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A novela da prisão do clã Bolsonaro

O caso dos criminosos do clã Bolsonaro virou novela com final indefinido.

Novela vagabunda em que quem decide qual será ser final, é o público. A novela sobre a prisão dos Bolsonaro, virou um troço viciado. Tem todo tipo de aposta e especulação, só não tem justiça concreta quando o assunto é o clã.

O fato é que, diante de um sistema de justiça do aparelho do Estado, com histórico drástico, para as camadas mais pobres da população, sobretudo os negros, que sempre sempre recebeu apoio entusiasta de Bolsonaro e filhos, na ideia de que bandido bom é bandido morto, o que se vê agora, depois de tantos crimes que aniquilaram a vida de mais de 700 mil brasileiros.

Peculato, formação de quadrilha caso Marielle, até hoje indefinido, até porque não se pode esquecer que Ronnie Lessa, que assassinou Marielle e Anderson, morava a 50 passos da casa 58 do Seu Jair, casa em que o porteiro afirmou que ser de lá a liberação da entrada de Elcio de Queiroz.

Não se tem notícia, na história do Brasil, de um sujeito mais criminoso que Bolsonaro, ao passo que também não existe um processo tão azeitado para lidar com um criminoso com esse nível de periculosidade quando o assunto é o clã Bolsonaro.

A pergunta que se faz é, quando esses criminosos de um clã multiuso sofrerão uma punição rápida e eficaz sem embaçar e deixar resíduos com todo o novelesco e restrito caso que, a cada dia, ganha um novo suplemento de formas de crimes e que cada dia a coisa parece mais distante de desfecho real?

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Política

O sonho do clã Bolsonaro era usar Fernando de Noronha como exemplo de privatização das praias brasileiras

Bolsonaro é o típico malandro agulha, que não faz nada que não seja por interesse próprio, isso muito antes de ser político quando ainda estava nas Forças Armadas, cansou de fazer garimpo ilegal em área de preservação.

Como deputado, o cínico, canalha usou a tribuna para fazer campanha rasgada contra os pobres que enchiam as praias cariocas, dizendo que deveria ter um limite para isso. Lógico, o limite estaria na grana dos que poderiam frequentar a praia.

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Impunidade perfumada: Clã Bolsonaro faz bundalelê na cara da justiça

A justiça no Brasil, todos conhecem, afrouxa para os ricos e arrocha os pobres. São as árvores velhas da escravidão que mantêm um horizonte de impunidade para uns e, para outros, a segregação e castigo.

É uma espécie de molecagem jurídica, mas, com tudo o que já se sabe, a tragédia provocada por Bolsonaro no governo, seja o genocídio de 700 mil pessoas, uma fileira de casos, para lá de provados, de corrupção, é algo de que não se tem notícia na história desse país.

O cinismo é tanto, que os bolsonaristas reproduzem com gosto o discurso de Bolsonaro sobre esses dois pilares que se destacam num governo sem qualificação.

Isso é tão verdade que essa choldra acaba de lançar uma marca de perfume, como se esse país não tivesse constituição e, consequentemente, justiça.

Aqui nem se fala de golpe de Estado, comandado por essa mesma escória miliciana e, por mais que se tente acreditar que a justiça no Brasil se move para um processo evolutivo, esse bundalelê que os Bolsonaro fazem com a calça frouxa, por não serem realmente punidos por coisa nenhuma, dá uma enorme desesperança do sistema de justiça.

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Clã PIB Zero

Esse quinteto, que sempre viveu das tetas gordas do Estado, nunca, jamais, em tempo algum, gerou um tostão de PIB para a nação.

O clã Bolsonaro é formado por vagabundos convictos. Sempre operaram como encosto dentro do corpo do Estado em busca de grana e privilégio.

Vejam só, aqui neste texto mantemos uma linha de raciocínio apenas na prática de uma família inteira sanguessuga do país. Gente que, nos quatro anos do governo Bolsonaro, comprou quatro mansões, uma para cada filho, mansões hollywoodianas, muito menos falamos do esquema de peculato e formação de quadrilha, que fez o Coaf acender a luz amarela no esquema, por exemplo, em que o miliciano Queiroz depositava para Flávio e para Michelle. Prática, largamente utilizada por Queiroz, já na época de Bolsonaro.

Aqui estamos tão somente focando numa quadrilha inteira que, na sua história, não teve qualquer participação na construção do PIB do país. Eles são os famosos “venha a nós tudo e ao vosso reino, nada”.

Isso mostra que nunca tiveram qualquer ideologia econômica conservadora ou liberal, como gostam de arrotar. Sempre operaram como um bando de hienas que atacava de corriola os cofres do Brasil, com direito a Bolsonaro dizer que, sempre que pôde, sonegou impostos, impostos estes que o país, através dos brasileiros que de fato suam a camisa e pagam para que o clã Bolsonaro, há mais de três décadas, mama nas tetas do Estado.

Ainda tiveram coragem de discursar pela diminuição e eficácia do Estado, sendo que eles sempre fizeram parte dos problemas do Brasil, que paga muitos aspones como eles para não produzir nada que preste para o país.

Isso causa ainda mais perplexidade quando se sabe que a imensa maior parte desse hospício chamado bolsonarismo, é formada por pessoas com educação superior, gente letrada. Isso nos obriga a fazer uma pergunta inevitável, o que esses letrados leram a vida inteira para serem arrastados para o fanatismo pelo pior tipo de brasileiro, como é a família Bolsonaro.

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Delação aproxima milícia ligada a clã Bolsonaro do assassinato de Marielle Franco

Se o assassinato de Marielle Franco teve como pano de fundo os interesses imobiliários das milícias do Rio de Janeiro na Zona Oeste da cidade, a família Bolsonaro estaria indiretamente envolvida. Além da relação, de conhecimento público, do clã junto às milícias do estado, as milícias que comandavam a Zona Oeste trabalharam com a família do ex-presidente, notadamente com Flávio Bolsonaro.

Em delação à Polícia Federal, o ex-policial militar Ronnie Lessa teria informado a expansão imobiliária das milícias do Rio como uma das motivações para o assassinato da vereadora Marielle Franco.

Marielle teria entrado em choque com grupos milicianos e interessados no setor imobiliário do Rio, informa coluna de Bela Megale, no Globo, desta quinta-feira (21).

A relação com a família Bolsonaro
Reportagem de 2020 de Luis Nassif mostrava um dos pontos de ligação justamente das milícias da Zona Oeste do Rio de Janeiro com a família Bolsonaro. À época, uma Operação da Polícia Federal (Quarto Elemento) foi deflagrada contra os integrantes.

Entre os envolvidos, os milicianos gêmeos Alan e Alex Rodrigues de Oliveira atuaram como segurança de Flávio Bolsonaro. O gêmeo Alex atuou ativamente em eventos de campanha de Flávio Bolsonaro em 2018.

A irmã deles, Valdenici de Oliveira Meliga, foi tesoureira-geral do PSL no Rio, quando o diretório era presidido por Flávio, e foi lotada no ex-Gabinete de Flavio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).

Além disso, Nassif recuperou que os principais chefes do grupo de milicianos alvos da Operação Quarto Elemento, movida pelo Grupo de Atuação Especial ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Rio de Janeiro, foram homenageados por Flávio quando ele era deputado estadual.

“A estratégia econômica das milícias, além da venda de proteção e de gás, são investimentos em terraplanagem e moradias populares”, já expunha o jornalista, na reportagem.

Além dos alvos daquela operação, a milícia do Rio tinha como um dos comandantes o ex-agente do Bope Adriano da Nóbrega, com trânsito livre e amigo da família Bolsonaro.

Também é de conhecimento público que a esposa e a mãe de Adriano, por exemplo, foram contratadas pelo gabinete de Flávio Bolsonaro.

Outros das peças principais apontadas na morte de Marielle, no setor político, a família Brazão – Domingos e Chiquinho Brazão – como o GGN narrou aqui, também tinham bom trânsito junto ao clã Bolsonaro e receberam, inclusive, passaporte diplomático do governo do ex-presidente.

*GGN

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45 parlamentares bolsonaristas entraram com ação contra Janones, escancarando o ódio que nutrem pela fieira de derrotas que sofreram

O bolsonarismo parlamentar já percebeu que vive seus últimos horizontes, quer dizer, já entenderam que não têm como se salvar de uma excreção.

Ou seja, pelo vulcão de complicações que eles têm vivido com a derrota de Bolsonaro, acrescentada a um significativo resultado positivo que as políticas implementadas por Lula têm alcançado.

Essa linguagem intimidatória que eles tentam aplicar em Janones, que ainda nem teve tempo de se defender da tempestade de acusações que sofre de cometer o crime de rachadinha, que deixou famoso o clã Bolsonaro, como uma marca da família, crime esse que não mereceu um pio dessa escumalha fascista, diga-se de passagem.

Agora, os trombeteiros partem para o guincho contra Janones, escancarando que os histriônicos fascistas já perderam a esperança política, porque sabem que serão devorados pelas urnas como destino final em pouquíssimo tempo. Na verdade, estão confessando a derrota como o peru de natal, de véspera. Esse espírito de forra crescente é de quem, horrorizado, percebe que já perdeu.

É completo desespero que chama, diante de uma verdade fatal. O resultado é esse gigantesco porre coletivo do bolsonarismo.

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Política

Em áudios, Queiroz empareda o clã Bolsonaro

Não é de hoje que se sabe que o notório Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro em seu antigo gabinete na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, é um arquivo vivo capaz não apenas de complicar o filho 01 de Jair Bolsonaro, mas também o próprio ex-presidente, de quem foi muito próximo ao longo de anos.

No auge do escândalo das rachadinhas, o ex-assessor desapareceu e fez surgir uma pergunta que ficou marcada na história recente da política nacional: “Cadê o Queiroz?”. Tempos depois, ele foi encontrado pela polícia na casa do igualmente notório Frederick Wassef, um dos principais advogados da então primeira-família da República. Passou um tempo preso, mas logo deixou a cadeia.

caso das rachadinhas, cuja investigação oficial acabou enterrada no Judiciário, entrou para o extenso rol dos escândalos políticos do país que ficam sem punição. Queiroz, porém, continuou a ser um fantasma a assombrar a família Bolsonaro.

Na semana passada, mostramos aqui que ele recorria a Alexandre Santini, ex-sócio de Flávio Bolsonaro em uma loja de chocolates que segundo o Ministério Público foi usada para lavar dinheiro de origem ilícita, para mandar recados e pedir dinheiro. Eram, claramente, pagamentos que ele cobrava do clã para se manter em silêncio.

Agora, a coluna obteve um conjunto de áudios que revelam, em detalhes, a pressão de Queiroz e a maneira como ele ainda empareda os Bolsonaro, sob pena de abrir a boca e trazer à luz os bastidores de sua atuação nas transações heterodoxas em favor do clã.

As mensagens foram enviadas por WhatsApp a Santini quando Queiroz e os Bolsonaro, em razão das investigações sobre as rachadinhas, vinham evitando o contato direto.

Para além de pedir mais dinheiro na forma de “empréstimos” para serem quitados posteriormente não por ele próprio, mas por Flávio Bolsonaro, Queiroz admite que recebeu apoio financeiro, reclama por considerar que não vinha tendo tratamento igual ao de outros aliados dos Bolsonaro e diz, sem reservas, ter conhecimento de vários rolos relacionados à família.

O problema não é só dinheiro

Era fim de 2022. Fabrício Queiroz procurou Alexandre Santini porque estava precisando de socorro financeiro. Ele não sabia, mas Santini estava rompido com Flávio Bolsonaro. Os dois se aproximaram quando Flávio ainda era deputado estadual no Rio. Tornaram-se amigos. No auge do caso das rachadinhas, no qual ambos estiveram sob investigação do MP – Queiroz como operador do esquema e Santini como sócio da loja da Kopenhagen –, era por meio dessa conexão que o ex-assessor de Flávio mantinha contatos com a então família presidencial para pedir proteção e dinheiro.

Queiroz diz estar passando por dificuldades (“Você não tem noção da fogueira que eu tô pulando”), reclama que não teria sido suficientemente amparado e se gaba da lealdade ao clã. Dirigindo-se a Santini, ele afirma: “Se acontecesse com você o que aconteceu comigo, você bancava até o final também, (porque) tu é homem”.

Ameaça explícita
Os áudios mostram que a família de Fabrício Queiroz estava habituada a pedir auxílios de todo tipo a pessoas da estrita confiança do clã Bolsonaro. Até para pagar mensalidades da faculdade dos filhos o ex-assessor esperava contar com a ajuda da turma. Neste áudio, Queiroz conta que sua mulher havia procurado Victor Granado, ex-assessor de Flávio Bolsonaro, pedindo dinheiro para colocar em dia os boletos do curso de uma de suas filhas, Evelyn Mayara. “Acumula, fica seis meses, ela liga, se não (pagar) ela não pode renovar a matrícula. Eles (referindo-se aos filhos de Jair Bolsonaro) fizeram faculdade, eles são tudo (formados em) faculdade particular, eles sabem como é que funciona isso”, queixa-se.

Soldado do clã

Ao se referir, mais uma vez, a outros aliados da família que estariam com a vida resolvida, Queiroz aponta a nomeação da mulher de Victor Granado no gabinete de Flávio no Senado (Mariana Frassetto Granado ocupa cargo comissionado desde 2019, com salário de pouco mais de R$ 20 mil) e diz que o próprio Granado teria parceria milionária com uma das advogadas de confiança do senador.

“A mulher do Victor tá lá pendurada no gabinete ganhando 20 mil, o Victor tá com um contrato milionário com a Luciana… Eu não sou otário, pô, eu sei de tudo, entendeu?”, diz. Ele afirma ainda ter informações de que vinha sendo criticado pelos filhos de Jair Bolsonaro e ameaça: “Eu quero falar isso com o amigo (Flávio), frente a frente. Porque, se for verdade, eu vou pro pau mesmo. Foda-se, eu sou homem pra c.”.

*Reportagem do Metrópoles

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Política

Além de joias, clã Bolsonaro negociou imóveis e outros bens nos Estados Unidos, conta Helena Chagas

De acordo com a jornalista, Brasília espera revelações “bombásticas” do FBI em relação às investigações contra Bolsonaro e auxiliares.

A jornalista Helena Chagas contou nesta quinta-feira (31) pelo X, antigo Twitter, que paira em Brasília um clima de suspense pelas informações de que o FBI, Departamento Federal de Investigação dos Estados Unidos, fará revelações “bombásticas” sobre os inquéritos no Brasil que têm como alvo Jair Bolsonaro (PL) e seus auxiliares.

“Vocês podem me cobrar depois. Mas uma fonte bem informada me contou há pouco que a República está com a respiração suspensa aguardando novidades importantes, tipo bombásticas, nas investigações que têm Bolsonaro e cia no alvo. E elas não viriam da PF [Polícia Federal], mas do FBI, que teria descoberto, nos EUA [Estados Unidos], que a turma não negociou apenas joias, mas também imóveis e outros bens na terra de Tio Trump”, publicou.

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Opinião

Por que a CPI nunca convoca um único membro do clã Bolsonaro?

Quaisquer dados cruzados de qualquer investigação aceita como fato real e verdadeiro o envolvimento do clã Bolsonaro em grossa corrupção.

Ninguém do campo bolsonarista conseguiu induzir uma única alma duvidosa que há ao menos hipótese de Bolsonaro não ser o corrupto que é.

O fato de negar a própria finalidade de suas ações corruptas não favorece a existência de corrupção permanente durante seus quatro anos de mandato em razão de seu comando na presidência da República, é gritante.

Ou seja, todas as palavras de descredibilidade, de imoralidade, são particularmente insuspeitas quando voltadas às práticas de Bolsonaro e seu clã. Não há fato duvidoso, incerto, hipotético, do contrário teria sido desmascarado.

Bolsonaro usou a presidência da República como um grande negócio pessoal. Diante dessa descoberta escancarada, ele segue numa posição privilegiada de não ser incomodado por ninguém, muito menos pela CPI dos atos golpistas. Mesmo com o acúmulo de provas de que foi dele a manete que comandou as ações terroristas que ocorreram no 8 de janeiro, que trazem sua assinatura profissional, Bolsonaro, denunciado pelos fatos, segue livre, leve e solto.

Então, fica a pergunta, o que está por trás dessa grave falha da CPI, que sequer o convoca, exercendo o papel de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito?

Isso se transforma em território minado para os membros da CPI? Isso é plausível diante da soberana soberba de um crápula, genocida, que não é de fato incomodado pelas leis desse país?

O que se verifica é que existe uma certa lei individual para lidar com Bolsonaro, quando a justiça e os parlamentares da CPI deveriam tê-lo convocado primeiro.

Bolsonaro, que aniquilou mais 700 mil vidas de covid, cumprindo a promessa de deixar a população se contaminar em nome de uma suposta imunidade de rebanho, está aí impune. E o desfecho da guerra contra a população ficou sem final.

E assim, parece que segue a sua participação nenhuma na CPI para ter o mesmo desfecho e nada acontecer com ele que, certamente, está protegido por algum poder oculto.

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Política

General Heleno mentiu ao Congresso sobre uso de aviões da FAB pelo clã Bolsonaro

Então ministro do GSI afirmou, em 2019, que família havia usado jatos oficiais apenas duas vezes. No período, porém, foram 8 viagens.

Um cálculo matemático básico e uma checagem simples em documentos oficiais dá o resultado: o general Augusto Heleno Ribeiro, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) no governo de Jair Bolsonaro, mentiu ao Congresso Nacional ao afirmar que, até outubro de 2019, só tinham ocorrido “dois apoios de deslocamento” a familiares do então presidente da República.

A prova de que o ministro não disse tudo está em dados oficiais do próprio GSI aos quais o Metrópoles teve acesso. O número correto é o quádruplo do que ele informou: foram, na verdade, oito voos.

O Ofício 463/2019 foi enviado por Augusto Heleno no dia 4 de outubro de 2019 à Câmara, em resposta a um requerimento de informação feito pelo então deputado federal Marcelo Calero sobre o uso de dois helicópteros oficiais para levar parentes do então presidente ao casamento de seu filho 03, o também deputado federal Eduardo Bolsonaro. A festa ocorreu no Rio de Janeiro, no dia 25 de maio daquele ano.

Heleno respondeu aos questionamentos de Calero citando normas que permitiam que as aeronaves fossem empregadas. Ao final, afirmou que, “mesmo com essa prerrogativa, o transporte de membros da família do senhor presidente não tem sido rotineiro, tendo ocorrido, até a presente data, somente dois apoios de deslocamentos da primeira-dama em aeronave da FAB, no trecho Brasília-Rio de Janeiro-Brasília”.

As planilhas oficiais do GSI, porém, mostram que o número não estava correto (veja galeria abaixo). Até a data do documento assinado pelo general, Michelle Bolsonaro já havia feito ao menos sete voos classificados na categoria “DISP PR” – é quando as aeronaves estão à disposição para serviços de interesse da Presidência.

Planilha do GSI mostra voos de Michelle Bolsonaro em jatos da FABA primeira parte da planilha com os voos de Michelle no período: viagens ao Rio Reprodução

Planilha do GSI mostra voos de Michelle Bolsonaro em jatos da FAB

A segunda parte da planilha: ao lado, a lista de convidados nos voos da primeira-dama Reprodução

Na resposta ao Congresso, Heleno afirmou que Michelle havia usado aviões da FAB em apenas dois deslocamentos

Assinatura eletrônica do general Augusto Heleno Ribeiro em documento enviado à Câmara dos Deputados sobre voos da família Bolsonaro em aviões da FAB

A assinatura de Heleno no documento enviado à Câmara dos Deputados Reprodução

“Nada tenho a explicar”, diz general
Na resposta enviada ao Congresso, o general Heleno afirmou ainda que as viagens foram feitas “sem o dispêndio adicional de recursos públicos”, dando a entender que Michelle aproveitou aeronaves que já estariam, por razões oficiais, indo para o mesmo destino que ela. Os chamados voos “DISP PR”, no entanto, não estão nessa categoria.

O ofício enviado ao Congresso pelo general, apesar de mencionar textualmente “dois apoios de deslocamentos”, é impreciso ao não esclarecer se os dois apoios se referem a dois voos simplesmente ou a duas viagens de ida e volta entre o Rio e Brasília, o que significaria quatro voos. Ainda assim, mesmo que estivesse se referindo a dois deslocamentos completos, com as aeronaves indo ao Rio e voltando para Brasília, Heleno passou longe do número real.

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