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Justiça

Veja imagem: Mauro Cid guardava no celular arquivo com declaração de estado de sítio no Brasil

O tenente-coronel Mauro Cid compartilhou em seu celular uma minuta de um texto de anúncio da declaração de estado de sítio no Brasil. O documento foi enviado pelo próprio ajudante de ordens e contava com três páginas argumentando sobre a situação política do país. O final do texto era marcado pela declaração de um estado de sítio e a decretação da Operação de Garantia da Lei e da Ordem. Abaixo, a página final do documento, publica O Globo:

Ao todo, a declaração conta com três páginas e faz uma longa análise do cenário. Trechos do texto indicam que se tratava de um esboço que estava sendo preparado, como a indicação de incluir novos pontos. Na página final, por exemplo, há a inscrição “[Aqui, tratar de forma breve das decisões inconstitucionais do STF]”, um aviso de que aquilo seria incluído posteriormente.

A declaração de estado de sítio está no último parágrafo do texto. A declaração termina em primeira pessoa e com uma expressão típica do ex-presidente Jair Bolsonaro, “dentro das quatro linhas”.

“Afinal, diante de todo o exposto e para assegurar a necessária restauração do Estado Democrático de Direito no Brasil, jogando de forma incondicional dentro das quatro linhas, com base em disposições expressas da Constituição Federal de 1988, declaro o Estado de Sítio; e, como ato contínuo, decreto Operação de Garantia da Lei e da Ordem”, afirma o texto. Na imagem, o restante da declaração é coberto com outro papel.

Em nota, os advogados Bernardo Fenelon e Bruno Buonicore, que defendem Cid, afirmaram que “por respeito ao Supremo Tribunal Federal, todas as manifestações defensivas serão feitas apenas nos autos do processo”.

Página final do documento que estava guardado no celular de Mauro Cid

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Cotidiano

A assombrosa declaração do autor da chacina em Sinop

Edgar Ricardo de Oliveira, o empresário bolsonarista de 30 anos detentor de um registro de CAC (colecionador, atirador e caçador) que matou sete pessoas usando uma escopeta calibre 12, junto com um comparsa, num bar de Sinop (MT), na terça-feira (21), entre elas uma menina de 12 anos, só porque perdeu uma aposta num jogo de sinuca, se entregou na manhã desta quinta-feira (23) e já deu algumas declarações sobre o macabro crime. Entre elas, uma em que se coloca como “misericordioso”, mesmo tendo protagonizado uma ação bárbara que revoltou o Brasil.

Nas imagens registradas no estabelecimento onde ocorreram os múltiplos homicídios, fica claro que das nove pessoas presentes no local, sem contar os dois atiradores, apenas duas se safam. Uma é um homem que consegue correr assim que os disparos se iniciam e em alta velocidade e a outra é a mãe de Larissa Frasão de Almeida e esposa de Getúlio Frasão Junior, que depois de ver a filha e o marido destroçados pelos tiros de escopeta fica jogada no chão, relativamente próxima aos assassinos, que não atiram nela.

De acordo com a versão apresentada pelo assassino no momento da prisão, que informalmente já admitiu a autoria de todas as mortes, embora tal iniciativa fosse desnecessária, visto as imagens que circularam o mundo mostrando seu protagonismo na chacina, ele não atirou na mulher caída no chão “para poupá-la” e que ainda determinou a Ezequiel Souza Ribeiro, o comparsa que estava com uma pistola, “que não atirasse nela”. Edgar disse ainda que “não era para ter acertado a pré-adolescente”.

Ezequiel foi morto na quarta-feira (22), após se esconder numa área próxima ao aeroporto de Sinop e supostamente reagir a uma operação realizada pelo BOPE da Polícia Militar do Mato Grosso, que o atingiu com vários tiros. Ele chegou a ser levado para um hospital, mas já chegou morto à emergência.

Se entregou para não morrer

O bolsonarista Edgard Ricardo de Oliveira, protagonista da chacina que deixou sete mortos em um bar de sinuca em Sinop, no chamado “nortão” do Estado, se entregou na manhã desta quinta-feira (23) à polícia. Ele prestou depoimento na delegacia da cidade por várias horas.

Edgar foi acompanhado do advogado Marcos Vinicius Borges, que havia pedido a presença da mídia para que seu cliente pudesse se entregar de forma “pacífica”.

“Nós até queremos que tenha o acompanhamento da mídia. Uma das exigências da defesa é que possamos acompanhá-lo na viatura e no procedimento na Polícia Civil”, disse o advogado à página Sinop Urgente, no Facebook, nesta quarta-feira (22).

Na sequência, o assassino, que é CAC e apoiador ferrenho de Jair Bolsonaro (PL), aparece efetuando os disparos à queima roupa e matando as pessoas que estavam no local. Antes de sair, Edgar ainda recolhe, em cima da mesa de sinuca, o dinheiro que perdeu na aposta.

*Com Forum

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Opinião

Por que Carla Zambelli traiu Bolsonaro?

O que essa criatura chamada Carla Zambelli de fato quer com seu comunicado de que está abandonando Bolsonaro?

Sim, esse é o ponto que Carla Zambelli não esclarece em sua entrevista à Folha, o que acaba por produzir milhões de contos sobre essa aventureira que já se deslocou oficialmente para todo lado dentro da geografia política.

No final de sua entrevista, Zambelli embaraça suas intenções. Depois de colocar Bolsonaro na banca de promoção do sebo, a deputada propõe que algum membro do clã seja aproveitado potencialmente para substituir Jair Bolsonaro.

Ou seja, de cara, nesse vão especulativo, Zambelli aposentou Bolsonaro, justo o diretor-geral do departamento terrorista dos fascistas. Ela exigiu que virasse a página das urnas eletrônicas e orientou seus eleitores a reconhecerem a vitória  de Lula.

Claro, a camorra do Vivendas da Barra entendeu que ali não existia qualquer boa fé.

Mas é difícil extrair a verdade desse submundo. A primeira conclusão que se chega é a de que a carta revelação de Zambelli tinha partitura pronta, formato e destino. E não são os fregueses novos do bolsonarismo que ela pretende fomentar.

Na realidade, se tirar pela cartilha de Steve Bannon, seguida à risca pelo clã Bolsonaro, até um jogo casado entre Zambelli e Bolsonaro, entra na possível hipótese, seguindo a principal regra do bruxo político, Trump para se manter na mídia, mais que isso, pautando a mídia, mesmo que artificialmente produza falsos escândalos para não sumir das manchetes nacionais.

Por que Zambelli se resignaria com o resultado das urnas? O valor bruto dessa declaração está lhe custando uma sova digital que ela conhece bem, pois já emprestou seu talento para as maiores farsas, mentiras e futricas baratas criadas pelo gabinete do ódio.

O negócio era manter Bolsonaro em garrafais, ao estilo, fale bem ou fale mal, mas fale de mim.

Se levar ao pé da letra, não dá para eliminar a hipótese de isso não passar de uma tentativa de ressurreição política de Bolsonaro. Para tanto, basta uma cossegazinha para que a coisa ganhe uma coceira verde e amarela.

Na verdade, Carla não trouxe nenhum fato novo para quem já se declara presa preventivamente. Com certeza é uma declaração também ensaiada.

É difícil imaginar que tipo de raciocínio vai na cabeça de uma pessoa absolutamente sem escrúpulos, mas pode sim ter na intenção de Carla Zambelli a busca para aferir a temperatura da volta ou não de Bolsonaro. Isso cheira a um pedido de passaporte, sondando, através dos ataques que venha a receber, se Bolsonaro segue mito com capacidade de mobilizar ou não seu gado mais fiel.

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Agrava a situação de Flávio Bolsonaro: MP afirma que ele confessou ter lucrado 82% a mais do que declarou

A situação do senador Flávio Bolsonaro agrava-se a cada dia, com repercussão direta sobre a situação política de todo o clã. Agora, o Ministério Público do Rio constatou que ele retirou de sua empresa R$ 793,4 mil de receita nos três primeiros anos de atividade da loja de chocolates, 82% mais que o lucro declarado pela Bolsotini à Receita (R$ 435,6 mil).

Além disso, ele recebeu quase o dobro dos lucros da Bolsotini Chocolates e Café em relação a seu sócio, que tem a mesma participação na empresa.

De acordo com o MP-RJ, Flávio disse ter retirado R$ 793,4 mil de receita nos três primeiros anos de atividade da loja de chocolates, inaugurada em 2015. Só que a própria Bolsotini informou, em declarações de informações socioeconômicas e fiscais (DEFIS) relativas ao Simples nacional, que Flávio obteve, na verdade, R$ 435,6 mil no período. Segundo o MP, a Bolsotini não apresentou declaração de Imposto de Renda na mesma época.

A investigação também aponta divergências nas retiradas de Alexandre Santini, responsável por metade da sociedade com Flávio Bolsonaro. De acordo com os documentos, Santini declarou lucros de R$ 288,9 mil, valor mais de R$ 24 mil abaixo da transferência que a Bolsotini informou à Receita Federal.

Considerando os valores efetivamente retirados pelos dois sócios, o MP conclui que Flávio obteve quase R$ 500 mil a mais do que Santini nos três anos iniciais de atividade da loja. O valor equivale à cota de participação que deveria ter sido paga por Santini na empresa. Por outro lado, o MP não identificou aportes do sócio de Flávio até o fim de 2018. informam os jornalistas Bernardo Melo e Juliana Casto em O Globo.

 

 

*Com informações do 247