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Dallagnol diz ter pedido a banco cancelamento do seu PIX que ele jura não ter revelado, mas recebeu mais de R$ 570 mil em doações “espontâneas”

Não que seja impossível chegar a uma soma de doações que Dallagnol recebeu no valor de mais de R$ 570 mil, afinal, estamos no Brasil e conhecemos bem o eleitorado de direita capaz de negar um pão a um necessitado e ter a coragem cínica de depositar valores a um vigarista por ter confessado, através de seu próprio powerpoint ter contra Lula, não provas, mas convicção de que ele teria comandado um esquema de corrupção.

Num país sério, onde as instituições oficiais de fato desejosas de combater a corrupção, não atenuaria um pedido de prisão de um dos seus integrantes por uma fieira de picaretagens, sobretudo porque a Vaza Jato mostrou que Dallagnol fez da sua condição de procurador um negócio prodigioso, encarregando-se, inclusive, de montar empresa de palestras e, com isso, adquirir imóveis de luxo na cara dos brasileiros.

Tudo isso em nome do “combate à corrupção”.

A questão aqui nem está num longo debate sobre as atitudes espúrias do ex-menino prodígio de Curitiba, mas essa misteriosa soma que foi parar em sua conta via PIX, de forma espontânea, segundo o próprio, sem que tivesse sido divulgado a chave.

Isso, no mínimo, mereceria uma investigação acurada a pedido do PGR e do Conselho Nacional do Ministério Público para entender como Dallagnol chegou a essa soma, obtida pelo “café” doado por um número ainda não revelado de doadores.

O fato é que essa história está cada dia mais estranha, sobretudo pela fertilidade dos negócios de Dallagnol em seus áureos tempos de Lava Jato, como revelou o Intercept.

Ou seja, essas doações espontâneas, dirigidas a sua conta, via PIX, tem muito que ser explicado, porque, até aqui há uma venda em nossos olhos, e não é a da justiça, que impede que seja conhecida a origem desse dinheiro que jorrou em sua conta, numa super produção de bondade dos doadores.

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Lula quer transformar a defesa da Petrobras em pauta nacional: ‘O povo precisa saber o que é soberania’

Ex-presidente defende que estatal volte à ter papel ativo no desenvolvimento econômico e social do Brasil.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) quer transformar a defesa da Petrobras em uma pauta nacional, com o objetivo de engajar a população sobre a importância da estatal para o desenvolvimento do país e, principalmente, o fim da atual política de preços. A afirmação foi feita em debate realizado, nesta terça-feira (29), durante evento com especialistas e representantes da Federação Única dos Petroleiros (FUP).

O evento debateu os impactos dos preços dos combustíveis e o futuro da Petrobras no país. Para o ex-presidente Lula, há anos, é vendida uma narrativa “cheia de mentiras” para milhões de brasileiros, com o objetivo de manchar a imagem da estatal, seja sobre falsos prejuízos da empresa ou até casos de corrupção. Segundo ele, parte da elite do Brasil não aceita o fortalecimento do Estado.

“A elite brasileira é colonizada, ela nunca aceitou a independência, nem a soberania. Então, tentar fazer o que construímos, onde fortalecemos as empresas nacionais, não foi aceito com facilidade. É preciso vencer a nossa narrativa. Eles construíram mentiras absurdas sobre a Petrobras e trabalhadores foram chamados de ladrões. Foi vendida a mentira que foi o ‘roubo na empresa’ que deu prejuízo”, criticou o petista. Além de Lula, o evento sobre a Petrobras também contou a presença da deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR), o vereador Lindbergh Farias e o deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), André Ceciliano (PT).

Lula afirmou que a campanha deste ano precisa colocar a defesa da Petrobras como um dos pilares principais, para construir uma nova narrativa favorável à empresa. “Foi no nosso governo que aconteceu a mais importante capitalização da Petrobras, que fizemos a maior descoberta da história da estatal e a maior regulação para que a empresa fosse do povo. Então, precisamos vender essa narrativa e mostrar que o petróleo é nosso. A gente precisa transformar a Petrobras numa briga nacional. A pessoa que está cozinhando com lenha precisa perceber que a briga é dela. O cara que não consegue mais dirigir, por causa do preço do combustível, precisa saber que a luta é dele. A soberania será um dos motes da campanha, porque o povo precisa saber o que é soberania. Eu quero soberania para o país, assim como o povo quer para a sua casa. E o Brasil é a nossa casa”, acrescentou.

Fim do PPI

Nos últimos anos, a população brasileira enfrenta uma alta histórica nos preços dos combustíveis. Especialistas que participaram do evento apontaram que a única maneira de combater essa crise é alterar a atual política de preços da Petrobras, dada pelo Preço de Paridade Internacional (PPI), orientado por flutuações no mercado internacional de petróleo e no câmbio.

O professor de Economia e vice-diretor do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Eduardo Costa Pinto, integrante do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo (Ineep), explicou que a discussão sobre o fim do PPI é urgente. De acordo com ele, a estratégia apenas serve para colocar uma lógica privatista na Petrobras, para maximizar seus lucros, e isso impacta negativamente na sociedade.

“Falam que a Petrobras não pode dar prejuízo, porque ela tem uma dimensão privada e pública. Em 2021, a estatal teve um lucro de R$ 107 bilhões. Isso é o dobro da média das grandes petroleiras nacionais. Esse superlucro é fruto de três elementos: o aumento dos preços, a forte redução dos custos de extração e a redução dos tributos. A Petrobras se tornou uma máquina de renda para os acionistas, sendo 40% estrangeiros”, ressaltou ele.

O economista Cloviomar Cararine, do Dieese e assessor da FUP, lembra que, desde 2016 com a adoção do PPI, o gás de cozinha subiu mais de 300%, enquanto o salário mínimo só cresceu 35%. Já o presidente da FUP, Deyvid Bacelar, acrescenta que o problema do valor do combustível não tem a ver com impostos. “Quando iniciou a pandemia, nós fizemos ações com gás a preço justo para a população. A partir daquilo, conseguimos mostrar que o problema não é dos impostos, nem da guerra, mas é da política de preços, implementada por Temer e mantida por Bolsonaro. Não faz sentido nosso país, autossuficiente, cobrar esses valores baseados no dólar”, disse.

Soberania nacional

O debate entre petroleiros e especialistas também abordou a importância da estatal para o desenvolvimento econômico e social. O deputado federal Marcelo Freixo (PSB-RJ), pré-candidato ao governo do Rio de Janeiro, afirmou que o desmonte da Petrobras é um ataque direto à vida das pessoas. Ele também defende que as eleições deste ano coloquem a defesa da empresa como pilar central.

“O preço do combustível afeta os mais pobres e o Rio tem papel importante no debate, porque boa parte do petróleo é tirado daqui. Não tem como não reerguer o Rio economicamente se não debatermos o papel da Petrobras diante do interesse público”, disse ele.

Zé Maria Rangel, ex-presidente FUP, lembrou que a Petrobras, durante as gestões de Lula e Dilma, tinha como essência o desenvolvimento do Estado brasileiro, com a geração de emprego e renda. “Quando Lula assumiu, ele prometeu recuperar a indústria naval e foi ironizado pelo presidente da estatal na época. Depois, a indústria naval gerou 90 mil empregos, os estaleiros viraram formigueiros. Hoje, por conta do alto desemprego, o Rio se tornou o estado mais desigual do país. Portanto, a estatal é um pilar fundamental no desenvolvimento nacional”, acrescentou.

Para o professor José Sergio Gabrielli, ex-presidente da Petrobras, o momento exige que o Brasil resgate sua soberania nacional. “Não há uma nação no mundo que não tenha o setor energético como peça chave do projeto de país. Os Estados Unidos fazem guerra para garantir sua soberania e segurança energética. A segurança energética significa a garantia de acesso à população, por isso outros países estão tomando estratégias para que os preços não subam. O Estado é fundamental para isso”, finalizou.

*Com Rede Brasil Atual

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Bolsonaro avisa aliados que vai demitir presidente da Petrobras

Se confirmada, será a segunda troca em um ano. Motivo é a alta no preço dos combustíveis. Cotado para o cargo é o economista Adriano Pires.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) avisou aliados próximos que vai trocar o comando da Petrobras, atualmente presidida pelo general Joaquim Silva e Luna. O militar já foi avisado.

Se confirmada, será a segunda troca na petroleira em um ano. O motivo da mudança são as queixas de Bolsonaro sobre as altas nos preços dos combustíveis. O cotado para o cargo de presidente da estatal é o economista Adriano Pires. Ele é especialista do setor de óleo de gás.

Para que a substituição seja efetuada, o Ministério da Minas e Energia deve enviar a indicação de um novo nome para a Petrobras. A indicação deve ser votada no Conselho de Administração da Petrobras. A previsão é que a votação ocorra ainda na primeira quinzena de abril.

*Com Metrópoles

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Cai Milton Ribeiro, o Queiroz de Bolsonaro no MEC

Se o sujeito caiu a partir do escândalo dos pastores vigaristas que se alojaram dentro do MEC, através do áudio do próprio ministro da Educação, Milton Ribeiro, não se pode esquecer a sua última frase, “a pedido de Bolsonaro”.

Ou seja, esta, de todas as frases absurdas ditas por Ribeiro, é a mais grave, porque o próprio afirma que foi a partir das ordens do presidente da República, o que faz lembrar o esquema padrão do clã com Queiroz na formação de quadrilha para cometer peculato, também chamado de rachadinha.

Pasmem! Bolsonaro ainda é candidato à reeleição, o que acabou provocando a combustão que explodiu no colo do ministro.

Mas todos sabem que essa bomba é muito maior e tem potência ilimitada. Ela não era de uso exclusivo do ministro e nem do MEC, mas o modus operandi que, neste caso, era convertido em ouro como pagamento de propina é o mesmíssimo do esquema que Bolsonaro organizou em família com Queiroz e cia.

Na verdade essa era a matéria prima que dava energia aos negócios dos pastores escroques dentro do Ministério da Educação.

Agora é saber aonde essa crise moral vai dar, porque não tem como ficar apenas na degola de Ribeiro.

A conferir.

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Datafolha revela o óbvio: 75% dos brasileiros culpam Bolsonaro pela disparada da inflação

A questão da inflação nos tempos de Bolsonaro, tem uma meleca a mais, que é a macunaímica falta de qualquer, regra ou sentido econômico nas contas do varejo. Bolsonaro passou a ideia de que o vale tudo neoliberal é terra de ninguém e os comerciantes bolsonaristas acreditaram nisso, assim como outros setores que nunca especularam tanto.

O resultado disso está aí.

José Paulo Kupfer no UOL: “De acordo com projeções de Fabio Romão, um dos economistas que mais conhecem os caminhos da inflação brasileira, o IPCA-15 deu indicações de que a coisa está feia. Chamou atenção a intensidade, a disseminação e a velocidade das altas de alimentos.”

Lógico que a população percebeu isso e o Datafolha não podia obter outra resposta na sua pesquisa: “Datafolha: 75% dos brasileiros culpam Bolsonaro pela disparada da inflação”

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Bíblias de pastores calhordas do MEC, exibem foto de ministro Milton Ribeiro estampada na capa

Edição com imagens de Milton Ribeiro e pastores suspeitos de um esquema de propinas na pasta foi patrocinada por prefeitura do Pará.

Exemplares de uma edição da Bíblia com fotografias do ministro da Educação, Milton Ribeiro, e dos pastores Gilmar Santos e Arilton Moura foram distribuídos, na tarde de 3 de julho do ano passado, em um evento organizado pelo MEC em Salinópolis (PA), cidade a 220 quilômetros de Belém. O encontro, que reuniu prefeitos e secretários municipais do Estado, contou com a presença do próprio titular da pasta e dos pastores que, segundo o Estadão revelou, pediriam propina em barra de ouro e dinheiro em troca de acesso ao ministro e liberação de verba.

A impressão destaca o “patrocínio” do prefeito de Salinópolis, Carlos Alberto de Sena Filho, o Kaká Sena, do PL, que também teve a imagem estampada entre a contracapa e a folha de rosto. Anfitrião do evento, ele custeou uma tiragem de mil Bíblias, a R$ 70 por cada exemplar, segundo pessoas que participaram do evento. A edição foi feita pela Igreja Ministério Cristo para Todos, um ramo da Assembleia de Deus, que tem uma gráfica em Goiânia. O pastor Gilmar Santos, que comanda a igreja, teve a presença anunciada no encontro como uma “autoridade”, sentando à mesa do palco, ao lado de Milton Ribeiro e do presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), Marcelo Ponte.

Fotografias oficiais do MEC e vídeos da prefeitura de Salinópolis registraram as Bíblias ainda no plástico nas mãos de convidados e nos assentos vagos. Na semana passada, o jornal O Globo publicou relatos de prefeitos, confirmados pelo Estadão, que disseram ter recebido pedidos de propina de pastores do gabinete paralelo do MEC, na forma da compra de livros e dinheiro para igrejas em troca de liberação de verbas destinadas à construção de escolas e creches. O Estadão publicou ainda relato de pedido de pagamento de até 1 kg de ouro para garantir o repasse dos recursos.

Após o encontro, o ministro Milton Ribeiro aprovou a construção de uma escola em Salinópolis. Ele firmou um termo de compromisso com a prefeitura no valor de R$ 5,8 milhões, dos quais empenhou, no final de dezembro, R$ 200 mil. Tanto o ministro quanto o prefeito não se pronunciaram sobre a distribuição das Bíblias.

https://youtu.be/P16Mf14Nh5c

Impessoalidade

Doutor em Direito do Estado pela USP, Igor Tamasauskas disse ao Estadão que o caso das Bíblias com a fotografia de Milton Ribeiro pode caracterizar corrupção e improbidade. “Uma possível imposição de uma ‘doação’ na forma de confecção de Bíblias caracteriza a “vantagem indevida” para o desempenho de uma atividade pública, o que configura corrupção”, ressaltou. “A improbidade decorre disso e também da violação ao princípio da impessoalidade.”

O advogado avalia que a distribuição de Bíblias com foto do ministro em evento do MEC pode ainda configurar violação do artigo 37 da Constituição, que estabelece que a publicidade de atos de órgãos públicos não pode ter nomes ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades.

O advogado Cristiano Vilela afirma que a distribuição de itens que caracterizam interesse privado, em evento público, pode configurar uma afronta aos princípios da administração pública: impessoalidade, legalidade e moralidade. Especialista em Direito Público, ele ressalta que o Estado tem de se manter “absolutamente neutro, não podendo discriminar as igrejas, beneficiá-las, ou prejudicá-las” e não deve “se confundir com as preferências religiosas dos seus ocupantes transitórios”.

Na Bíblia distribuída em Salinópolis, há um agradecimento a Milton Ribeiro por ter “construído uma comunhão especial” com o pastor Gilmar Santos e ao prefeito da cidade pelo patrocínio. O texto de apresentação destaca que o ministro e o religioso realizavam seminários em diferentes regiões, levando projetos de melhoria da Educação Básica.

‘Sugar’

Em vídeo ao qual o Estadão teve acesso, o prefeito Kaká Sena agradeceu ao pastor Gilmar Santos pelo evento. “Obrigado, pastor, por ter me ajudado a chegar neste momento”, disse. “Este momento é um momento ímpar, para que a gente possa aproveitar e sugar o máximo o MEC, o FNDE”, enfatizou. O prefeito ainda ressaltou que o ministro tinha o “terceiro maior orçamento” do governo.

O ministro Milton Ribeiro também agradeceu ao “amigo” Gilmar Santos e aproveitou para enaltecer o presidente Jair Bolsonaro. “Eu tenho tido apoio total e irrestrito do senhor presidente da República. Quero dizer aos senhores que estão aqui nesta reunião que nós podemos qualificá-lo com muitos adjetivos ruins, ele tem defeitos como eu tenho, mas eu sou testemunha de que nós não temos mais na Presidência da República um corrupto, um desviador de merendas de escola pública e que só pensa nele”, afirmou o ministro. “Eu que decido todo dia (um orçamento de) R$ 480 milhões de reais. Em nenhum momento recebi ligação do presidente pedindo proteção para A ou B.”

Por sua vez, o pastor Gilmar Santos comparou a atuação de Milton Ribeiro ao “ministério” de Jesus Cristo. “Como ministro do Evangelho, pela Graça de Deus, eu consigo nesta tarde visualizar e fazer um paralelismo com o que está acontecendo aqui e o que Cristo fez”, disse. “O ministério de Jesus Cristo apoiava-se em três pilares”, afirmou. “E ia ele por todas as cidades, povoados e aldeias, ensinando e pregando o Evangelho do Reino e curando os enfermos.”

Denúncia

O prefeito de Bonfinópolis (GO), Professor Kelton (Cidadania), relatou à reportagem que num encontro, no início de 2021, o pastor Arilton Moura pediu R$ 15 mil para custear despesas em Brasília e a compra de Bíblias para liberar recursos do MEC. “Se você quiser contribuir com a minha igreja, que eu estou construindo, faz uma oferta. Você vai comprar mil Bíblias, no valor de R$ 50, e vai distribuir essas Bíblias lá na sua cidade. Esse recurso eu quero usar para a construção da igreja”, disse o pastor, segundo o prefeito. “Fazendo isso, você vai me ajudar também a conseguir um recurso para você no ministério”, relatou. Kelton disse que não aceitou a proposta.

A Bíblia editada pelos pastores foi distribuída, no ano passado, em um evento em Nova Odessa, no interior de São Paulo. Uma secretária municipal que esteve no encontro e pediu para seu nome não ser publicado descreveu o cenário como “desconfortável, escandaloso para quem é da Educação”. Ela disse que as Bíblias estavam em mesas junto a profissionais do FNDE e do MEC, que resolviam eventuais dificuldades das prefeituras com merenda, transporte e materiais didáticos.

Durante o atendimento a prefeituras paulistas em Nova Odessa, em cima de um palco, o pastor Arilton Moura perguntou se a plateia sabia o motivo de eles estarem ali. “Porque vimos a necessidade do evangelismo em cada município desses”, afirmou. Ao discursar, o ministro agradeceu e chamou o pastor Gilmar de “meu amigo, meu irmão”. Em nota, a prefeitura de Nova Odessa negou que as Bíblias tenham sido distribuídas na cidade.

*Com Estadão

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Bolsonaro é esculachado por artistas e público no encerramento do Lollapalooza

Emicida, Criolo, Drik Barbosa, Mano Brown, Ice Blue, Rael, Bivolt, Djonga, BNegão e Marcelo D2, com o Planet Hemp, fizeram do encerramento do festival um ato público contra o autoritarismo do fascista que governa o Brasil.

Com a alteração da programação original do último dia do festival Lollapalooza, por conta da morte de Taylor Hawkins, baterista do Foo Fighters, ocorrida na sexta-feira (25), na Colômbia, já que a banda norte-americana encerraria o evento, um grande encontro dos principais rappers brasileiros tomou o palco principal ultrailuminado montado no autódromo de Interlagos, na Zona Sul de São Paulo. Diante da autoritária decisão do ministro Raul Araújo, do TSE, de impor censura às manifestações políticas no Lolla, a pedido do aparato jurídico de Jair Bolsonaro, a noite acabou de se tornando um pesadelo para o líder de extrema direita, que foi escrachado.

Emicida, anfitrião do encontro, chegou protestando contra o presidente radical e não se intimidou com o cerco do TSE. “Pode multar, vai… Pode multar!”. Drik Barbosa mandou o papo reto em seus versos e soltou “vocês matam em nome de Deus, bando de Bolsonaro”, enquanto Rael, Bivolt e Djonga compartilharam o palco simultaneamente com rimas que levaram o público ao delírio, sempre com teor crítico contra o ocupante do Palácio do Planalto.

Mano Brown e Ice Blue, duas lendas dos Racionais MC’s, cantaram Mil Faces de um Homem Leal (Marighella), numa clara provocação ao presidente obcecado pela esquerda e paranoico com um anticomunismo mofado e démodé.

Por fim, Marcelo D2 e o Planet Hemp chegaram tornando ainda mais explícito o protesto contra Jair Bolsonaro. O veterano cantor de hip hop não deixou barato e chamou Bolsonaro de “filho da puta”. Logo que colocou os pés no palco, já exortou a plateia a atacar o governante ultrarreacionário com o já clássico “ei, Bolsonaro, vai tomar no cu”.

“Hoje, ele não! Hoje ele não vai fazer narrativa! Hoje é sobre amor, hoje é sobre Taylor, hoje é sobre Chorão, hoje aqui é sobre Chico Science, hoje é sobre Sabotage. Hoje ele não! Hoje não! A gente é que vai fazer a narrativa hoje e a gente vai falar de amor, porque é isso que vai salvar a gente. Hoje a gente vai falar do que a gente quiser, amigo… O mundo é nosso! O mundo é deles, mas é nosso também!”, disse D2, para explosão da multidão.

Após cantar Dig Dig Dig (Hempa) e Fazendo Sua Cabeça, o líder do Planet Hemp não ligou nada para a decisão do TSE sobre a suposta “campanha eleitoral antecipada” e conduziu a plateia num coro de “Olê, olê, olê, olá… Lula, Lula!”. Ele aproveitou ainda para mandar um recado indireto às falanges fascistizadas que apoiam Bolsonaro. “A gente tem que derrotar os milicianos, começando lá pelo Rio de Janeiro”, falou.

No fim, Mantenha o Respeito, o ex-libris da lendária banda dos anos 90 sacudiu o público num transe fantástico, com a participação de Emicida e Rael, enquanto rodas-punk se formavam à frente do palco e se escutavam os últimos protestos contra Jair Bolsonaro, a figura “homenageada” da noite, numa demonstração de que a classe artística e os jovens não se renderão aos rompantes ditatoriais do limítrofe ex-capitão do Exército que pensa ser dono do Brasil.

*Com Forum

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Direção do Lolla peita censura do TSE e põe ‘Fora Bolsonaro’ em telão já na abertura

Fresno abriu apresentação dizendo que “o presidente quer te exterminar”. Lulu Santos fez breve participação e foi bem claro em seu recado: “Cala boca já morreu, quem manda na minha boca sou eu!”

A organização de um dos maiores festivais de música do mundo, o Lollapalooza, resolveu peitar a decisão arbitrária do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que impôs censura a qualquer manifestação política de artistas que participam do evento, atendendo um pedido dos advogados do partido de Jair Bolsonaro, o PL, após cantores como Emicida, Pabllo Vittar e Marina protagonizarem gestos de repúdio ao presidente de extrema direita e de apoio ao ex-presidente Lula, líder em todas as pesquisas de intenção de voto para voltar ao Palácio do Planalto nas eleições de outubro.

Antes mesmo de começar a apresentação da banda Fresno, o imenso telão do palco onde ocorrem as apresentações mostrou uma mensagem gigantesca: Fora Bolsonaro, que se repetiu durante a performance do grupo. Não ficou claro se a colocação da mensagem foi de responsabilidade da organização ou do Fresno, mas o fato é que os diretores da atração não moveram uma palha para cumprir a arbitrária decisão do TSE.

O público, ao ler a manifestação, passou a gritar em uníssono “Ei, Bolsonaro, vai tomar no c*”. Lucas Silveira, vocalista da banda gaúcha, também deixou claro que não se calaria frente à censura judicial: “O presidente quer te exterminar”, cantou.

Já no fim do concerto do Fresno, Lulu Santos foi chamado ao palco para participar da apresentação e assim que entrou, após os aplausos, o veterano artista carioca não deixou de mandar um recado claro e direto às hostes do Judiciário que insistem em apoiar o governo fascista de Jair Bolsonaro.

“Como já disse a Cármen Lúcia… Cala boca já morreu, quem manda na minha boca sou eu!”, disparou Lulu, para delírio da multidão, que mais uma vez xingou o presidente da República.

As apresentações seguem na tarde deste domingo (27) e a todo momento a plateia reinicia os protestos políticos contra o governo extremista de Jair Bolsonaro, que conseguiu na Justiça Eleitoral uma decisão para punir a direção do festival em caso de manifestações ideológicas.

https://twitter.com/fabiofelixdf/status/1508147784175730698?s=20&t=0cB2nH1G6PZtLvtkIlhQiA

*Com Forum

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Censor do Lollapalooza, TSE negou retirada de outdoors pró-Bolsonaro

O ministro Raul Araújo, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), aceitou o pedido feito pelo PL; outra decisão mostra quem ele é.

O ministro Raul Araújo, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), aceitou o pedido feito pelo PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, para que sejam proibidas manifestações políticas durante shows do festival Lollapalooza. A legenda acionou a Corte neste sábado (26). O mesmo magistrado foi responsável por uma decisão que beneficiou o presidente.

Araújo negou liminar pedida pelo Partido dos Trabalhadores (PT) para a retirada de outdoors em defesa do presidente Jair Bolsonaro (PL), colocados em Mato Grosso. A decisão é de 17 de fevereiro de 2022.

O ministro deu continuidade à representação por suposta campanha antecipada contra o presidente, à Cooperativa dos Produtores Agropecuaristas do Paraíso e Região (Copper), o ministro da Cidadania, João Inácio Ribeiro Roma Neto, que aparece em uma das mensagens, e à Outmix Locações e Treinamentos Ltda.

Raul Araújo determinou que os quatro sejam citados para a continuidade da representação eleitoral.

Raul Araújo, do TSE, foi contra o PT

O PT entrou com a ação após reportagem publicada pelo site UOL, em 5 de janeiro de 2022, apontar a existência dos outdoors “com mensagens que exaltam supostas qualidades pessoais do atual presidente da República, afixados em fazendas dos Estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, o que configuraria antecipação da campanha eleitoral para as eleições deste ano”.

As peças publicitárias trazem mensagens como “Pela democracia, por nossas famílias, por quem produz! Copper e produtores da região juntos com Bolsonaro”; “Produtores rurais e sindicato rural; #fechadoscomBolsonaro. Acreditamos em Deus e valorizamos a família”; “#fechadoscomBolsonaro. Por Deus, por nossas famílias, por quem produz”, entre outras.

*Com DCM

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O inacreditável TSE, a pedido de Bolsonaro, proíbe manifestação pró-Lula no Lollapalooza

Independente dessa funesta decisão do TSE de tentar censurar a sociedade brasileira, proibindo manifestações políticas em pleno espetáculo de massa, a meu ver, a campanha de Bolsonaro deu um tiro de escopeta no próprio pé.

Independente do Brasil ter atualmente um presidente que está há mais de três sem trabalhar, vivendo só do picadeiro eleitoral e, por isso, o país está como está, com uma economia aos cacos.

Essa atitude do TSE, a pedido de Bolsonaro, é absolutamente esquizofrênica, já que não há qualquer rigor contra o presidente que usa descaradamente bilhões de recursos públicos para fazer campanha  permanente para sua reeleição.

Ora, essa decisão monocrática de um dos ministros do TSE, tem tudo para obter resultado oposto ao que Bolsonaro imagina que terá.

A conferir.

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