Nas últimas semanas, municípios de ao menos sete estados enfrentaram superlotação em leitos de UTI de Covid destinados a esse público.
Cidades brasileiras têm sofrido com os efeitos do avanço da variante Ômicron da Covid-19, doença causada pelo coronavírus, e da demora na vacinação de crianças: hospitais pediátricos funcionando em colapso, informa o Metrópoles.
Municípios de Mato Grosso do Sul, Bahia, Piauí e Minas Gerais enfrentam o problema atualmente. Nas últimas duas semanas, Goiás, Ceará e São Paulo relataram lotação.
Com o aumento de adoecimentos pela enfermidade, unidades de terapia intensiva (UTIs) destinadas ao público infantil operam com ocupação que chega a 100%.
Para a comunidade médico-científica, esse panorama é resultado da alta capacidade de contaminação da variante Ômicron e da vulnerabilidade das crianças por não terem sido imunizadas. A campanha para este público começou tardiamente há cerca de 15 dias.
Municípios de Mato Grosso do Sul, Bahia, Piauí e Minas Gerais enfrentam o problema atualmente. Nas últimas duas semanas, Goiás, Ceará e São Paulo relataram lotação.
Para a comunidade médico-científica, esse panorama é resultado da alta capacidade de contaminação da variante Ômicron e da vulnerabilidade das crianças por não terem sido imunizadas. A campanha para este público começou tardiamente há cerca de 15 dias.
Em Mato Grosso do Sul, o número de crianças em leitos de terapia intensiva ultrapassou em 60% a capacidade hospitalar, segundo boletim da Secretaria Estadual de Saúde.
São cinco leitos pediátricos existentes dedicados à doença, sendo que há dois pacientes com casos confirmados e seis com suspeita. Logo, há mais pacientes infantis do que a capacidade de atendimento instalada.
Em Salvador, a situação também é crítica. A ocupação desses leitos na capital baiana tem variado entre 95% e 100% nos últimos dias.
No estado, a taxa de ocupação das UTIs infantis era de de 93% na quarta-feira (26/1). A Bahia tem 27 dos 29 leitos preenchidos por pacientes. No Distrito Federal, o índice era semelhante: 94% de ocupação. Abertura de leitos
As internações têm se avolumado tanto que Executivos locais estão reabrindo leitos na tentativa de desafogar o sistema.
Um dos exemplos ocorre no Piauí. Lá, o governo decidiu abrir 87 leitos de Covid-19.Uma das unidades médicas beneficiadas é um hospital infantil.
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CE, GO, PE e ES enfrentam maior pressão no sistema; cenário nos estados é próximo ao de julho de 2021.
A escalada de novos casos da Covid-19 neste início de ano ampliou a pressão sobre os hospitais e fez com que quatro estados atingissem o patamar de 80% ou mais na ocupação dos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva), informa a Folha.
O cenário é parecido ao registrado em julho de 2021, quando a segunda onda de Covid-19 começava a refluir no país.
Ceará e Goiás são os estados com maior pressão no sistema de saúde pública e registraram uma ocupação de 87% dos leitos para pacientes graves. Na sequência, aparecem Pernambuco com 86% e Espírito Santo com 80%.
Em Pernambuco, o governo tem anunciado a abertura de novos leitos para pacientes com síndrome respiratória aguda grave para atenuar o novo pico de influenza e de Covid-19. Com 952 leitos, o estado registrava uma fila de espera de sete pacientes nesta segunda (17).
A nova alta levou o governo do estado a implantar medidas restritivas para o setor de eventos, limitando a capacidade a 3.000 pessoas, e a determinar a exigência do passaporte vacinal para a entrada em bares, restaurantes, cinemas, teatros e museus, até 31 de janeiro.
A explosão de casos de Covid também se reflete na testagem. Em duas semanas, o percentual de pessoas que fizeram o teste e tiveram a doença detectada saiu de 3% para 23%.
Para o acesso a testes gratuitos no Recife, a população chega a enfrentar até quatro horas de espera em filas. Nos laboratórios privados, os principais relatos são de dificuldade de agendamento e demora para o resultado ser divulgado.
Assim como em Pernambuco, o cenário em Goiás é de alerta diante da alta proporção de internados. Na rede pública estadual, há 87% de ocupação dos leitos de UTI para Covid-19 voltados para adultos, que são 163 ao todo. Enquanto isso, 32 pessoas aguardavam um leito de UTI nesta terça (18), de acordo com o governo de Goiás.
A pressão sobre o sistema de saúde levou a administração da capital goiana a proibir festas de Carnaval. Além disso, o decreto publicado nesta terça (18) limita a 500 pessoas a ocupação em qualquer estabelecimento, afetando sobretudo grandes eventos. Uma parte dos servidores públicos da prefeitura foi autorizada a voltar ao trabalho remoto.
O Ceará, que registrava uma taxa de ocupação de 86,6% nesta segunda, também sofre com baixas entre os médicos, enfermeiros e técnicos.
O afastamento de cerca de 15% profissionais de saúde da rede pública com sintomas gripais, incluída Covid-19, desde dezembro passado, fez o governo estadual abrir seleção para mais de 150 vagas temporárias para médicos de diversas especialidades.
No Espírito Santo, o percentual de ocupação de leitos de UTI para Covid-19 está em 80%. Para dimensionar a nova escalada da doença, a Prefeitura de Vitória disponibiliza a partir de desta terça (18) 470 testes rápidos de Covid-19 por dia, que podem ser agendados pela internet.
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A variante ômicron está se espalhando rapidamente pelo mundo — e estudos sugerem que é a mais contagiosa até agora.
A variante ômicron está se espalhando rapidamente pelo mundo — e estudos sugerem que é a mais contagiosa até agora.
No entanto, diferente de outras variantes, que atingiram a população quando as taxas de vacinação eram menores, agora o índice de hospitalizações e de óbitos tem se mostrado menor – e, em alguns casos, sintomas mais leves têm se mostrado semelhantes a resfriado ou gripe.
Apesar disso, a rapidez com que a ômicron é transmitida continua a sobrecarregar os sistemas de saúde — e ela segue sendo uma ameaça para não vacinados e pacientes de risco. A própria Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou, na semana passada, que a ômicron não deve ser descrita como branda, já que está matando pessoas em todo o mundo.
Mas como posso saber se tenho covid-19 ou outra doença respiratória leve?
Sintomas da ômicron
“Achamos que a ômicron é muito mais semelhante às variantes leves que temos visto em pessoas vacinadas, como a delta principalmente”, diz à BBC o professor Tim Spector, epidemiologista da Universidade King’s College London, que dirige o estudo Zoe Covid, que analisa a disseminação e os sintomas da doença no Reino Unido.
O estudo Zoe Covid vem coletando dados de milhares de pessoas infectadas que registram seus sintomas em um aplicativo. Assim, os pesquisadores conseguem analisar os sintomas relacionados à variante delta e à ômicron.
Até agora, os cinco sintomas mais comuns são:
– Secreção nasal;
– Dor de cabeça;
– Fadiga (leve ou grave);
– Espirro;
– Dor de garganta.
Fonte: Estudo Zoe Covid, King’s College London
Parte destes sintomas mais brandos se devem sobretudo ao grande número de pessoas vacinadas ou com imunidade adquirida.
É muito cedo para saber como a ômicron afetará os não vacinados e as pessoas com um sistema imunológico mais fragilizado.
O epidemiologista do King’s College observa que, como muitos dos sintomas relacionados agora à variante ômicron são semelhantes aos do resfriado, isso pode levar as pessoas a “talvez não reconhecerem a infecção como covid”.
Ou seja, em regiões onde a ômicron está se espalhando rapidamente, é muito provável que alguém com sintomas de resfriado tenha covid, como está acontecendo em Londres, uma das cidades com maior incidência de ômicron.
Se você suspeitar que está com covid, o mais importante é fazer o teste o quanto antes. Mesmo quem está com sintomas leves ou assintomático pode colocar outras pessoas em risco.
Variantes anteriores do coronavírus apresentavam sintomas como febre, tosse, perda de paladar e de olfato. Mas, segundo Spector, a maioria das pessoas que está reportando novas infecções agora não apresenta estes “sintomas clássicos” de covid.
Alerta para os sintomas
Mesmo que, para alguns, a covid possa parecer “um resfriado forte”, com sintomas como dor de cabeça, dor de garganta e secreção nasal, o serviço público de saúde britânico (NHS, na sigla em inglês) indica que devemos continuar atentos aos sintomas clássicos da covid:
– Tosse contínua e súbita;
– Febre ou temperatura alta;
– Perda ou alteração no olfato e paladar. A febre é um sintoma claro de covid?
Uma temperatura a partir de 37,8°C é considerada alta.
A febre pode ocorrer quando o corpo está combatendo uma infecção, não apenas o coronavírus.
É melhor usar um termômetro. Mas se você não tiver um, verifique se está quente ao tocar seu peito ou costas.
É improvável que um resfriado comum cause febre. Por isso, em caso de febre, é recomendável fazer um teste para descartar que você tenha coronavírus.
Como devemos encarar a tosse?
Se você estiver gripado ou resfriado, provavelmente terá tosse e outros sintomas.
A gripe costuma aparecer de repente, e os pacientes muitas vezes sentem dores musculares, calafrios, dores de cabeça, cansaço, dor de garganta, secreção ou congestão nasal, junto com tosse. Parece pior do que um resfriado forte.
Já os resfriados tendem a se desenvolver mais gradualmente e são menos graves, embora nos façam sentir mal.
Junto com a tosse, pode haver espirros, dor de garganta e secreção nasal. Sintomas como febre, calafrios, dores de cabeça e musculares são pouco frequentes.
A tosse decorrente do coronavírus implica em tossir muito por mais de uma hora, ou ter três ou mais ataques ou “episódios” de tosse em 24 horas.
Se você desenvolver uma tosse nova e contínua, deve fazer o teste de covid.
O que significa perder o paladar ou olfato?
Estes são os principais sintomas do coronavírus e significam que você deve fazer o teste.
E se meu nariz estiver escorrendo ou entupido?
Não é um dos principais sintomas do coronavírus, mas várias pesquisas sugerem que pessoas que testaram positivo apresentaram estes sintomas.
As diretrizes sanitárias dos Estados Unidos, por exemplo, incluem todos estes sintomas como possíveis em caso de infecção por coronavírus:
– Febre ou calafrios;
– Tosse;
– Falta de ar ou dificuldade para respirar;
– Fadiga;
– Dores musculares ou no corpo;
– Dor de cabeça;
– Perda de olfato ou paladar;
– Dor de garganta;
– Secreção ou congestão nasal;
– Náusea ou vômito;
– Diarreia.
Os dados da África do Sul indicam que algumas pessoas relataram problemas digestivos como um possível sintoma de ômicron.
Casos graves
Dados preliminares e estudos sobre a ômicron sugerem que esta variante tem se mostrado menos severa que as anteriores. Isso se deve em parte às mutações do vírus, mas acima de tudo à proteção das vacinas e da imunidade natural.
No entanto, a velocidade sem precedentes com que a ômicron é transmitida continua sendo um desafio — e muita gente, sobretudo pacientes com certas doenças prévias, continuam correndo risco.
As pessoas infectadas com coronavírus podem apresentar uma ampla variedade de sintomas, que variam de leves a graves. Algumas ficarão assintomáticas, mas ainda assim podem ser infecciosas.
Os sintomas podem aparecer até duas semanas após a exposição ao vírus, mas geralmente isso acontece por volta do quinto dia. Leia aqui sobre quando uma pessoa com ômicron deixa de ser contagiosa, com ou sem sintomas.
Dificuldades respiratórias podem ser um sinal de uma infecção mais grave.
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De acordo com pesquisadores da Universidade Estadual de Oregon, há um par de ácidos canabinóides que pode se ligar à proteína spike do SARS-CoV-2 e bloquear a entrada dele nas células, informa o Correio Braziliense.
Um estudo publicado nesta quarta-feira (12/1) no periódico científico Journal of Natural Products pode ser um grande passo na busca por um antiviral contra o novo coronavírus. É que pesquisadores da Universidade Estadual de Oregon, nos Estados Unidos, encontraram um par de ácidos canabinóides capaz de se ligar à proteína spike e impedir que o SARS-CoV-2 infecte células humanas.
Essa proteína é a principal porta de entrada do vírus nas células e, também, uma das maiores ameaças em variantes mais recentes, como a Ômicron, por exemplo. Assim, um medicamento que conseguisse se ligar a ela seria de grande ajuda para o sistema imune do hospedeiro e impedir que ele desenvolva a covid-19. Essa é uma estratégia-chave na ciência farmacêutica para combater diversos tipos de vírus. Com relação ao novo coronavírus, é a mesma abordagem das atuais vacinas e das terapias de anticorpos, ainda em desenvolvimento.
“Qualquer parte do ciclo de infecção e replicação é um alvo potencial para intervenção antiviral, e a conexão do domínio de ligação do receptor da proteína spike ao receptor ACE2 da superfície da célula humana é um passo crítico nesse ciclo”, explicou Richard van Breemen, pesquisador do Centro Global de Inovação em Cânhamo do Estado de Oregon, Faculdade de Farmácia e Instituto Linus Pauling.
A vantagem desses compostos é que eles apresentam poucos riscos e são facilmente encontrados na planta conhecida como cânhamo e em muitos de seus extratos. Compostos de cânhamo já estão presentes em produtos industriais cosméticos, loções corporais, suplementos dietéticos, além do uso na produção de ração animal e de alimentos.
“Não são substâncias controladas como o THC, o ingrediente psicoativo da maconha, e têm um bom perfil de segurança em humanos. E nossa pesquisa mostrou que os compostos de cânhamo foram igualmente eficazes contra variantes do SARS-CoV-2, incluindo a variante B.1.1.7, que foi detectada pela primeira vez no Reino Unido, e a variante B.1.351, detectada pela primeira vez na África do Sul”, explicou van Breemen em entrevista ao site especializado EurekaArlet.
Assim, a produção e administração de um possível medicamento teria poucas barreiras pela frente. “Esses compostos podem ser tomados por via oral e têm uma longa história de uso seguro em humanos”, disse van Breemen. Ele também detalhou como funciona o par de ácidos encontrado. “Eles têm o potencial de prevenir e tratar a infecção por SARS-CoV-2. CBDA e CBGA são produzidos pela planta de cânhamo como precursores de CBD e CBG, que são familiares a muitos consumidores. No entanto, eles são diferentes dos ácidos e não estão contidos nos produtos de cânhamo.”
O próximo passo da equipe é conseguir financiamento para novos estudos e desenvolvimento do medicamento.
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Instituições internacionais, Ministério da Saúde, Fiocruz e Conass alertam para o rápido avanço da Ômicron e da influenza no Brasil.
Com o avanço da variante ômicron e influenza, causando filas em hospitais e um número crescente de internações, não resta outra alternativa, é colapso no sistema de saúde.
Somente nessa quarta-feira, o Brasil registrou 87.471 novos casos confirmados de Covid-19. O número, que pode estar bastante subnotificado, é maior que o contabilizado no dia anterior, quando 70.765 contaminados foram notificados. Com isso, a média de casos chegou a 52.261 novos infectados ao dia, alta de 794% na comparação com 14 dias atrás.
Os números se refletem em filas gigantescas, com horas de espera, em diversos hospitais públicos e privados pelo país. O Metrópoles percorreu unidades de saúde por Brasília, Goiás, Rio de Janeiro e São Paulo. O retrato era de lotação (com muitas horas de espera), dor e medo.
A preocupação com o crescimento das infecções no Brasil já foi relatada em pesquisas como a da Universidade de Washington, que prevê 1 milhão de casos de Covid-19 por dia no país até o fim de janeiro, se porventura medidas de contenção mais fortes não sejam retomadas; da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz); e do próprio ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. Em entrevista coletiva, o chefe da pasta admitiu “perspectivas de colapsos”:
“Agora com o novo desafio da variante Ômicron, inicialmente identificada na África, que rapidamente se espalhou pelo mundo. Incertezas com novo surto de casos, novos impactos no sistema de saúde, perspectiva de colapsos e perda de vidas. Trabalhamos para evitar que isso aconteça”, afirmou, nessa quarta-feira.
Além disso, o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) publicou nota afirmando que o crescimento de casos, impulsionado pela nova variante, volta a impor desafios aos sistemas de saúde público e privado do país.
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A nova variante “foi detectada em novembro e já é responsável por 30% dos casos no mundo”.
O infectologista Marcos Caseiro declarou que o número de vítimas fatais provocadas pela nova variante da Covid-19, a Ômicron, vai crescer significativamente. “Vai aumentar, claramente, a mortalidade”, afirmou, nesta sexta-feira (7).
Caseiro destacou, ainda, que o apagão de dados do Ministério da Saúde, supostamente invadido por hackers, está maquiando os números reais.
“Este apagão me parece proposital. Se não fosse isso, estaríamos batendo recordes de casos, o que vem acontecendo no mundo todo. A questão principal é que não estamos testando o suficiente no Brasil. Na maioria dos países a testagem é muito ampla”, disse.
O médico também abordou o excessivo número de casos de Covid-19 em navios de cruzeiro, o que provocou a suspensão da temporada de viagens.
“Saíram dados que confirmaram que o número de tripulantes infectados é muito maior do que o de passageiros. Isso tem uma explicação. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou testagem semanal em todos os tripulantes. Porém, a testagem semanal para passageiros é feita por amostragem, ou seja, aparecem mais casos em quem testa mais”, revelou.
Caseiro voltou a afirmar que o número de casos de Covid está aumentando exponencialmente. “A Ômicron foi detectada em novembro e já é responsável por 30% dos casos no mundo. A Delta, hoje, compõe os outros 70%”, acrescentou.
“O dado interessante: o que o percurso da Delta demorou nove meses, a Ômicron fez em um mês e meio. Isso mostra que essa nova variante tem uma velocidade imensa. Uma pessoa infecta 17. Nós teremos uma explosão de casos no fim deste mês”, ressaltou.
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Ministério estuda quarentena de cinco dias para profissionais de saúde que estejam assintomáticos.
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que o governo vai se reunir nesta sexta-feira, 7, com secretários de saúde para discutir, entre outros temas, a possibilidade de redução da quarentena para profissionais de saúde que testam positivo para covid-19, o que possibilitaria o trabalho deles mesmo contaminados. Queiroga afirmou que o Brasil “possivelmente” pode adotar a conduta, estabelecendo uma quarentena de cinco dias para profissionais de saúde que estejam assintomáticos. Atualmente, a recomendação da pasta para quem foi contaminado, com ou sem sintomas, é ficar em isolamento por duas semanas, informa o Terra.
“Naturalmente que está em estudo na área técnica”, afirmou o ministro, em entrevista em frente a sede do ministério, em Brasília. Segundo Queiroga, tanto o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) quanto países como a França já adotam o prazo menor de quarentena para quem está assintomático. A medida foi adotada num primeiro momento para evitar que a licença de médicos ou outros profissionais da saúde comprometesse o trabalho em hospitais no momento em que há alta demanda provocada pela nova variante da covid, a Ômicron.
Com relação à nova variante, Queiroga disse que “as sinalizações apontam para casos de menor gravidade”, pelo que pode ser observado em outros países, mas que apenas em três ou quatro semanas poderá ser avaliado o potencial de letalidade da variante. O Brasil registrou nesta quinta a primeira morte de um paciente contaminado pela Ômicron, em Aparecida de Goiânia (GO).
O ministro também reforçou a necessidade de se ampliar as ações com relação à influenza (gripe), diante do aumento no número de casos da doença no País, além expandir a testagem, principalmente na região Norte, que tem cobertura vacinal mais baixa e o sistema de saúde “cronicamente mais frágil”. Segundo Queiroga, a pasta deverá aumentar a oferta de testes.
Um grupo de mais de 2 mil prefeitos encaminhou ofício ao Ministério da Saúde com pedido de ajuda para enfrentar a alta de casos de covid-19 e gripe. No documento, os municípios solicitam apoio em três frentes: ampliação da testagem rápida para covid, da estrutura ambulatorial de atendimento e do estoque de medicamentos antigripais.
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Dados sugerem que a nova variante consegue escapar da imunidade natural produzida após a infecção pelo coronavírus.
Cientistas da Universidade Stellenbosch, na África do Sul, afirmaram, nesta sexta-feira (3/12), que, em relação à cepa original do vírus Sars-CoV-2, a variante Ômicron do novo coronavírus tem 2,4 vezes mais probabilidade de reinfectar pessoas que já tiveram a Covid-19.
A taxa foi calculada com dados disponibilizados pelo governo sul-africano. O levantamento registra cerca de 2,8 milhões de infecções confirmadas por coronavírus, incluindo 35.670 suspeitas de reinfecções.
Durante a segunda onda, impulsionada pela variante Beta, e a terceira onda, relacionada à Delta, o risco de reinfecção caiu para 0,7 em comparação com a primeira onda. Agora, a probabilidade de ser contaminado novamente aumentou pela primeira vez, chegando a 2,4%.
Informações preliminares sugerem que a nova variante é capaz de escapar da proteção adquirida naturalmente pelo corpo humano após a infecção pelo vírus e acende o alerta sobre a eficácia da proteção obtida por meio das vacinas.
“Acreditamos que essa infecção anterior não lhes dá proteção contra a infecção devido à Ômicron”, disse a professora Anne von Gottberg, microbiologista clínica do Instituto Nacional de Doenças Transmissíveis (NICD) durante conferência da Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta sexta-feira. “No entanto, espero que forneça proteção contra doenças graves, internações hospitalares e morte”, completou. A microbiologista destacou que a variante está associada a 75% dos casos registrados nacionalmente.
*Com informações do Metrópoles
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Uma nova variante da Covid, com múltiplas mutações e potencialmente mais contagiosa, foi detectada na África do Sul, país que vê sinais de uma nova onda da pandemia.
O anúncio foi feito nesta quinta-feira (25) por cientistas e pelo governo da África do Sul.
A variante B.1.1.529 apresenta um número “extremamente alto” de mutações e “podemos ver que ela tem potencial para se espalhar muito rapidamente”, afirmou o virologista Túlio de Oliveira, em entrevista coletiva online supervisionada pelo Ministério da Saúde da África do Sul.
Além da potencial maior capacidade de disseminação, também há preocupação quanto a mutações ligadas a um possível escape imune, ou seja, possibilidade de redução de eficácia de vacinas. Apesar disso, os cientistas não têm como fazer afirmações mais precisas sobre isso.
Oliveira aponta que há mais de 30 mutações na proteína S (spike), através da qual o vírus se liga em células humanas para efetuar a invasão, o que faz com que essa variante seja muito diferente das cepas que circulam no mundo.
Dados preliminares apontam que a variante aumentou rapidamente na província de Gauteng, a mais populosa do país e que inclui Pretória e Johannesburgo, e já pode estar presente nas outras oito províncias do país.
Segundo Oliveira, a vigilância genômica aponta que a B.1.1.529, em menos de duas semanas, já se sobressai em relação às infecções pelas outras variantes da Covid, logo após “uma devastadora onda da Delta”.
A nova variante, ainda sem um nome derivado de letras gregas, como a alfa e a delta —o que deve mudar em breve, após reunião de autoridades de saúde com a OMS (Organização Mundial da Saúde)– é passível de detecção facilmente a partir de exames PCR, sem necessidade de sequenciamento genético. Isso poderia, diz Oliveira, facilitar a vigilância global da cepa.
O NICD (Instituto Nacional de Doenças Transmissíveis da África do Sul), porém, não atribui o crescimento de caso locais à nova variante. Mais de 1.200 casos novos em 24 horas foram registrados na quarta-feira, contra cem no início do mês. Os dados diáros dessa quinta, publicados pelo NICD, já apontam para 2.465 novas infecções.
O ministro da Saúde, Joe Phaahla, afirmou que o aumento “exponencial” das infecções foi provocado por esta nova variante, o que representa “uma grande ameaça”.
A equipe de Oliveira, do instituto de pesquisa KRISP, vinculado à Universidade de Kwazulu-Natal, foi a que descobriu a beta altamente contagiosa —e uma das quatro variantes rotuladas como preocupantes pela OMS— no ano passado.
“O que nos preocupa é que esta variante pode não só ter uma capacidade de transmissão aumentada, mas também ser capaz de contornar partes do nosso sistema imunológico”, disse o professor Richard Lessells.
Vinte e dois casos haviam sido registrados, número que, em seguida, saltou para 100. Os casos estavam concentrados principalmente em jovens, de acordo com o NICD. Também foram relatadas infecções na vizinha Botswana e em Hong Kong (em uma pessoa que voltava de uma viagem à África do Sul).
A OMS deve se reunir nesta sexta-feira para determinar a periculosidade da nova variante.
“Existem muitas variantes, mas algumas não têm influência sobre a evolução da epidemia”, comentou em uma coletiva de imprensa John Nkengasong, do CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças da União Africana).
Os cientistas alertam que a África do Sul deve se preparar para uma nova onda de pacientes nos próximos dias ou semanas. O país é o mais afetado pela Covid no continente, com 2.952.500 casos e 89.771 mortes por Covid desde o início da pandemia.
*Com informações da Folha
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Alerta: O Brasil registrou, em 24 horas, 14.642 novos casos de covid-19 e 731 mortes pela doença, segundo o boletim epidemiológico divulgado neste sábado pelo Ministério da Saúde. Desde o início da pandemia, foram registrados 21.953.838 casos e 611.222 óbitos.
A volta de casos nesses continentes acende luz vermelha para a situação do Brasil.
Fiocruz alerta para a onda de Covid na Europa e Ásia, enfatizando que a volta de casos nesses continentes acende luz vermelha para a situação do Brasil. Esses países registram aumento de casos e óbitos mesmo com cobertura vacinal em patamar elevado. O alerta foi dado por cientistas da Fiocruz que elaboram o Boletim Observatório Covid-19.
O boletim enfatiza sobre a necessidade de manutenção das medidas de distanciamento e proteção individual e aponta para o risco da desaceleração do ritmo de vacinação de primeira dose no Brasil.
Ainda, no boletim, o alerta da Organização Mundial de Saúde para o aumento dos casos e óbitos registrados na Europa e Ásia. Para a OMS, esses continentes estão às voltas com o recrudescimento da Covid-19.
Retornando ao patamar de meses atrás, a Europa e a Ásia registraram, na última semana de outubro, 59% de todos os casos e 48% dos óbitos registrados no mundo. Esse percentual significa que os dois continentes relataram 1,8 milhão de novos casos e 24 mil novas mortes, um aumento de 6% e 12% na comparação com a semana anterior. Fiocruz alerta para a onda de Covid na Europa e Ásia justamente por este aumento.
A OMS alerta que, se for mantida esta tendência, essas regiões podem responder por mais meio milhão de óbitos até 1 de fevereiro de 2022. E mais, esses 43 países enfrentarão novamente o risco de colapso nas capacidades de resposta de seus sistemas de saúde. Os casos graves da doença estão concentrados nos grupos não vacinados, especialmente em países com baixa cobertura vacinal.
Para os pesquisadores do Observatório Covid-19, mesmo que os dados recentes do Brasil indiquem uma tendência geral de queda dos indicadores, é bom lembrar que a pandemia não acabou e que o risco de retorno de tempos difíceis ainda permanece, principalmente se lembrarmos que estamos prestes a entrar em temporada de férias e festas, com maior circulação e muito mais concentração de pessoas nos ambientes.
*Com informações do GGN
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