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Vídeo: Bolsonaristas antivacina atacam Câmara de Araraquara após aprovação do passaporte da vacina

Os manifestantes se concentram em frente à câmara de vereadores no início da sessão, por volta das 15h, e permaneceram no local por duas horas. Também tentaram impedir a saída de carros do estacionamento e fizeram ameaças aos funcionários e políticos.

Sessão interrompida

A sessão chegou a ser suspensa por dez minutos e a transmissão ao vivo foi interrompida. A Polícia Militar foi chamada e os trabalhos prosseguiram.

O projeto que determina a implementação do passaporte da vacina foi aprovado por oito votos a sete. Sendo que o presidente da câmara de vereadores, Aluísio Braz (MDB), conhecido como Boi, precisou dar um voto para desempatar a votação.

A legislação aprovada prevê a exigência de apresentação de carteira ou comprovante de vacinação contra Covid-19 em locais da administração pública municipal direta ou indireta.

Confira:

*Com informações do Metrópoles

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Política

Edinho Silva (PT), prefeito de Araraquara, cria ‘Uber’ próprio; motorista fica com 95% da tarifa

Pedir um carro por aplicativo se tornou um problema ultimamente. Cancelamentos, preços altos e queda na qualidade do serviço são alguns dos perrengues relatados por clientes.
Pelo lado dos motoristas, a situação também não é fácil: jornada de trabalho de até 14 horas diárias, baixa remuneração e combustível caro. Porém, em uma cidade do interior de São Paulo, o que poderia ser um problema de mobilidade se transformou em uma oportunidade de negócio.
A prefeitura de Araraquara, cidade (a 277 km de São Paulo, com 256 mil habitantes), gerida pelo prefeito Edinho Silva (PT), lançou no começou do ano um aplicativo de transporte próprio, o Bibi Mob. Há 200 motoristas mais de 7.000 usuários cadastrados.
O que mais chama a atenção é o repasse do valor da corrida ao motorista: 95% do que o usuário paga fica com o condutor, diferentemente de outros aplicativos, como Uber e 99, que chegam a repassar cerca de 60%.
Como o Bibi Mob foi criado?
Camila Capacle, coordenadora de Trabalho e Economia Criativa e Solidária de Araraquara diz que a Prefeitura tem um programa de incentivo ao cooperativismo, chamado Coopera Araraquara, e que a oportunidade de ajudar os motoristas de aplicativos surgiu após uma série de observações e algumas dificuldades.
“Assim como em todas as regiões, sabíamos dos diversos problemas que têm afetado os motoristas de aplicativos, como o preço dos combustíveis e a baixa remuneração. Aproveitando o mote do Coopera Araraquara, decidimos chamar esses motoristas para que eles montassem uma cooperativa”, disse.
O desenvolvimento começou em novembro de 2020. Foram meses de capacitações, cursos e conversas, até que surgiu a Cooperativa de Transporte de Araraquara (Coomappa). Com isso, foi desenvolvido o aplicativo.
A diferença nos ganhos
A  cooperativa fez uma comparação dos ganhos dos motoristas pelas plataformas que existem em Araraquara.
Uma viagem de 4 quilômetros que custa R$ 10 para o passageiro.
  • No Uber, de 30% a 40% ficam com o aplicativo (de R$ 3 a R$ 4). Para o motorista, R$ 6 a R$ 7.
  • Na 99, cerca de 30% do valor da corrida fica com o aplicativo (R$ 3). O motorista recebe R$ 7.
  • No Bibi Mob, 5% ficam com a cooperativa (R$ 0,50). O motorista ganha R$ 9,50.
O aplicativo de Araraquara não tem tarifa dinâmica. Ou seja, não é cobrado valor adicional caso poucos motoristas estejam disponíveis ou a demanda esteja maior que a normal.
*Com informações do Uol
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OMS começa a perder a paciência com Bolsonaro, diz jornal francês

“Brasil: nenhum lockdown à vista apesar da explosão da pandemia”, lamenta nesta segunda-feira (12) o jornal Les Echos. O diário econômico francês, que é referência no meio empresarial, escreve que “apesar de um tributo humano cada vez mais pesado e insuportável, o presidente Jair Bolsonaro resiste ao lockdown desejado pela comunidade científica”. “Ele terá de responder a uma comissão parlamentar de inquérito”, informa o correspondente em São Paulo, Thierry Ogier.

A média de vítimas continuou acima de 3 mil pessoas por dia nesse final de semana, e o número de mortos continua aumentando. “Até a Organização Mundial da Saúde (OMS) começa a perder a paciência diante de uma pandemia cuja ‘trajetória vai na má direção'”, observa o veículo. “O número de casos e mortes vem crescendo há seis semanas”, nota Maria van Kerkhove, epidemiologista da OMS. O país ultrapassou 350 mil mortes no fim de semana.

Mas Bolsonaro voltou a descartar a possibilidade de adotar um lockdown nacional. Les Echos cita a declaração recente na qual o presidente de extrema direita afirmou que não colocaria o “exército nas ruas para forçar o povo a ficar em casa”. Discurso que foi reiterado pelo novo ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, que disse que a polícia vai “garantir a todos a liberdade de ir e vir com serenidade e paz”.

O jornal gratuito 20 Minutos mostra que a maioria dos pacientes hospitalizados em cuidados intensivos no Brasil tem menos de 40 anos de idade, uma situação “alarmante” que é explicada pela variante brasileira P1, mais contagiosa e letal que as cepas anterior.

População dividida

A intransigência de Bolsonaro não surpreende a comunidade científica brasileira, mas causa irritação. Ouvida pela reportagem, Natalia Pasternak, presidente do Instituto Questão de Ciência, conta que “desde o início da pandemia, tem sido assim”. O governo federal insiste que medidas preventivas não são necessárias e, hoje, a população está dividida. “Tem muita gente que acaba acreditando no presidente e não adere às medidas preventivas”, lamenta a microbióloga.

Les Echos explica que os partidários de Jair Bolsonaro asseguram que é melhor “abrir” a economia a todo custo. Mas, na prática, o Brasil perde nas duas frentes. “Eles dizem que o lockdown vai arruinar a economia. Mas hoje vemos, por um lado, que a economia já está arruinada por um ano de pandemia e temos, por outro lado, até 4 mil mortes por dia”, destaca Pasternak.

Lockdown necessário

Como a maior parte de seus colegas, essa microbiologista é a favor de medidas de contenção rígidas, assinala o Les Echos. “Nunca tivemos isolamento no Brasil, como houve em Portugal ou na Inglaterra, e isso nos conduziu à situação atual”, afirma.

A única exceção nesse cenário dramático é a cidade de Araraquara, município do interior de São Paulo, que conseguiu reduzir o número de mortes após 10 dias de lockdown local. Mas no resto do país a situação permanece crítica, com falta de leitos, equipamentos e anestésicos nos hospitais.

Paulo Almeida, do mesmo instituto, teme um futuro sombrio. “Enquanto Bolsonaro estiver à frente do país, o governo federal não apoiará esse tipo de medida”, conclui o diretor-executivo do IQC.

*Com informações do Uol

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Saúde

Fiocruz: Brasil vive ‘maior colapso sanitário e hospitalar da história’

Vinte e quatro estados e o Distrito Federal estão com taxas de ocupação de leitos públicos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) para pacientes de covid-19 igual ou superior a 80%, segundo levantamento feito pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz). Destes, 15 têm taxas iguais ou superiores a 90%. Para os pesquisadores, trata-se “do maior colapso sanitário e hospitalar da história do Brasil”.

A situação mais preocupante é a do Rio Grande do Sul, o único a registrar 100% de ocupação dos leitos de UTI. Hoje, o estado também bateu seu recorde de mortes causadas pela covid-19 em um dia, com 502 novos óbitos confirmados de ontem para hoje, de acordo com a Secretaria Estadual de Saúde.

Logo atrás estão Santa Catarina, com 99% das UTIs públicas ocupadas, e Rondônia (98%). A situação só não é considerada “crítica” no Rio de Janeiro e em Roraima, que têm taxas de ocupação de leitos de 79% e 73%, respectivamente.

A situação é semelhante nas capitais: 25 das 27 estão com ocupação de UTIs públicas igual ou superior a 80%; em 19 delas, a taxa está acima de 90%. As taxas mais altas são as de Porto Alegre (RS), com 103%; Porto Velho (RO), 100%; Rio Branco (AC), 100%; Cuiabá (MT), 100%; e Palmas (TO), Teresina (PI), Curitiba (PR) e Florianópolis (SC), todas com 98%.

Os dados são das secretarias estaduais e municipais de Saúde e foram divulgados em edição extraordinária do Boletim do Observatório Covid-19. O mapeamento, segundo a Fiocruz, traz números obtidos desde 17 de julho de 2020.

Para conter o avanço do número de casos e mortes, bem como diminuir as taxas de ocupação de leitos, os pesquisadores defendem maior rigor nas medidas de restrição à circulação de pessoas, como quarentena e lockdown (confinamento total). Eles também reforçam a importância do distanciamento social, do uso de máscara e da aceleração da vacinação.

A Fiocruz cita como exemplo positivo a cidade de Araraquara, que tem como prefeito, Edinho Silva (PT), no interior de São Paulo, que vivia um colapso no sistema de saúde e chegou a transferir pacientes para municípios vizinhos. Com o lockdown, a cidade conseguiu reduzir a transmissão do coronavírus e, consequentemente, o número de mortes.

*Com informações do Uol

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Prenderam os hackers errados? Operação Spoofing não mostra elo entre hacker e vazamento do Intercept

As autoridades atingidas pela suposta atuação dos 4 hackers presos até agora são do Rio de Janeiro e São Paulo, não têm relação com a Vaza Jato

Embora sirva de combustível para os bolsonaristas que defendem a Lava Jato a qualquer custo – como a deputada Carla Zambelli (PSL-SP), que está ansiosa pela “delação premiada” dos hackers presos na terça (23) – o fato é que, até agora, a Operação Spoofing não mostrou qualquer elo entre as alegadas invasões em celulares de autoridades e o vazamento de mensagens de Telegram que fomentou as reportagens do Intercept.

A edição de O Globo desta quarta (24), por exemplo, é pura indecisão sobre esse “detalhe”: alguns textos misturam a Operação Spoofing com a Vaza Jato, mas outros admitem que “ainda não há indício de relação direta”.

Quem está usando a Spoofing para subir o tom contra Glenn Greenwald e equipe esquece, deliberadamente, de olhar para a lista das vítimas da suposta atuação dos 4 hackers presos até agora:

Além de Sergio Moro, estão:

O desembargador Abel Gomes, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, que fica no Rio de Janeiro.
O juiz federal Flávio Lucas, da 18ª Vara Federal do Rio.
O delegado da Polícia Federal Rafael Fernandes, da Superintendência paulista.
O delegado da Polícia Federal Flávio Vieitez Reus, que atua em Campinas.

O que esses nomes têm a ver com a Vaza Jato do Intercept ou mesmo com a operação conduzida antes por Moro?

A invasão relatada por Deltan Dallagnol, segundo O Globo, não consta no documento que autorizou a busca e apreensão e as prisões dos hackers, a maioria do interior de São Paulo.

Apenas 3 dos 4 presos já tiveram a identidade divulgada: “Gustavo Henrique Elias Santos, de 28 anos, que trabalha como DJ e já respondeu por porte ilegal de arma; sua esposa, Suelem; e Walter Delgatti Neto. Outro suspeito é conhecido em Araraquara pelo envolvimento em golpes na internet.”

 

*Com informações do GGN