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ONU Mulheres denuncia aumento da violência contra palestinas presas em Israel

Informe de agência da ONU mostra que mulheres e meninas de Gaza e da Cisjordânia sofrem com abusos físicos e psicológicos em centros penais israelenses.

Após o início das hostilidades em Gaza no fatídico dia 7 de outubro e o bombardeamento intenso da região parte das forças militares de Israel, a agência ONU Mulheres, ligada à Organização das Nações Unidas, tem trabalhado junto com outras entidades humanitárias para analisar o impacto do conflito sobre mulheres e meninas palestinas.

Em um informe apresentado em novembro, e atualizado semanalmente, a agência apresentou dados recolhidos por coletivos feministas e de direitos humanos sobre como as mulheres e meninas residentes em Gaza têm sofrido não só com as bombas mas também com os problemas econômicos gerados pela ofensiva militar israelense.

A última atualização do informe, no dia 5 de dezembro, mostra que entre os cerca de 16 mil civis mortos até o momento, um total de 11.997 eram mulheres e crianças.

Outros dados preocupantes são as 951.490 mulheres e meninas obrigadas a deixar suas casas, e as 2.784 mulheres que se tornaram viúvas e chefes de família, após a morte de seus maridos ou companheiros.

Abusos nas prisões de Israel
Outro dado preocupante a respeito da situação das mulheres palestinas em Israel tem a ver com a situação daquelas que se encontram presas. Há vários relatos de estupro, violência sexual, abuso físico e tortura contra prisioneiras, não só entre as que eram residentes em Gaza como também entre as que viviam na Cisjordânia.

Parte desse cenário foi mais claramente exposto após a libertação de dezenas de prisioneiras a partir do acordo de trégua entre Israel e Hama, estabelecidos há uma semana graças à mediação dos governos de Egito e do Catar.

“Há 30 mulheres (palestinas) presas atualmente (em Israel). Elas são torturadas todos os dias, e sofrem por ter deixado seus filhos abandonados”, afirma a ativista Ahed Tamimi, que também chegou a ser prisioneira de Israel.

Mulher palestina sendo detida por Forças de Defesa Israelense, 2023
Uma palestina libertada de uma detenção israelense disse que mais de 15 mulheres palestinas foram estupradas por interrogadores israelenses para forçá-las a confessar as acusações feitas contra elas e colaborar com a inteligência israelense.

“Os investigadores e oficiais de inteligência israelenses mantêm fitas de vídeo dos estupros para chantagear as detentas. Fui abusada sexualmente e fotografada. Quando tentei viajar para a Jordânia após minha libertação, (um) oficial da inteligência israelense me surpreendeu com as fotos humilhantes”.

Ela afirmou que essas técnicas têm sido usadas há anos pelos interrogadores israelenses contra os detidos palestinos.

“Eles usaram essas técnicas de estupro antes da minha detenção e continuam a usá-las até hoje”, disse a palestina que passou nove anos de sua vida em detenção israelense.

Por sua vez, a jurista britânica Teresa Thornhill, membro do grupo Advogados pelos Direitos Humanos da Palestina, diz que “as mulheres detidas são rotineiramente submetidas a privação de sono, confinamento em celas semelhantes a armários, tapas, chutes, privação de higiene e ameaças sexuais”.

Em 2023 a ONU, numa comissão formada por mais de 50 países, condenou Israel por violar direitos das mulheres palestinas através de várias práticas, incluindo a violência sexual. Mesmo assim, representantes do Reino Unido e Estados Unidos criticaram o informe, alegando que as acusações tinham viés ideológico.

*Opera Mundi

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Quanto mais o mundo repudia o genocídio em Gaza, mais os terroristas de Israel atacam. Por quê?

Fora dos braços longos do sionismo no mundo, o terrorismo de Israel, pela primeira vez, não só não encontrou acolhimento na população mundial, como teve uma resposta dura dos povos de todo o planeta.

Todavia, isso parece que fustigou os cães do exército terrorista de Israel, porque, mesmo não sobrando quase edificação nenhuma e a morte de, aproximadamente, 16 mil palestinos, Netanyahu parece estar com sede de vingança de exterminar todo o planeta que se opõe a ele, com bombardeios sumários para que não fique nada, nem ninguém de pé na Palestina.

Uma monstruosidade como essa, vista praticamente in loco, via web, que inclui, entre as vítimas, muitos jornalistas executados a sangue frio pelo exército sionista, assim como funcionários da ONU, médicos e membros da Defesa Civil que sequer têm lugar para se refugiar, já que as instalações em Gaza foram dizimadas.

O que aqui é dito, está sendo amplamente relatado pelos órgãos de imprensa do mundo todo, até mesmo aquela imprensa que é parte do curral sionista, começa a denunciar as atrocidades que Israel vem perpetrando em Gaza, com cada dia mais violência sem que haja justificativa plausível para isso.

A questão é, aonde de fato Israel pretende chegar com esse banho de sangue? Porque, pagando para ver, mesmo diante do repúdio mundial, isso está claro, mas ninguém de fato sabe aonde tudo isso vai dar, se é que Israel terá como sair do enrosco que ele próprio se meteu com tanta violência e desumanidade.

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ONU invoca Artigo 99 e pressiona Conselho de Segurança para agir sobre ataques de Israel a Gaza

Rocio Paik*

Com intensificação da operação terrestre contra região palestina, secretário-geral António Guterres aciona ‘ferramenta mais poderosa’ do órgão pela primeira vez desde que assumiu o cargo.

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, invocou o Artigo 99 da Carta da ONU sobre a situação na Faixa de Gaza.

A decisão desta quarta-feira (06/12) foi dirigida ao Conselho de Segurança, descrita como uma “medida constitucional dramática”, para exigir o início efetivo de uma atuação do órgão, uma vez que o conflito entre Israel e Palestina ameaça a paz e a segurança internacional.

Em publicação por rede social, Guterres fez o anúncio:

“Diante de um grave risco de colapso do sistema humanitário em Gaza, insto o Conselho a ajudar a evitar uma catástrofe humanitária e exijo a declaração de um cessar-fogo humanitário”.

“Acho que é sem dúvida a invocação mais importante”, classificou Dujarric aos jornalistas na sede da ONU, “na minha opinião, é a ferramenta mais poderosa que ele [o secretário-geral] possui”.

A carta foi enviada ao Presidente do Conselho de Segurança em Nova York na noite de quarta-feira (06/12).

Desde a intensificação do conflito entre Israel e Palestina, em 7 de outubro, e os incessantes ataques derivados da operação militar terrestre das forças de Tel Aviv na Faixa de Gaza, líderes da comunidade internacional têm pressionado para uma solução efetiva com relação à guerra. Após quatro tentativas falhas e faltas de consenso entre as nações, o Conselho de Segurança aprovou uma resolução somente em meados de novembro mencionando “pausas humanitárias urgentes e prolongadas”.

Israel e Hamas chegaram a entrar em acordo de uma trégua humanitária, que teve a duração de uma semana, com troca de reféns entre ambas as partes e pausa nos ataques. No entanto, os combates recomeçaram no primeiro dia de dezembro, com uma intensidade ainda maior admitida pelo próprio comando israelense.

*Opera Mundi

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Jornalista israelense Gideon Levy: ‘A ocupação não terminará até que Israel pague o preço’

Em entrevista à agência de notícias turca Anadolu, Gideon Levy disse que ‘isso só acontecerá se os israelenses começarem a serem punidos’.

De acordo com o jornalista e redator israelense Gideon Levy, o exército de Israel vem cometendo “crimes de guerra” constantemente nos territórios palestinos ocupados há 55 anos, não apenas em tempos de guerra, e a única maneira de acabar com a ocupação é se o governo de Tel Aviv começar a “pagar o preço”.

Levy, articulista do jornal Haaretz de Israel, é uma das poucas vozes em seu país que se opõe à ocupação e descreve Israel como um “regime racista”.

Há cerca de 40 anos, Levy, que vem acompanhando pessoalmente os acontecimentos na Cisjordânia ocupada como jornalista de campo, acredita que a sociedade e o governo israelenses estão atualmente em um “estado extremamente agressivo e radical”.

Considerando essa situação, Levy, que não acredita que Israel fará concessões para a paz, acredita que a única esperança é a intervenção internacional.

Lembrando que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, está se preparando para as próximas eleições, o jornalista israelense diz que não acha essa intervenção internacional muito provável.

Descrevendo o estado anterior da sociedade israelense como “ruim o suficiente”, Levy disse à Anadolu que, no último mês, a sociedade mudou ainda mais para o “racismo”.

Expressando a opinião de que não é possível que uma mudança positiva em direção à paz venha da sociedade israelense, Levy declarou: “Ela [a paz] não virá da sociedade israelense. Os israelenses não acordarão uma manhã e dirão: ‘A ocupação é muito cruel, o apartheid (regime racista) é ilegal, vamos acabar com isso'”.

“Isso só acontecerá se os israelenses começarem a pagar o preço pela ocupação, se forem punidos pela ocupação que continuam e se perceberem que o custo que têm de pagar para continuar a ocupação é muito alto”, disse ele.

No entanto, Levy enfatizou que a situação “ainda não chegou a esse ponto” e disse que a comunidade internacional “precisa parar de falar e agir”.

“Não prevejo que isso aconteça em um futuro próximo. Mas acho que chegará o dia em que a comunidade internacional dirá ‘basta’. Estou esperando por esse dia, mas ele não parece estar muito próximo”, acrescentou.

“Israel vem cometendo crimes de guerra todos os dias há 55 anos”
O ex-capitão e piloto aéreo Yonatan Shapira, que se demitiu do exército israelense, usou as palavras “o exército israelense é uma organização terrorista, seus comandantes são criminosos de guerra” em uma declaração à Anadolu em 2021.

Quando perguntado se concorda com as palavras de Shapira, uma vez que o jornalista vem monitorando de perto as práticas do exército israelense há décadas, Levy disse: “Em primeiro lugar, Shapira é meu amigo e, sim, eu concordo com ele”.

Levy declarou: “O que Israel vem fazendo diariamente há 55 anos (desde a ocupação de 1967) na Cisjordânia é um crime de guerra. De colonos (judeus ilegais) à transferência de prisioneiros (palestinos) para Israel, de sequestros noturnos de pessoas em suas casas a punições coletivas, tudo isso é uma violação da lei internacional.”

Enfatizando que tudo isso está acontecendo na vida cotidiana, não apenas em tempos de guerra, Levy continuou: “Não há dúvida de que a ocupação é um crime que precisa acabar. Estou lutando contra isso há quase 40 anos”.

A mídia israelense está escondendo a brutalidade
De acordo com Levy, a maioria dos israelenses não vê muito da “brutalidade” cometida em Gaza. O jornalista israelense disse: “Para ser honesto, se eu quiser ver o que está acontecendo, tenho que olhar canais como Al Jazeera, TRT e CNN porque os canais, a mídia e os jornais israelenses tentam não mostrar a maior parte da brutalidade. É assim que posso ver o panorama completo”.

Ao responder sobre os ataques a um local densamente povoado como Gaza e os altos custos para os civis, Levy disse: “Eu não tenho palavras diante do que está acontecendo”.

No entanto, de acordo com Levy, o governo israelense tem apoio quase unânime da sociedade em relação à guerra. O jornalista disse: “Eles ´[os israelenses] estão atualmente unidos em dois objetivos. O primeiro é a libertação de todos os reféns, que é atualmente o principal objetivo. Depois disso, eles acreditam que derrotarão completamente o Hamas. Acho que o governo tem total apoio para continuar a guerra.”

Respondendo a pergunta sobre a pausa humanitária: “Israel retomará um ataque em grande escala depois que a ‘pausa humanitária’ terminar?” O jornalista israelense Levy respondeu: “Receio que sim, mas os próximos dias mostrarão a situação. A dinâmica atual é positiva. O acordo está funcionando, e os reféns estão voltando para casa todos os dias, e também os prisioneiros palestinos estão voltando para casa, o que me deixa feliz. Mas isso não pode durar para sempre”.

“Não acho que Israel deixará de fazer guerra. Espero que ela não retorne com a mesma intensidade porque, se isso acontecer, significa a destruição da parte sul de Gaza; já há mais de 2 milhões de pessoas aqui”, disse ele.

“Mesmo que destruam completamente o sul de Gaza e derrotem o Hamas, no dia seguinte, Israel não tem ideia do que acontecerá. Não há nenhum plano. E se não houver um plano, a guerra tem que parar”, acrescentou.

Quanto à pergunta se os EUA gostariam de interromper a guerra ou dar a Israel sinal verde para atacar novamente, Levy respondeu: “Acho que eles seguirão um caminho intermediário entre os dois. Eles não vão impedir completamente, mas não permitirão (que Israel ataque) como antes. Se Israel realmente ouvirá os EUA e quão forte será a pressão é um ponto de interrogação”.

Sobre a questão se a sociedade israelense faria concessões para a paz, Levy disse: “Absolutamente não no momento. Há um intenso sentimento antiárabe na sociedade israelense. Precisamos de uma nova liderança. Não vejo nada ´[sobre concessões] na atual liderança e no atual estado de espírito do povo israelense, que atualmente é muito extremista, muito nacionalista e muito de direita.

“A única esperança é a intervenção internacional, mas não acho que isso vá acontecer. Porque os EUA estão entrando em um ano eleitoral, e não acho que Biden fará mais. Não vejo nenhuma esperança neste momento”, enfatizou.

‘Israel quer expulsar os palestinos novamente, mas isso não é possível’
Levy também comentou sobre a questão das repetidas discussões entre os ministros israelenses e algumas outras autoridades sobre a realocação dos palestinos para fora de Gaza.

“Israel ficaria muito feliz em limpar Gaza do povo palestino. O problema é que isso não é ético, não é legal e não é prático ao mesmo tempo”, disse ele.

Levy acrescentou: “Ninguém aceitará 2,3 milhões de pessoas. Ninguém permitirá que Israel transfira 2,3 milhões de pessoas. Israel não tem o direito de decidir onde a população de Gaza viverá. Israel não tem o direito de tomar tal decisão”.

“Israel cometeu uma Nakba (catástrofe) e não tem o direito de fazer uma segunda Nakba”, disse Levy.

Afirmando que Israel constantemente levanta essa questão porque não tem outras soluções e acredita que pode realmente expulsar os palestinos de Gaza, Levy enfatizou o clima extremamente nacionalista no atual Estado de Israel: “Sabe, eles também tentaram fazer isso na Cisjordânia. Já foram evacuados 16 vilarejos na Cisjordânia. Eles não conseguiram suportar o terror dos colonos, e não havia ninguém para impedi-los. Eles tentarão evacuar Gaza o máximo possível, mas acho que isso não acontecerá. Não é possível”.

Levy destacou que Israel coloca a região em perigo com suas ações, mesmo sem possuir armas nucleares: “Israel quer ser um Estado judeu, tem o direito de ser um Estado judeu, mas também quer ter democracia, e isso não funciona. Se você quer ser um Estado judeu, precisa de uma clara maioria judaica.

“Não há maioria judaica; atualmente, há cerca de 7,5 milhões de judeus e 7,5 milhões de palestinos entre o rio e o mar. Não é possível ser um Estado judeu quando duas nações vivem sob seu governo, sob sua ocupação, sob seu regime. Portanto, Israel fez sua escolha e preferiu ser um (Estado) judeu em vez de democrático”, disse ele.

Quando perguntado sobre a liberdade de criticar Israel dessa forma se ele fosse palestino, Levy respondeu:

“A resposta a essa pergunta é bastante clara. É claro que não. Muito do que eu digo não poderia ser dito por um palestino. Isso não aconteceria na realidade de Israel, especialmente depois de uma guerra. Se eu fosse um palestino, estaria na prisão por muito menos do que estou dizendo agora.”

*Opera Mundi

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O custo moral que Israel e aliados pagarão pelo genocídio em Gaza é incalculável

Perguntaram a uma criança palestina “o que você quer ser quando crescer?” Ele respondeu: “Somos as únicas crianças que nunca crescem. Não posso ser nada porque sempre somos mortos antes de podermos crescer.”

A receita de vitimização que os sionistas usaram nos 75 anos de ocupação colonial na Palestina, desandou. Pior, sem caminho de volta.

Por mais que tentemos mensurar essa perda, será muito aquém.

O apoio institucional que Israel tem do Ocidente vai se esvair, na medida em que o ranço mundial contra o sionismo se ampliar. E vai se ampliar muito, não tenham dúvidas. Líder nenhum vai querer nadar contra a correnteza e isolará Israel, porque este será pressionado pela população.

Observa-se que, no Brasil, os sionistas têm tentáculos, sobretudo na mídia industrial que, se eram intransponíveis, agora não são.

A mesma receita é usada em todo o Ocidente e, por isso mesmo, há uma ideia de alinhamento automático com Israel, mas findou-se.

As gigantescas manifestações na Europa contra o genocídio em Gaza, dão a dimensão do esfarelamento moral que Israel sofre no coração dessas sociedades. As imagens de crianças mortas pelo Estado terrorista de Israel são horríveis e macabras. Ninguém quer se aliar a isso.

Todo o investimento de imagem que os sionistas fizeram nos 75 anos de ocupação na palestina para vender um Israel fantasiado, foi por água abaixo nessa enxurrada mundial de repúdio ao terrorismo sionista. Isso não cola mais nem com a melhor estratégia de marketing. É daí para pior.

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Israel lança onda de ataques a Damasco. Mísseis são abatidos por sistemas russos de defesa

Quatro caças F-16 da força aérea israelense atacaram os arredores de Damasco, na Síria, nas primeiras horas deste sábado (2), e os sistemas de defesa aérea da Síria conseguiram abater a maioria das bombas.

A confirmação veio do contra-almirante Vadim Kulit, vice-chefe do Centro de Reconciliação de Lados Opostos na Síria, do Ministério da Defesa da Rússia, acrescentando que não houve vítimas.

Ele especificou que os ataques vieram a partir do espaço aéreo das Colinas de Golã ocupadas, utilizando bombas aéreas guiadas.

“As forças de defesa aérea em serviço das forças armadas sírias derrubaram a maioria das bombas aéreas com os sistemas russos Pantsir-S e Buk-M2E”, disse o contra-almirante, segundo a agência Sputnik.

Houve numerosos ataques israelenses na Síria desde o início da guerra de Israel contra os palestinos, começando em 7 de outubro.

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ONGs acusam Israel de roubar órgãos de cadáveres palestinos em Gaza

Israel também retém cadáveres de palestinos como moeda de troca, recusando devolução dos corpos às famílias das vítimas para negociações futuras.

Ao negar o direito de enterrar entes queridos, Israel inflige a angústia do luto sem fim. Uma prática de décadas que ONGs de defesa dos direitos humanos descrevem como uma tentativa de controlar e punir as famílias palestinas. Muitos corpos estão enterrados em valas comuns como indigentes e outros estão esquecidos congelados em necrotérios.

As autoridades israelenses afirmam que esta política é necessária para evitar supostos tumultos e protestos durante os funerais de palestinos mortos por Israel. O regime israelense também usa a mesma tática de tratamento com mortos que são suspeitos de terem participado de ataques contra Israel, usando os seus cadáveres como barganha de negociações com líderes palestinos.

Israel é o único país do mundo que tem uma política de confisco e moeda de troca de restos mortais humanos, o que constitui uma grave violação do direito internacional e dos direitos humanos.

O diretor do hospital Al-Shifa, a maior unidade de saúde de Gaza, recentemente atacada e invadida pelo exército israelense, afirma que as IDF sequestraram corpos palestinos.

O número estarrecedor de mortos na Faixa de Gaza devido à invasão militar de Israel colapsou hospitais e cemitérios, fazendo com que palestinos fossem enterrados em valas comuns. À luz desta selvageria, a recusa de Israel em devolver os corpos dos mortos, deu contornos ainda mais sombrios a esta guerra.

Em junho de 1967, durante a Terceira Guerra Árabe-Israelense, Israel ocupou a Cisjordânia, incluindo Jerusalém Oriental e a Faixa de Gaza. Neste contexto, militares israelenses enterraram soldados árabes e prisioneiros de guerra em valas comuns. Estes mortos não foram identificados até hoje, e as suas famílias foram condenadas ao luto e à procura incessantes.

Os cemitérios de números são locais dentro de Israel em zonas militares fechadas. Estas sepulturas anônimas, são identificadas por números. Ao longo das décadas, o exército continuou enterrando palestinos nestes cemitérios ou reteve os corpos até que as famílias aceitassem várias restrições para os respectivos funerais. O ‘Estado’ de Israel argumenta que manifestações em funerais representam uma ameaça à segurança nacional.

De 2007 a 2015, Israel interrompeu a prática de reter os corpos. Nesse ínterim, surgiram outras revoltas palestinas, muitas vezes referida como a “intifada das facas”. Durante este período, os palestinos atacaram esporádica e individualmente militares, policiais e colonos com facas e armas artesanais. Centenas de palestinos foram mortos e os seus corpos foram frequentemente confiscados às famílias.

Desde 2015, os corpos destes palestinos assassinados têm sido mantidos em gavetas do necrotério no Instituto Forense Abu Kabir, perto de Tel Aviv. O total é agora de 135, e os corpos que foram devolvidos às famílias foram sujeitos a condições rigorosas.

Em alguns casos, as famílias são informadas de que os seus entes queridos mortos devem ser enterrados longe das suas casas. Em 2018, o governo israelense, pela primeira vez, aprovou uma resolução que afirmava que os corpos dos palestinianos associados ao Hamas e à Jihad Islâmica, ou daqueles envolvidos em ataques particularmente dramáticos contra israelitas, deveriam ser retidos. De acordo com o grupo de direitos humanos israelense B’Tselem, manter os corpos dos palestinos como moeda de troca para futuras negociações é uma prática antiga em Israel.

As famílias dos falecidos também enfrentam uma série de complexidades jurídicas. Sem uma certidão de óbito, as viúvas não conseguem seguir em frente com as suas vidas e casar novamente. Se os seus maridos assassinados eram responsáveis pelo sustento da família, a conta bancária fica congelada, deixando as viúvas sem acesso a fundos, enquanto os direitos de herança também são negados. Esta prisão post mortem de corpos foi entendida pelos palestinos como sendo uma criminalização para além da morte. Os palestinos se referem a estes cadáveres detidos por Israel como “mártires detidos” ou “prisioneiros mártires”.

Colhendo órgãos

Há relatos antigos de corpos palestinos serem devolvidos faltando órgãos das vítimas. Em 2015, numa carta ao embaixador britânico Matthew Rycroft, Ex-representante permanente do Reino Unido na ONU, o principal delegado palestino nas Nações Unidas, Riyad Mansour, descreveu o que disse ser a colheita de partes de corpos de palestinos mortos pelas forças israelenses.

No cemitério dos números, há algo de obscuro, visto que muitos dos corpos que deveriam estar lá, não estão. Em outras covas há partes misturadas de diferentes indivíduos. A ausência destes corpos é mais uma evidência que dá suporte aos relatos de longa data de que os cadáveres palestinos podem ter sido usados para tráfico de órgãos ou doados a universidades de medicina israelenses para que os estudantes treinassem nos corpos.

O ex-chefe do Instituto Forense Abu Kabir, chegou a admitir que o exército havia retirado pele, córneas, válvulas cardíacas e ossos dos corpos de palestinos e trabalhadores estrangeiros durante a década de 1990. A prática muitas vezes ocorria sem o consentimento dos familiares do falecido. Muitos palestinos também alegaram que os corpos de jovens que foram apreendidos na Cisjordânia ocupada e na Faixa de Gaza foram devolvidos às suas famílias com órgãos desaparecidos.

O EuroMed Human Rights Monitor disse no dia 26 de novembro que tinha “preocupações” sobre o possível roubo de órgãos de cadáveres palestinos, na sequência de relatos de profissionais da saúde em Gaza que examinaram alguns corpos depois de terem sido liberados por Israel. Os médicos teriam encontrado falta de órgãos vitais, como fígado, rins e coração, além de córneas, o que o EuroMed Monitor chamou de evidência de possível roubo de órgãos. Eles também alegaram que Israel exumou e confiscou cadáveres de uma vala comum que foi cavada há mais de 10 dias num pátio em al-Shifa.

No livro Over Their Dead Bodies, da médica israelense Meir Weiss, diz que órgãos foram retirados de palestinos mortos entre 1996 e 2002 e utilizados em investigação médica em universidades israelenses e transplantados para corpos de pacientes israelenses.

Uma polêmica investigação de uma emissora de televisão israelense em 2014 incluiu confissões de autoridades de que a pele foi retirada dos corpos de palestinos e trabalhadores africanos mortos para tratar israelenses, como soldados com queimaduras.

Israel é considerado o maior centro de tráfico global de órgãos humanos, de acordo com uma investigação de 2008 da rede norte-americana CNN. A Quarta Convenção de Genebra de 1949, que Israel não ratificou, exige que os militares respeitem a dignidade dos mortos, incluindo a prevenção da destruição, mutilação ou qualquer tratamento desrespeitoso dos seus corpos. Para os palestinos, os cemitérios são espaços sagrados que não são apenas um lugar para lamentar os mortos, mas também um registro da história e pertencimento geracional e geográfico.

*Gerciane Oliveira/Opera Mundi

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“Extermínio de crianças por Israel é nazista. Repito, NAZISTA”, diz presidente colombiano

Gustavo Petro se referia a um ataque israelense em Deir el-Balah, na Faixa de Gaza.

O presidente colombiano, Gustavo Petro, voltou a fazer duras críticas a Israel por conta do bombardeio indiscriminado contra a Faixa de Gaza, qalificando as ações do regime como nazistas.

“Eles dizem que isso não é nazista. Mesmo que a consciência ocidental não goste destes fatos, o extermínio de 5.300 meninos e meninas palestinos é nazista, repito NAZISTA”, escreveu Petro na rede social X.

A postagem faz menção a um ataque israelense em Deir el-Balah, no centro de Gaza. Quase 200 pessoas foram mortas em menos de dois dias desde o reinício dos ataques de Israel a Gaza, segundo a emissora Al Jazeera.

 

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Estado terrorista de Israel matou 200 palestinos nesta sexta e Professor Hoc retoma o lero lero nas redes

É tudo sincronizado, o Estado de Israel assassina 200 civis em um dia e, imediatamente, seus adestrados cães de guarda começam a saracotear nas redes para explicar mais um capítulo do genocídio promovido pelos sionistas na Palestina.

O problema é que, como nunca tinham sido frontalmente combatidos, principalmente nas redes, quando criavam suas fantasias, a reação contra esse tipo de embuste como o do professor Hoc está provocando ainda mais amesquinhamento, irritação, desespero, angústia, medo e mania de perseguição dos que defendem toda aquela fria covardia de Israel contra o povo palestino que alarma o planeta.

Ou seja, o ovo de Colombo de Israel não vinga, modifica-se o palavrório, a rotina, mas deixa de fora um rabo bruto que permanece denunciando a mentira que os sionistas contam sobre a ocupação, o massacre e roubo das terras palestinas.

Com isso, cada vez mais, Israel é visto pelo mundo como bárbaro, cruel, comparado aos senhores de engenho e seus capatazes contra os negros escravizados nas américas.

Não há como explicar isso. Na verdade, não há como prever o futuro de Israel, se é que terá futuro, até porque o pior do seu inferno moral ainda está por vir, e as razões transbordam desgraçadamente sobre crianças, bebês, mulheres, incluindo as grávidas, doentes, idosos, enfim, a população civil desarmada e totalmente inocente.

Não há notinhas, falação, ilusionismos retóricos capazes de mudar essa coisa sem cura chamada Estado terrorista de Israel.

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Israel mata mais de 200 pessoas em primeiro dia de ofensiva a Gaza após trégua

Meios locais reportam bombardeios israelenses contra bairros das regiões central e oriental do território palestino, nos quais também se registrou cerca de 600 pessoas feridas.

Mais de 200 pessoas morreram na Faixa de Gaza na sequência dos bombardeios israelenses que recomeçaram nesta sexta-feira (01/12) após o fim da trégua entre Israel e o Hamas, relata a Al Arabiya, citando dados fornecidos pelo Ministério da Saúde de Gaza.

Jornais locais que estão no centro do conflito informaram que um dia após o reinício das hostilidades, cerca de 600 palestinos ficaram feridos.

Segundo a agência de notícias WAFA, as forças israelenses estão atacando bairros de Khan Yunis. A Força Aérea de Israel aviação realizou uma série de ataques em Al-Qarara, a nordeste de Khan Yunis, e destruiu completamente quatro casas. Eles também bombardearam várias mesquitas no sul da Palestina, acrescentou o veículo.

As Forças de Defesa de Israel (IDF) relataram que num dia atacaram mais de 400 alvos na Faixa de Gaza, acrescentando que os seus caças atingiram mais de 50 alvos em Khan Younis.

Ao mesmo tempo, as tropas israelenses dispararam fogo de artilharia e realizaram ataques aéreos no norte da Palestina. Gaza também foi bombardeada pelas forças navais israelenses.

As Forças de Defesa de Israel (IDF) afirmaram nesta sexta-feira que o movimento Hamas “violou a pausa operacional e também disparou contra território israelita” .

“As IDF retomaram o combate contra a organização terrorista Hamas na Faixa de Gaza”, relataram. Neste contexto, aviões de combate do Exército de Israel atacaram os territórios palestinos.

*Opera Mundi