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Quem é piolho de quem, Ciro de João Santana ou Santana de Ciro?

Quem é piolho de quem, Ciro de João Santana ou este de Ciro?

Faço essa pergunta porque Ciro, em entrevista com Gabriella Prioli, disse que quem anda pela cabeça dos outros, é piolho. E como Ciro se contenta em ser usado pela cabeça de um marketeiro, pior, vendo seu eleitorado atrofiar, só pensa no que se chama de consumo eleitoral, ou seja, o debate político é substituído pelas pesquisas de intenção de voto.

Mas pesquisas não são debate político, e o resultado não poderia ser outro. O que se tem é um Ciro completamente distante de ideias e valores, por isso não dá para esperar nada dele, além de condimentar seu discurso carregado de azedume absolutamente contraditório ao de Lula.

Não quero aqui discutir a sua panaceia que diviniza a técnica em nome de uma racionalidade sem razão, típica do processo econômico que sai do pensamento neoliberal.

O que não dá para aceitar é estar no meio de uma pandemia em que uma média de 2 mil pessoas morrem por dia por culpa das mazelas de Bolsonaro, e o alvo de Ciro seja Lula, o que é pior, requentando o discurso de Bolsonaro e Moro que, juntos, em proporções diferentes, estão amargando o gosto do próprio esgoto que criaram.

Não dá para entender o que leva um sujeito a aceitar cumprir um discurso de ódio contra Lula acreditando numa suposta objetividade de seu marketeiro.

Ciro fica cada dia mais abandonado, justamente porque vive num emaranhado de contradições. A esperança que ele quer vender ou pelo menos promete, é de algo extremamente possível numa interpretação de mundo futuro, reduzindo a precariedade em que vive a maior parte da população a uma ideia de moralidade e modernidade na busca por alguns efeitos retóricos em sua campanha.

Diferente disso, Ciro segue fazendo seus discursos ornamentais carregados de tolices e choramingas sem apresentar um projeto concreto com uma formação social mais equilibrada para o país.

Na verdade, o discurso de Ciro é direcionado à classe média e não para a totalidade da população, por isso seu palavrório que não cumpre o papel de  intelectual e nem o de um político popular, reserva um lugar cada dia mais estreito na lanterna da disputa presidencial de 2022.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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“O Fachin é nosso” nega pedido de Lula para suspender julgamento

Não há qualquer surpresa na decisão do ministro vassalo, Luis Edson Fachin. Não existe sujeito mais acovardado num STF covarde do que Fachin.

Pouco se sabe e pouco se fala do que todos nós soubemos tempos atrás, de uma caixa preta de ferramentas de extorsão montada a partir de gravações clandestinas dos procuradores da Lava Jato. E se são clandestinas, não há limite para ilegalidades. Isso significa que, se eles tinham na mira determinado personagem, membros de sua família também eram parte do conjunto da obra.

A fala de Dallagnol, “aha uhu, o Fachin é nosso”, possivelmente vem dessa certeza de quem sabe que ele é obrigado a comer nas mãos dos canalhas comandados pelo canalha Moro, com a a ajuda luxuosa da grande mídia.

Aliás, essa foi uma das partes mais tensas da entrevista de João Santana no Roda Viva, nesta segunda-feira, quando afirmou que a Lava Jato foi tri-campeã de marketing em parceria com a mídia. Mas nada disso justifica o despudor histórico de um judiciário vassalo da burguesia. Esse pacto de sangue sempre existiu.

Toda aquela afetação “erudita” dos meritíssimos a que se assiste por aí em todas as instâncias é mera peça de uma retórica teatral que se opõe à realidade do que ali dentro é praticado.

No Brasil, a justiça sempre foi e continua sendo operada como principal braço dos magnatas e todos aqueles que se acham donos dos destinos do país, uma aristocracia inculta que vive pelo menos uns 200 anos de atraso em relação à sociedade.

Fachin é apenas um bolostrô que expressa isso em sua própria imagem, mas não é o único sabujo de um sistema de justiça totalmente contaminado em seu comando pelo ódio de classe.

Promovido pelo Estado, o banho de sangue impune que se vê nas favelas contra o povo negro está diretamente ligado ao pacto, ainda escravocrata, entre o judiciário e os “donos da terra”. Não é por acaso que o agronegócio dá as cartas políticas nesse país, sobretudo quando associado aos grandes rentistas e à grande mídia, “agro é pop”.

O Brasil é, certamente, o país que tem a elite econômica mais atrasada do planeta, tal a linha mestra que conduz a cabeça arrogante dessa gente que até hoje vive com a sesmaria debaixo do braço.

Fachin, que é um anão moral, com certeza, é chantageado pelo califado de Curitiba e não se oporia a quem o tem nas mãos.

Como disse ontem João Santana, para frustração dos jornalistas tucanos do Roda Viva, “Lula é um personagem único na história”. Não foi pra isso que o programa o levou lá, a intenção era levar alguém amargo, rancoroso que pudesse buscar uma suposta vingança diante dos holofotes da TV tucana, o que frustrou a turma da chaleira tucana.

Certamente, quando João Santana fez suas críticas à Lava Jato, como a criminalização apenas do caixa-2 do PT, aliviando os demais partidos, ele não se estendeu em sua avaliação ao próprio sistema de justiça que deu a Moro o caminho de boi, talhado há séculos, de servidão desse sistema à oligarquia, da mesma forma com que se vê nas decisões de Fachin contra Lula o mesmo propósito de criminalizar a maior liderança, o maior presidente e o governo mais bem avaliado da história do Brasil, na tentativa inútil de enterrar Lula e salgar sua biografia.

Na verdade, Fachin fala muito mais de si e do próprio judiciário do que de Lula, mostrando que a sociedade terá que, num momento que já parece próximo, discutir judiciário que funciona como o principal braço institucional de quem produziu tanta desigualdade e tanta miséria nesse país.

*Carlos Henrique Machado Freitas

*Foto destaque, arte: Brasil de Fato

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Com um time de tucanos de inteligência raquítica no Roda Viva, João Santana deu uma coça

“Ninguém pode questionar a honestidade de Lula e Dilma”.

“Lava Jato foi a maior campanha de publicidade do Brasil”.

“Vários jornalistas pediam licença de três meses dos grandes jornais para trabalhar em campanha de políticos e recebiam com caixa-2”

“Moro é melhor como pré-candidato do que como candidato”.

Essas são somente algumas das excelentes frases de João Santana no Roda Viva, ex-marqueteiro de campanha do PT.

João Santana, de inteligência rara, sendo entrevistado por um time perna de pau, só não transformou o programa em algo modorrento, porque hora nenhuma ele se permitiu o silêncio ou se intimidou diante de um time de nulos que estava ali para tentar derrubar seu chapéu e acabou por levar pernada a torto e a direito.

Possivelmente, o Roda Viva nunca se mostrou tão provinciano como hoje e, inutilmente, os entrevistadores jogaram casca de banana para João Santana pisar, mas ele devolvia com uma maestria impressionante e quem escorregou e caiu feio foram os próprios inquisidores.

Foi a entrevista mais vexatória que se assistiu sob o comando de Vera Magalhães. Os tarefeiros tucanos chegaram com muita sede ao pote e não imaginavam um João Santana disposto a enfrentar aquele time de pangarés, fazendo da entrevista um momento histórico com sua inteligência e sagacidade, mas também pela burrice e lerdeza mental dos entrevistadores que nem clichês sabem usar.

Foi um nocaute daquele que se classifica como covardia. Por essa entrevista comandada por jornalistas tucanos, dá para entender porque o PSDB virou pó.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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