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Investigadores da PF e FBI ouvem médico de Bolsonaro nos EUA

Um dos focos é apurar a atuação de Ricardo Camarinha como funcionário fantasma da Apex em Miami.

A Polícia Federal ouviu, na quinta-feira passada (2), o médico da Presidência da República na gestão de Jair Bolsonaro, Ricardo Camarinha. A entrevista com o cardiologista ocorreu na casa dele, em Orlando, nos Estados Unidos, e foi realizada por investigadores que estão no país para apurar o caso das joias apropriadas e vendidas ilegalmente pelo ex-presidente.

Segundo informa a colunista Bela Megale, do jornal O Globo, os policiais do FBI que estão auxiliando os brasileiros também participaram da entrevista. Um dos focos da PF é apurar a atuação de Camarinha como funcionário fantasma da Apex (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos) no escritório de Miami, quando Bolsonaro foi presidente.

Em depoimentos à PF prestados mês passado, funcionários da Apex afirmaram que o médico recebia o salário de R$ 36,8 mil sem aparecer para trabalhar na agência.

Os depoentes contaram que a nomeação de Camarinha se deu por ordem expressa de Bolsonaro ao general da reserva Mauro Lourena Cid, que era o chefe da Apex em Miami e é pai do ex-ajudante de ordens da Presidência.

Segundo os funcionários da agência, o militar relatou à área de recursos humanos que o médico precisava ser contratado a pedido do então presidente.

Camarinha ficou lotado na Apex de Miami entre abril de 2022, após ser exonerado da função de médico da Presidência, e 2 de janeiro de 2023, quando Jorge Viana assumiu o posto.

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Médico de Bolsonaro pode ser investigado pela PF após depoimentos de funcionários da Apex

Ricardo Camarinha foi apontado como funcionário fantasma da agência e recebia salário de R$ 36,8 mil sem trabalhar

Médico da Presidência da República na gestão de Jair Bolsonaro, Ricardo Camarinha pode entrar para o rol de investigados pela Polícia Federal, informa a colunista Bela Megale, do jornal O GLOBO.

Nos depoimentos à PF prestados semana passada, funcionários da Apex (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos) do escritório de Miami afirmaram que o médico era funcionário fantasma, pois recebia o salário de R$ 36,8 mil sem aparecer para trabalhar na agência.

Os depoentes contaram aos investigadores que a nomeação de Camarinha se deu por ordem expressa de Bolsonaro ao general Mauro Cid, que era o chefe da Apex em Miami. Segundo os funcionários ma agência, o militar relatou à área de recursos humanos que o médico precisava ser contratado a pedido do então presidente.

Os depoimentos podem resultar em um inquérito contra o médico, que ainda mora nos Estados Unidos.

Camarinha ficou lotado na Apex de Miami de abril de 2022, após ser exonerado da função de médico da Presidência, até 2 de janeiro de 2023, véspera do novo presciência da Apex, Jorge Viana, assumir o posto.

Camarinha foi flagrado em janeiro do ano passado visitando Bolsonaro em Orlando. Na ocasião, o ex-presidente havia viajado para os EUA, após a vitória de Lula. Ele era o médico que acompanhava Bolsonaro em viagens e em internações hospitalares. Camarinha também foi médico da Presidência no governo FHC, na década de 1990.

Como informou o colunista Aguirre Talento, do portal, os três funcionários da Apex Miami prestaram depoimentos à PF na investigação das joias da Arábia Saudita envolvendo Bolsonaro. A PF apura se o ex-ajudante de ordens Mauro Cid usou a estrutura da Apex para vender irregularmente peças que Bolsonaro ganhou como presidente que pertenciam ao Estado brasileiro e não a ele.

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Há cinco meses, Eduardo Bolsonaro blinda amiga de explicar contratos espúrios

Há cinco meses, Eduardo Bolsonaro blinda amiga de explicar contratos espúrios

Fora dos holofotes desde que foi demitida da Apex, Letícia Catelani ainda tem contas pendentes com a Câmara. Na terça-feira completou cinco meses que o requerimento para que ela seja ouvida na Comissão de Relações Exteriores da Câmara foi aprovado.

Aécio Neves (PSDB/MG), Arlindo Chinaglia (PT/SP) e Rubens Bueno (Cidadania/PR) alegaram que ela precisava dar explicações sobre sua declaração de que teria sido demitida porque não cedeu à pressão do governo pela manutenção de “contratos espúrios”.

E por que ela não depôs à Comissão? Porque o presidente, Eduardo Bolsonaro, que é muito próximo de Catelani, ainda não pautou a sua convocação.

 

 

*Lauro Jardim