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Por vias tortas, Bolsonaristas provam que Moro, por ser mau-caráter, condenou Lula sem provas

Na arte da política, até os objetivos dos idiotas têm utilidade. Com o rebanho bolsonarista, não é diferente.

A fúria prometida contra traidores da milícia não é só febril e grosseira como de costume, ela está incumbida de não só desancar os traidores, mas bani-los, exterminá-los da vida política e salgar seus túmulos.

Para tal propósito, não há limites para transformar uma pessoa pública em trapo, sem presente, sem passado e sem futuro.

Aqueles olhos deslumbrados dos bolsonaristas mais fieis à mentalidade selvagem de Bolsonaro para Moro, acabaram. Moro, agora, para eles é apenas um nada.

Nem um rastro de sua passagem pela política deve ficar de pé. A visão do conjunto de sua obra tem que ser desqualificada à exaustão para que sua imagem seja dizimada do senso comum.

O intercâmbio entre os mundos de bolsonaristas e moristas, acabou, agora é guerra santa e toda a ferocidade dos amantes do “mito” já está nas redes e ruas contra Moro.

Nada do que ele politicamente plantou nesses 5 anos de Lava Jato, pode sobreviver. Tudo, hoje, é terreno perdido para o ex-herói que, agora, transformou-se no pior dos traidores da “pátria amada”.

Do lado bolsonarista, o cometa Moro, assim concebido por sua principal pintura, aquela que lhe deu o apogeu da fama de “caçador de corruptos”, é passado. O nome dessa obra é “prisão de Lula”, que teve todas as honras oficiais da Globo pelo feito exemplar, segundo a régua dos Marinho.

Do lado do rebanho bolsonarista, claro, não foi diferente.

Como agora jogarão carvão na fogueira para queimar Lula e fortalecer a imagem do traidor Moro, concorrente de primeira hora à cadeira do “mito” na base da rasteira?

Esse capital, Moro já perdeu. Não tem apelação.

O cometa ficou isolado, assim como isolada também ficou a sua narrativa contra Lula no mundo em que ele se criou. Até o facho de luz foi extinto pelos mugidos do gado nas redes.

Moro agora, no mundo encantado do gado premiado, é tratado como mentiroso, desonesto, traidor, manipulador, enganador, gabola, caviloso, corrupto, ardiloso, dissimulado, farsante, e por aí vai.

Ou seja, o embusteiro de Curitiba, o medalhonado juiz herói virou sinônimo de safado, X9. Isso, no barato, porque a artilharia contra ele vai ser pesada. A milícia não economiza munição para executar os alcaguetes, é selva. É a lei do tribunal do crime.

Assim, a cabeça de Lula como o grande troféu de Moro, não tem mais valor algum, ao contrário, o sentimento da sociedade será cada vez maior de que Moro arquitetou a condenação e prisão de Lula, usando as mesmas armas que usou contra Bolsonaro, porque a coisa acaba ganhando um caráter só, o da fisionomia indiscutível de que ele, sem máscara de herói, é apenas um grande vigarista.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Ministro da Saúde Nelson Teich, falou como ministro da Indústria e Comércio em sua 1ª coletiva

Nelson Teich, falou como ministro da Indústria e Comércio ou coisa que o valha. Aquilo é tudo, até gerente de loja, menos ministro da saúde.

Terminou a coletiva sem dizer nada sobre um plano de combate ao coronavírus, nada. O que ele fez foi culpar os doentes pela paralisação da economia.

Combate à pandemia? Que pandemia?

O ministro da Saúde disse que pouco se sabe sobre a Covid-19 e, assim, não tem muito o que falar e fazer.

Sabe que o general Pazuello atuará na Secretaria Executiva do Ministério da Saúde e mais não disse.

Bolsonaro trocou um ministro da Saúde por um ministro da doença. Grosso modo é isso que podemos falar.

Nelson Teich não se preocupou em mostrar um plano de ação digno de um Ministério da Saúde. Nada falou sobre a OMS, não traçou um fio qualquer entre sua gestão e a pandemia de coronavírus. Sua preocupação foi única e exclusivamente defender o fim da quarentena e afrontar os brasileiros, incluindo os médicos, enfermeiros e todos os profissionais da saúde que estão na linha de frente e sofrendo pesadamente com a expansão da Covid-19 no Brasil.

Ele ainda teve pachorra de fingir que Bolsonaro não foi cansativamente avisado que o sistema de saúde, entrando em colapso, afetaria todos outros pacientes portadores de outras doenças. Desonesto, Teich tentou usar esse argumento contra o coronavírus, melhor dizendo, quis fazer crer que a preocupação da imprensa e dos profissionais da saúde era apenas com a Covid-19 e não com o sistema que está a um passo de de entrar em colapso.

Ou seja, Bolsonaro arrumou um ministro da Saúde tão cínico quanto ele.

Mais 5 minutos e ele lançaria uma promoção nas lojas do Veio da Havan. Trocando em miúdos, em sua fajuta justificativa de que, sem dados objetivos sobre o vírus, nada pode ser feito, e para que o país fique imune à doença, demorará mais de um ano, a economia não poderia esperar e, portanto, todos devem voltar a trabalhar, mesmo correndo risco de vida.

Nelson Teich, com esse argumento estúpido, não oferece nenhuma escolha para a sociedade brasileira que não o cadafalso.

Resumindo, o ministro da Saúde tratou como algo banal os infectados, os doentes e os que foram a óbito pelo coronavírus, sem respeitar as vítimas e, muito menos seus familiares, comportando-se não como médico, menos ainda como ministro da Saúde, mas como um analista de negócios em que o pensamento que impera são as relações comerciais subordinadas à economia em nome da desgraça que se abate sobre o país.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas