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Bolsonaro, diante do caos, conseguiu pautar as manchetes com seu embuste sobre urnas eletrônicas

Para onde se olha nesse país, só se enxerga caos. O Brasil está cada vez mais isolado sem qualquer perspectiva de melhora para a vida dos brasileiros. Com a economia trôpega, tocada por um ministro classificado até pela elite econômica como falastrão, não há qualquer esforço para uma retomada concreta do crescimento, da geração de empregos, da queda inflação e, consequentemente da diminuição da miséria, mas nada disso ocupa as manchetes, só se fala de urnas eletrônicas.

Enquanto isso, Bolsonaro gargalha do genocídio diário de mais de mil brasileiros. O Brasil está assustado com o avanço galopante da variante delta, muito mais agressiva, contagiosa e letal.

Bolsonaro não tem o menor interesse em agir com bom senso, até porque seu estado de demência não lhe permite entender o que é isso, o máximo que ele consegue é receber conselhos de seus cúmplices mais próximos para continuar insuflando o ódio, a desagregação do país e um rastro de violência.

Para isso, ele utilizou apenas o mesmo expediente de sempre para conseguir os seus objetivos, falsificar um debate sobre a lisura das eleições que sempre lhe deram vitória com as urnas eletrônicas. Ou seja, Bolsonaro acaba por afirmar que as eleições que deram a ele a a sua ninhada seguidas vitórias eleitorais foram todas na base da fraude, do roubo que, segundo ele, as urnas eletrônicas podem proporcionar.

Bolsonaro não está interessado em manter coerência em cada farsa que promove, uma por semana, contanto que fique à frente das manchetes e, com isso, paute o debate nacional para esconder a podridão do seu governo.

Foi assim com a farsa do cocô entupido que, na verdade, é a farsa da facada 2 que, mesmo sendo ridicularizada, fez o país discutir todas as questões que envolvem seu falso tratamento, enquanto caminhamos juntos e distraídos rumo ao precipício, no mesmo passo em que ele usa seu diversionismo como protagonista das manchetes.

Temos que admitir, o genocida tem vencido todas as batalhas midiáticas.

O que falta à oposição é inverter a lógica, dar menos palanque ao criminoso e estampar nas manchetes quantos brasileiros ele mata por dia, o recorde de desempregados e, principalmente, os milhões de brasileiros que engrossam a fila rumo ao território da miséria, já que não têm mais acesso à condição de uma vida minimamente civilizada.

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Como a mídia brasileira não tem grandeza social, vocaliza o diversionismo do governo que levou o país ao caos

Como Bolsonaro sabe perfeitamente o tamanho do fracasso do seu governo para a imensa maior parte do povo brasileiro, que sente que a vida piorou muito nesses últimos dois anos, e que ocupa um bom lugar na fileira dos fracassados, pior do que Temer, ele não faz outra coisa, senão passar o tempo todo usando a mídia com assuntos delirantes de diferentes moldes. Tudo para desviar a atenção de uma mídia que já não tem qualquer talento para discutir a realidade nacional e, assim, viver de retóricas absolutamente viciadas.

Bolsonaro, todos sabem, não tem rigorosamente nada para apresentar como resultado positivo em dois anos e meio de governo. O desemprego bate recorde sobre recorde, a inflação, sobretudo dos alimentos, já é escandalosa. Assombra cada vez mais a quantidade de tetas que ele criou em seu governo para hospedar mais de 7 mil militares, com uma série de regalias e privilégios, além do caos econômico e social em que enfiou o Brasil sem que se tenha qualquer perspectiva de melhora.

Na realidade, essa mídia pode até ser contra Bolsonaro, mas é a favor de Guedes.

Bolsonaro cria a teoria da conspiração com personagens místicos, ameaça golpes de cinco em cinco minutos, blefa sem parar e, além do genocídio que provocou no país, tenta esconder o mar de corrupção do seu governo enlameado com o que existe de pior. Ele tenta se agarrar a qualquer coisa para não piorar uma situação que já está pra lá de insustentável.

A paisagem brasileira hoje é de supermercados, lojas, indústrias quebrados, falidos. Famílias inteiras jogadas ao relento por culpa da política nefasta de Paulo Guedes que deu continuidade ao projeto do nefasto, golpista, Michel Temer, o homem escolhido para fazer o serviço sujo da oligarquia para Bolsonaro dar prosseguimento.

Do lado da sociedade, ninguém mais aguenta assistir na TV comentaristas e muito menos ler colunistas dos jornalões que vivem dando uma no cravo, outra na ferradura, justamente porque Bolsonaro foi eleito por essa mesma mídia e cumpre uma agenda neoliberal de quem ela patrocinou quando promoveu uma campanha não simplesmente contra os governos do PT, mas contra o próprio povo brasileiro.

O resultado é isso que vemos, o diversionismo de Bolsonaro a todo minuto e uma mídia que não para de reproduzir e discutir as bobagens disparadas pelo insano que levou o país a essa situação absolutamente trágica.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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