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Empresas estatais registram maior lucro da história desde 2008

Dados são do 13º Balanço das Empresas Estatais Federais, divulgado pela Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais, do Ministério da Economia.

Com menos três companhias, que foram privatizadas, queda de 13,4% no número de funcionários, entre 2015 e 2019 e redução de despesas com empregados, corrigidas pela inflação, de 1,2%, o equivalente R$ 2,1 bilhões na folha de pagamento, somente com demissões voluntas empresas estatais tiveram o maior lucro da história, desde 2008, de acordo com os dados do 13º Balanço das Empresas Estatais Federais, divulgado pela Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais, do Ministério da Economia.

“O resultado foi impulsionado principalmente pelo Grupo Petrobras, cujo lucro líquido passou de R$ 26,7 bilhões, em 2018, para R$ 41 bilhões”, ressaltou Amaro Gomes, secretário de Coordenação e Governança das Empresas Estatais. Importante lembrar, segundo o secretário, que a petroleira em 2016 e 2017 teve rombos de R$ 13 bilhões e R$ 1,7 bilhão, respectivamente.

Outro destaque foi o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que evoluiu de R$ 6,7 bilhões, para R$ 17,7 bilhões no resultado líquido. O Grupo Caixa também subiu de R$ 10,4 bilhoes para R$ 21,1 bilhões. O Banco do Brasil elevou o resultado de R$ 12,9 bilhões para R$ 18,2 bilhões. Já o Grupo Eletrobras teve resultado positivo menor: dos R$ 13,3 bilhões, para R$ 10,7 bilhões, em 2019.

Elas tiveram lucros maiores, mas pagaram também mais dividendos aos acionistas, no total de R$ 27,7 bilhões, o maior montante desde 2013 (R$ 27,8 bilhões), embora inferior ao pico, que foi em 2012, quando o montante pago de dividendos chegou a R$ 30,4 bilhões. A política de pessoal, segundo o secretário-Adjunto de Coordenação e Governança das Empresas Estatais, Ricardo Faria, foi um dos fatores relevantes para os resultados.

Pessoal
O quadro de contratados e efetivos teve redução de 13,4% entre 2015 e 2019, de 550.112 funcionários, para 476.644 (menos 73.468 profissionais), motivado pelos planos de demissão voluntária (PDVs), além dos óbitos e aposentadorias. Entre 2018 e 2019, a queda foi de 3.5% no total. Saíram do guarda-chuva da União 18.275 empregados (eram 494.919, em 2019). Grande parte dos Correios, que teve redução de 5,6% no número de funcionários (5,9 mil pessoas), seguido do Banco do Brasil (-4,2%), que desligou 4,2 mil empregados.

“Da redução total do quantitativo de pessoal das estatais, cerca de 3.500 posições decorreram das desestatizações do período, e o restante foi, em grande parte, resultado da implementação de programas de desligamento voluntário de empregados (PDVs), cuja estimativa de economia na folha de pagamentos é da ordem de R$ 2,10 bilhões”, informou.

O documento aponta, ainda que, quanto às despesas de pessoal – que incluem outros custos/despesas além da folha de pagamento – em relação ao ano de 2018, houve um acréscimo de R$ 2,8 bilhões (3%), em valores nominais, considerando apenas as empresas não dependentes. “Em valores reais, ajustados pelo IPCA, houve redução da ordem de 1,2%”.

Números totais
No conjunto, as estatais registraram lucro de R$ 109,1 bilhões, em 2019, com alta de 53%, em relação a 2018 (R$ 71,3 bilhões). No período, o destaque no desempenho financeiro foi incentivado, principalmente, pelas companhias do setor financeiro (R$ 59 bilhões, contra R$ 31 bilhões em 2018) e do setor produtivo (R$ 51,9 bilhões e R$ 39,2 bilhões no ano anterior). As dependentes do governo – com controle acionário direto da União –, ao contrário, após um resultado positivo de R$ 1,1 bilhão em 2018, despencaram para um prejuízo de R$ 1,8 bilhão, no ano passado.

O Brasil tem 200 empresas estatais federais ativa, entre elas 46 com controle acionário direto da União, sendo 18 dependentes do caixa do Tesouro Nacional. Eram 203, em 2018. “Nessa edição, contabiliza-se a redução de três estatais: Amapari Energia S.A. (reclassificada), Conecta – Conecta S.A. (transferida), Distribuidora de Gás Montevideo S/A (transferida)”, informa o balanço do Ministério da Economia.

Até dezembro de 2019, o executado do Programa de Dispêndios Globais (PDG – conjunto de informações econômico-financeiras das não dependentes) das empresas estatais federais totalizou R$ 2,33 trilhões. Até dezembro de 2019, as empresas estatais federais executaram 45,7% do Orçamento de Investimentos aprovado para o ano. Os grupos Petrobras e Eletrobras representaram 92% do investimento das estatais federais, até dezembro de 2019. O Grupo Setor Financeiro teve o maior nível de execução até dezembro de 2019 com 56,5%, seguido pelo Grupo Eletrobras com 50,5%. O setor financeiro investiu R$ 3,2 bilhões, no ano de 2019.

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Vendas líquidas do Tesouro Direto têm segundo maior valor da história

As vendas de títulos do Tesouro Direto superaram os resgates em R$ 2,462 bilhões em novembro deste ano. De acordo com dados divulgados nesta quinta-feira (26) pelo Tesouro Nacional, é o segundo maior valor da série histórica, atrás do recorde do mês de outubro último, quando as emissões líquidas de títulos atingiram R$ 2,528 bilhões.

No mês passado, as vendas de títulos atingiram R$ 5,764 bilhões. Já os resgates totalizaram R$ 3,302 bilhões, sendo R$ 3.109 bilhões relativos às recompras e R$ 192,5 milhões aos vencimentos, quando o prazo do título acaba, e o governo precisa reembolsar o investidor com juros.

Os títulos mais procurados pelos investidores foram os vinculados à inflação (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA), que corresponderam a 43,4% do total. Já os papéis corrigidos pela Selic – a taxa básica de juros – tiveram participação de 40,4% nas vendas, enquanto os prefixados – com juros definidos no momento da emissão – representaram 16,2%.

Os títulos vinculados à inflação têm atraído os investidores por causa da expectativa de alta da inflação oficial nos próximos meses. O interesse por papéis vinculados aos juros básicos também é justificado pelo alto nível da Selic. A taxa, utilizada para conter a inflação, está em 12,25% ao ano e pode ser elevada a 14,25% ao ano até março de 2025, consolidando um ciclo de contração na política monetária. Com a expectativa de novas altas, esses papéis continuam atrativos.

O estoque total do Tesouro Direto alcançou R$ 150,8 bilhões no fim de novembro, com aumento de 2,5%, na comparação com o mês anterior (R$ 147 bilhões), e de 19,5% em relação a novembro do ano passado (R$ 126,2 bilhões).

Investidores

Quanto ao número de investidores, 317.934 novos participantes cadastraram-se no programa no mês passado. O número de investidores atingiu 30.553.287, alta de 14,8% nos últimos 12 meses. O total de investidores ativos – com operações em aberto – chegou a 2.776.336, aumento de 13,6% em 12 meses. No mês, o acréscimo foi de 77.910 investidores ativos.

A procura do Tesouro Direto por pequenos investidores pode ser observada pelo considerável número de vendas até R$ 5 mil, que corresponderam a 81,5% do total de 840.211 operações ocorridas em novembro. Só as aplicações de até R$ 1 mil representaram 58,4%. O valor médio por operação foi de R$ 6.859,84.

Os investidores têm preferido papéis de curto prazo. As vendas de títulos com prazo de até cinco anos representaram 73,3%. Já aquelas com prazo de cinco a dez anos são 4,8% do total. Os papéis de mais de dez anos de prazo chegaram a 21,8% das vendas.

O balanço completo do Tesouro Direto está disponível na página do Tesouro Nacional na internet.

Fonte de recursos

O Tesouro Direto foi criado em janeiro de 2002 para popularizar esse tipo de aplicação e permitir que pessoas físicas adquirissem títulos públicos diretamente do Tesouro Nacional, via internet, sem intermediação de agentes financeiros. O aplicador só precisa pagar uma taxa semestral para a B3, a bolsa de valores brasileira, que tem a custódia dos títulos.

Mais informações podem ser obtidas no site do Tesouro Direto.

A venda de títulos é uma das formas que o governo tem de captar recursos para pagar dívidas e honrar compromissos. Em troca, o Tesouro Nacional se compromete a devolver o valor com um adicional que pode variar de acordo com a Selic, os índices de inflação, o câmbio ou uma taxa definida antecipadamente no caso dos papéis prefixados.

Fonte: Agência Brasil

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Região Norte registra maior tremor de terra da história do Brasil

Com 6,6 graus na Escala Richter, o abalo ocorreu a 614,5 km de profundidade, o que permite a dissipação da energia e a inexistência de danos.

A Região Norte registrou, nesse sábado (20/1), o maior tremor de terra da história do Brasil. Com 6,6 graus na Escala Richter, segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos, o terremoto ocorreu às 18h31 no horário de Brasília, 16h31 no horário local, segundo o Metrópoles

Embora o Serviço Geológico dos Estados Unidos informe que o terremoto tenha ocorrido em Tarauacá, no Acre, as coordenadas exatas do tremor apontam para uma área isolada em Ipixuna, no Amazonas.

Até agora, não há registro de danos. Isso porque o abalo ocorreu a 614,5 quilômetros de profundidade, o que permite a dissipação da energia. Segundo os geólogos, um tremor nessa profundidade dificilmente é sentido pela população.

Em 7 de junho de 2022, Tarauacá, no noroeste do Acre, tinha registrado um abalo de 6,5 graus, o segundo maior tremor da história do país. Na ocasião, o terremoto não deixou vítimas, nem danos materiais.

Os tremores ocorrem porque a região está próxima da Cordilheira dos Andes, uma das zonas com maior atividade sísmica do planeta. Nos últimos 45 anos, houve cerca de 96 abalos sísmicos em um raio de 250 quilômetros de Tarauacá, segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos, nenhum com consequências graves.