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Política

A espetacularização da aprovação das vacinas mostra a que nível de indigência o Brasil chegou com Bolsonaro e Dória

Um país, que usa uma rede nacional de TV para mostrar, ao vivo, o julgamento de vacinas em plena tragédia humanitária que estamos presenciando em Manaus e no Brasil como um todo, em que o número de mortos já chega a quase 210 mil, por culpa de Bolsonaro, é um país em plena e acelerada decadência sanitária, moral, econômica e humana.

Fala-se muito na politização de tudo no país quando, na verdade, o que assistimos é à despolitização completa promovida pelos meios de comunicação onde tudo é fartamente mal explicado para ser fartamente mal compreendido pela sociedade. Por isso chegou-se aonde chegou com um golpe que hoje resulta nessa tragédia chamada Bolsonaro.

Como disse o ex-ministro da Saúde, José Gomes Temporão, o governo Lula no qual ele comandava a pasta, vacinou contra a gripe H1N1 mais de 100 milhões de brasileiros em tempo recorde no mundo e ninguém na mídia sequer comentou esse feito extraordinário.

A disputa entre Dória e Bolsonaro, feita a partir de um cálculo político, quando, na realidade, os dois, ao invés de fazerem cálculos de vidas humanas, fizeram cálculos econômicos e, no caso de São Paulo, já é anunciado o colapso do sistema de saúde porque, se de um lado, Dória utilizou a vacina do Butantan e China como recurso político, por outro lado, ele fez a situação do estado de São Paulo se agravar enormemente porque supôs que a abertura do comércio  e de outras atividades econômicas não adensaria a crise sanitária.

O fato é que Dória, em parceria com a Globo, fez da vacina sua vitrine. E Bolsonaro, para tentar impedir a ascensão do tucano que, outrora, foi seu aliado no oportunismo e na vigarice eleitoral, reagiu jogando mais luzes no governador tucano, chamando a vacina de “vacina chinesa do Dória”, num claro preconceito com a China da qual, hoje, Bolsonaro depende, do ponto de vista econômico, até o último fio de cabelo para que a economia brasileira, que se encontra em frangalhos, batendo recordes diários de fechamento de empresas, ampliando o desemprego e a situação precária de uma nação de trabalhadores brasileiros, não piore ainda mais.

O resultado disso é o reflexo da necessidade de transformar tudo em espetáculo, mostrar, como no caso da vacina, os níveis de confiabilidade a partir de uma elaboração técnica sobre a qual a sociedade não entende bulhufas e que acaba por servir muito mais para chacrinhas políticas e, com elas, o slogan do próprio que repetia, vim para confundir e não para explicar.

O resultado é que o Brasil, com uma população tradicionalmente aberta à vacinação, com essa marquetagem política, criou um discurso oficial antivacina proferido pelo governo do genocida Bolsonaro. A confusão está instalada na cabeça do povo que fica à mercê do conflito político falsamente polarizado, já que os dois, Bolsonaro e Dória, fazem parte do mesmo campo ideológico que, agora, só estão em lados opostos, porque Bolsonaro erradamente julga que a vacinação, sendo iniciada a partir do Butantan em São Paulo, privilegia Dória, seu possível adversário nas eleições de 2022.

Aí, não há qualquer consciência cívica ou humana ou resultado de ideias e valores, o pensamento tanto de Bolsonaro quanto de Dória é somente um, político-eleitoral.

No caso da mídia, francamente tucana, os mesmos que conseguiram ajustar o judiciário brasileiro aos seus holofotes para o adormecimento da classe média, com a balela de combate à corrupção, a vacina segue o mesmo movimento e trata toda a problemática da pandemia no Brasil com discursos ornamentais dando a Dória júbilos de uma tomada de posição perante a vacina que sobrepõe, com festejos e foguetes, a irresponsabilidade tão vil do governador quanto a do presidente sobre as regras sanitárias.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Temporão, na GloboNews, dá uma aula de vacinação, escancarando o abismo entre Lula e Bolsonaro

O Brasil está nas mãos de quem não entende nada de medicina, de vacina e de vacinação.

Esta é a síntese do que o competente ministro do governo Lula, José Gomes Temporão, sem paixões e com os olhos voltados somente para a medicina e a população brasileira, mostrou, por A mais B, que o ministério da Saúde do Brasil está nas mãos de um absoluto incompetente que a toda hora aplica um tipo de golpe retórico para deslizar, de forma ensaboada, quando é cobrado pelos absurdos que vem cometendo à frente da pasta.

Temporão, com jeito sereno, buscou exemplos na própria fonte quando foi ministro da Saúde do governo Lula e, no primeiro ano da vacinação contra a Influenza, mais de 100 milhões de brasileiros foram vacinados em tempo absolutamente recorde.

Sem querer as glórias apenas para si ou para o governo Lula, elogiou o PNI (Plano Nacional de Imunização), um sistema de saúde que é considerado o melhor do mundo, com capacidade de vacinação de até 10 milhões de pessoas por dia, por conta do modelo adotado pelo Brasil, o que é impensável até mesmo para padrões britânicos, que tem um sistema público de saúde considerado eficiente.

Indiretamente, Temporão acabou escancarando a violência cometida contra a sociedade com a farsa da condenação e prisão política de Lula que o tirou da eleição em 2018, da volta à presidência da República para colocar no lugar um louco que cospe diuturnamente na cara do povo cortando-lhe a garganta por puro sadismo.

Para completar, Temporão desmentiu Pazuello sobre a responsabilidade dos governos dos estados pela aquisição de seringas e agulhas, deixando claro que é somente em caso de vacinação recorrente, sazonal, ficando na absoluta responsabilidade do governo federal a aquisição das vacinas, seringas e agulhas, no caso de uma pandemia ou de uma nova epidemia no país, fazendo todos os seus entrevistadores da GloboNews olharem para trás e compararem a diferença entre quem eles apoiaram para vencer as eleições em 2018 e para quem eles trabalharam na farsa que condenou Lula.

*Da redação

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