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‘No ano que vem vamos ter que vacinar todo mundo de novo’, diz diretor do Sírio-Libanês

Para Fernando Ganem, imunização contra a Covid deverá funcionar como a da gripe, que, devido às mutações do vírus, exige adaptações.

O novo diretor-geral do Hospital Sírio-Libanês (SP), o médico Fernando Ganem, 56, diz que os conhecimentos sobre a Covid-19 disponíveis até o momento indicam que será necessária uma imunização anual contra a doença.

“Ano que vem, vamos ter que começar a vacinar todo mundo de novo. Vai funcionar como funciona na gripe; mudam as variantes, tem fazer nova adaptação da vacina”, afirma.

Segundo o médico, o hospital vem registrando casos de reinfecção por Covid entre pessoas já imunizadas, mas nenhum grave ou que tenha levado o paciente à morte.

Por isso, recomenda que as pessoas continuem usando máscaras não só para se proteger contra o coronavírus, mas também contra outros vírus respiratórios que estão circulando, como o H1N1, e já provocam internações.

Cardiologista e intensivista, Ganem está no Sírio desde 1992 e ocupou vários cargos nas áreas da assistência e da gestão. Em maio, assumiu a diretoria geral, substituindo o cirurgião Paulo Chapchap, seu mentor.

Um assunto que circulou nas redes sociais recentemente foi que o Sírio estava com vários pacientes graves de Covid que já tinham sido imunizados com duas doses da vacina. O que há de real nessa história? Estamos monitorando todas as pessoas que internam, quantas já foram vacinadas. Existem pacientes internados que já tomaram a vacina? Sim. Existem pacientes que já tomaram a vacina e estão em estado crítico? Não é o que a gente está vendo.

Nós e outras instituições vamos soltar publicações sobre colaboradores vacinados, quantos tiveram [reinfecções por Covid]. Na nossa experiência, não identificamos casos graves [de reinfecção] e óbito. Temos que estratificar todos os casos por idade e complexidade.

Casos individuais, a gente tem visto por aqui. Temos um caso curioso de uma médica que tem vários fatores de risco, atende em casa, já foi vacinada, teve Covid e não internou. O desfecho primário da vacina é evitar mortalidade. Agora, ter de novo… o ideal seria que não tivesse mais.

Ano que vem vamos ter que começar vacinar todo mundo de novo. Vai funcionar como funciona na gripe; mudam as variantes, tem que fazer nova adaptação da vacina.

Todo mundo me pergunta e eu falo: sabe quando a gente vai ter todas essas respostas? Daqui a um ano, quando 100 milhões de pessoas estiverem vacinadas. O resto são inferências, e inferências são perigosas porque podem gerar informações infundadas.

Mas teremos mesmo que nos vacinar anualmente contra a Covid, assim como ocorre com a gripe? Tudo indica que sim, pelo o que a gente tem acompanhado na literatura e com os nossos colegas. Foi como aconteceu na epidemia de H1N1 [em 2009]. Nós ainda temos casos de H1N1. Tivemos um caso recente. O paciente teve Covid, foi internado, saiu, e na semana seguinte estava com H1N1.

E nesse período outros vírus respiratórios têm circulado bastante… Exatamente. A gente sabe que de maio a julho, agosto, aumentam as visitas aos prontos-socorros, as internações, a mortalidade na população idosa por pneumonia. Também por isso é que a gente deve manter o uso da máscara.

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) vem discursando contra o uso da máscara. É o momento de deixar lado o acessório? Vamos ter que continuar usando máscara ainda por muito tempo, independentemente de uma recomendação técnica, deve ser uma orientação comportamental. Sempre que possível, precisamos diminuir a probabilidade do contágio.

Como está hoje a ocupação de leitos do Sírio por Covid? Semana passada estivemos bem apertados, variando de 90% a 97% de ocupação. Felizmente hoje [segunda, 14] estamos com 84%, estamos conseguindo acomodar. Mas é muito dinâmico. Há dias em que existe espera [por leitos] no pronto-socorro.

Ano passado, nosso pico de internação tinha sido 260 pacientes. Neste ano, baixamos para 130 por duas, três semanas, e a gente pensou que teria um período de sossego. Nas últimas semanas, voltamos a ter 250 pacientes. Hoje [segunda] estamos com 164.

Está sendo necessário suspender cirurgias eletivas? Dessa vez, não. Suspendemos por duas semanas alguns exames como a polissonografia, em que o paciente passa a noite no hospital e no dia seguinte vai embora. Muita gente que segurou procedimentos médicos meses atrás agora está nos procurando até porque começa a ficar ansioso, não sabemos até quando vai [a pandemia].

O Sírio acaba de lançar o pronto-atendimento digital. Como vai funcionar? A experiência com pacientes com Covid possibilitou uma nova forma de atendimento para todo tipo de condição de saúde. As avaliações podem ser agendadas por meio de um número de WhatsApp. O paciente responde a uma série de perguntas para a triagem do caso e se não for considerado crítico, recebe um link para acesso a uma plataforma de telemedicina do Sírio e é atendido pelo médico de plantão. Se os sintomas forem de gravidade, é orientado a comparecer ao hospital.

Várias instituições de saúde têm estendido o atendimento médico digital para áreas como escolas e empresas. Isso veio para ficar? Sim, o hospital presta hoje um serviço de saúde populacional que abrange 180 mil colaboradores de outras empresas em que o atendimento é digital. Tanto de um médico de família ou clínico-geral com nosso médico especialista, ou diretamente com o paciente.

Isso evitou idas desnecessárias ao pronto-socorro, garantindo a segurança. Antes da Covid, em torno de 20% dos pacientes que vinham ao pronto-socorro não eram submetidos a nenhum exame nem recebiam medicação. Podemos inferir que eles precisavam de uma consulta médica.

Não tenho dúvida de que o atendimento e do monitoramento digital de pacientes, serviços de saúde mental e de reabilitação a distância terão oportunidade de crescimento no pós-pandemia.

O que não é possível ainda fazer com o atendimento digital? Não conseguimos substituir alguns tipos de assistência. Dor aguda, por exemplo, é uma coisa muito preocupante. Dor abdominal pode ser algo mais simples, como uma gastroenterite [infecção intestinal], uma diverticulite [inflamação ou infecção na parte interna no intestino]. O exame físico faz toda a diferença. Uma dor torácica, um formigamento, pode ser desde uma tensão emocional até um AVC [Acidente Vascular Cerebral]. Ter um olhar médico é fundamental.

Mas hoje, com uma boa anamnese, um check-list de perguntas, um algoritmo bem direcionado, você consegue saber quando orientar a pessoa a procurar um atendimento presencial ou se ela pode seguir no acompanhamento digital.

No âmbito do SUS, o Sírio e outros hospitais têm desenvolvido por meio do Proadi alguns projetos usando a telemedicina nas emergências e na UTI. O que já é possível mensurar de resultados? O Lean nas emergências, essa ferramenta de gestão que ajuda a diminuir o tempo de permanência do paciente no serviço de urgência, já existia antes da pandemia e, devido à repercussão e ao impacto que causou em vários hospitais públicos, foi renovado.

Em 2020, o projeto passou por 35 hospitais do SUS. Já são 102 instituições beneficiadas em 24 estados desde que teve início há pouco mais de três anos.

No ano passado, houve redução média de 38% no tempo de espera, de 50% no tempo da passagem do paciente da urgência até a internação, e uma redução média de 11% no tempo médio de permanência na internação (de 8,5 dias para 7,6 dias, em média).

*Cláudia Collucci/Folha

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Telegramas do Itamaraty mostram que Pazuello ofereceu para a OMS ‘conhecimento’ sobre tratamento precoce

Documento em posse da CPI da Covid também mostra que o então ministro da Saúde tentou emplacar seu antecessor, Nelson Teich, como membro de uma comissão internacional.

O Globo – Documentos revelam que enquanto o Brasil discutia a adesão ao consórcio global de vacinas Covax Facility, em setembro do ano passado, o então ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, ofereceu ao diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, “o compartilhamento de protocolo desenvolvido no Brasil para tratamento precoce da doença”. Essa proposta foi registrada em um telegrama do Itamaraty enviado em caráter sigiloso à CPI da Covid e obtido pelo GLOBO.

“(Pazuello) ofereceu à OMS o compartilhamento de protocolo desenvolvido no Brasil para tratamento precoce da doença, fruto de conhecimento acumulado nas diferentes regiões do país. Ponderou que a conversação com a OMS será mais eficaz se os dois lados mantiverem perfil discreto”, diz trecho do documento do Itamaraty.

Em setembro do ano passado, diversos estudos científicos já haviam descartado o uso de cloroquina e hidroxicloroquina no combate à Covid-19. Ainda assim, o governo brasileiro insistiu nesses remédios como parte de um “kit Covid”, chamado também de “tratamento precoce”.

Em resposta, Tedros “sublinhou que o interesse da OMS seria apoiar o Brasil em salvar vidas”, agradeceu a intenção do Brasil de participar do Covax Facility e, diplomaticamente, “manifestou interesse no protocolo de tratamento mencionado por Pazuello”, segundo o telegrama. Pouco depois, em meados de outubro, a OMS reiterou, através de outro estudo, que o tratamento precoce com medicamentos como cloroquina, remdesivir e interferon não era recomendado para enfrentar a Covid.

Desde o início da pandemia, o presidente Jair Bolsonaro defendeu o “tratamento precoce”, em referência a medicamentos ineficazes para Covid-19, diversas vezes. Ele também criticou a OMS reiteradamente em seus discursos, rejeitando especialmente a recomendação de isolamento social contra o novo coronavírus. Em junho do ano passado, chegou a dizer que “o que menos tem de ciência” é a OMS e que a organização “não acerta nada”.

Ao aderir à Covax Facility, o Brasil optou pela cobertura mínima, de 10% das doses, em vez dos 50% oferecidos. Se o país tivesse optado pela cota máxima, teria direito a mais 176 milhões de doses de vacinas. Em depoimento à CPI da Covid, no mês passado, o ex-chanceler Ernesto Araújo afirmou que a decisão da quantidade escolhida partiu do Ministério da Saúde.

OMS X Bolsonaro

Ainda segundo relato feito pelo Itamaraty sobre a conversa entre Pazuello e Tedros, o diretor-geral da OMS ofereceu a abertura de canal bilateral com o Brasil, “para identificar como a OMS pode ajudar”. Ele citou que Itália, Espanha e África do Sul haviam desenvolvido, com a Organização, uma “abordagem sob medida” para sair de modo mais seguro e ágil das respectivas epidemias. Ficou combinado que haveriam novas reuniões depois do encontro.

“O Ministro Pazuello observou que as medidas promovidas pelo Brasil estão alinhadas a essas recomendações, para prevenção, mudanças comportamentais e conformação de um ‘novo normal’. Acolheu positivamente a proposta do DG para a conformação de processo bilateral de reuniões técnicas, indicando o conselheiro Flavio Werneck, chefe da Assessoria Internacional do Ministério da Saúde, como seu ponto focal. Manifestou também seu interesse em novas conversas com Tedros oportunamente”, diz o documento.

Após a reunião de Tedros e Pazuello, Bolsonaro seguiu adotando a sua estratégia de atacar a OMS em público. Em outubro de 2020, após alegar falsamente que a OMS tinha voltado atrás nas recomendações sobre isolamento social, o presidente brincou que deveria substituir Tedros no cargo.

— Tá 7 a 0 para mim, não é 7 a 1, não: não perdi nenhuma ainda. Alguns acham que eu chutei, mas é muito chute para dar tudo certo. É questão de estudar, ir atrás, conversar com médicos, embaixadores — disse, em transmissão nas redes sociais.

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Alerta! Variante indiana da Covid-19 é a mais severa, pode causar gangrena e perda auditiva

Cepa delta, que é também a mais transmissível, pode ter os efeitos mais graves para a Covid-19, alertam especialistas.

A variante do coronavírus mais infecciosa até o momento pode também ser a mais grave. Deficiência auditiva, distúrbios gástricos sérios e coágulos sanguíneos que levam à gangrena, sintomas que não eram observados normalmente em pacientes com a doença, foram associados por médicos na Índia à chamada variante delta. É ela que impulsiona a devastadora segunda onda de Covid-19 no país asiático. Na Inglaterra e na Escócia, por sua vez, as primeiras evidências sugerem que a cepa — que agora também é dominante no Reino Unido e já tem oito casos confirmados no Brasil — carrega um risco maior de hospitalização.

A variante delta, também conhecida como B.1.617.2, se espalhou em mais de 60 países nos últimos seis meses e gerou restrições de viagens mundo afora. Um aumento nas infecções, alimentado pela cepa, forçou o Reino Unido a reconsiderar os planos para reabrir o país no fim do mês, com um relatório local informando que o planos podem ser adiados em duas semanas.

Com taxas mais altas de transmissão e uma redução na eficácia das vacinas, a compreensão dos efeitos da variante indiana se tornou algo especialmente crítico.

“Precisamos de mais pesquisas científicas para analisar se essas manifestações clínicas mais recentes estão todas à B.1.617 ou não”, disse Abdul Ghafur, médico infectologista do Apollo Hospital em Chennai, a maior cidade do sul da Índia.

Ghafur conta que está vendo mais pacientes da Covid-19 com diarreia agora do que na onda inicial da pandemia na Índia. “No ano passado, achamos que tínhamos aprendido sobre nosso inimigo, mas ele mudou” completou Ghafur. “Este vírus se tornou tão, tão imprevisível”.

Dor de estômago, náuseas, vômitos, perda de apetite, perda de audição e dores nas articulações estão entre os sintomas que os pacientes de Covid-19 estão enfrentando, de acordo com seis médicos que tratam de pacientes em toda a Índia.

Nova inimiga

As variantes beta e gama, detectadas pela primeira vez na África do Sul e no Brasil, respectivamente, mostraram pouca ou nenhuma evidência de desencadear sinais clínicos incomuns, de acordo com um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de New South Wales, da Austrália, no mês passado.

Alguns pacientes desenvolveram microtrombos, ou pequenos coágulos sanguíneos, tão graves que levam o tecido afetado a morrer e desenvolver gangrena, informou Ganesh Manudhane, cardiologista de Mumbai. Ele tratou de oito pacientes com complicações trombóticas no Hospital Seven Hills durante os últimos dois meses. Dois casos exigiram amputações de dedos ou de um pé.

“Assisti de três a quatro casos desses durante todo o ano passado. Mas agora é um paciente por semana”, disse Manudhane.

A Índia relatou 18,6 milhões de casos de Covid até agora em 2021, em comparação com 10,3 milhões no ano passado. A variante delta foi a “causa primária” por trás da segunda onda mais mortal do país e é 50% mais contagiosa do que a cepa alfa, que foi detectada pela primeira vez no Reino Unido, de acordo com um estudo recente de um painel do governo indiano.

Mais complicações raras

O aumento de casos da cepa também pode estar causando um crescimento na frequência com que complicações raras de Covid-19 estão sendo observadas. Mesmo assim, Manudhane disse que está perplexo com os coágulos sanguíneos observados em pacientes de todas as faixas etárias sem histórico de problemas relacionados à coagulação.

“Suspeitamos que pode ser por causa da nova variante do vírus”, disse ele, que está coletando dados para estudar por que algumas pessoas desenvolvem os coágulos e outras não.

Os médicos também estão detectando casos de formação de coágulos nos vasos sanguíneos que irrigam os intestinos, causando dor de estômago.

Alguns pacientes da Covid também procuram atendimento médico para perda de audição, inchaço ao redor do pescoço e amidalite severa, disse Hetal Marfatia, uma otorrinolaringologista do King Edward Memorial Hospital, de Mumbai.

“Também aumentou a quantidade de sintomas específicos, diferentes de um paciente para outro, nesta segunda onda”, disse a médica.

O aspecto mais alarmante do surto atual na Índia, no entanto, é a rapidez com que o vírus está se espalhando, inclusive em crianças, frisa Chetan Mundada, pediatra do grupo de hospitais Yashoda em Hyderabad.
Famílias Inteiras

Ghafur, da Apollo, afirmou que também estava vendo famílias inteiras com sintomas de Covid-19, ao contrário do ano passado, refletindo um aumento na transmissão domiciliar causada pela variante delta.

Casos de mucormicose, a infecção fúngica oportunista rara conhecida como “fungo negro”, também presente no Brasil, têm aumentado na Índia. Ela já havia sido detectada em mais de 8.800 pacientes e sobreviventes da Covid-19 até 22 de maio, forçando as autoridades locais de saúde a considerá-la uma epidemia específica.

O político e cientista alemão Karl Lauterbach disse na terça-feira que a variante indiana provavelmente também se tornará mais prevalente na Alemanha nos próximos meses. “Evitar isso já parece irreal para mim”, escreveu no Twitter. “O fator decisivo (para evitar a disseminação da cepa) seria uma taxa de vacinação muito alta, que reduz a mortalidade.”

Mas evidências estão surgindo de que a variante delta pode ser capaz de escapar dos anticorpos induzidos pelas vacinas. As empresas farmacêuticas estão sob pressão para ajustar os imunizantes existentes ou desenvolver novos.

*IG

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Estudo em Serrana (SP) indica que pandemia pode ser controlada com 75% da população vacinada

Informação foi divulgada pelo Fantástico, da TV Globo; mortes caíram 95%, mostram dados do Butantan.

Um estudo realizado em Serrana (SP) indica que a pandemia pode ser controlada com 75% da população vacinada.

A conclusão foi divulgada pelo Fantástico, da TV Globo, que trouxe dados do estudo feito pelo Instituto Butantan.

A cidade do interior paulista, na região metropolitana de Ribeirão Preto, passou por estudo sobre as consequências da vacinação em massa da população. O chamado projeto S, idealizado pelo Instituto Butantan consiste em analisar o impacto e a eficácia da vacinação na redução de casos do novo coronavírus e no controle da pandemia.

Com 45 mil habitantes, o município teve os moradores divididos em quatro grupos, nomeados pelas cores verde, amarela, cinza e azul. Os grupos foram vacinados isoladamente, com uma semana de diferença.

Segundo as informações da reportagem, o controle da pandemia se deu após três dos quatro grupos serem vacinados. A esta altura, cerca de 75% da população havia recebido as duas doses.

Houve registro de 699 casos em março, contra 251 em abril. Já as mortes passaram de 30 para seis no mesmo período.

Atualmente, quase toda a população acima de 18 anos da cidade recebeu as duas doses de Coronavac. O número de mortes caíu 95% na cidade. Os casos sintomáticos caíram 80%, enquanto as hospitalizações tiveram redução de 86%.

*Com informações da Folha

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‘temos grandes chances de chegar a 1 milhão de mortes’, diz Gonzalo Vecina

Gonzalo Vecina Neto, ex-presidente da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), participou do UOL News hoje e comentou sobre o depoimento de Dimas Covas na CPI da Covid. Ele afirmou que as declarações do diretor do Instituto Butantan mostram que o Brasil poderia ter concluído a vacinação contra covid-19 em maio. E segundo ele, pela forma como o Brasil tem agido, há um sério risco de registrarmos 1 milhão de mortes causadas pela doença até o final deste ano.

“Daqui até o fim do ano corremos o risco de duplicar o número de mortes que temos hoje, de 450 mil. Temos grandes chances de chegar a 1 milhão de mortes se não fizermos lockdown, distanciamento social, se não usarmos máscaras e se não tivermos um pouco de governo onde deveríamos ter”, analisou Vecina Neto, fundador da Anvisa.

Vecina deixou claro que a responsabilidade pela compra de vacinas é do Ministério da Saúde, que deve organizar o PNI (Programa Nacional de Imunização). Por isso ele responsabilizou o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) pelo atraso na vacinação contra covid-19.

“O que o Dimas falou hoje já sabíamos: desde julho temos oferta de vacinas. E a responsabilidade por não termos comprado não tem outra: o presidente decidiu não comprar vacina. Estaríamos em maio, hoje, terminando de vacinar a população inteira se tivéssemos decidido comprar as vacinas”, apontou Vecina.

Segundo o ex-presidente da Anvisa, o Brasil teria condições de estar vacinando mais rapidamente do que os Estados Unidos. “Os EUA não têm o PNI. Temos condições de, em 5 meses, ter vacinado 160 milhões de brasileiros”.

Vecina também comentou sobre o próximo depoimento na CPI da Covid, que será da médica Nise Yamaguchi, defensora do uso da cloroquina – medicamento sem eficácia no combate contra a covid-19. Ele comparou a doutora com Mayra Pinheiro, Secretária do Ministério da Saúde, que prestou depoimento na CPI durante esta semana e também defendeu o uso de cloroquina.

“Mayra Pinheiro é uma pessoa do mal. Ela está mal intencionada. A doutora Nise é do bem. Só que ela está desviada. Ela está feliz da vida porque acha que está fazendo alguma coisa. Mas infelizmente é ignorância. Nise é um doce de pessoa, embora má informada”, concluiu Vecina.

*Com informações do Uol

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Forças Armadas negaram leitos disponíveis em hospitais militares, mostram documentos da CPI da Covid

Solicitações foram feitas por Distrito Federal, Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte, Amazonas e pelo município de Xanxerê (SC).

Diante de pedidos de estados e municípios, as Forças Armadas negaram o compartilhamento de leitos de enfermaria e de UTI com civis, apesar de haver vagas disponíveis em hospitais militares, segundo informações de documento enviado pelo Ministério da Defesa à CPI da Covid no Senado.

O documento é assinado pelo ministro Walter Braga Netto. As solicitações foram feitas por Distrito Federal, Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte, Amazonas e pelo município de Xanxerê, em Santa Catarina.

A pasta não detalhou quando os governos estaduais pediram os leitos, mas as planilhas entregues à CPI mostram que, em diversos períodos de janeiro a abril deste ano, havia vagas.

Até então, uma auditoria do TCU (Tribunal de Contas da União) havia detectado pedidos por vagas em hospitais formulados pelo Governo do DF, com negativa por parte dos militares.

Filas de pessoas com suspeita de Covid, com quase 300 pacientes, chegaram a se formar à espera de vaga de UTI na rede pública em Brasília.

Segundo auditoria do TCU, os hospitais militares consomem R$ 3,45 bilhões em dinheiro público. Um relatório da área técnica recomendou que o Ministério da Saúde requisite as vagas ociosas para civis, tanto leitos de enfermaria quanto de UTI, em situações de colapso na rede pública.

No documento enviado à CPI, o Ministério da Defesa argumenta que houve a impossibilidade de atender ao fornecimento de leitos porque a demanda do sistema de saúde militar era elevada.

Segundo a Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul, o pedido para disponibilizar leitos de UTI e clínicos de hospitais militares localizados no estado foi feito em 5 de março deste ano ao general Valério Stumpf Trindade, do Comando Militar do Sul.

Naquele mês, por exemplo, a ocupação de leitos clínicos não passou de 65% em cinco dos seis hospitais militares do estado. Três hospitais possuem leitos de UTI, que estavam com ocupação máxima em março. O HACO (Hospital da Força Aérea Canoas), entretanto, tinha taxa de ocupação de 25% em abril.

“O pedido ocorreu em função do aumento exponencial da demanda, devido à intensa proliferação da Covid-19, com consequente exacerbação da capacidade instalada de leitos hospitalares no estado”, justificou a secretaria.

Também foi solicitado o compartilhamento dos dados referentes à taxa de ocupação atual dos leitos nos hospitais sob comando militar.

Em resposta, segundo o órgão, a Seção de Comunicação Social do Comando Militar do Sul afirmou que, em 11 de março, “iniciou o reconhecimento prévio para instalação de um módulo do hospital de campanha do Exército em Porto Alegre”.

Já a Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas disse à Folha que fez o pedido de leitos clínicos e de UTI ao Exército em 30 de dezembro de 2020. Justificou que, naquela ocasião, a rede local estava com capacidade limitada devido à grande demanda observada entre o final de dezembro e as duas primeiras semanas de janeiro.

Segundo a pasta, o Comando da 12ª Região Militar respondeu, em ofício protocolado no dia 11 de janeiro, que o Hospital Militar de Manaus estava com 100% dos leitos de UTI ocupados, “tendo estudos sobre viabilidade de evacuações para a guarnição de Belém Pará, e por isso estava impossibilidade de atender o pedido da secretaria”.

O Hospital de Área de Manaus, em janeiro, estava com mais de 100% de ocupação de leitos clínicos e de UTI, mas no mês seguinte a ocupação de leitos clínicos não passava de 55%. Já os hospitais de Guarnição de Tabatinga e de São Gabriel do Cachoeiro não chegaram a ter nem 50% de ocupação dos leitos clínicos.

O HAMN (Hospital da Aeronáutica em Manaus) não completou 100% de ocupação de leitos clínicos nem em janeiro, quando houve um pico de casos em Manaus.

No documento, o Ministério da Defesa disse que, após solicitação do governo, foi instalado um Hospital de Campanha no pátio do Hospital Delphina Aziz, inaugurado em 27 de janeiro deste ano, contando com 57 leitos clínicos de enfermaria, gerenciado pela secretaria de Saúde.

Já em relação ao Rio Grande do Sul, disse que o Exército instalou um módulo de hospital de campanha na cidade, ao lado do Hospital da Restinga, gerenciado pela Secretaria de Saúde do município com 12 leitos clínicos e 8 leitos de UTI.

No Distrito Federal, o HFA (Hospital das Forças Armadas) não chegou a ter a ocupação de 100% dos leitos de UTI e clínicos em nenhum mês deste ano. Os quatro hospitais militares tiveram a taxa máxima de ocupação de 84% dos leitos clínicos de janeiro a abril.

O HFA tem 30 leitos de UTI (antes, eram 40), todos eles reservados a pacientes com Covid-19. O hospital atende, além dos militares, o presidente Jair Bolsonaro, o vice Hamilton Mourão e ministros de Estado.

O Governo do Distrito Federal não informou quando os leitos foram solicitados, mas com a situação crítica da falta, chegou a ter 415 pessoas à espera de um leito de UTI (Unidade de Terapia Intensiva). Nem a judicialização resultou na garantia de vagas imediatas para a população.

A Folha teve acesso ao ofício encaminhado pela secretaria de Saúde do Rio Grande do Norte pedindo que a Casa Civil articulasse com as Forças Armadas vagas em hospitais militares. O pedido foi feito em março deste ano.

No estado há o Hospital Naval de Natal e Hospital de Guarnição de Natal. No primeiro, a ocupação de clínicos atingiu no máximo a 85% naquele mês. Já no segundo houve ocupação total de leitos de UTI, mas a ocupação dos leitos clínicos era de 12%.

A Prefeitura de Xanxerê (SC) afirmou à reportagem que fez a solicitação em 25 de fevereiro ao general Sidnei Prado, comandante da 14ª Brigada de Infantaria Motorizada de Florianópolis, para a instalação de um hospital de campanha com respiradores pulmonares, concessão de vagas em leitos de UTI no Hospital das Forças Armadas daquele município e envio de médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem.

Também foi solicitada a cessão de um profissional militar da área da saúde com experiência em pandemias ou em zonas reais de conflito para atuar na coordenação, gestão e unificação de protocolos de saúde.

Segundo a assessoria da prefeitura, ainda foram encaminhados ofícios, em 24 de fevereiro, ao general de Exército Edson Leal Pujol, comandante do Exército, e ao tenente-coronel Rodrigo Kluge Villani, comandante do 14º Regimento de Cavalaria Mecanizada de São Miguel do Oeste.

Nos documentos, a prefeitura relatou a situação de calamidade em que o município encontrava-se e solicitou apoio do Exército com o envio de médicos para atuar no enfrentamento da pandemia.

“O município teve retorno apenas do tenente-coronel Rodrigo Kluge Villani, comandante do 14º Regimento de Cavalaria Mecanizada de São Miguel do Oeste, destacando que havia recebido orientações do escalão superior para que os pedidos de apoio ao enfrentamento da pandemia de Covid-19 deveriam ser encaminhados à Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina”, disse.

*Com informações da Folha

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Saúde

Governo Bolsonaro recebe alertas de nova onda da pandemia, e área técnica da Saúde teme piora

Estados e municípios já sentem pressão sobre sistema de saúde, disse ministro.

Segundo a Folha, o governo federal vem recebendo alertas sobre a chegada de uma nova onda da pandemia de Covid-19 de secretários de estados e municípios.

Segundo gestores do SUS (Sistema Único de Saúde) que participam das discussões, o ministro Marcelo Queiroga (Saúde) afirma ter preocupação sobre o cenário da crise sanitária, mas publicamente minimiza o risco de alta no curto prazo.

Em documentos internos, a Saúde reconhece que é incerta a evolução da doença.

“Não estamos vislumbrando isso nesse momento. A maneira adequada de se evitar terceira onda é avançar na campanha de vacinação”, disse o ministro nesta sexta-feira (21).

Ele afirmou que alguns estados e municípios já notaram “pressão sobre o sistema de saúde”. “Isso se relete pela abertura que foi concedida nesses estados.”

Presidente do Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde) e secretário no Maranhão, Carlos Lula afirma que alertou Queiroga, nesta semana, sobre possível alta da doença.

Para Lula, o recrudescimento da pandemia pode ser superior aos anteriores. “A gente já parte de um patamar muito alto”, disse o secretário.

Segundo ele, o SUS não tem estoque suficiente de insumos essenciais, como kits de intubação, e está perto do limite da expansão de leitos.

Nesta sexta, o Brasil registrou 2.136 mortes pela doença e 77.598 novos casos, totalizando 446.527 óbitos e 15.976.156 pessoas infectadas durante a crise sanitária.

A média móvel de mortes ficou em 1.963 óbitos por dia nesta sexta, abaixo de 2.000 pelo 11º dia consecutivo. Há 120 dias a média está acima de mil óbitos diários.

A área técnica da pasta afirmou ao Ministério da Economia, no dia 13 de maio, que o “cenário da pandemia no Brasil é caracterizado pelo recrudescimento da doença”, ao defender que fossem mantidas as reduções de custos para importação de insumos e medicamentos para evitar desabastecimento.

Em abril, a Saúde disse à equipe do ministro Paulo Guedes (Economia) que a crise era grave e havia incertezas sobre a demanda futura por leitos e medicamentos.

O governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), esteve com Queiroga, no fim de abril, para tratar de uma possível nova onda no estado, tido como bússola da evolução da doença no resto do país.

No dia seguinte, porém, ambos acompanharam o presidente Jair Bolsonaro em aglomeração em Manaus.

Em depoimento à CPI da Covid, em 6 de maio, Queiroga disse que o exemplo do Amazonas deve servir de alerta para evitar uma nova onda, “que pode ser muito perigosa para a nossa população”.

“Além de mostrar preocupação, é preciso tentar demonstrar proatividade para comprar mais vacinas. Solucionar a falta de kit intubação e evitar terceira onda no país”, disse Lula sobre a postura do ministério.

Para ele, a pasta perdeu o foco e está com as atenções voltadas à CPI.

Gestores do SUS temem, além da falta de insumos, que a rede de atendimento pública não dê conta da nova alta da pandemia.

Para o presidente do Conass, é pequena a margem para ampliar o número de leitos e já faltam profissionais de saúde disponíveis para o trabalho.

Além disso, há preocupação sobre a falta de insumos como seringas para as campanhas de imunização contra a Covid-19 e gripe.

Para Lula, a maior dúvida é quando a nova onda virá. Segundo ele, algumas regiões já sentem o recrudescimento da doença e pede maior discussão sobre o financiamento de leitos de UTI.

Uma das promessas do governo federal de nova arma contra a pandemia é a recém-lançada política de testagem com o uso do exame de antígeno, um modelo que entrega resultado em poucos minutos.

Queiroga promete testar mais de 25 milhões por mês, mas a Saúde só garantiu 3 milhões desses exames.

A pasta irá atrás, no curto prazo, de outros 14 milhões, que não têm data para serem distribuídos.

Segundo técnicos da Saúde, o ministério tem limitações orçamentárias para enfrentar a pandemia. A equipe de Queiroga precisa pedir recursos adicionais à Economia a cada nova grande iniciativa, compra de vacinas, custeio de leitos ou medicamentos de UTI.

Em abril, a Saúde pediu mais verba para formar um estoque de medicamentos usados na intubação de pacientes para 180 dias, mas a Economia questionou se a pandemia não iria arrefecer e entregou metade do valor.

A promessa da equipe econômica é liberar de forma célere os novos pedidos da Saúde, mas gestores do SUS apontam que o repasse a conta-gotas dificulta um planejamento mais duradouro.

Em resposta oficial, a Saúde disse em abril que conseguiu recursos para o “pior cenário” da pandemia nos três meses seguintes.

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Primeiro lote da vacina Sputnik V produzida no Brasil será exportado

Imunizante será exportado para países vizinhos da América do Sul, já que não foi aprovado ainda para uso doméstico.

A empresa farmacêutica brasileira União Química completou o primeiro lote da vacina contra o novo coronavírus Sputnik V, com ingredientes ativos e tecnologia fornecidos pela Rússia, disse a companhia nesta quinta-feira (20).

As doses serão exportadas para países vizinhos da América do Sul, já que o Brasil ainda não aprovou o imunizante russo para uso doméstico.

O Instituto Gamaleya de Moscou, que desenvolveu a vacina, disse ter supervisionado o controle de qualidade dos ingredientes da vacina, que foi envasada e embalada para envio na planta da União Química em Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo.

O primeiro lote de 100 mil doses da fábrica foi embalado em caixas rotuladas em espanhol, apesar de não ter sido decidido ainda quais países as receberão, disseram executivos do Fundo Russo de Investimento Direto (RDIF).

Fernando Marques, executivo-chefe da empresa, disse que o Paraguai, Uruguai e Argentina estão interessados em adquirir as doses. A União Química terá capacidade de produzir 8 milhões de doses por mês, quando a Anvisa aprovar o uso da vacina no Brasil, disse ele à Reuters.

A aprovação da Anvisa foi adiada após a agência pedir documentos e dados dos testes clínicos faltantes ao RDIF, que está promovendo a vacina.

Marques espera que a aprovação aconteça até junho e que a empresa dele passe a produzir o ingrediente ativo no laboratório biomédico em Brasília, em vez de importá-lo da Rússia.

O RDIF disse que assinou contratos de produção da Sputnik V em 20 locais na Índia, Argentina, Coreia do Sul, Itália, Sérvia, Egito, Turquia, Belarus e Cazaquistão.

Até o momento, a vacina já foi produzida na Rússia, Sérvia, Turquia, Egito e Argentina, onde o primeiro lote de testes foi produzido em 20 de abril pelos Laboratorios Richmond, informou o RDIF.

*CNN Brasil

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STF dá 48 horas para Anvisa explicar em detalhe o que falta para análise definitiva da Sputnik V

Ricardo Lewandowski atendeu a um pedido feito pelo estado do Maranhão, que comprou doses da vacina russa.

O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a Anvisa informe em até 48 horas quais documentos faltam para que seja feita uma análise definitiva do pedido de importação da vacina Sputnik V. O despacho foi dado em um pedido feito pelo estado do Maranhão.

“Preliminarmente, informe a Anvisa, em 48 horas, de maneira pormenorizada, quais os documentos faltantes para uma análise definitiva do pedido de autorização excepcional e temporária de importação e distribuição da vacina Sputnik V, subscrito pelo Estado do Maranhão”, determinou.

Na ação, o Maranhão alega o descumprimento, pela União, do Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19, o que teria levado o estado a comprar doses da vacina produzida pelo Instituto Gamaleya da Rússia.

O estado diz que após a Anvisa ter negado o primeiro pedido de importação emergencial da vacina russa, entregou novos documentos para análise – que agregariam “novas evidências” – mas que até agora a agência “permanece silente”.

*Com informações de O Globo

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Quadruplicando ritmo de mortes, Brasil atinge 400 mil vidas perdidas para a Covid

Últimos 100 mil óbitos foram registrados em apenas 36 dias. Apesar de queda nas taxas de morte no momento, após endurecimento de medidas de restrição, abril foi o mês mais letal e teve mais de 2 mil vítimas diárias.

Segundo matéria publicada no G1, o Brasil atingiu nesta quinta-feira (29) uma nova marca da tragédia sanitária dos últimos 13 meses: ultrapassou as 400 mil vidas perdidas para a Covid-19. O assustador número, que reflete o fracasso brasileiro no combate à pandemia, traz um dado ainda mais triste e revelador: o ritmo das mortes pela doença no país quadruplicou. Ele nunca havia sido tão intenso.

Entre março e abril, foram 100 mil mortes registradas em apenas 36 dias. Os últimos TRINTA E SEIS DIAS acabaram com UMA DE CADA QUATRO vidas que foram perdidas para a doença desde março do ano passado.

No início da tarde desta quinta, o total de mortos chegou 400.021, e o de casos confirmados, 14.541.806.

A marca dos primeiros 100 mil óbitos no Brasil foi atingida quase 5 meses – 149 dias – após a primeira pessoa morrer pela doença no país. Dos 100 mil para os 200 mil, passaram-se outros 5 meses – 152 dias. Mas para chegar aos 300 mil, foram necessários somente 76 dias, número que agora caiu quase pela metade.

As 400 mil vidas perdidas estão sendo registradas justamente no mês que mais matou pessoas: foram mais de 76 mil em 29 dias de abril. Março, o mês anterior mais letal da pandemia, teve 66.868 mortes em 31 dias.

Alta taxa de mortes e jovens internados

Diferentemente do mês passado, quando a média de mortes estava com tendência de alta, neste final de abril, a média de mortes está em queda, após vários estados terem adotado medidas mais duras de restrição em meio à segunda onda da Covid.

No entanto, o número diário de mortes permanece num patamar muito alto: são mais de 2 mil vítimas diárias da Covid há mais de 40 dias – a maior média do mundo entre 9 de março e 25 de abril.

Ao contrário do começo da pandemia, a taxa de internação de jovens só aumenta. Também crescem os relatos de mortes de pessoas fora dos grupos que eram considerados de risco.

Alerta nos sistemas de saúde, aglomerações e CPI

Os sistemas de saúde nos estados, que em grande parte viviam o auge do colapso ao longo de março, passam por uma leve folga no momento. As taxas de ocupação de leitos tiveram redução nas últimas semanas. No entanto, com a lentidão do ritmo de vacinação no país (leia detalhes mais abaixo) e a volta de medidas de flexibilização, o alerta continua.

Diariamente no país são registradas aglomerações no transporte público das grandes cidades. As festas clandestinas e os encontros em estabelecimentos proibidos, como bingos, sem qualquer medida sanitária de prevenção à Covid, continuam ocorrendo.

No Congresso, senadores instalaram nesta semana a CPI da Covid, proposta para apontar os responsáveis pela devastadora crise de saúde que a pandemia causou no Brasil. Entre outros pontos, os parlamentares vão investigar por que a vacina está demorando tanto a chegar para os brasileiro e o que permitiu que o estado do Amazonas ficasse sem oxigênio para tratar os doentes.

 Foto: Anderson Cattai/Editoria de Arte

Média diária de mortes por Covid-19 — Foto: Anderson Cattai/Editoria de Arte

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