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Quem foi Paulo Frateschi, ex-deputado do PT assassinado pelo filho

Morto a facadas pelo filho de 34 anos nesta quinta (6), Paulo Frateschi (75) é ex-deputado estadual e conhecido como um dos dirigentes históricos do PT. Ele foi assassinado após uma discussão com o rapaz, que estava tendo um surto.

Frateschi foi um dos principais nomes da esquerda paulista nas últimas cinco décadas. Militante histórico, professor e dirigente nacional do PT, ele construiu uma trajetória marcada pela defesa da democracia em momentos decisivos da história do país.

A formação política de Frateschi começou ainda jovem, durante a ditadura militar. Ele integrou a Ação Libertadora Nacional, organização de resistência ao regime. Em 1969, aos 19 anos, foi preso e torturado. Sua libertação no saguão da Folha de S.Paulo tornou-se um episódio emblemático do período de repressão e de mobilização por direitos civis.

Com a redemocratização, Frateschi participou da fundação e da consolidação do PT. Tornou-se um dos dirigentes estaduais mais influentes e ocupou cargos de comando em diferentes momentos da legenda. Foi eleito deputado estadual e se manteve próximo das principais lideranças petistas, incluindo Lula, de quem se tornou amigo pessoal.

Na vida institucional, exerceu funções estratégicas. Foi secretário de Relações Governamentais na gestão Marta Suplicy e voltou ao posto durante a administração de Fernando Haddad, em 2014. Nas duas ocasiões, atuou na articulação política e no diálogo com movimentos sociais e parlamentares.

Nos últimos anos, continuou ativo no debate público. Ele defendeu Lula durante o período em que o presidente esteve preso, classificando o episódio como perseguição política. Segundo o DCM, para Frateschi, o tratamento dado ao petista lembrava práticas típicas dos anos de chumbo, que ele próprio viveu na juventude.

A trajetória de Frateschi também foi marcada por perdas pessoais profundas. Em 2002, o filho Pedro, de 7 anos, morreu em um acidente de carro. Um ano depois, o filho Júlio, de 16, também morreu em outra colisão automobilística. Os episódios mobilizaram figuras centrais do PT, que acompanharam os velórios em demonstração de solidariedade ao dirigente.

Mesmo após essas tragédias, ele seguiu atuando na política. Em 2018, enquanto ajudava a organizar caravanas em apoio à candidatura de Lula, foi ferido por uma pedrada durante um ataque ao grupo em Chapecó.

Sua morte foi lamentada pelo partido, que destacou coragem, integridade e compromisso social como marcas de sua atuação. O PT elogiou a trajetória de Frateschi e afirmou que ele deixe um “legado marcado pela luta, pela justiça e pela inclusão”.

Filho feriu a mãe após matar o pai.

Leia a nota do PT na íntegra:

É com profunda tristeza que comunicamos o falecimento do ex-presidente do PT Paulista e ex-deputado estadual Paulo Frateschi, companheiro e dedicado militante do nosso partido.

Durante toda a sua trajetória, nosso companheiro demonstrou coragem, integridade e compromisso com o PT e pela busca de um país mais justo.

Paulo Frateschi deixa um legado marcado pela luta, pela justiça e pela inclusão. Ele permanecerá vivo em nossos corações e nas ações que ele ajudou a inspirar.

A passagem do nosso companheiro deixa uma lacuna irreparável entre amigos, familiares, colegas de militância e a comunidade.

Manifestamos à família, aos amigos e a todos que com ele caminharam, a nossa mais sincera solidariedade”.


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Mundo

Vídeo: Assassinado candidato à presidência do Equador a 11 dias da eleição

A notícia foi confirmada pelos assessores do candidato à presidência

O candidato à presidência do Equador, Fernando Villavicencio, foi assassinato na noite desta quarta-feira, 9, com três tiros na cabeça. Ele saía de um encontro político na cidade de Quito quando foi baleado, de acordo com as agências de notícia do país.

Segundo o g1 e CNN, a notícia foi confirmada pelos assessores do candidato à presidência. O primeiro turno das eleições no Equador acontecem no dia 20 de agosto, para troca de presidente, vice-presidente e 137 parlamentares.

Villavicencio era um dos principais candidatos à presidência do Equador. Nas pesquisas de opinião, ele oscilava entre a segunda e a quinta colocação. As avaliações de tendências eleitorais do país é deficiente em comparação a outros países sul-americanos como Argentina, Uruguai e Brasil, que possuem institutos com maior índices de acerto.

Em junho, segundo o Centro de Estratégico Latinoamericano de Geopolítica (Celag), Villavicencio estava em quarto lugar, com 8% das intenções de voto, atrás de Luisa González, do partido Revolução Cidadã (30%), Otto Sonnenholzner, da aliança Atuamos (13%) e Yaku Pérez, da coligação “Claro que é possível” (11%).

Em 20 de julho, a Cedatos, empresa de pesquisa aprovada pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) do Equador, apontou que Villavicencio estava em segundo, com 13,2%, atrás apenas de Gonzáles (26,6%) e à frente de Pérez (12,5%) e Sonnenholzner (7,5%).

O pleito acontece no próximo dia 20, de forma antecipada, depois que o presidente Lasso decretou a chamada “morte cruzada”, que decretou a dissolução da Assembleia Nacional e reduziu o tempo de seu próprio mandato.

Vídeo nas redes sociais mostram o momento do atentado.

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Opinião

Câmara de gás nazista: Bolsonaro já comemorou imitando falta de ar do homem negro assassinado por policiais PRF?

Bolsonaro já repetiu a cena em que fez galhofa com quem estava morrendo de covid, sentindo falta de ar, para comemorar o assassinato brutal, cometido por dois policiais da PRF, de um homem negro por asfixia com gás? Já elogiou os assassinos em redes sociais para sublinhar que ele é a grande inspiração para quem comete crimes, blindados pelas instituições do Estado?

O menosprezo pela vida humana no governo Bolsonaro, está em alta. Para dizer a verdade, isso é alma do seu governo.

A sordidez perturbadora com que agentes policiais do Estado desprezaram qualquer sentido humano numa cena de terror absurda, em que um homem foi colocado algemado dentro de uma viatura da PRF e asfixiado com gás até a morte, é a cara de Bolsonaro. É o seu estilo.

Na verdade, esse é o intestino do governo Bolsonaro, é o seu governo por dentro à luz crua do dia. A vítima, um negro tão atacado pelo racismo do governo Bolsonaro, vide a Fundação Palmares nesses tempos de nazibolsonarismo.

Essa é a arquitetura religiosa do cristão Bolsonaro, um homem que diz acreditar em Deus, mas que Deus, sob qualquer hipótese, acredita nele, é o principal fermento da violência instituída nesse país.

Seu gado está esperando ele ir para as redes debochar da falta de ar do homem negro assassinado com gás. Talvez ele faça isso em sua live de hoje, quinta-feira, dia 26.

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