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Centenas de famílias em Gaza fogem de forma caótica após ultimato de Israel; Hamas rejeita ordem

Movimento em massa de civis é feito por uma única estrada; moradores se deslocam a pé, de carro, em motos e caminhões, levando vacas e camelos.

A pé, de carro, em motos e caminhões, levando vacas e camelos, centenas de famílias deixaram o norte de Gaza nesta sexta-feira, depois que Israel ordenou a retirada de 1,1 milhão de pessoas para o sul da cidade, antes de uma possível incursão terrestre do Exército no enclave palestino. O movimento em massa de civis é caótico e extremamente perigoso, já que é feito por apenas uma estrada, em uma das regiões mais densamente povoadas da Cidade de Gaza. O Hamas rejeitou o ultimato e pediu para que os palestinos “se mantenham firmes”, segundo O Globo.

A ordem de retirada inclui toda a Cidade de Gaza e dois grandes campos de refugiados, Jabalya e Beach. Também inclui as cidades de Beit Hanoun e Beit Lahia, ambas adjacentes ao principal ponto de passagem de Erez, no extremo norte da Faixa de Gaza.

Apena na capital, Cidade de Gaza, vivem cerca cerca de 700 mil pessoas — quase metade da população tem menos de 18 anos. Jabalya, o maior campo de refugiados da Faixa de Gaza, tem 116 mil habitantes, e outras 90 mil pessoas vivem no Beach. No total, há pelo menos seis hospitais na região.

Nesta sexta, o porta-voz das Forças de Defesa de Israel, Daniel Hagari, afirmou que os militares estão cientes de que a retirada levará algum tempo. O combustível é escasso e as ruas da Cidade de Gaza estão cheias de escombros após os ataques aéreos israelenses dos últimos dias — e ainda não há sinais de que eles tenham sido interrompidos.

O Hamas ordenou categoricamente a ordem de retirada: “Nosso povo palestino rejeita a ameaça dos líderes da ocupação (israelense) e seus apelos para que deixem suas casas e fujam para o sul ou para o Egito”, afirmou o grupo terrorista em comunicado.

O porta-voz do braço militar do Hamas, a Brigada al-Qassam, instou os moradores de Gaza a “se manterem firmes”. Em uma declaração que foi transmitida pela rede al-Jazeera, Abu Obaida dirigiu-se aos palestinos que vivem em Gaza, e disse que os alertas de Israel eram uma “guerra psicológica” destinada “a criar uma falsa imagem de vitória”.

Já o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, comparou o deslocamento em massa de civis ao exílio de 1948. “Esta seria uma segunda Nakba (catástrofe em árabe) para o nosso povo”, disse Abbas em um comunicado publicado pela Wafa, a agência oficial de notícias palestina.

A Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (Unrwa) afirmou que a ordem de Israel é “horrenda”.

— Isso só causará níveis de miséria sem precedentes e empurrará ainda mais a população de Gaza rumo ao abismo — disse o chefe da Unrwa, Philippe Lazzarini.

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Política

O que vai diluir os efeitos eleitorais da PEC da compra de votos de Bolsonaro é a situação caótica da economia em outubro

Da última sexta-feira pra cá, as frutas, verduras, legumes, carnes e cereais deram um salto.

O sistema financeiro, que manda e desmanda no governo Bolsonaro, provocou um verdadeiro banzé na economia brasileira que estará de cabeça pra baixo, assim como Bolsonaro.

O aumento do Auxílio Brasil que dará a Bolsonaro gás na hora do vamos ver. Esse benefício de R$ 200 a mais, dado pela mão interesseira de Bolsonaro, será retirado em dobro por duas mãos grandes do sistema financeiro, as dos banqueiros e as dos rentistas. Rentistas em que muitos são parte do grande empresariado brasileiro, que hoje tem mais interesse em lucrar com ações do que com produção ou venda.

Isso significa que o dinheiro da última sexta-feira valia 20% mais do que hoje e, certamente, em uma semana valerá o mesmo percentual a menos.

Na verdade, quando esse dinheiro chegar nas mãos dos pobres, chegará manco, sem qualquer poder de compra, além do que se pode comprar hoje com os atuais R$ 400.

Só mesmo um grande otimista pode sonhar que uma economia em acelerada corrosão não vai afetar violentamente o valor desse benefício.

O máximo que Bolsonaro vai conseguir, talvez seja estacionar o seu índice de rejeição nessa parcela da sociedade. Até porque, para piorar, essas pessoas estão sendo avisadas que, depois das eleições, a carruagem vai voltar a ser abóbora.

A conferir.

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