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Chico Buarque e outras figuras públicas criam petição pedindo a Lula o rompimento com Israel

No domingo, 25, Lula voltou a chamar a ofensiva de Israel na Faixa de Gaza de ‘genocídio’ e ‘vingança’, após ataque aéreo matar 9 filhos da médica palestina Alaa Al-Naijar.

Nesta quarta-feira, 28, artistas, lideranças políticas e representantes de movimentos sociais assinaram uma carta aberta dirigida ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), solicitando que o Brasil encerre suas relações diplomáticas e comerciais com Israel.

O texto justifica o apelo com base no ‘genocídio em Gaza‘.

Além de Chico Buarque, a carta é assinada por Chico Diaz, Manuela D’Ávila, Giovanna Nader, Gregorio Duvivier, Vladimir Safatle, Emir Sader e Paulo Sérgio Pinheiro.

O documento destaca que, nos últimos meses, tem havido uma escalada na violência exercida pelo Estado sionista de Israel contra a população civil palestina.

Além disso, a carta menciona o ‘bloqueio desumano e cruel’ que coloca em risco a vida de 2,3 milhões de pessoas em Gaza — incluindo 14 mil bebês em iminente perigo de morte — como uma das razões para exigir medidas contra Israel.

israel

Movimentos sociais pedem que Lula rompa com Israel
No domingo, 25, o presidente Lula voltou a classificar a ofensiva israelense na Faixa de Gaza como ‘genocídio’ e ‘vingança’, após um ataque aéreo matar nove filhos da médica palestina Alaa Al-Naijar.

Em fevereiro de 2024, em meio às tensões diplomáticas, Netanyahu declarou Lula ‘persona non grata’ após o presidente comparar as ações de Israel em Gaza ao Holocausto nazista.

A petição destaca que o Brasil continua exportando petróleo ao governo de Benjamin Netanyahu e mantém negociações comerciais envolvendo a compra e venda de equipamentos militares com Israel e suas empresas.

O documento também recebeu o apoio de movimentos sociais, sindicatos, parlamentares estaduais e federais, vereadores e organizações da comunidade árabe.

Entre os signatários estão Guilherme Boulos, Luiza Erundina e Sâmia Bomfim, todos do PSOL-SP, além de entidades como a Central Única dos Trabalhadores (CUT), o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e a Associação Islâmica de São Paulo.

No texto, os autores afirmam: ‘É hora de nosso país dar o exemplo no cumprimento do direito internacional. […] É indispensável que o Brasil se una às nações que já impuseram sanções ao regime israelense”.

*ICL

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Hospital de Nova York demite enfermeira que denunciou genocídio em Gaza ao receber prêmio

O trabalho da enfermeira palestina-americana Hesen Jabr de apoio às mulheres que perderam seus filhos no parto ou durante a gravidez rendeu a ela um prêmio entregue pela direção do Centro Médico NYU Langone, onde ela trabalha, porém, não foi suficiente para garantir sua liberdade de falar o que pensa sobre o que acontece na Faixa de Gaza.

Esta semana, a direção do centro médico informou a enfermeira que ela seria desligada do quadro de funcionários. O caso foi revelado por uma reportagem do jornal The New York Times.

Na matéria, Jabr afirma que a direção d NYU Langone disse que a decisão de demiti-la foi tomada em função do seu discurso durante cerimônia de premiação, realizada no começo de maio, no qual ela disse que “dói ver mulheres no meu país sofrerem perdas inimagináveis ​​durante o genocídio que está acontecendo em Gaza”.

“Mesmo que eu não possa segurar suas mãos e confortá-las enquanto choram pelos filhos ainda não nascidos e pelas crianças que perderam durante este genocídio, espero continuar a deixá-las orgulhosas enquanto continuo a representá-las aqui em Nova York”, declarou a enfermeira, em outro momento do seu discurso.

O uso do termo “genocídio” em duas ocasiões durante a cerimônia, para se referir ao massacre promovido pelas forças militares de Israel na Faixa de Gaza desde outubro de 2023 foi considerado pelos superiores de Jabr como uma atitude que “ofendeu pessoas” e que “estragou a cerimônia”, razão pela qual foi decidida a sua demissão.

Um porta-voz do Centro Médico NYU Langone se pronunciou após a publicação da reportagem, afirmando que Jabr havia sido alertada em dezembro, após um “incidente semelhante” (porém não especificado), para não “trazer suas opiniões polêmicas sobre esta questão tão complexa, porque isso acaba gerando divisões no ambiente de trabalho”.

*Opera Mundi