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As denúncias de Julian Lemos sobre o submundo do clã Bolsonaro são só um aperitivo do que virá depois do dia 1º de janeiro

Imagina o que essas criaturas das trevas não fizeram no poder durante esses quatro anos.

É difícil até imaginar, mas dá para ter uma ideia de que atrás das revelações feitas pelo ex-deputado bolsonarista, Julian Lemos, que era um dos quatro cavaleiros da “cruzada bolsonarista” na eleição, tem um dragão pronto para jorrar fogo contra o clã no dia em que Lula voltar ao poder e Bolsonaro para o inferno.

A verdade é que há uma fila de inscritos com informações sobre um mar de sujeira que será prontamente jogado no ventilador. Gente que participou do governo ou da campanha que tentará limpar seu nome na história entregando a ficha de tudo o que ocorreu com Bolsonaro e os três filhos, Flávio, Eduardo e Carluxo. Isso, sem falar do que está reservado por quem foi traído por Bolsonaro.

Todos sabiam que o Palácio do Planalto, nesses quatro anos de governo, era o lugar mais mal frequentado do país, o que explica a tragédia que foi a “gestão” Bolsonaro.

O fato é que poderemos entender melhor o que aconteceu nesse festival de iniquidades com revelações como as do ex-deputado, Julian Lemos, que afirma que Bolsonaro agride Michelle, o que, convenhamos, numa escala de 0 a 10, teve zero surpresa.

Mas algo chama a atenção, que foram revelações muito exploradas pelo ex-aliado sobre o comportamento de Carlos Bolsonaro que, segundo Julian Lemos,  Carluxo é um sociopata e teria herdado toda a perversidade do pai.

Isso não significa que ele aliviou o lado de Flávio e Eduardo. Em termos de volume de absurdos, os três estão no mesmo patamar, a diferença se dá na relação de Bolsonaro com Carluxo que, como já havia dito Bebianno, exerce uma influência canina sobre o pai.

Isso, somado a seu instinto selvagem, deu no que deu.

Na verdade, assim como esse ex-aliado bateu nos quatro sem luva, muita coisa emergirá do esgoto bolsonarista no primeiro minuto em que ele não tiver mais a proteção da faixa presidencial.

Aí sim, nos surpreenderemos com o que será revelado.

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Carlos Vereza tem uma das cartas bomba escritas por Bebianno

Revelação foi feita pela jornalista Thaís Oyama, autora do livro Tormenta, que diz ainda que Gustavo Bebianno sentia amor por Jair Bolsonaro.

O ator Carlos Vereza tem uma das cartas escritas pelo advogado Gustavo Bebianno, ex-secretário da Presidência que morreu neste sábado, 14, de infarte.

A revelação é da jornalista Thaís Oyama, colunista do UOL e autora do livro Tormenta, sobre os bastidores do primeiro ano do governo de Jair Bolsonaro.

“Com a morte de Gustavo Bebianno na madrugada de ontem, podem vir à tona dois documentos com potencial de incomodar Bolsonaro. Um é a carta que Bebianno escreveu ao presidente quando foi demitido do governo. Ele a entregou ao amigo e ator Carlos Vereza com a recomendação de que a encaminhasse ao destinatário ‘no momento que achasse melhor’. Outro é o dossiê com informações confidenciais que, diante das ameaças de morte que recebia, o advogado disse em entrevista à Jovem Pan ter preparado e enviado para locais seguros, inclusive no exterior”, escreve Oyama.

A jornalista disse também que o ex-secretário da Presidência mantinha uma profunda admiração por Jair Bolsonaro. “A quem perguntava ao advogado os motivos de sua admiração, ele respondia que o impressionava o ‘patriotismo’ do ex-deputado, a quem até o rompimento tratou como ‘capitão'”, escreve ela.

Deputado confirma carta no exterior

O deputado Julian Lemos (PSL-PB) confirmou ao jornalista Chico Pinto que o advogado Gustavo Bebianno deixou duas cartas para serem abertas em caso de assassinato.

“Existe uma carta no exterior e outra no Brasil. Ele falou há algum tempo isso pra mim e voltou a repetir recentemente”, conta o deputado. “Não sei te falar se essa carta vai vir a público, porque a família dele é bem pacata. O búfalo ali era ele”.

 

 

*Com informações do 247