Quem disse que Moro ficou em silêncio sobre o assassinato praticado pela polícia carioca contra mais uma criança?
Para quem sabe ler, pingo é letra. Para quem sabe como Moro trabalha nas sombras, de forma dissimulada, seu recado no twitter foi de apoio à polícia que assassinou Ágatha, uma menina de oito anos.
Moro, frio como é, e covarde como também é, ainda diz no seu twitter aos assassinos da polícia, de forma subliminar: “Estamos aqui também”.
Observem o horário de seu último post no twitter e o que está explícito em seu conteúdo. Nesse momento, ele já sabia que a Ághata estava morta e não deu um pio sobre isso, como quem consentiu o assassinato e ainda incentivou a polícia carioca e o governador Witzel, que a essa altura eram repudiados nas redes sociais:
PRF realiza apeensões de armas e munições ilegais destinadas ao crime organizado no Rio de Janeiro. Estamos aqui também. https://t.co/MAx6Vbea77
— Sergio Moro (@SF_Moro) September 21, 2019
Em cinco anos de Lava Jato e vazamentos seletivos de Moro para a mídia, aprendeu-se o “modus operandi” dele, sem falar do que hoje se sabe pela Vaza Jato do Intercept e, principalmente ao rever Moro tomando o depoimento de Lula e, ao juntar as peças, elas vão se encaixando e mostrando que ele age friamente contra quem ele considera inimigo.
Na matéria por ele compartilhada no twitter, está o grande detalhe de sua frieza: “PRF apreende 48 pistolas e 1.830 munições que abasteceriam comunidades do Rio de Janeiro”
Aonde morava e foi assassinada Ághata?
Justamente em uma da comunidades que a manchete escolhida por Moro exalta.
Ora, sabe-se bem como as manchetes da mídia nos jornais, revistas e telejornais foram cirurgicamente usadas por Moro e seu bando para assassinar reputações e condenar seu “inimigos políticos”, sem necessidade de provas.
Não foi isso que se viu no vazamento que mostra que Dallagnol que, sabendo que não tinha provas contra Lula, alerta que a mídia seria determinante para condená-lo pela manchete e não pelas provas, já que eles não as tinham?
Pois é, é esse jogo que Moro usa agora contra uma criança de oito anos, assassinada pela polícia. Se ela é da comunidade que receberia um carregamento de armas, é porque ela também é culpada por morar aonde mora, não a polícia de Witzel e, muito menos o incentivo de Bolsonaro para a polícia miliciana matar pretos e pobres nas favelas, não importando a idade.
Bolsonaro é presidente de um governo fascista do qual Moro é o Ministro da Justiça e Segurança Pública.
*Por Carlos Henrique Machado Freitas