quatro movidos pela União, três pela Advocacia-Geral da União (AGU) e quatro pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que é subordinada ao Ministério da Fazenda.

Das onze ações, três são multas por infrações administrativas aplicadas pela AGU. O restante trata de dívidas da Café Solúvel Brasil e da Empresas Reunidas Agro Industrial Mickael.

Como mostrou a coluna no último dia 10, o bolsonarista concorre à reeleição da presidência do conselho superior da ACRJ e pretende usá-la para fins políticos. Ruy Barreto defendeu, no mesmo grupo de WhatsApp em que convidou empresários para a porta dos quartéis contra as eleições de 2022, que a associação emitisse uma nota de repúdio a Lula, a quem chama de “ex-presidiário”.

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Lula viaja para São Paulo para velório de afilhada

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) precisou voar para São Paulo neste sábado para o enterro de uma afilhada. O Palácio do Planalto não deu mais detalhes do compromisso em razão da delicadeza do momento e da privacidade do presidente e seus familiares, diz O Globo.

A previsão inicial era que Lula viajaria para São Paulo nesta sexta-feira, onde passaria o feriado. A expectativa era que ele participaria, como nos anos anteriores, do Ato nacional do Dia do Trabalhador e da Trabalhadora, no Vale do Anhangabaú. A categoria é parte da base de apoio de Lula e historicamente próxima de sua gestão.

A viagem, no entanto, foi desmarcada na sexta-feira horas antes da decolagem de Lula. Até o final do dia, ainda não tinha a confirmação se o presidente iria para o estado e se participaria do ato das centrais sindicais.

Neste sábado, no entanto, o chefe do Executivo precisou voar para São Paulo em razão do acontecimento pessoal. Ainda não há confirmação se Lula permanecerá no estado ou se retornará para Brasília.

Ato de 1º de Maio

A expectativa inicial do governo era que Lula usasse o Dia do Trabalhador para oficializar o novo valor do salário mínimo. O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, afirmou nesta sexta-feira que já assinou a MP que garante o reajuste, e que o texto aguardava apenas a assinatura do presidente Lula. A publicação está prevista para ocorrer até segunda-feira.

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Emílio Odebrecht: “Para forçar delações, a Lava Jato fazia blitz nas celas de madrugada”

O empresário Emílio Odebrecht acusa a força-tarefa da Lava Jato de criar uma “fábrica de delações” para forjar provas. Em um livro de memórias, ele relata que o grupo das investigações que atingiram as grandes empreiteiras do País incentivava blitz de madrugada nas celas dos executivos da construtora Odebrecht na Polícia Federal, em Curitiba, para, segundo ele, humilhar os prisioneiros, forçar depoimentos e, assim, manter um fluxo de operações, segundo o Estadão.

A revelação é dono da principal construtora brasileira sobre a operação liderada pelo então juiz Sergio Moro, hoje senador, e o procurador Deltan Dallagnol, eleito deputado federal e que resultou na prisão de Marcelo Odebrecht, filho do autor do livro, e mais quatro diretores da empresa. Emílio argumenta que, na enxurrada de material sobre a Lava Jato não teve espaço para dar sua versão completa sobre a operação que provocou um “apagão” de contratos na empresa, bloqueio de recursos e fechamento de canteiros de obras. Procurado, o senador Moro disse que não comentaria o teor do livro.

O próprio Emílio foi alvo da operação. O empresário foi condenado por lavagem de dinheiro, assinou um acordo de delação premiada, mas a ação foi anulada por erros processuais e pela parcialidade de Moro e o caso deve ser prescrito. Não houve cumprimento da pena prevista no acordo de prisão domiciliar.

Ao longo de 320 páginas, “Uma guerra contra o Brasil, como a Lava Jato agrediu a soberania nacional, enfraqueceu a indústria pesada brasileira e tentou destruir o grupo Odebrecht” acusa Moro de promover “tortura psicológica” e cometer erros jurídicos para garantir sentenças rápidas. Numa delas, segundo Emílio, o juiz chegou a dar a sentença apenas três minutos após receber uma apelação de 1.400 páginas enviada pela defesa dos presos. A condenação de Marcelo ocorreu apenas nove meses após a prisão.

O empresário escreve que Moro violou direitos fundamentais durante os processos contra seu filho. Emílio diz que houve excesso, em especial, com a divulgação de uma conversa de uma neta de 14 anos, filha de Marcelo, e a mãe. O diálogo viralizou na internet. Emílio avalia que Moro foi “cínico” e não teve “escrúpulos” ao tentar justificar que o telefone da menina não foi interceptado, mas o do pai, sim, além dos aparelhos de terceiros que conversavam com Marcelo. “Mas o que o juiz não explicou foi por que, sendo o responsável pela guarda daquelas gravações, decidiu torná-las públicas”, criticou, “submetendo a criança à execração que se viu, principalmente nas redes sociais.”

No livro publicado pela Topbooks Editora, do Rio, Emílio coloca a Odebrecht na condição de vítima da Lava Jato, mas sem vitimismo. Ele abre o jogo e aponta erros próprios, mas diz que eles não justificam o sistema de apuração da força-tarefa. “Eu apenas cumpri a promessa que no livro faço aos leitores: ser sincero, franco e definitivo sobre o que vi, senti, compreendi e sofri na Lava Jato e com suas consequências”, disse ao Estadão.

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Jornalistas da mídia independente alertam Secom: projeto de Orlando Silva favorece Globo e ameaça democracia

Representantes da mídia independente tiveram nesta sexta-feira reunião com o secretário de Políticas Digitais do Governo Federal, João Brant, que pode ser considerada de importância histórica. O secretário não poderá alegar, no futuro, que desconhecia os riscos para a democracia da aprovação de um projeto de lei que está tramitando na Câmara a toque de caixa, por pressão pública do Grupo Globo.

Aquias Santarém, do Canal Critica Brasil, disse estranhar que o projeto criado para combater fake news determine a remuneração de empresas que praticam o chamado jornalismo profissional – uma expressão vazia, já que o jornalista Aquias não é menos profissional do que os empregados da Globo.

Por trás da pressão de grandes empresas de comunicação como a Globo, parece existir o interesse de ficar com uma receita maior das plataformas digitais, como Google e YouTube. Na Austrália, lei semelhante garantiu ao grupo de comunicação de Rupert Murdoch recursos adicionais de cerca de R$ 230 milhões por ano.

O youtuber Ronny Telles, por sua vez, alertou que, com o projeto de lei, se aumentará o risco de desmonetização dos canais menores. Pelo texto em tramitação na Câmara, do relator Orlando Silva (PCdoB-SP), bastará uma reclamação para que a plataforma seja considerada formalmente notificada quanto a conteúdo potencialmente desinformativo.

Como as plataformas também terão responsabilidade quanto ao conteúdo, a tendência é que elas retirem postagem (vídeo ou texto), para não correr risco de pagar indenização ou sofrer outro tipo de punição. Com os canais maiores, a tendência é que mantenham o conteúdo.

“E nós sabemos que não existe um bolsonarista no Brasil que vai denunciar nosso conteúdo, mas milhões”, disse.

Ronny Telles já foi vítima da política de dois pesos e duas medidas praticada pelas plataformas mesmo sem a existência de lei. Em seu canal no YouTube, publicou o vídeo em que um homem com a camisa da Seleção Brasileira aparece agarrado a um caminhão em movimento na estrada, durante as manifestações pós-eleitorais.

A postagem foi retirada pelo YouTube, sob a alegação de que feria as diretrizes da plataforma. Seria estímulo a protestos violentos. Mas o mesmo vídeo continua no canal do UOL.

“Com esse projeto, vai piorar muito”, afirmou. “Nosso conteúdo sairá rapidamente do ar, mas os dos canais maiores, não. No limite, poderemos fechar”, acrescentou. Os jornalistas da mídia independente ressaltaram que não são contra o combate a fake news e à desinformação. O que chama a atenção é que o projeto de Orlando Silva trate também de publicidade.

João Antonio, do Click Política, lamentou que um projeto que ameace a mídia independente conte com o apoio do governo recém-empossado. Ele disse que nunca foi convidado para nenhum debate sobre a matéria. A reunião na Secom foi solicitada pelo jornalista Aquias Santarém.

Durante o encontro, João Antonio mencionou um artigo publicado nesta sexta-feira em que o jornalista Merval Pereira, do grupo Globo, admite que o objetivo do projeto é pegar o dinheiro da publicidade digital.

“Fizeram um sistema de negócio que tira propaganda da imprensa profissional e usa de graça o noticiário produzido por ela. É um duplo prejuízo para a imprensa, que é a base da democracia brasileira”, escreveu Merval.

No artigo, o jornalista do Globo chama essa prática de roubo, e elogia a legislação da Austrália, aquela que fez o milionário Murdoch ficar um pouco mais rico. “É preciso acabar com a bagunça”, disse, ao defender a urgência do projeto.

As plataformas não produzem conteúdo, apenas veiculam. E canais da mídia independente têm conteúdo próprio. Analisam, por exemplo, artigos como o de Merval, que já defendeu a Lava Jato, Sergio Moro e a prisão de Lula, em 2018.

Participei da reunião online com a Secom e tive a oportunidade de lembrar que, se a lei estivesse em vigor em 2018, muitos conteúdos sobre a prisão de Lula poderiam ter sido retirados do ar. Não os conteúdos que elogiavam Moro, mas os que diziam ser a sentença ilegal.

Esses textos, que a história mostrou estarem corretos, poderiam na época serem considerados de desinformativos ou até ataque às instituições.

Com essa lei em vigor em 2016, o golpe contra Dilma poderia ser chamado de golpe? Formalmente, foi impeachment, e era assim chamado pela dita “imprensa profissional”.

A urgência da discussão de um projeto tão importante como este de combate a fake news não interessa à democracia.

Em outros momentos da história, a pressa resultou em danos gigantescos. Em 2013, também houve pressa para rejeitar a PEC 37, que reafirmava o mandamento constitucional de que a polícia investiga e o Ministério Público faz o controle externo da polícia.

Também houve pressa na aprovação da lei 12.850, de 2013, que criou o instituto da colaboração premiada. Em ambos os casos, a urgência resultava da pressão das Jornadas de Junho.

Tanto a rejeição da PEC 37 quanto a aprovação da lei da delação foram eventos essenciais para colocar de pé a Lava Jato, que resultou no ataque à indústria da construção pesada e na mudança da política de preços da Petrobras, favorecendo fabricantes de derivados em outros países.

Como o Dieese apurou, a Lava Jato provocou diretamente o desinvestimento de mais de R$ 172 bilhões e a eliminação de 4,4 milhões de empregos.

Se a PEC 37 fosse aprovada e não houvesse a lei da delação, talvez Dilma não tivesse sido deposta, Lula não tivesse sido vítima de uma prisão política e Bolsonaro continuasse apenas um deputado do baixo clero da Câmara.

Recomendei que a reunião na Secom fosse gravada para que, no futuro, houvesse registro de que meia dúzia de jornalistas independentes estava ali apelando para que o governo não endosse um projeto de lei que, aparentemente justo, poderá servir de instrumento contra a democracia. É preciso mais debate.

A mídia independente foi construída com muito sacrifício e levou tempo para se consolidar, e hoje tem milhões de seguidores. Enfraquecê-la ou até destruí-la será muito mais rápido.

E aí não haverá contraponto quando a “imprensa profissional”, que eu prefiro chamar de velha imprensa, produzir conteúdo desinformativo, como fez em muitos períodos da história, sempre que seu projeto liberal ou neoliberal deixou de ser executado.

.x.x.x.

O secretário João Brant pediu aos jornalistas que participaram da reunião para formalizar propostas ao texto em discussão no Congresso. Ele fez questão de dizer que o projeto não é do governo, mas que apoia a regulamentação das plataformas e que a rapidez da tramitação foi uma decisão da Câmara, e o governo não se opôs, por entender que, depois do 8 de janeiro, esta foi uma “janela de oportunidade” que se abriu.

Uma nova reunião será realizada.

*Joaquim de Carvalho/247

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BB vai retirar patrocínio do Agrishow que desconvidou ministro e convidou Bolsonaro

Segundo ministro, evento tem características ‘políticas e ideológicas’.

O Banco do Brasil vai retirar o patrocínio da Agrishow, a feira de tecnologia agrícola que é um dos principais eventos do setor no país. A informação foi antecipada pela “GloboNews” e confirmada ao GLOBO pelo ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência, Paulo Pimenta. A medida acontece após o ministro da agricultura, Carlos Fávaro, afirmar que foi “desconvidado” do evento, após o ex-presidente Jair Bolsonaro ter confirmado presença, como adiantou o “Valor”, segundo O Globo.

Em declaração ao “Blog da Andréia Sadi”, Fávaro disse que a organização do evento “não desceu do palanque” e queria constrangê-lo ao mudar sua apresentação para que ocorresse após a participação do ex-presidente.

O ministro da Secom, Paulo Pimenta, argumentou que a decisão de retirar o patrocínio foi tomada porque o evento foi politizado e, devido a isso, não deve receber recursos públicos. O governo não informou qual seria o valor do patrocínio dado pelo Banco do Brasil ao evento. O Banco do Brasil vai manter seu stand na feira, mas a presidente do BB, Tarciana Medeiros não irá.

– (O patrocínio será retirado devido a) Descortesia e mudança de caráter de um evento institucional de promoção do agronegócio para um evento de características políticas e ideológicas. Ou é uma feira de negócios plural e apartidária, ou não pode ter patrocínio púbico – disse Pimenta.

O agronegócio tem travado uma relação sensível com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva desde o período eleitoral. O governo tem tentado ampliar seu trânsito no agro, que é um dos setores onde o ex-presidente Jair Bolsonaro tem ampla capilaridade.

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