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Soldados e policiais israelenses colaboram com extremistas para bloquear ajuda humanitária em Gaza

Membros que integram as equipes de segurança israelenses, incluindo a polícia e as Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês), estão repassando informações privilegiadas a grupos de ativistas e colonos de extrema direita referentes à operação de distribuição de ajuda humanitária destinada à Faixa de Gaza. O objetivo é o bloqueio da entrega de suprimentos básicos na região. A informação foi revelada nesta terça-feira (21/05) por uma reportagem exclusiva publicada pelo jornal britânico The Guardian.

Ao veículo, um porta-voz do principal grupo ativista israelense responsável pelos bloqueios detalhou que as informações preliminares são diretamente recebidas pela polícia e pelo exército, com as localizações e horários específicos do trabalho humanitário dos caminhões no enclave. A comunicação é realizada por meio de troca de mensagens em grupos de bate-papo na internet e, seguindo o esquema, esses mesmos ativistas repassam os dados ao restante de seus membros e manifestantes.

Os grupos alegam que os suprimentos são “desviados pelo Hamas ao invés de serem entregues aos civis necessitados”. No entanto, trata-se de um argumento que em diversas ocasiões foi desmentido pelas próprias agências humanitárias.

“Quando a missão de um policial ou soldado é proteger os israelenses e, pelo contrário, ele é enviado para proteger comboios de ajuda humanitária – sabendo que acabará nas mãos do Hamas – não podemos culpá-lo por fornecer informações a grupos que tentam bloquear a ajuda”, disse Rachel Touitou, porta-voz do grupo israelense Tzav 9.

Comportamento inaceitável
Na semana anterior, vídeos que registravam comboios humanitários sendo bloqueados e vandalizados por colonos israelenses no posto de controle de Tarqumiya, na Cisjordânia ocupada, circularam nas redes sociais e repercutiram negativamente. O incidente levou a Casa Branca a se pronunciar, classificando o ataque como um “comportamento totalmente inaceitável”.

Imagens captaram pilhas de pacotes de suprimentos básicos, como arroz e farinha, danificados, além de caminhões pegando fogo na estrada.

De acordo com Touitou ao The Guardian, os colonos também acusam o governo israelense de dar “presentes” ao Hamas.

“Nosso propósito é enfatizar que alimentar seu inimigo, neste caso o Hamas, especialmente em tempos de guerra, é imoral […] Israel tem entregado essa ajuda humanitária sem esperar nada em troca. E 80% da população concorda com a nossa postura. O Hamas está revendendo a ajuda aos civis, que deve ser distribuída gratuitamente”, alegou o porta-voz do Tzav 9, confirmando que as operações de bloqueio continuarão “até que eles possam provar que a ajuda está chegando aos civis”.

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Apoio dos EUA a israelenses pode fazer com que Israel bombardeie até o Irã, diz analista

Para ex-funcionário do Pentágono, se não fosse o apoio norte-americano a Israel, o barril de pólvora que se encontra a região neste momento não estaria prestes a explodir, e Tel Aviv não teria coragem de expandir sua campanha militar como já prometeu algumas vezes.

Na noite de ontem (11), os Estados Unidos e o Reino Unido lançaram uma operação militar contra os houthis no Iêmen. De acordo com a BBC, a maioria dos bombardeamentos aconteceram em bases aéreas e aeroportos do país, alguns perto de áreas residenciais. A ação foi uma resposta aos ataques houthis a navios no mar Vermelho, disse o governo de ambos os países.

De fato, os houthis têm atacado embarcações na região, mas também já apresentaram sua justificativa: a campanha militar de Israel na Faixa de Gaza, a qual já deixou mais de 23 mil pessoas mortas. O grupo iemenita disse que só pararia as ações no mar Vermelho quando um cessar-fogo fosse alcançado no enclave palestino.

EUA e Reino Unido lançaram uma operação militar contra os Houthi no Iêmen, informou a mídia local – Sputnik Brasil, 1920, 11.01.2024
Panorama internacional
EUA e Reino Unido lançaram uma operação militar contra os houthis no Iêmen, informa a mídia local

Para o ex-analista sênior de política de segurança do Pentágono, Michael Maloof, foi “apenas por causa do aval norte-americano que os israelenses foram encorajados” a lançar tamanha campanha militar, e que enquanto “Washington fornecer esse apoio”, as Forças de Defesa de Israel (FDI) não vão parar de atuar em Gaza.

“Estamos em uma ladeira muito escorregadia agora. Os Estados Unidos poderiam entrar em uma guerra, e até agora Joe Biden não demonstrou uma liderança forte. […] foi apenas por causa dos Estados Unidos que os israelenses foram encorajados e estão avançando. O que poderia impedi-los é se os EUA parassem todas as suas exportações de munições para Israel neste momento, porque caso contrário estariam apenas a alimentá-lo. […] estamos jogando cada vez mais gasolina no fogo. […] Israel [também] se sente encorajado e agora quer ir para o sul do Líbano. Portanto, enquanto os Estados Unidos fornecerem esse apoio, é com isso que vamos nos deparar […]”, afirmou Maloof em entrevista à Sputnik.

O ex-analista ainda destacou que “a administração Biden tem sido negligente em sua visibilidade” nas últimas semanas e, com um ano eleitoral pela frente, “precisa dar a impressão de estar novamente forte”. Em sua visão, o bombardeio no Iêmen também acontece porque “as pessoas precisam ter a imagem de um executivo-chefe forte, e Biden tem sido tudo menos isso”.

Assim como Biden, Maloof mencionou o secretário de Estado, Antony Blinken, o qual classificou como tendo “uma eficácia praticamente zero” ao sublinhar que a visita feita pelo secretário ao Oriente Médio não surtiu nenhum efeito.

“Bem, claramente, a visita de Blinken foi inútil. Os houthis continuaram atacando mesmo enquanto ele estava na região. Portanto, sua eficácia é praticamente zero. […] Ele é muito tímido e manso […] e não está fazendo nada que provoque ou demonstre qualquer capacidade de unir esses lados. E tudo o que ele está fazendo é gastar, desperdiçar dinheiro viajando por aí sem fazer nada […]”, afirmou.

Além de uma liderança enfraquecida na presidência e na política externa, Maloof citou a “desordem” do Congresso norte-americano e a resistência em aprovar pedidos da administração Biden. No entanto, ressaltou que Israel é um caso diferente da Ucrânia.

“Infelizmente, temos um Congresso que está em desordem. E há agora um enorme debate em curso sobre a possibilidade de continuar a apoiar não só a Ucrânia, mas também Israel. No entanto, Israel provavelmente venceria entre os dois, devido ao formidável lobby israelense que existe no Congresso. Isso está tornando o nosso ano eleitoral, para dizer o mínimo, muito tumultuado.”

Por fim, Maloof disse que a situação no Oriente Médio está um caos de tal forma que, continuando a campanha militar, Israel poderia até “ter a rara capacidade de unir os sunitas e os xiitas”, concluindo “que isso não vai funcionar tão bem”.

“Se os israelenses continuarem a bombardear Gaza e expandirem a guerra, como prometeram fazer no Líbano, terão a rara capacidade de unir os sunitas e os xiitas. […] Quando você fizer com que os dois pensem da mesma maneira, isso será problemático. Por enquanto, países como a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos, que são sunitas, querem realmente reprimir tudo porque têm outras agendas. […] os sauditas têm trabalhado arduamente para pôr fim à guerra com o Iêmen. Se eventualmente houver pressão exercida até mesmo sobre esses países, se Israel quiser avançar, vão bombardear até o Irã. Portanto, enquanto os Estados Unidos lhes derem essa capacidade, as coisas não terminarão muito bem”, concluiu o ex-analista.

*Sputnik

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Vídeo: O resultado macabro de uma pesquisa da GloboNews sobre israelenses

Pesquisa exclusiva obtida pela #GloboNews mostra que 57% dos israelenses apoiam a troca de crianças e famílias mantidas reféns pelo Hamas por crianças palestinas detidas nas prisões de Israel. Ao mesmo tempo, 54% não concordam que Israel deva respeitar o Direito Internacional Humanitário na guerra contra o Hamas.

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Israel pede que israelenses deixem a Turquia “o mais rápido possível”

O Gabinete de Segurança Nacional de Israel emitiu nota classificando a Turquia como país de risco elevado devido ao conflito com o Hamas.

O Gabinete de Segurança Nacional do estado de Israel (GSN) emitiu nota, nesta terça-feira (17/10), pedindo para que todos os cidadãos israelenses na Turquia deixem o país “o mais rápido possível”. Comunicado foi publicado após o bombardeio em um hospital da Faixa de Gaza, pela manhã.

Israel avalia que, devido à escalada das ameaças de terror contra israelenses e judeus no exterior, viagens para a Turquia são consideradas de mais alto grau de risco — nível 4, de acordo com a escala do governo. Essa recomendação se aplica a todos os israelenses em território turco, com recomendação imediata de deixar o país.

Além disso, o governo de Israel reforçou os alertas aos cidadãos para reconsiderar viagens planejadas ao exterior neste momento e evitar viagens não essenciais para países com aviso de risco elevado, com ênfase em países árabes e países vizinhos ao Irã (Jordânia, Egito, Emirados Árabes Unidos e Azerbaijão).

O texto ainda avisa que os alertas não se aplicam a estadias em países para fins de trânsito (conexões), exceto para voos em países inimigos (Síria, Líbano, Iraque, Irã e Iêmen) e em países com risco elevado (por exemplo, Líbia, Argélia, Paquistão, Afeganistão e Somália).

A GSN acrescentou que há preocupações de que, devido ao conflito, existe motivação e risco de grupos terroristas e agressores isolados para realizar ataques contra israelenses em vários países em todo o mundo. E, por fim, devido ao desenvolvimento e eventos em andamento, podem haver desafios crescentes para israelenses retornarem ao país devido à redução de voos internacionais para Israel.