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Cinismo, terrorismo e a estranha democracia dos EUA

Sem moral e sem direito, EUA se julgam no direito de declarar como suas as riquezas da América Latina, classificar países como apoiadores do terrorismo e decidir quem deve presidir nações ao redor do mundo.

Nos EUA, tem quem creia que esse país é o dono do mundo. E o pior é que aqueles que creem nisso são os que governam, ou têm em suas mãos as rédeas do Poder. Isso explica o que foi dito pela General do Pentágono, Laura Richardson, Chefe do Comando Sul dos Estados Unidos, que recentemente reiterou uma declaração formulada há alguns meses assegurando que as riquezas naturais da América “lhes pertencem”.

E essa é a política habitual do país do Norte, que se sente no dever de decidir quem deve ser Presidente nos países que têm subjugados, ou busca submeter. Para aplicar as orientações de sua política, a Casa Branca se vale de diversos recursos. Um, é o uso da poderosa ferramenta “dissuasiva” da que dispõe; mas outros são mecanismos de ordem política mediante as quais procura dobrar a resistência que encontra aos seus ditames.

Dessa concepção provém sua conhecida “lista” de Países Promotores do Terrorismo, que publica regularmente, e que hoje inclui Cuba. Cabe, nessa circunstância, formular duas perguntas: que direito tem os Estados Unidos de se colocar à frente de outras nações e dizer quais são as que “promovem o terrorismo”? E quais são os critérios que Washington usa para atribuir essa condição a determinados Estados Soberanos?

A resposta à primeira pregunta é clara: nenhum! Nenhum Estado, por grande e poderoso que seja, está acima de outros, nem pode se colocar na situação de juiz de ninguém. A democracia – seja capitalista ou socialista – parte de um princípio de igualdade que lhe é inerente: ninguém é superior a ninguém.

Sem motivos e sem direito
A segunda resposta é mais subjetiva. Como os administradores do Poder nos Estados Unidos agem em função do interesse do Grande Capital, então “as razões” que usam para julgar a outros correspondem aos propósitos que ele encarna. Por uma e outra razão, então, a “Yanquilândia” não tem direito algum de agir como o faz, nem em relação a Cuba, nem em relação a outros países.

No caso de Cuba, como se sabe, mantêm um brutal bloqueio há mais de 60 anos, mas contra a Venezuela esgrime hoje 920 sanções e contra a Rússia mais de 16 mil. Em todos os casos, a vontade de impô-las corresponde exclusivamente aos interesses que o governo dos Estados Unidos representa.

É claro que, para atuar desse modo, a administração norte-americana usa dois pesos e duas medidas. Agora se intromete na Venezuela, à raiz das eleições presidenciais recentes. E se dá ao luxo de ditar sanções contra a imprensa russa — RT — à qual busca castigar por ter opinado sobre as eleições que acontecem em novembro na terra de Lincoln. É claro que os Estados Unidos não toleram que ninguém se imiscua em seus próprios “assuntos”, apesar das poderosas razões que fluem da realidade.

Dois pesos e duas medidas
Recordemos que, em 2004, as eleições presidenciais nos EUA tiveram resultados tão estreitos entre George Bush e Al Gore que o candidato democrata não as reconheceu e pediu a recontagem dos votos no Estado da Florida, o que não foi aceito. O tema foi para a Corte Suprema, onde por 4 votos a 3 se convalidou uma diferença de 537 votos que “deu a vitória” ao Republicano, que foi proclamado por essa Corte.

Mais recentemente, em 2020, Donald Trump denunciou “fraude” nas eleições na qual Biden ganhou, e até tentou tomar o Capitólio para impor suas vontades. Alguém disse alguma coisa nessa circunstância? Foram questionados esses processos? Foram exigidas “as atas” ou “novas eleições”, como hoje se exige na pátria de Bolívar? Alguém propôs, porventura, reconhecer o “candidato derrotado” como o Presidente eleito dos Estados Unidos? Onde estiveram Mávila Huerta ou Fernando Carvalho, que não tocaram um pito na contenda?

Nada disso aconteceu. E esse país continuou regendo os destinos de todos porque era “a primeira potência mundial”. Deu-se ao luxo, então, de invadir Iraque, Afeganistão, Síria ou Líbia; e assassinar mandatários como Saddam Hussein ou Muamar Gadafi; ou encarcerá-los como Slobodan Milosevic, na Sérvia, ou Manuel Antônio Noriega, no Panamá.

Terrorismo made in USA
Criou cárceres clandestinos, centros de tortura e campos de concentração no Iraque, na Romênia, na Polônia e em outros países. Organizou voos secretos para transferir “prisioneiros” de um continente a outro e encarcerá-los na Base Naval de Guantánamo, em Cuba. Oficializou a tortura, e criou grupos terroristas em distintos países para consumar atentados, colocar bombas e até matar adversários. Não foram atos terroristas os assassinatos de Orlando Letellier, Juan José Torres, Carlos Pratt ou o general Schneider?

Por acaso não foram atos terroristas os consumados por Posada Carriles, ou o assassinato de Fe del Valle no incêndio de “El Encanto”, os 700 atentados contra Fidel, ou a morte do turista italiano Fabio Di Celmo em um hotel de Havana?

*Diálogos do Sul

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Vídeo: Arthur Lira mostrando como funciona e para quem funciona o orçamento secreto, tirado do suor do povo na compra de apoio

Esse projeto que aí está que colapsou o país, do ponto de vista econômico, de saúde e social, com um contingente de mais 10 milhões de desempregados, um número cinco vezes maior de trabalhadores vivendo de bico, mais de 33 milhões vivendo na miséria, além de quase 700 mil brasileiros mortos por covid. E Arthur Lira mostra como o orçamento secreto é usado em benefício próprio nessa lama bolsonarista.

A confissão dessa esbórnia bolsonarista, com orgulho, o roedor ainda diz que rói o osso com Bolsonaro, fazendo lembrar os pastores lobistas que operam para Bolsonaro dentro das igrejas evangélicas em troca de muita grana pública e que Michelle Bolsonaro diz que esse é o lado do bem contra o suposto mal.

Nunca se viu tanto cinismo nesse país por conta de tanta impunidade de um presidente que, simplesmente, alugou as instituições de controle para produzir a esbórnia que quiser sem ser incomodado por ninguém.

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Vídeo: farsa das urnas é o cinismo sem fim dos seus generais

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Vídeo: Sem corar, Flávio Bolsonaro diz que, por engano, votou a favor do bilionário fundo eleitoral

Depois de Bolsonaro promover uma guerra interna no PSL pelo fundo partidário, Flávio diz que votou contra o veto por engano.

A Câmara aprovou um aumento de 120% no fundo eleitoral para 2020, que pode custar mais de R$ 3,8 bilhão ao orçamento público.

Para começo de conversa, Flávio Bolsonaro não foi o único aliado de Jair Bolsonaro a votar pela derrubada do veto presidencial. Entre os que optaram pela revisão do valor do fundo eleitoral na semana passada, estão o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), e o líder do governo no Congresso, Eduardo Gomes (MDB-TO).

A orientação da base do governo era toda para votar pela derrubada do veto, mas depois que foi bombardeado nas redes sociais por ter votado contra o veto da joia da coroa sob as ordens do próprio pai, o piadista Flavio Bolsonaro, que já protagonizou um sem-números de mentiras sobre a sua relação com Queiroz, solta essa pérola, que votou contra o veto por engano, ou seja, a favor da grana milionária e, agora, diz que não tem como voltar atrás, mas que não vai usar essa grana, o que faz com que, até quem acredita em papai Noel, dar gargalhadas.

Pelo menos desta vez, Flávio, o 01 do clã Bolsonaro, não aparece “chorando” e babando na bandeira do Brasil.

Essa gente tem no cinismo sua principal base argumentativa. O que disse ontem, desdiz hoje sem o menor constrangimento e não há dúvidas de que muitos bolsonaristas vão “acreditar” nessa versão comédia do senador e vão repassar para frente, sem falar dos 2 milhões de robôs que estarão a serviço de mais um fake news para engrossar o coro do gado.

“Acho importante deixar meu esclarecimento a todos vocês sobre o meu voto ao veto do fundo eleitoral, o fundão. Eu sou contra sim o fundo eleitoral. Mas acabou que no momento da votação em plenário, na sessão conjunta do Congresso, acabei dando voto para derrubar o veto, quando meu voto deveria ser para manter o veto”, começa Flávio Bolsonaro, que depois conta como acontece a votação em cédula nas sessões do Congresso e mostra a ficha de votação daquele dia aos internautas. “Só nesse dia, foram 259 votos numa folha só. E eu me equivoquei nesse voto específico. Foi uma falha minha, desatenção minha”, afirmou o chefe de Queiroz.

Vídeo sessão comédia:

 

*Da redação