Vera Magalhães e “uma escolha difícil 2”, a marmota

Vera Magalhães, pra variar, tomou uma espécie de novo fôlego para escrever, ao fim e ao cabo, a mesma marmota adiposa que produziu aquele toucinho cheirando a bolsonarismo que escreveu às vésperas do segundo turno de 2018, na disputa entre Haddad e Bolsonaro.

Em síntese, a moça vem com a mesma falsa simetria para enfiar o pé de leve na mesma jaca em que faz um nariz de cera com aquela baba de quiabo toda que já conhecemos, para construir um paralelo entre o governo genocida de Bolsonaro, vincado pelo neoliberalismo imposto pelo PSDB, Dem e mídia e Temer retomou com o golpe em Dilma e Bolsonaro sacramentou com a prisão encomendada de Lula por essa mesma tropa.

Isso deixa clara a tática que a mídia já havia escancarado no mais recente artigo bate entope de Merval Pereira que, além de aconselhar Bolsonaro a mudar de atitude para vencer Lula, ignora o candidato Moro, tendo sua pífia pontuação como favas contadas e que o jeito é abraçar a candidatura de Bolsonaro para ver se o milagre lhe concede a eleição de 2022.

Mas, na verdade, cada qual com o seu artigo maroto, o velho Merval pede a reconciliação do país, mas com Bolsonaro. Afinal de contas, nesses três anos de governo, se ele foi um carrasco para o povo, foi uma fada madrinha, sobretudo para os abutres  do sistema financeiro que nunca viram tanto dinheiro na vida, já que estão livres para cobrar uma taxa pornográfica de juros do brasileiro que, por desespero, toma um empréstimo pagando 1000% de juros ao ano.

Trocando em miúdos para a Verinha Magalhães, se não tem remédio, remediado está. E, neste caso, Bolsonaro tem que continuar porque o show dos bilhões para a banca não pode parar.

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Vídeo: Mandetta tomou a faixa presidencial de Bolsonaro e devolverá quando quiser

“Mandetta vai ou não devolver a faixa presidencial do Bolsonaro até o fim da noite? Façam suas apostas”. (Guga Noblat).

Bolsonaro preparou a bola na marca do pênalti, sem goleiro e, na hora de chutar, amarelou.

Mandetta fica e revoga a demissão do  seu Secretário Nacional de Vigilância em Saúde, Wanderson Oliveira. Não só isso, diz que, enquanto estiver no Ministério da Saúde, ninguém toca na sua equipe, ou seja, desautorizou Bolsonaro,

Dizendo-se defensor das posições da ciência, do SUS e da vida, Mandetta peitou publicamente Bolsonaro.

Todos sabem a posição de Bolsonaro, sobretudo que ele coloca o mercado acima das pessoas sem a menor cerimônia, atropelando toda a comunidade científica para agradar aos abutres do grande capital.

O que ficou claro, no entanto, é que quem foi comido com sobremesa e tudo pelo banquete preparado pelo Planalto não foi Mandetta, mas o próprio Bolsonaro. Mandetta, em sua fala, não economizou na hora de mostrar os músculos, aprofundando a encrenca entre ele e um presidente que, hoje, não tem força sequer para mandar embora um subalterno.

Mandetta é político e tem um faro de quem sabe quando o terreno está mais para ele do que para o adversário. Então, aproveita a credencial para, de forma pouco cordial, pisar na cabeça do inimigo.

Esse foi o tom da coletiva de um ministro que estava com a cabeça a prêmio, mas que no cadafalso transformou-se em algoz de seu carrasco que, certamente, foi desautorizado pela mão invisível da oligarquia.

na verdade, os comentários nas redes sociais, blogs e jornalões já antecipavam a goleada. As críticas a Bolsonaro com a demissão de Mandetta explodiram no mundo digital, deu a escrita, mais uma vez, Mandetta fica, assim como Moro ficou e Bolsonaro sai de mais uma com cara de bundão.

Para quem, ainda hoje, roncou grosso, deu tapa na mesa e gritou que quem manda é ele, Bolsonaro sai mais desmoralizado do que entrou nesse furdunço.

Confira o vídeo:

 

*Carlos Henrique Machado Freitas