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Lula é estampado na capa da World Finance: “Bem vindo de volta ao palco mundial”

Na edição publicada em 9 de janeiro, a revista World Finance estampou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na capa e destacou a volta do Brasil no cenário internacional após quatro anos de destruição do governo de Jair Bolsonaro (PL). “Bem-vindo de volta ao palco mundial”, diz a mensagem de capa.

“Os últimos quatro anos levaram Luiz Inácio Lula da Silva de uma cela para o palácio presidencial do Brasil. Em um retorno político de proporções inigualáveis, o novo presidente eleito do país volta agora para terminar a obra iniciada há duas décadas”, diz a reportagem. Vale lembrar que a World Finance é uma revista de análise da indústria financeira e da economia mundial.

Ainda no texto, a revista lembra que os dois primeiros governos do petista “experimentou um rápido crescimento econômico, enquanto o compromisso de Lula com os programas de combate à fome tirou milhões de pessoas da pobreza”.

“Quando Lula assumiu o cargo pela primeira vez em 2003, a economia brasileira estava em um estado lamentável. A nação estava sobrecarregada com uma imensa carga de dívida, enquanto o governo cessante falhou em suas promessas de gerar empregos e reduzir a divisão social. Muitos anteciparam que a eleição de Lula anunciaria o fim do neoliberalismo no Brasil, inaugurando uma era de intervenções radicais e revisões drásticas na política econômica. Mas essa abordagem revolucionária não se concretizou. Ao assumir o poder, Lula surpreendeu seus partidários e críticos ao adotar um plano econômico muito mais convencional do que o previsto”.

“Depois de anos de baixo desempenho e crescimento lento, o Brasil estava crescendo. Ao final do segundo mandato de Lula como presidente em 2010, o país era uma espécie de potência global – tanto econômica quanto culturalmente. Selecionado para sediar a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016, o país havia se consolidado como um importante player no cenário global, aberto a negócios, aberto a investimentos e aberto a visitantes. Eternamente escalado como ‘o país do futuro’, parecia que, finalmente, o futuro havia chegado ao Brasil”, prossegue.

“Reconstruir o Brasil será um desafio de proporções imensas – mas pode ser apenas a luta para a qual Lula passou toda a sua carreira se preparando”, prossegue.

* O Cafezinho

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Política

Carlos Bolsonaro fez home office com hospedagem paga por Presidência

Carlos Bolsonaro aproveitou diárias de hotel pagas com cartão corporativo da Presidência da República para trabalhar em home office em Brasília durante a pandemia.

Foram ao todo 11 diárias em março de 2021 que custaram R$ 2.300 aos cofres públicos. Neste mesmo período, enquanto atuava de maneira remota na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, o filho 02 de Jair Bolsonaro foi às redes sociais criticar o isolamento social contra o coronavírus.

Aumento de impostos, fique em casa e economia vemos depois: como governadores e prefeitos têm agido!

A falta de bom senso e razoabilidade leva o país ao caos!

Hospedagem com dinheiro público

Nota fiscal paga com cartão corporativo da Presidência da República mostra que Carlos se hospedou no Hotel Nobile Suítes Monumental, em Brasília, entre 12 e 22 de março de 2021.

Na nota fiscal, divulgada pela agência Fiquem Sabendo e publicada pelo jornal “O Estado de S.Paulo”, o gasto é justificado como “hospedagem de segurança de familiar do presidente”.

Carlos Bolsonaro não tinha cargo formal no governo, mas era figura frequente em reuniões e eventos do governo federal. Ele recebe atualmente salário líquido de R$ 14 mil na Câmara do Rio.

Além dos dados do cartão corporativo, Jair Bolsonaro colocou sob sigilo as visitas de Carlos ao Palácio do Planalto.

Ausência em metade das votações na Câmara

No mesmo dia em que usou as redes sociais para atacar o “fique em casa” —medida recomendada à época por autoridades em saúde pública—, o vereador participou de maneira remota de duas sessões da Câmara em 18 de março de 2021.

Na ocasião, outros colegas —sobretudo os mais jovens, como ele— participaram presencialmente dos trabalhos na Câmara, onde as sessões ocorriam de forma híbrida (presencial e remota).

Na sessão ordinária realizada naquela data, Carlos registrou presença, mas só participou de uma das duas votações realizadas. Na outra, não se manifestou.

Já em uma sessão extraordinária não houve votações nominais, de acordo com as atas divulgadas pelo Legislativo carioca.

Carlos também participou de maneira remota de outras três sessões realizadas durante seu período de hospedagem em Brasília.

Apenas em uma delas, em 16 de março, houve votações nominais e, de novo, Carlos só tomou parte de metade: votou favoravelmente a um projeto de lei, mas não tomou parte na segunda votação de matérias do dia.

Em dezembro daquele mesmo ano, Carlos registrou presença em sessão da Câmara Municipal, mas foi flagrado em Brasília acompanhando a gravação de um vídeo no gabinete de seu pai.
Câmara mudou regra para enquadrar Carlos

Ao longo do período em que as sessões ocorreram de maneira híbrida na Câmara do Rio, Carlos sempre optava por participar remotamente, com a câmera do dispositivo que utilizava fechada e sem participar dos debates.

Por pressão de vereadores do PSOL, a Mesa Diretora da Câmara publicou em 9 de março de 2022 uma resolução contra as práticas de Carlos.
Carlos Bolsonaro colocou poster na frente de câmera durante sessão da

A regra recomenda que os vereadores estejam sempre com a câmera em funcionamento e torna isso obrigatório caso façam qualquer intervenção oral nas sessões, como discursos, apartes e questões de ordem. Atualmente, as sessões extraordinárias e audiências públicas ainda têm regime híbrido.

Para ironizar a medida, Carlos participou da sessão de 23 de março com a câmera direcionada a um banner com sua foto. Assim que ele entrou na transmissão, uma pessoa, que não aparece nas imagens, pendurou o cartaz na parede.

O UOL não localizou o vereador Carlos Bolsonaro. O espaço segue aberto para eventual manifestação.

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Política

Novo comandante do Exército começa a restabelecer a ordem

Por que foi tão fácil para o novo comandante do Exército resolver o problema do tenente-coronel Mauro Cid e não foi para o ex-comandante que ele sucedeu? Simples: porque o novo comandante do Exército quis resolver o problema, e o ex-comandante, não.

Ex-ajudante de ordem de Bolsonaro, sob a suspeita de ter sido o Fabrício Queiroz do esquema de rachadinha no Palácio do Planalto, Mauro Cid foi nomeado para comandar o estratégico 1º Batalhão de Ações e Comandos, unidade de Operações Especiais.

Quem o nomeou? O general Júlio César Arruda, então comandante do Exército, que atendeu a pedido de Bolsonaro. Lula pediu a Arruda que desnomeasse Mauro Cid. Não confiava nele, muito menos para chefiar um batalhão com tamanho poder de fogo.

Arruda, tão bolsonarista quanto Mauro Cid, disse não a Lula. Em seguida, foi demitido. Passará à história como o comandante do Exército que ficou menos tempo no cargo desde a redemocratização do Brasil em março de 1985 – exatos 23 dias.

Seu substituto, o general Tomás Miguel Ribeiro Paiva, livrou-se de Mauro Cid em menos de 72 horas. Oficial legalista, Ribeiro Paiva convenceu Mauro Cid a renunciar à nomeação. A versão oficial é de que o tenente-coronel renunciou espontaneamente.

O novo comandante do Exército não ficou só nisso. O tenente-coronel Paulo Jorge da Hora vai antecipar sua saída do comando do Batalhão da Guarda Presidencial (BGP), subordinado ao Comando Militar do Planalto, em Brasília. Só sairia em fevereiro.

No país da piada pronta, Hora e sua tropa chegaram atrasados ao Palácio do Planalto que havia sido invadido pelos bolsonaristas golpistas no dia 8. José Múcio Monteiro, ministro da Defesa, disse que Hora será punido caso sua leniência reste provada.

Quando a política mete o pé na porta da frente dos quartéis e entra, a hierarquia, valor tão caro às Forças Armadas, sai em disparada pela porta dos fundos. Afastado do Exército por indisciplina, Bolsonaro alimentou a indisciplina nas três Armas.

Aparentemente, a ordem começa a ser restabelecida no meio militar, embora essa seja uma tarefa que demandará tempo. Há muitos militares a serem investigados e uma enorme quantidade de militares a serem defenestrados de cargos no governo.

Múcio comemora sua segunda posse no Ministério da Defesa. Assumiu a primeira vez falando brando por orientação de Lula. Depois da fracassada tentativa de golpe, Lula o orientou a falar grosso, e é o que ele tem feito agora. A democracia agradece.

Quando a política mete o pé na porta da frente dos quartéis e entra, a hierarquia, valor tão caro às Forças Armadas, sai em disparada pela porta dos fundos. Afastado do Exército por indisciplina, Bolsonaro alimentou a indisciplina nas três Armas.

Aparentemente, a ordem começa a ser restabelecida no meio militar, embora essa seja uma tarefa que demandará tempo. Há muitos militares a serem investigados e uma enorme quantidade de militares a serem defenestrados de cargos no governo.

Múcio comemora sua segunda posse no Ministério da Defesa. Assumiu a primeira vez falando brando por orientação de Lula. Depois da fracassada tentativa de golpe, Lula o orientou a falar grosso, e é o que ele tem feito agora. A democracia agradece.

*Noblat/Metrópoles

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Casa de atendimento a yanomamis vira hospital improvisado em meio a casos graves de malária

Unidade em Boa Vista tem capacidade para 200 indígenas, mas atende atualmente 700; força do SUS atua no local.

Segundo a Folha, em um primeiro dia de trabalho, profissionais da Força Nacional do SUS se depararam com casos graves de saúde de pacientes yanomamis que estão na Casai (Casa de Saúde Indígena) em Boa Vista (RR), especialmente pneumonia, diarreia e insuficiência respiratória em crianças, potencializados por desnutrição.

A Casai Yanomami, que deveria ser um espaço de acolhimento dos indígenas durante tratamentos médicos na cidade, virou um hospital improvisado e superlotado, como a Folha constatou no fim da tarde e início da noite desta terça-feira (24).

Os atendimentos médicos são feitos principalmente pelos integrantes da Força Nacional do SUS, que chegaram a Boa Vista no fim da tarde de segunda (23).

A Casai tem 700 indígenas, segundo profissionais que atuam na coordenação das ações de emergência. A capacidade básica é para 200.

A ideia inicial é fazer um diagnóstico da situação dos pacientes, de forma a assegurar o retorno deles a suas comunidades na Terra Indígena Yanomami, a maior do Brasil.

O grupo do SUS, porém, precisou dedicar quase todo o tempo ao atendimento médico dos indígenas no Casai, especialmente crianças.

Uma delas não estava na unidade por estar doente. Procurou o colo da pediatra Bruna Pereira Farias, 31, integrante da Força Nacional do SUS, quando a médica percebeu que a criança estava com febre.

A suspeita imediata foi de malária. Farias vive há anos no Acre e identifica fácil o que chama de “horário de malária”, o fim de tarde em que se manifestam os principais sintomas, como febre.

Desidratada, a criança passou a receber soro numa maca. E assim permaneceria ao longo da noite.

A integrante da Força Nacional atendeu cinco casos urgentes e duas suspeitas de malária ao longo do dia.

“O quadro de gravidade dos pacientes está atrasando o retorno deles às suas comunidades”, disse a pediatra.

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Com 22 dias de governo, Lula, voando baixo, tratorou os bolsonaristas e virou o fascismo pelo avesso

Quem subestimou a volta de Lula, fazendo premonições de que daria tudo errado, certamente está tendo uma compreensão bem diferente.

Lógico, a coisa varia de acordo com o grau de inteligência de cada um. Mas a fisionomia inconfundível de seu governo, de temperamento emotivo, representa o próprio Lula e o mesmo se confunde com o povo.

É claro que mercado é mercado, mesmo que não paire no ar qualquer dúvida sobre a responsabilidade fiscal, que é uma das marcas pessoais de Lula, a especulação é parte do negócio dessa gente e sempre terá alguém surgindo do nada para dizer, de forma superficial e datada, que Lula ainda não encontrou a chave que levará o país ao futuro. Mas tudo isso é vago, simplório e com aquela velha armadilha para consumo interno do próprio mercado, o mesmo que comeu mosca no escândalo das Lojas Americanas, caindo num tipo de balão que só cai quem não entende nada do riscado.

Ou seja, se alguém quer saber sobre o futuro econômico do país, é inútil prosseguir tentando caminhar nesse terreno alagadiço da bolsa de valores.

Se é uma coisa que Lula conhece bem, é a atmosfera da vida caseira, por conta de sua origem.

Dito isso, Lula segue a passos largos e de forma muitas vezes inesperada, contrariando as expectativas daqueles que costumam agourar a vida alheia. Esse é um estilo histórico da direita no Brasil, recorrendo sempre à velha e carcomida falsa moral, porque simplesmente não sabe produzir um contraditório que pare de pé.

Conclusão lógica: a popularidade de Lula cresce à medida em que os dias passam, enquanto denúncias de atrocidades, corrupção, que brotam da chocadeira do clã Bolsonaro e, claro, a popularidade do genocida despenca como uma jaca podre e mole.

Isso, porque sabemos que a batata de Bolsonaro está no forno do STF e, a cada dia, aumenta o número de pessoas que sonham em vê-lo atrás das grades.

O fato é que, com Lula, o ambiente brasileiro mudou, está respirável e a sensação diária de vitória no campo de batalha, onde Lula defende a população contra a ferocidade dos fascistas, o sentimento é de uma política que frisa e esmaga aquela paisagem trevosa que se evapora por conta de uma postura rigorosamente acentuada que patenteia o governo Lula.

Não se tem a ilusão de que o gado está domado, mas está paralisado, pois não há como reagir perante o governo a partir de futricas, mentiras como o velho mundo bolsonarista. O bolsonarismo hoje é jeca, triste, impotente, desalentado, enquanto Lula peita a arquitetura macabra e muda a paisagem brasileira.

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Política

Heleno autorizou condenada por tráfico a explorar garimpo em área vizinha aos yanomamis

OUTRO LADO: General diz que aval passa por ‘longo processo’, GSI não comenta e garimpeira afirma já ter cumprido sua pena.

De acordo com a Folha de S. Paulo, o apagar das luzes do governo Jair Bolsonaro (PL), o general Augusto Heleno autorizou a exploração de ouro numa área de 9,8 mil hectares vizinha à Terra Indígena Yanomami, em Roraima. A beneficiária do ato é uma mulher que já cumpriu pena de prisão por tráfico de drogas e que foi denunciada pelo MP (Ministério Público) por suspeita de receptação de pneus roubados.

Heleno concedeu o chamado assentimento prévio, uma autorização necessária para empreendimentos como mineração na faixa de fronteira, que se estende por uma largura de 150 km.

O general da reserva foi ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) do começo ao fim do mandato de Bolsonaro. No cargo, era também secretário-executivo do Conselho de Defesa Nacional, a quem cabe dizer sim ou não a projetos de exploração de minérios na área de fronteira.

O aval à pesquisa de ouro, numa área vizinha à terra yanomami, foi dado em 14 de dezembro de 2022 e publicado no Diário Oficial da União do dia seguinte.

Mais de 20 mil garimpeiros invadiram a terra indígena e exploram ouro ilegalmente, por meio de equipamentos e logística assegurados por grupos criminosos que atuam na região.

A invasão teve uma explosão no governo Bolsonaro, que promoveu atos para estimular a mineração nesses territórios, vetada pela Constituição nos moldes como é praticada e como foi estimulada. O governo Lula (PT) fez a promessa de retirar garimpeiros invasores de terras indígenas.

A Folha questionou Heleno sobre a autorização dada 17 dias antes de deixar o cargo de ministro do GSI. Ele disse que “esses assentimentos prévios de garimpo têm um longo processo para que sejam regulados” e que a resposta a ser dada pelo ministério, na atual gestão, seria suficiente. “Não desejo me pronunciar”, afirmou por mensagem.

O GSI disse que analisa o email encaminhado pela reportagem no começo da tarde de sexta-feira (13).

Heleno concedeu a autorização para exploração de ouro, numa área 60 vezes maior do que o Parque Ibirapuera, em São Paulo, a Creusa Buss Melotto.

Segundo os documentos que embasaram o assentimento prévio, a área fica em Iracema (RR), a 7,8 km da Terra Indígena Yanomami. Pelos mapas disponíveis no processo, o território avança por assentamentos de reforma agrária.

A autorização do Conselho de Defesa Nacional levou em conta pareceres favoráveis da ANM (Agência Nacional de Mineração), que manteve a área original solicitada, de 9,8 mil hectares.

“O processo está corretamente instruído e seguiu a tramitação normal”, disse a ANM, em nota. “A ANM solicita apenas os documentos previstos na legislação minerária. Pesquisas de vida pregressa, judiciais ou afins não são de competência da ANM, cabendo aos órgãos específicos judiciais e de polícia.”

Melotto já ficou presa por tráfico de drogas no fim da década de 90 e cumpriu pena de prisão por seis anos, como afirmou à Folha.

“Já cumpri minha pena. Se eu tivesse processo, acha que eu estaria numa cooperativa?”, disse.

Ela se refere a duas cooperativas de garimpeiros, uma em Pontes e Lacerda (MT), na qual ocorre exploração de ouro, e outra em Iracema (RR), onde a garimpeira pretende atuar –ela já tem o aval do Conselho de Defesa Nacional.

Registros da Receita Federal mostram que Melotto é presidente da Coopercajaí (Cooperativa de Exploração Mineral de Mucajaí). Mucajaí é o nome de um dos rios que cortam a terra yanomami. A cooperativa, segundo dados da Receita, tem capital social de R$ 1,45 milhão e quer explorar manganês, nióbio, titânio e metais preciosos.

A garimpeira foi denunciada pelo Ministério Público em Mato Grosso, em novembro de 2017, por suspeita de receptação de produtos roubados de uma loja de pneus de Pontes e Lacerda. Entre os produtos roubados estavam dez pneus.

Melotto chegou a ser presa em flagrante por receptação, mas pagou fiança e deixou a prisão. Ela disse nos autos não ter responsabilidade pelos produtos roubados, pois o crime teria sido cometido por garimpeiros que estavam hospedados em um apartamento seu. Os garimpeiros prestaram depoimento com teor semelhante.

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Quando Bolsonaro diz que a tragédia humanitária dos Yanomamis é farsa, deixa claro que seu objetivo era dizimar os índios

Bolsonaro, em sua fala na Hebraica em 2018, fala três coisas nefastas que não deixam dúvidas de sua intenção, a de espalhar armas pelo país, impedir qualquer assentamento quilombola e demarcação de terras indígenas.

As armas estão aí espalhadas pelo país fazendo vítimas diariamente.

Os quilombolas, que Bolsonaro tratou como animais pesados por arroba, segundo ele, sequer servem para procriação.

Todo esse preconceito dele com os negros foi visto em seu governo utilizando a Fundação Palmares que nasceu e sempre atuou com o propósito oposto ao que ele fez.

No caso dos índios, Bolsonaro parecia falar de colonizadores ou estrangeiros que invadiram um território alheio, dizendo que não demarcaria um centímetro de terra dos indígenas.

Mas sua fala ganhou uma dimensão ainda mais monstruosa pelo ódio que cuspia fazendo transparecer sua ira santa contra os negros e índios, porque era essa a sua intenção, a de estimular o ódio e o preconceito contra esses dois grupos étnicos, no caso dos índios, ele queria dizimá-los pelo olho gordo que sempre teve nas terras deles

Em qualquer outro país, ele sairia da Hebraica algemado e estaria preso até hoje, porém nada foi feito e a consequência foi ele se tornar presidente da República pelas mãos de Moro.

Sim, é bom não esquecer que, sem a ajuda luxuosa de  Moro, Bolsonaro não seria presidente e todas as suas atrocidades não teriam acontecido.

O vídeo abaixo mostra um Bolsonaro desfigurado, possesso como um psicopata ganancioso, sendo efusivamente aplaudido.

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Lula compartilha programa da Saúde para voluntários em terras ianomâmi

A pasta divulgou comunicado neste domingo (22/1) apontando que vai acelerar o recrutamento de profissionais através do programa Mais Médicos. Segundo o Governo, falta de assistência levou à morte de 570 crianças ianomâmis.

O Ministério da Saúde divulgou neste domingo (22/1) um formulário para voluntários que tenham interesse em fazer parte da Força Nacional do SUS e que serão enviados para tratar da crise humanitária nas terra ianomâmi, em Roraima. O chamado foi compartilhado pelo presidente Lula em uma rede social.

“Ajude a compartilhar. O Brasil é o país da solidariedade e esperança”, escreveu o presidente.

A Força Nacional do SUS é um programa de cooperação voltado a “medidas de prevenção, assistência e repressão a situações epidemiológicas, de desastres ou de desassistência à população quando for esgotada a capacidade de resposta do estado ou município.”

O formulário abrange profissionais de diversas áreas, entre elas enfermagem, nutrição, psicologia, biomedicina e assistência social.

Mais Médicos

Outra medida da sala de situação criada pelo governo no último dia 20 é a aceleração do recrutamento de profissionais através do programa Mais Médicos, criado em 2013.

De acordo com o Ministério da Saúde, os editais vão abranger profissionais formados tanto no Brasil quanto no exterior, que serão enviados ao Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami.

Emergência de saúde

Nesta sexta-feira (20/1), o Ministério da Saúde declarou emergência de saúde pública no território indígena ianomâmi. A terra é a maior do país, em extensão territorial, e sofre com a invasão de garimpeiros.

No ano passado, 99 crianças do povo ianomâmi morreram devido ao avanço do garimpo ilegal na região, segundo divulgado pelo Ministério dos Povos Indígenas. As vítimas foram crianças entre um a 4 anos. Ainda segundo o governo, 570 crianças ianomâmi morreram ao longo dos últimos 4 anos.

*Com Correio Braziliense

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Como o ex-comandante do Exército reagiu ao ser comunicado sobre sua demissão

A conversa do ministro da Defesa, José Múcio, com o general Júlio Cesar de Arruda sobre sua demissão do posto de comandante do Exército foi descrita como “difícil” e “dura” por pessoas ligadas ao militar.

Segundo Bela Megale, O Globo, apesar de a insatisfação do presidente Lula com Arruda ser latente, o general acreditava que permaneceria no posto e procurou mostrar certa surpresa com o comunicado. Quando foi demitido por Múcio, o militar reagiu e lamentou a decisão. Arruda, no entanto, não teve espaço junto ao ministro para tentar demovê-lo.

Como informou a coluna, Múcio não via a demissão do general como o melhor caminho. O ministro da Defesa mudou de ideia, no entanto, após receber um telefonema de Lula, por volta das 6h30 deste sábado. Na ligação, o presidente cobrou uma atitude em relação à nomeação do coronel Mauro Cid para liderar o 1º Batalhão de Ações e Comandos, da unidade de Operações Especiais, em Goiânia. O Palácio do Planalto já havia indicado que esperava que Arruda anulasse essa nomeação, mas ele apresentava resistência.

Cid é ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro e alvo de uma investigação que corre no Supremo Tribunal Federal (STF) relacionada a um “caixa paralelo” para favorecer o ex-presidente e Michelle Bolsonaro.

O ministro Múcio disse a aliados que a decisão foi difícil, mas que ficou “aliviado” com a medida. Também disse que a conversa com Arruda “não foi agradável” por se tratar de uma demissão, mas que segue mantendo respeito e apreço pelo general.

O general Arruda, agora demitido do comando do Exército, iria trabalhar de maneira remota nos próximos dias porque vai se submeter a uma cirurgia eletiva. Diante do grau de desconfiança crescente de Lula em relação ao então comandante, Múcio avaliou que o único caminho seria sua demissão.

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Ei, presta atenção! O Antropofagista precisa de você

O Antropofagista não tem patrocínio, não recebe recursos e a arrecadação com a monetização, é um escândalo, não tem graça comentar.

Assim, o blog se sustenta com o apoio dos leitores. O mesmo se dá na questão da difusão do nosso conteúdo. Não há recurso disponível para impulsionar o blog, que também não tem padrinho e, muitas vezes, ainda enfrenta a censura das grandes redes que, como todos sabem, estão cada vez empresariais e menos sociais.

Por isso, não só a colaboração financeira, assim como a de compartilhamento das matérias, depende de uma corrente a partir dos próprios leitores.

Em função disso, pedimos com veemência aos que puderem contribuir com um Pix de qualquer valor acima de R$ 1,00, que o façam para seguirmos com o nosso trabalho, assim como compartilhar em suas redes sociais e Whatsapp.

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