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Governo Bolsonaro deixou vencer 39 milhões de vacinas contra Covid, avaliadas em R$ 2 bilhões

Ministro da Saúde no governo Jair Bolsonaro, Marcelo Queiroga afirmou que seus secretários eram os responsáveis pelo controle dos estoques.

O Ministério da Saúde perdeu ao menos 38,9 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19, avaliadas em cerca de R$ 2 bilhões. Cerca de 2 milhões de unidades foram descartadas e 31 milhões serão queimadas. Outros 5,9 milhões ainda não tiveram um destino definido. Ministro da Saúde no governo Jair Bolsonaro (PL), Marcelo Queiroga afirmou que seus secretários eram os responsáveis pelo controle dos estoques.

“As vacinas foram adquiridas em função da população brasileira, como sabemos, a adesão às vacinas diminuiu depois do controle sanitário da doença em todo o mundo. Pelo que fui informado, a maior parte das vacinas vencidas são da Fiocruz”, disse Queiroga, conforme relato publicado nesta terça-feira (14) pelo jornal Folha de S.Paulo.

Jair Bolsonaro e o ex-ministro foram alguns dos alvos da Comissão Parlamentar de Inquérito da Covid, que sugeriu a autoridades indiciamentos deles dois e 79 indiciamentos em 2021.

Atual secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Ethel Maciel disse que o governo Jair Bolsonaro (PL) não compartilhou dados sobre os estoques com a equipe do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante a transição de governo.

“A gente pegou um governo com estoque de vacinas vencidas e para vencer, enquanto aquelas que precisávamos não tinham estoque. Não havia nem contrato [encomendando as doses] no caso das vacinas pediátricas e bivalentes”, disse. “Se não fosse o negacionismo, essas doses não estariam nos estoques. Se tivesse acontecido um esforço, como estamos fazendo agora, com campanhas educativas, alinhamento com gestores municipais e estaduais, essas vacinas não teriam vencido”.

*247

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Após 665 mil mortes, Queiroga dirá na OMS que Brasil acertou na pandemia

Tentando ignorar o fato de que o país conta com um dos maiores números de mortes do mundo pela covid-19, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, desembarcou neste fim de semana em Genebra para levar um discurso de que o governo de Jair Bolsonaro acertou no combate à pandemia, que a vacinação atinge taxas elevadas e que valoriza os serviços universais de saúde.

Num esforço para desfazer a imagem de negacionista, Queiroga participa da Assembleia Mundial da Saúde que começa neste domingo com o objetivo de apresentar o Brasil como uma espécie de exemplo em algumas das respostas à crise. A participação ocorre no mesmo momento em que, coincidindo com o início da campanha eleitoral, o governo Bolsonaro decreta o fim da emergência sanitária, algo que a OMS contesta.

Seu discurso está programado para ocorrer na manhã de segunda-feira. Segundo membros da própria pasta de Saúde, o ministro leva consigo um discurso que, pelo menos em uma primeira versão, beirava o ufanismo ao reforçar os resultados da taxa de vacinação e outras medidas adotadas pelo país.

De acordo com fontes que tiveram acesso ao documento, uma versão preliminar ignorava a demora no início da imunização, o comportamento do presidente Jair Bolsonaro de promover aglomerações, as críticas contra as recomendações da OMS, a compra milionária de remédios que comprovadamente não funcionavam e principalmente o fato de o Brasil ter um dos maiores números de mortes pela covid-19 no mundo —só é ultrapassado pelos Estados Unidos.

A partir deste fim de semana, ministros e chefes de governo de todo o mundo voltam a se reunir pela primeira vez de forma presencial na OMS (Organização Mundial da Saúde). Um dos objetivos é o de começar a construir a nova arquitetura da diplomacia da saúde e instrumentos novos para que uma nova pandemia não pegue o mundo desprevenido.

Procurado em duas ocasiões, o Ministério da Saúde não informou qual será a agenda de Queiroga na Suíça. O Itamaraty também manteve silêncio. A coluna apurou, porém, que ele terá reuniões bilaterais com alguns países, participará de eventos no domingo e segunda-feira e, depois, continua viagem ao Fórum Econômico de Davos.

Queiroga, porém, chegará com um discurso de valorização do SUS, enquanto o governo quer aproveitar que passou a ser doador de vacinas para insistir que o Brasil é também parte da solução.

Se Queiroga espera “normalizar” a relação do Brasil com o setor de saúde global, a ordem entre governos estrangeiros é a de tratar a atual administração brasileira com uma mistura de cautela e frieza. “Estamos dialogando com o Brasil, mas já olhando para o que poderá ser o fim de um governo”, admitiu uma negociadora de um importante país europeu. Em condição de anonimato, ela reconhece que existe um “alívio” generalizado diante do risco de que Bolsonaro não ganhe um segundo mandato.

Nos corredores da OMS, ainda ecoam os comentários críticos ao governo brasileiro que, no auge da crise da pandemia, optou por ignorar as recomendações da ciência.

Na cúpula da agência, o nome do presidente brasileiro era seguido pela palavra “louco”, enquanto técnicos não entendiam como um país com experiência em questões sanitárias, especialistas de alta qualidade e uma rede sólida de atendimento sucumbiu de uma forma tão profunda ao vírus. “Onde estão vocês?”, chegou a questionar um dos principais operadores da resposta da OMS, em meio às mortes que se acumulavam.

Steve Levitsky, professor da Universidade de Harvard e autor do best-seller “Como Morrem as Democracias”, destaca que Bolsonaro optou por copiar Donald Trump até mesmo em políticas que fracassaram.
“Ainda não vencemos a pandemia”

O evento mundial começou neste domingo com um vídeo sobre a dor, sobre o fato de que os últimos dois anos “nos abriram os olhos” e que a saúde está ligada à prosperidade econômica.

Ao abrir o evento, o ministro da Saúde da Suíça, Alain Berset, deixou claro: “ainda não vencemos a pandemia”. Uhuru Kenyatta, presidente do Quênia, usou a conferência para dizer que dezenas de países pelo mundo “dependeram” das recomendações da OMS para lidar com a crise, uma postura que o governo Bolsonaro por meses se recusou a aceitar.

Ele ainda citou o secretário-geral da ONU, Antônio Guterres, que qualificou a pandemia como “o maior fracasso moral de nossa geração”. Segundo ele, mais de dois anos depois do início da crise, 1,8 bilhão de pessoas ainda não receberam nenhuma dose da vacina contra a covid-19.

*Jamil Chade/Uol

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Política

Bolsonaro manda Ministério da Saúde redigir nota “técnica” que cloroquina é segura, mas vacinas não

Nota “técnica” publicada nesta sexta-feira (21) pelo Ministério da Saúde de Bolsonaro contraria a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a comunidade científica. A nota afirma que vacinas não têm demonstração de segurança, mas a hidroxicloroquina, segundo o governo genocida, é classificada como segura.

O que precisa ser investigado é o que motivou Bolsonaro a voltar a carga contra as vacinas e receitar kit cloroquina.

As diretrizes da Conitec, aprovadas em maio e dezembro do ano passado, eram de não usar remédios como a cloroquina, a azitromicina, a ivermectina e outros medicamentos sem eficácia para tratar a doença, tanto em ambulatórios (casos leves) como em hospitais, quando o paciente está internado.

Isso é um crime contra a população brasileira que tem que ser freado e Bolsonaro punido pela justiça.

De que adianta o Procurador Geral da República? Ele foi e está sendo cúmplice de um verdadeiro atentado contra a saúde pública. Na verdade, Augusto Aras está deitado eternamente em berço esplêndido.

Em qualquer lugar do mundo isso seria considerado crime contra a humanidade.

O STF tem que responder: será mais um crime do governo impune?

Bastaria prender o Queiroga que, em dois minutos, o monstro declinaria de atacar a saúde pública para atender seus interesses escusos.

Serviu pra quê a CPI?

Veja a nota:

Tabela encontrada em nota técnica publicada pelo Ministério da Saúde nesta sexta-feira (21). — Foto: Reprodução

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Saúde

Queiroga: governo pode deixar médicos trabalharem com covid

Ministério estuda quarentena de cinco dias para profissionais de saúde que estejam assintomáticos.

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que o governo vai se reunir nesta sexta-feira, 7, com secretários de saúde para discutir, entre outros temas, a possibilidade de redução da quarentena para profissionais de saúde que testam positivo para covid-19, o que possibilitaria o trabalho deles mesmo contaminados. Queiroga afirmou que o Brasil “possivelmente” pode adotar a conduta, estabelecendo uma quarentena de cinco dias para profissionais de saúde que estejam assintomáticos. Atualmente, a recomendação da pasta para quem foi contaminado, com ou sem sintomas, é ficar em isolamento por duas semanas, informa o Terra.

“Naturalmente que está em estudo na área técnica”, afirmou o ministro, em entrevista em frente a sede do ministério, em Brasília. Segundo Queiroga, tanto o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) quanto países como a França já adotam o prazo menor de quarentena para quem está assintomático. A medida foi adotada num primeiro momento para evitar que a licença de médicos ou outros profissionais da saúde comprometesse o trabalho em hospitais no momento em que há alta demanda provocada pela nova variante da covid, a Ômicron.

Com relação à nova variante, Queiroga disse que “as sinalizações apontam para casos de menor gravidade”, pelo que pode ser observado em outros países, mas que apenas em três ou quatro semanas poderá ser avaliado o potencial de letalidade da variante. O Brasil registrou nesta quinta a primeira morte de um paciente contaminado pela Ômicron, em Aparecida de Goiânia (GO).

O ministro também reforçou a necessidade de se ampliar as ações com relação à influenza (gripe), diante do aumento no número de casos da doença no País, além expandir a testagem, principalmente na região Norte, que tem cobertura vacinal mais baixa e o sistema de saúde “cronicamente mais frágil”. Segundo Queiroga, a pasta deverá aumentar a oferta de testes.

Um grupo de mais de 2 mil prefeitos encaminhou ofício ao Ministério da Saúde com pedido de ajuda para enfrentar a alta de casos de covid-19 e gripe. No documento, os municípios solicitam apoio em três frentes: ampliação da testagem rápida para covid, da estrutura ambulatorial de atendimento e do estoque de medicamentos antigripais.

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Política

Negacionistas de Queiroga são humilhados por cientistas em audiência

Uma cena importante do filme “Não olhe para cima”, sucesso da Netflix, mostra os cientistas Randall Mindy (Leonardo DiCaprio) e Kate Dibiasky (Jennifer Lawrence) levando à presidente dos Estados Unidos uma notícia catastrófica. Um enorme cometa se aproxima da Terra em alta velocidade e, a menos que as grandes potências tomem providências urgentes, o planeta será destruído. Após o impacto da informação, a presidente (personagem vivida por Meryl Streep) anuncia o que fará, para desespero dos cientistas que esperavam medidas imediatas: “Vamos esperar e avaliar”.

O método da governante fictícia, que trata de forma displicente um problema que está prestes a causar milhões de mortes, tem paralelo na vida real. Desde que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou uma vacina da Pfizer contra covid-19 para as crianças de 5 a 11 anos, o ministro da Saúde do Brasil, Marcelo Queiroga, faz de tudo para adiar o momento em que o imunizante será aplicado nos meninos e meninas.

Sua ideia “genial” para protelar a vacinação em crianças foi propor uma ridícula consulta pública aos leigos e uma insólita audiência pública sobre assunto pacificado há décadas. Diante do risco do coronavírus, que matou desde o início da pandemia cerca de 300 pequenos brasileiros, o ministro da Saúde absurdamente diz: “Vamos esperar e avaliar”.

A segunda parte dessa estratégia protelatória, a audiência pública, foi realizada hoje.

Fazer um encontro desse tipo para discutir se uma vacina aprovada pela Anvisa contra a covid-19 deve ser ou não aplicada em crianças de 5 a 11 anos é mais ou menos como montar um seminário para debater se os efeitos da lei da gravidade são reais ou não. Ou seja, é uma imbecilidade.

Apesar disso, com toda a paciência, cientistas de alta qualidade aceitaram dividir seu tempo com profissionais negacionistas escolhidos a dedo pelo ministro Queiroga, pela deputada Bia Kicis (PSL-DF) e seu grupo bolsonarista. A Anvisa avisou que não iria se fazer representar, já que tudo o que tinha a informar está nas notas técnicas que aprovaram a vacina.

O que se viu na audiência pública foram Roberto Zeballos (imunologista), Roberta Lacerda (infectologista) e Augusto Nasser (neurocirurgião), conhecidos defensores do delirante tratamento precoce, cumprirem o papel que cabe aos negacionistas: jogar dúvidas sobre a segurança da vacina e sobre a gravidade da pandemia.

As falas dos cientistas sérios, como os representantes da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) e Associação Médica Brasileira (AMB), entre outros, não deixaram dúvidas (se é que alguém sensato as tinha): é preciso vacinar as crianças o quanto antes. Dados de especialistas e entidades de renome internacional, além dos melhores profissionais brasileiros, indicam isso.

Uma das principais participações foi a do infectologista Marco Aurélio Sáfadi, integrante da SBP, que chamou atenção para a alta taxa de letalidade entre as crianças infectadas pelo coronavírus, 7%. A taxa de mortalidade, destacou, é maior que a registrada em doenças como meningite, influenza ou distúrbios diarreicos. Em contrapartida, o acompanhamento de 8 milhões de meninos e meninas vacinadas nos Estados Unidos mostrou que a ocorrência de miocardite entre os imunizados é de 11 casos em 8 milhões, todos de evolução clínica favorável. Uma quantidade de casos de miocardite muito menor que os causados pela própria covid-19.

Ao fim, a ampla maioria dos expositores se mostrou a favor da vacina para crianças de 5 a 11 anos.

Deu a lógica.

Não havia necessidade de qualquer consulta ou audiência pública para que se chegasse a essa conclusão.

Está previsto para amanhã o anúncio da posição oficial do Ministério da Saúde.

Tudo resolvido? Nada disso.

A essa hora, Marcelo Queiroga e os bolsonaristas devem estar pensando em outras formas de “esperar e avaliar”. Mesmo que isso seja feito ao custo da exposição de crianças ao risco de contrair covid-19, doença que, como se viu, representa possibilidade de morte maior que outras doenças infantis.

Queiroga e o presidente Jair Bolsonaro parecem não se importar com isso.

*Chico Alves/Uol

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Diploma de Queiroga é a máscara do charlatanismo

Decisão de consultar a população sobre vacinar as crianças é um alijamento da medicina.

Janio de Freitas – O Supremo age no tema da vacinação infantil, mas o governo não tem o que ser aplicado. Marcelo Queiroga é falso ministro e falso médico. Sua decisão de consultar a população sobre vacinar as crianças, ou não, é um alijamento da medicina. Ao que se seguiu outro, com a banalidade de que “a pressa é inimiga da perfeição”.

A medicina é uma das atividades em que a pressa mais se confunde com a perfeição. Cardiologistas (“especialidade” de Queiroga), cirurgiões, médicos de emergências e muitos outros dos nossos salvadores têm a pressa como prática médica. E decisiva.

Criticado, Queiroga responde: “Óbitos de crianças estão em patamar que não implica decisão emergencial”. Esse “cardiologista” ignora, mais do que o papel das vacinas, que a inteligência da medicina tem a prevenção como prioridade. O tratamento é o recurso para reparar a prevenção descuidada ou impossível.

Mais de 300 mortes de crianças por Covid não afetam o Ministério da Saúde sob Queiroga, fiel ao repúdio à medicina e à vida instituído pelo general Pazuello. Na verdade, nem se sabe o número aproximado das crianças mortas, de fato. Só pode ser elevada a subnotificação entre os 51% da população que ganham menos de dois salários mínimos, 40% deles sofrendo com falta de comida. No casebre onde há fome, ninguém pensa em Covid, muito menos como causa de doença e morte.

Ao lançar às bestas os dirigentes e técnicos da Anvisa, por aprovarem a vacinação infantil, também esse propósito criminal de Bolsonaro foi replicado por Queiroga. Sua Covid mental não se satisfaz com a agressão à medicina, quer levá-la a quem a pratica. A adesão às ameaças ao corpo técnico da Anvisa espera, aliás, uma ação criminal para Queiroga.

Os clientes da clínica cardiológica de Queiroga em Brasília, seja à procura de prevenção ou de tratamento, que se cuidem. Está claro: Marcelo Queiroga não exerce a medicina: repudia-a. É charlatão. Seu diploma é a máscara do charlatanismo.
​Meia notícia

Mais obscura do que a alegada presença de três agentes financeiros da Al Qaeda em São Paulo é a emissão dessa notícia pela Embaixada dos EUA. Não há por que duvidar de tal presença, nem de presumir número ainda maior. A organização se refaz, e é provável que nenhum país seja mais paradisíaco para sua infraestrutura do que o Brasil atual.

Só não é próprio da NSA, que há tempos espiona até presidência brasileira, da CIA e do FBI com seu “escritório” entre nós, divulgar seus achados só por divulgá-los.

O usual é que, em sendo a Al Qaeda, os agentes retirem seus alvos da circulação. Ou da superfície do planeta. Têm feito isso, inclusive, com informações precisas para a ação das polícias brasileiras contra o tráfico de drogas, impelindo-as a agir.

Se mais tarde surgirem notícias de que agentes da Al Qaeda têm auxiliado alguns projetos aqui, por exemplo introduzindo armamento e dinheiro, podemos ficar orgulhosos pela preferência. Já que intolerantes com essas coisas nunca ficamos.

*Publicado na Folha

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Bolsonaro: ‘Não tá havendo morte de criança que justifique algo emergencial’

Presidente respondeu ao questionamento sobre demora na decisão de vacinar crianças contra Covid.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) repetiu seu ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e disse, na manhã desta sexta-feira (24), que “não está havendo morte de criança” para justificar decisão emergencial sobre vacina da Covid-19 para crianças.

“Não tá havendo morte de criança que justifique algo emergencial”, disse a jornalistas no Palácio da Alvorada.

“Tá morrendo criança de 5 a 11 anos que justifique algo emergencial? É pai que decide, em primeiro lugar”, afirmou.

Depois disse que não quer determinar nada para a o tema. “Se tem um problema na Saúde, vão me culpar. Quando quero dar uma opinião, estou interferindo. Situação minha é complicada.”

O presidente ainda colocou em dúvida a vacinação, mais uma vez, e se queixou de não poder mais debater o assunto: “Virou crime”.

O ministro da Saúde disse, na quinta-feira (23), que as mortes de crianças por Covid-19 estão num patamar baixo, para poder justificar a decisão da pasta em definir sobre imunização infantil apenas em 5 de janeiro.

De acordo com dados do Sistema de Vigilância Epidemiológica da Gripe (SIVEP-Gripe), desde o começo da pandemia até 6 de dezembro deste ano, foram registradas 301 mortes de crianças entre 5 e 11 anos por Covid-19 no país.

Em 2020, 2.978 crianças tiveram síndrome respiratória aguda grave em decorrência do coronavírus —156 delas morrem. Neste ano, foram registrados 3.185 casos nessa faixa etária, com 145 mortes.

O ministério recebeu recomendação favorável da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) na semana passada para a aplicação da vacina da Pfizer em crianças de 5 a 11 anos.

Bolsonaro disse também nesta sexta-feira (24) que participou da consulta pública como “cidadão”, e defendeu a proposta de exigir prescrição médica para vacinar crianças de 5 a 11 anos.

“Eu não sou médico, mas tenho uma filha de 11 anos. Mas já tinha respondido, tenho um médico do meu lado aqui [governador de Goiás, Ronaldo Caiado]. Eu acho que qualquer procedimento tem que passar pelas mãos do médico, tá ok?”, disse o presidente.

A diretriz anunciada por Queiroga na véspera atende justamente a um pedido do presidente. No final de semana, Bolsonaro havia dito que pediu ao ministro exigência de receita médica e termo de responsabilidade dos pais para implementar a medida.

Dentre as 19 questões da consulta pública, há uma pergunta sobre escolas, que questiona a obrigatoriedade da apresentação de carteirinha de vacinação. A imunização não é obrigatória no país, mas é comum que as escolas cobrem a carteira atualizada dos alunos.

A respeito disso, Bolsonaro disse nesta sexta que “não pode governador ou prefeito matricular só vacinado”.

*Com informações do Uol

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Queiroga, o Pazuello 2, diz que crianças de 5 a 11 anos só serão vacinadas com prescrição médica

Segundo ministro, será necessário documento indicando presença de comorbidade ou recomendação da aplicação.

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que o governo federal autorizará a aplicação de vacinas contra a Covid-19 em crianças apenas sob a prescrição de um médico. Em entrevista coletiva concedida nesta quinta-feira no Ministério da Saúde, Queiroga disse que a pasta colocará um documento à disposição para consulta pública e que espera que o início da vacinação para essa faixa etária ocorra em breve, informa O Globo.

— As crianças com comorbidades são prioritárias, a aplicação não é obrigatória, depende da autorização dos pais e naturalmente quem aponta comorbidade é o médico. As sem comorbidades há necessidades de prescrição médica — afirmou Queiroga.

A vacinação dessa faixa etária foi aprovada desde a semana passada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O governo federal, entretanto, vem adiando o início da vacinação. O presidente Jair Bolsonaro se colocou contrário à autorização em diversas ocasiões e chegou a dizer que queria divulgar os nomes dos técnicos da Anvisa que autorizaram a aplicação das doses.

Desde o início da pandemia, 301 crianças morreram por Covid-19, uma a cada dois dias. Nesta quinta-feira, em entrevista ao GLOBO, o diretor-presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, classificou os dados de “estatística macabra”.

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga afirmou que o contrato com a farmacêutica Pfizer prevê que a empresa forneça as doses necessárias para a aplicação de vacinas nessa idade.

— Estamos exercendo nossa soberania, as prerrogativas, para que eles possam livremente optar por vacinar ou não seus filhos após orientação do médico e assinatura do termo de consentimento — afirmou Queiroga.

Segundo o ministro, a aprovação do documento com as regras para vacinação de crianças deve ser feita até dia 5. Em nenhum dos outros casos de aplicação de vacinas o governo publicou documentos em consulta pública antes de iniciar a aplicação.

De acordo com Queiroga, o modelo adotado pelo Brasil é semelhante ao de outros países, como a Alemanha.

— Dada a sensibilidade do caso, nosso entendimento é muito parecido do que acontece na Alemanha, onde há recomendação médica, onde se contempla os casos que tem comorbidades e se respeita a decisão dos pais — disse o ministro.

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Cirurgiões cardíacos acusam Queiroga de beneficiar sua área em portaria

Segundo entidade, procedimentos para casos mais graves de infarto ficaram de fora do texto.

Uma portaria do Ministério da Saúde que reajusta valores no tratamento do infarto agudo do miocárdio apenas para a hemodinâmica, área de atuação do ministro Marcelo Queiroga, está provocando polêmica entre os cirurgiões cardiovasculares, informa O Globo.

Em nota divulgada no seu site e nas redes sociais, a SBCCV (Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular), manifesta preocupação que procedimentos como a cirurgia de revascularização (pontes de safena), indicada para os casos mais graves de infarto, tenham ficado de fora da portaria.

Em entrevista à Folha, o presidente da SBCCV, o cirurgião Eduardo Rocha, afirma que, ao aprovar uma portaria que só privilegia a hemodinâmica, Queiroga incorre em um evidente conflito de interesses.

“O ministro está misturando interesse público com interesse pessoal. Nós, cirurgiões, estamos indignados. Não temos aumento desde 2009”, afirma.

Segundo ele, uma equipe de cinco cirurgiões cardiovasculares recebe R$ 2.800 para fazer uma ponte de safena. “São 500 pratas, 600 pratas para cada um para cuidar de um doente por 12 dias, em média. Aí vem o ministro e cria benefícios só para o grupo dele?”, diz.

A portaria 3.438, publicada em 7 de dezembro, prevê uma série de ações na linha de cuidados do atendimento do infarto, como atualização e reajustes na tabela de procedimentos, medicamentos, órteses, próteses e materiais especiais, da área da hemodinâmica.

Existem três tipos de infarto: o mais leve e sem obstrução na coronária, que, em geral só requer tratamento clínico; outros com alteração no eletrocardiograma que vão precisar de uma angioplastia (stent) ou trombólise (medicamento que dissolve o coágulo e deixar a coronária aberta); e os que requerem cirurgia de revascularização.

“São os pacientes mais graves, os que mais morrem e que vão ficar de fora da portaria. São doentes com mais de duas ou três lesões nas coronárias, rompem o ventrículo e sangram, que têm a válvula rasgada pelo infarto. É preciso olhar para a linha do cuidado ao infarto do começo ao fim.”

Rocha diz que a cirurgia cardiovascular vive uma crise sem precedentes no SUS (Sistema Único de Saúde), sem insumos básicos, e que piorou com o cenário de desassistência provocando pela pandemia de Covid-19.

Pelo menos 60 mil procedimentos deixaram de ser feitos neste ano. Antes da crise sanitária, eram realizados cerca de 100 mil por ano, de 60% a 70% deles no SUS.

“A gente não está conseguindo material no SUS. Vários hospitais só operam emergências. O ministro está informado sobre isso tudo e mal nos recebeu. E agora ele só dá aumento para uma das partes da linha de cuidado do infarto? Para os seus pares? O que ele fez não tem sentido, se o sentido for a ética do tratamento.”

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Brasil é o principal destino em posts de viagens para não vacinados

Após decisão de Bolsonaro e Queiroga o país se tornou um dos principais destinos em posts de viagem para não vacinados, diz Guilherme Amado, Metrópoles.

Após o ministro da Saúde Marcelo Queiroga, através de Bolsonaro, decidir que estrangeiros não precisam ser imunizados contra Covid-19 para entrarem no Brasil, o país se tornou um dos principais destinos em posts de viagem para não vacinados.

Ao buscar no Google, em inglês, para onde viajar sem estar imunizado contra Covid-19, é possível ver uma série de posts sobre países que não exigem comprovante da vacina. O Brasil e o México lideram as recomendações.

A busca pelas restrições de entrada no Brasil também aumentaram no Google nos últimos dez dias. “Unvaccinated travel”, viagem de não vacinados em português, está entre os termos de pesquisas relacionadas.

Indo na contramão da maioria dos países, que tentam barrar o avanço da variante Ômicron cobrando o passaporte vacinal, o governo brasileiro decidiu permitir a entrada de estrangeiros não vacinados com o teste PCR negativo e o cumprimento de apenas cinco dias de quarentena.

Na Europa, a comprovação do ciclo vacinal completo, de duas doses ou injeção única, no caso da Janssen, é exigida na Espanha, Holanda, Bélgica, Alemanha, França, Finlândia e Eslováquia.

Nos Estados Unidos, mesmo com o presidente Joe Biden sendo contra a medida, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças do país passou a exigir, desde 8 de novembro, o passaporte da vacina para todos os visitantes estrangeiros.

Entre os vizinhos sul-americanos, Argentina, Chile, Uruguai e Paraguai também exigem o passaporte de imunização. No Chile, além do comprovante, os visitantes devem passar por cinco dias de isolamento.

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