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Vídeos: A impressionante devastação do Furacão Idalia na Flórida

O furacão Idalia atingiu, por volta das 9h [horário de Brasília] nesta quarta-feira (30), a costa perto de Keaton Beach, em Big Bend, na Flórida, inicialmente como uma tempestade de categoria 3, com ventos máximos sustentados de 190 km/h e rajadas ainda mais altas, informou o Centro Nacional de Furacões dos EUA (NHC). É a tempestade mais forte a atingir a região em mais de 125 anos.

Ao avançar pelo território, a tempestade perdeu força, sendo considerado, por volta das 10h [horário de Brasília], um furacão de categoria 2.

Cedar Key, na costa do Golfo da Flórida, recebeu alertas de elevação do mar de 2,5 a 2,7 metros, com as águas ainda subindo rapidamente.

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Opinião

STF deve reparar a devastação da Lava Jato

É da maior relevância para o país a possibilidade aberta pela entrada, junto ao Supremo Tribunal Federal (STF), da ação para suspender as indenizações e multas impostas em todos os acordos de leniência celebrados entre o Estado e empresas investigadas durante a Operação Lava-Jato.

A Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF), de autoria do Psol, do Solidariedade e do PCdoB, pede o reconhecimento de que os acordos foram celebrados “em situação de extrema anormalidade política-jurídica-institucional”.

São chamados de “acordo”, mas na verdade foram impostos por meio de “coação” exercida durante um “Estado de Coisas Inconstitucional”.

Essa situação de exceção se instalou no país a partir da instalação da Operação Lava-Jato, sob o comando político e operacional do juiz Sérgio Moro, só depois declarado suspeito, e o procurador Deltan Dallagnol, este com mais de uma dezena de reclamações no Conselho do Ministério Público.

A ação pede a suspensão imediata, e com efeito retroativo das indenizações e multas impostas sobre empresas e indivíduos em decorrência dos acordos de leniência.

Assinada por um grupo de advogados identificados com a defesa das garantias da cidadania, a iniciativa dos três partidos da base aliada ao presidente Lula transcende os casos das pessoas físicas e jurídicas envolvidas na extorsão em cadeia que foi identificada como modus operandi da Lava-Jato.

Ela é uma oportunidade de reparação dos prejuízos e falências em cascata que levaram à destruição de setores inteiros da economia nacional.

Ainda está por ser aberto o sigilo decretado pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos sobre sua participação na orientação da Lava-Jato, que envolveu inclusive a vinda de agentes estadunidenses ao Brasil com o fim específico de impulsionar a operação.

Importa saldar uma dívida do país consigo mesmo. Trata-se de restituir, ao menos em parte, as condições de funcionamento daquelas empresas e setores visados pela organização extorsionária de Curitiba.

Mais do que tudo é necessário fazer reviver essas empresas porque, em primeiro lugar, elas nunca deveriam ter sido penalizadas enquanto tais.

Menos ainda deveriam ter sido vítimas de um processo em massa de execuções empresariais sumárias.

Que fossem, sim, punidos eventuais crimes cometidos nas pessoas de seus sócios ou executivos.

Já as empresas deveriam ser intencionalmente preservadas, porque elas exercem função social inestimável, inscrita na própria Constituição, como geradoras de emprego e como irradiadoras de estímulos multiplicadores na miríade de interações com fornecedores e clientes.

Mais do que isso, empresas como a Petrobras e as do ramo da construção pesada são, em suas respectivas áreas, um repositório estatal e privado de expertises particulares muito raras de alcançar. O resultado do acúmulo de competências de mais de uma geração foi desfigurado, em questão de meses, por uma cáfila sequiosa de devastação, em busca de recursos bilionários, a serviço de si mesmos e de interesses inconfessáveis.

A destruição das empresas se deu sob o olhar cúmplice das instituições que deveriam zelar pela legalidade: o Judiciário e o próprio Estado. Acordos de leniência ad hoc, vicejavam selvagemente, sem regras, feitos por diversas instituições de Estado em competição, na terra sem lei que foi a Lava-Jato.

Felizmente vem sendo possível dar meia volta e reverter parte relevante dos efeitos desse sequestro da Justiça por interesses políticos que foi a Lava-Jato.

A ADPF visa dar ao STF e, por ele, ao país a oportunidade de reparar, ao menos parte dos estragos dessa mutilação do patrimônio nacional, na forma de suspensão dos pagamentos mas também de revisão dos acordos e mesmo de sua anulação, sem prejuízo do ressarcimento pleno pela União das empresas e pessoas gravadas ilegalmente.

Dever-se-ia examinar também a eliminação das consequências dos acordos exorbitantes. E empresas, por exemplo, deveriam ter restituídos seus certificados de idoneidade para se habilitar a voltar a disputar concorrências públicas e ter acesso a crédito.

Mais do que tudo, porém, o STF terá, ao examinar essa ADPF, a chance de olhar para o futuro e prospectivamente regular os entendimentos em torno da legislação dos acordos de leniência, de forma a evitar que sejam instrumento de lawfare.

Seria mais um passo no caminho do desmonte do “Estado de Coisas Inconstitucional”. O país deve a si ao menos esse aprendizado, após período tão ruinoso.

*Com 247

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Se nada de concreto for feito contra Bolsonaro, coronavírus será devastador nas populações pobres

Brasileiros fazem panelaço contra Bolsonaro, mídia diz que ele não governa mais, mas tudo não sai de dados políticos sem propósitos concretos diante de um caos em que estamos todos juntos, mas que, sem sombra de dúvida, os pobres sofrerão muito mais.

Não há qualquer sentido de favelas no Rio estarem sem água, ao mesmo tempo em que bancos públicos destinam verbas bilionárias para empresas e agronegócios, fortalecendo os caixas dos ricos.

Disparidades como essa promoverão uma mortandade inimaginável nas favelas e periferias do Brasil se a própria sociedade não tiver consciência da dor do outro e não exigir imediata atenção a um país onde a medicina é essencialmente elitista e tem um presidente que, além de não ter a menor condição moral e comportamental de governar, expulsou do país, assim que eleito, 11 mil médicos cubanos, os mesmos que cobriam de assistência médica e de humanidade milhões de brasileiros de áreas carentes tanto de grandes e pequenas cidades quanto de lugares longínquos Brasil afora, além de uma bomba relógio prestes a explodir com a falta de saneamento básico e de água nas favelas do Rio de Janeiro.

Se os pobres nunca puderam exercer seus direitos, agora os veremos, em massa, perderem a vida em função da pandemia que assola o mundo.

Brasília tem conseguido, com sucesso, estabelecer ações públicas de combate ao coronavírus, porque lá está o poder, mostrando que isso faz toda a diferença diante de um inferno como esse que o Brasil como um todo vive, mas para os favelados, o inferno está dois andares acima. É preciso melhorar muito as condições atuais dos moradores das favelas e periferias dos grandes centros para que eles vivam ao menos o inferno da pandemia.

Essas são as questões centrais para entender as do preconceito, do racismo e da discriminação, herdadas de um pensamento escravocrata que, nos dias que correm, trarão, com todas as letras, o exame do descaso humano produzido pelo sentimento civilizatório.

A cada momento que passa, lugares com uma concentração demográfica intensa como as favelas do Rio, por exemplo, sem um mínimo de chance de combate à pandemia do coronavírus, por falta de água, correm o risco de sofrerem um massacre, uma devastação sem precedentes na história da humanidade, se nada for feito.

Bolsonaro segue alheio à pandemia do coronavírus, mas não aos ricos. A eles foram destinados recursos de R$ 10 bilhões através dos planos de saúde.

O governo Bolsonaro destinou recursos financeiros aos seguintes segmentos:

Empresas terão acesso a 88 bilhões (49,4%), o agronegócio a R$ 30 bilhões (16,9%) e outros R$ 30 bilhões serão disponiblizados para a aquisição de outras instituições financeiras. Outros R$ 24 bilhões (13,4%) serão colocados à disposição de pessoas físicas e R$ 6 bilhões (3,4%) para hospitais, estados e municípios.

Aonde ficam os moradores de favelas, miseráveis e moradores de rua e mais uma dezena de milhões de brasileiros miseráveis nessa conta de Bolsonaro e Guedes? Não há lugar nenhum na cabeça desses monstros que caiba um mínimo de compaixão pelos pobres, sejam eles idosos, jovens ou crianças.

E se a sociedade civil organizada não fizer nada contra isso, tudo o que se vê na Itália, na Espanha e na China, junto, parecerá uma Disneylândia perto do inferno ao quadrado que o Brasil assistirá, atingindo sobretudo às populações mais vulneráveis e que mais precisam da proteção do Estado que, friamente, insiste em negar em prol dos milionários e das classes economicamente dominantes.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas