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A extrema-direita veio para ficar, talvez mais fraca. Já Bolsonaro…

Os órfãos batem em retirada.

Do seu refúgio em um condomínio de luxo em Orlando, na Flórida, o ex-presidente Jair Bolsonaro mandou dizer que não comentou com ninguém as declarações da deputada Carla Zambelli (PL-SP) a seu respeito, e que sequer as leu.

Pode não ter comentado, mas sem dúvida as leu. Um dos seus filhos (adivinha qual!) repassou a informação de que ele sabia que Zambelli fez um acordo com o ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral, para não ser presa.

Fez parte do acordo ela sair atirando em Bolsonaro. Devota do ex-presidente, sua fiel escudeira nos últimos 4 anos, Zambelli, só ontem, perdeu quase 10 mil seguidores no Instagram por ter dito que Bolsonaro abandonou sua tropa e que deveria estar aqui.

Foi além: criticou-o por não ter condenado os acampamentos de golpistas à porta de quartéis do Exército, e sugeriu que a direita procure um novo líder que reúna condições para vencer as eleições de 2026. Soou a rompimento de relações com Bolsonaro.

Zambelli é investigada pelo Supremo Tribunal Federal por ter postado nas redes sociais que duvidava da lisura do processo eleitoral do ano passado. Insinuou que houve fraude. Ela confessa que temeu ser presa e que por isso procurou Moraes.

O que retém Bolsonaro nos Estados Unidos é também o medo de ser preso. Sem mais direito a ser julgado exclusivamente pelo Supremo, muitos dos processos a que responde foram parar na primeira instância da Justiça. E aí mora o perigo para ele.

Uma vez de volta, poderá ser preso temporariamente por um juiz qualquer. Como foi Michel Temer quando saiu da presidência da República. Se Zambelli afirma que Bolsonaro deixou órfãos os que lhe foram leais, o inverso parece também estar em curso.

Uma fatia expressiva do Centrão, que apoiou Bolsonaro, negocia o apoio a Lula. Sob a desculpa de que os Estados não sobrevivem sem a União, governadores procuram Lula em busca de ajuda, e ele está sempre disposto a ajudá-los. Uma mão lava a outra.

Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo, diz-se encantado por Lula que o socorreu na hora em que ele mais precisava, em meio à tragédia de São Sebastião. Ali, o número de mortos pelas chuvas fortes ultrapassará, hoje, a casa dos 50.

Ronaldo Caiado (União), governador de Góias, e Celina Leão (PP), governadora em exercício do Distrito Federal, estão com trânsito livre no Palácio do Planalto. Os dois batalharam pela reeleição de Bolsonaro, mais Celina do que Caiado. Não deu, não deu.

A extrema-direita jamais deixará de existir, embora mais fraca. Quanto a Bolsonaro…

*Noblat/Metrópoles

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Mundo

Partes da França, incluindo Paris, voltam à quarentena para conter terceira onda da Covid-19

Na quarta-feira, país teve o maior aumento de casos diários desde novembro.

O governo francês anunciou nesta quinta-feira a imposição de uma nova quarentena em diversas partes do seu território, incluindo Paris, para tentar frear a terceira onda da Covid-19 na Europa. Na quarta, o país viu o maior aumento de casos desde novembro, com mais de 38 mil pacientes diagnosticados.

As novas medidas, que vão valer já a partir de sábado, afetarão os Altos da França, no Norte do país, e a Île-de-France, onde fica a capital. Dezesseis departamentos serão afetados e ficarão em lockdown por ao menos quatro semanas.

— A progressão da epidemia está se acelerando fortemente. Novas medidas, portanto, devem ser tomadas sem demora — disse o primeiro-ministro Jean Castex, no anúncio das medidas. — Ainda temos dias difíceis pela frente, mas também temos uma perspectiva de mudança, o que nos diz que não só esses esforços são essenciais, mas eles não serão em vão. Apenas negócios essenciais serão autorizados a abrir, incluindo comércios de livros e de música — uma crítica comum dos franceses durante a quarentena no ano passado

Escolas e faculdades funcionarão normalmente, exceto as de ensino médio, que terão apenas 50% das aulas presencialmente. Atividades extracurriculares para menores serão autorizadas.

Serão permitidos deslocamentos num raio de 10 km, sem limites de tempo. Viagens interregionais estão vetadas, exceto por “motivos profissionais e convincentes”..

O Palácio do Eliseu vinha fazendo o possível para evitar uma nova quarentena total e seus impactos econômicos, com medidas como toque de recolher nacional e diversas restrições regionais. O número de casos e a ocupação de leitos hospitalares, contudo, não para de crescer: nesta quinta, segundo o Ministério da Saúde, a quantidade de pacientes na UTI chegou ao seu maior número em 2021, atingindo 4.246.

O governo francês põe a responsabilidade das novas infecções na variante britânica do vírus, mais infecciosa. Segundo autoridades, três a cada quatro novas infecções são da variante britânica.

— Estamos em uma terceira onda em grande parte devido ao surgimento da famosa variante britânica. A situação é claramente grave, e será muito difícil até meados de abril — disse o presidente Emmanuel Macron na noite de quarta, em uma videoconferência com prefeitos.

Em Paris, onde pacientes são realocados para o interior do país para evitar a sobrecarga dos hospitais, a incidência da doença no último dia 14 era de 425 novos casos por 100 mil habitantes — bem acima do “limite de alerta” de 250 casos por 100 mil. A taxa de ocupação hospitalar na capital é de 57 por 100 mil, 20 a mais que a média nacional.

A pressão por novas medidas de contenção aumentou após a França suspender a aplicação de doses da AstraZeneca, na última terça, após relatos pontuais de complicações como edemas e embolias pulmonares. A Organização Mundial de Saúde afirmou que não havia motivos para paralisar a vacinação, mas ao menos 13 nações europeias optaram por esperar uma análise da Agência Europeia de Medicamentos (EMA).

A agência anunciou nesta quarta, pouco antes da coletiva de Castex, que a vacina é “segura e eficaz” e que, mesmo sem poder descartar neste momento uma correlação com as complicações, os benefícios são superiores aos riscos. Segundo dados da AstraZeneca, em cerca de 17 milhões de doses aplicadas, foram constatados 15 casos de trombose e 22 de embolia pulmonar. A incidência, disse a empresa, é inferior à esperada para a população geral.

*Com informações de O Globo

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